Prólogo: A Profecia.
Sangue e fogo era o que podia ao longo do campo de batalha. As larvas que saem dos corpos espalhados pelo lugar, traziam a podridão e miséria que havia se instalado no local. Entretanto, a guerra ainda se mostrava em plena vida... Grandes seres podiam ser vistos por cima do campo da peleja, os intitulados Deuses do Olimpo e o Deus do Submundo de um lado e os Titãs do outro e seus respectivos exércitos.
A guerra havia apenas começado, Zeus soltava raios de seus olhos com a imensa raiva que estava de seu pai Cronos e o mesmo exibia chamas intensas saindo de seus globos oculares vazios. O exército dos deuses e dos titãs esperavam o sinal para entrarem em cena, Poseidon e Hades na frente também aguardavam o comando de seu irmão mais novo.
Com sua fúria eminente, Zeus começa a correr em direção ao exército inimigo dando o sinal para a batalha recomeçar. Cronos não querendo ficar para trás, seguiu igualmente seu filho para o encontro mortal. As criaturas, gigantes e pequenas se chocaram em uma cena bárbara de mortes rápidas... Espadas e lanças se quebravam com um simples impacto dos gigantes em seus inimigos. Assim, a luta sanguinária se instaurou por algumas horas...
Zeus e Cronos ainda não haviam se encontrado naquela confusão, a barreira dos soldados que lutavam na frente era enorme. Os minutos se passaram até que Zeus pudesse encontrar os olhos furiosos do ser que deveria lhe proteger e cuidar, mas que acabou devoraram cada filho seu.
— Como sempre um covarde! – exclama o titã insultando o deus dos raios. — Sempre precisando de ajuda para tentar me derrotar.
— Ao menos não devorei meus filhos por causa de uma profecia! — retruca Zeus na mesma intensidade da provocação de seu pai. — O único covarde aqui és tu!
— Criança insolente! – Cronos tenta ferir um ataque com a sua harpe, mas sem sucesso por conta da defesa de raios de Zeus.
Ouvindo a última palavra de seu pai, Zeus dá um pulo impulsionado com raios para cima de Cronos que se preparava para defender.
Uma luz surge dos céus paralisando o tempo e o momento da guerra. Todos estavam parados fisicamente sem entender o que estava acontecendo, pois então vozes em uníssono começam a dizer:
Em um tempo esquecido pelos mortais e imortais
uma criança nascerá da semente de três berços da Antiga Grécia
com uma filha de um Herege e unirá os Hereges e as Doze Casas,
ou irá destruí-los.
Zeus e Cronos se entreolham ainda paralisados naquela mesma posição de ataque e defesa. Antes que Zeus pudesse fazer algo Cronos proferiu em choque saindo da paralisia:
— Recuar!
Todo o exército de Cronos se entreolham e obedecem seu comando, assim como os restos dos Titãs aliados.
Quando Zeus percebeu do que estava acontecendo deu a ordem:
— Atacar!– grunhiu o deus em fúria caindo no chão.
O exército dos titãs começou a bater em retirada fazendo com os deuses e os que estavam com ele os perseguiram até a montanha de Ótris."
***
*Cidadela dos titãs - Monte Ótris*
Vários seres enormes, os titãs, estavam se encontravam reunidos em um grande salão após a retirada estratégica da batalha, e o maior deles, Cronos - o senhor do tempo - no centro do salão.
— Não podemos ignorar a profecia! – proferiu o senhor do tempo.
— E o que você acha que devemos fazer? – indagou Gaia, a deusa mãe. – Já demos a vitória aos olimpianos.
— Acho que todos nós entendemos a profecia! – respondeu o titã enraivecido. — A profecia se trata de que o filho dos três bastardos iria ter um filho com uma semi-titã ou seja um de nós, iríamos ter que...
— Achamos... que vocês não entenderam... – sussurrou uma voz envelhecida detrás de um dos pilares que constituía a arquitetura do lugar. — Não será uma cria... Mas sim duas...
A criatura saiu das sombras dos pilares se revelando três senhoras tecendo algo com um fio de ouro.
— Os deuses são ignorantes que esquecem de refletir sobre algo, mas vocês... – início as velhas. — Vocês são mais experientes... Saberão quando a hora chegar... quando a profecia estiver perto...
— Mas quem é esse titã? Quem de nós seria para trazer essa criança ao mundo? – questionou Cronos possesso de dúvidas.
Cloto, uma das três senhoras, apontou o dedo para titã.
— Você sabe que não somos nós que devemos responder isso, mas sim o próprio tempo!
As três senhoras desapareceram em um simples piscar de olhos, deixando assim o mistério no ar.
*Enquanto isso no Palácio dos Olimpianos - Monte Olimpo*
Os Deuses estavam reunidos no grande salão do palácio dos Deuses, todos ainda assustados com o que aconteceu anteriormente. Terem ouvido uma profecia como aquela poderia significar algo: o extermínio de todos os seres divinos.
— Alguém aqui podemos conversar sobre o que aconteceu horas atrás? – indagou Atenas, Deusa da Sabedoria e Estratégia em Batalha ao conselho.
Ninguém ousava falar nada até que.....
— Não temos que falar nada! – Bradou Zeus sentado no seu trono. — A profecia em si é uma farsa.
— Se fosse esta profecia fosse falsa, então por que foi proferida?
Atenas rebateu a sua resposta com uma pergunta fazendo com que todos ficassem em silêncio.
— Por agora iremos ignorar esta profecia !
Quebra de tempo.
Anos se passaram e a profecia? Bom virou lenda para a maioria de todos, quer dizer pelo menos para alguns a profecia fora esquecida. Não houve nenhum relato de ataque titã e isso deixava os deuses loucos. E podemos dizer que houve paz nessa época, entretanto, os homens começaram a se esquecer de quem os criou. Os deuses foram totalmente esquecidos pelos humanos como punição a sua ignorância fazendo com que a fosse propícia para o início da profecia segundo as Moiras.
Em um lugar escuro, três mulheres ali estavam reunidas todas, elas pareciam ansiosas por algo.
— Eeeee… chegada a hora… irmãs! - falou uma das mulheres para as outras duas.
— Simmm….. - sussurrou uma respondendo a fala das irmã. — Os mortais e os deuses... foram tão ignorantes… ao ponto de não ligarem para a profecia… que pode salva-losssssss.
— Então já sabemos… os nossos papéis nela… vamos a obra! - respondia uma em êxtase.
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