11 | "O desejo era forte"
"Quem é esse cara? Que quando ele chega meu coração dispara/ olhos nos meus olhos, despertou minha tara". (Glória Groove - Muleke Brasileiro)
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As gravações da série já estavam terminando e eu já estava sentindo saudades. Atuar numa série é totalmente diferente do cinema, os personagens podem ser explorados de várias formas, você precisa dar muita profundidade a eles, fazendo-os serem interessantes o suficiente para prender a atenção de alguém por vários episódios. No cinema, muitas das vezes, não existe essa oportunidade de trabalhar e desenvolver tão bem um papel em um único filme, sendo a atuação muito mais pontual e objetiva.
Eu amei, me apaixonei, pelo jeito que Lili trabalhava, em como ela comandava todo um set, com muita gente dentro. Muitas vezes austera, mas sempre educada, ela era uma diretora promissora e estava quase fechando contrato para o seu primeiro filme. Fiquei muito feliz com a notícia e começamos a criar muitas.
- Menino, imagine só, um filme! Eu vou dirigir um filme! - Ela estava tão empolgada que seu rosto estava rosado, seus olhos brilhavam, sonhadores.
- E eu tenho certeza que você vai detonar! - Disse, enquanto batemos as palmas das mãos, eufóricos.
- Meu amor, estou tão feliz por você, quero muito que dê tudo certo! - Bea a enchia de beijos pelo rosto.
Mas algo não estava normal entre as duas, era perceptível já que eu conhecia Lili como a palma da minha mão. Bastava Bea falar alguma coisa que a outra já fazia uma careta inconscientemente, uma repuxada no lábio, uma sobrancelha arqueada. Eu ficava esperando Bea ser repelida a qualquer momento, mas creio que Lili se segurava. O que poderia ser? Eu não quis me intrometer, cada um com os seus problemas e eu já tinha vários para serem resolvidos.
Para dar um basta no impasse da festa de casamento, precisei sentar com Henry e colocar todas as cartas na mesa. Ele veio com aqueles olhos do Gato de Botas, no filme do Shrek, sabendo que precisaria usar todo o seu charme e sedução, já que eu não resistia a seus encantos.
Creio que, para um relacionamento funcionar, é preciso conversar. O diálogo é, e sempre será, a melhor das opções para resolver qualquer problema interpessoal. Pergunte a qualquer psicólogo e ele lhe dirá a mesma coisa. Falar, colocar as palavras para fora, desentalar a garganta, não calar o coração, expor tudo, ser franco, sincero.
Claro, você tem que saber ouvir e respeitar o outro lado, estar aberto a mudar de opinião é imprescindível, principalmente quando o outro tem um lindo par de olhos azuis e lábios vermelhos de tanto beijar todo o meu corpo. Foi assim que nosso quase diálogo foi conduzido por Henry, mas eu me segurei e fiz que não com o dedo indicador. Quem ele achava que era para me comprar com sexo? Bem, ele era Henry Scott e, na maioria das vezes, ele conseguia me comprar com sexo, aquele miserável maldito.
Contudo, dessa vez, foi diferente. Disse que queria conversar sério, muito sério. Tínhamos que resolver aquele assunto, era chato, mas era necessário.
- Ben, eu entendo você não querer algo com tanta gente, então podemos pensar num meio termo.
Não, eu não queria, sem festa.
- Scoatchy, me ajuda! - Imitei a Jean Grey naquela animação dos X-Men, uma clara metáfora para "por favor, pare com essa conversa mole".
- Como você consegue ser tão teimoso? Custa? Uma pequena reunião, com os amigos mais próximos, só os mais próximos mesmo.
- Olha, talvez estejamos chegando em um acordo. Só os próximos, mesmo? - Ri ironicamente e ele passou a mão no rosto, num sinal de que já estava ficando impaciente - Você não consegue conversar por mais de três minutos, como poderemos resolver algo, assim?
- Ben, não vamos ter progresso tão cedo, somos dois casos perdidos, somos irredutíveis em nossas opiniões, eu quero me separar de você antes de casar! - Ele jogou uma almofada em mim e cruzou os braços, curvando os lábios num semblante propositalmente triste.
Ele deveria ser proibido de fazer aquela cara, que ódio eu tinha, apesar de querer beijar cada centímetro.
- Okay, senhor Henry Scott. Vamos fazer uma comemoração, mas, por favor, em nome de todos os deuses, sem muita gente. Vamos fazer algo mais simples e mais íntimo - implorei.
- Okay, senhor Ben Summers, eu gostei da ideia. Podemos cozinhar para os convidados, já que serão poucos.
Como ele se empolgava rápido com as coisas, já foi para a internet pesquisar novas receitas. Desde culinária tradicional francesa, até contemporânea portuguesa, o rapaz ficou horas fuçando o Google em busca do prato ideal. Quando ele se cansou veio se deitar no meu colo, eu estava vendo um show da Cher, The Farewell Tour, e Henry ama esse show. Conversamos sobre como a cantora estava tão bem conservada, lindíssima para a sua idade. Acabamos cochilando no sofá, indo para o quarto somente algumas horas depois.
Com a finalização das gravações da série, veio a realização da nossa promessa: iríamos doar todo o cachê para alguma instituição que ajudava pessoas LGBT em situação de violência. Fizemos uma pesquisa e identificamos várias, ali mesmo, em Los Angeles. Organizamos um roteiro e fomos visitar alguns desses lugares.
O primeiro foi o Lar Provisório para LGBTs em Situação de Risco, coordenado pela graciosa Ashley, uma mulher mais velha, mas com muita energia. Seus óculos de meia-lua e longos cabelos brancos me lembravam o Dumbledore, bem como sua educação e gentileza. Ela nos levou para conhecer as instalações e algumas pessoas que estavam ali. Nos explicou que a regra do lugar era abrigar alguém por, no máximo, seis meses, contudo, algumas que não conseguiram se mudar já estavam a mais tempo.
Após conhecermos o espaço, senti vontade de conversar com um garoto que estava sentado próximo a janela, olhando longe, viajando sabe-se lá por onde. Seu nome era Jake, aparentava ter uns quinze anos e estava bem magro, tinha chegado há algumas semanas.
- Foi minha mãe - disse ele apontando para uma grande cicatriz em seu braço, a qual não consegui tirar os olhos, indiscretamente - ela fez isso quando descobriu, pegou uma faca e veio para o meu lado, para não acertar o rosto, coloquei o braço na frente.
- Eu sinto muito, Jake. Você gosta de ficar aqui?
- Sim. As pessoas nos tratam muito bem, é até estranho.
- Como assim?
- É estranho pensar que pessoas desconhecidas se importam mais com você do que sua própria família - ele levantou o braço, me mostrando a cicatriz novamente.
Quase como uma flecha, aquelas palavras cortaram meu coração. Eu sabia o poder destrutivo de uma família, sabia que não era fácil perdoar. Jake disse que não tinha para onde ir, seus parentes eram todos iguais a mãe, ele não teria escolha, iria para um abrigo provisório até conseguir trabalhar e se manter sozinho.
Henry e eu entendemos que aquela seria uma jornada complicada, mas era necessário. Meus olhos se encheram de lágrimas com várias histórias, uma mais comovente que a outra. Como o ser humano consegue ser tão cruel com seus semelhantes, e pior, com suas crias, filhos, sangue do próprio sangue. A maioria das famílias daquelas pessoas eram dessas tradicionais, que ovacionam o casamento, dizem que o homem foi feito somente para a mulher, enquanto suas bocas espumam de ódio.
Preconceito. Essa é a única palavra certa para descrever o que aquelas pessoas sofreram. O ódio, a intolerância, a violência, tudo está embutido no maldito preconceito. Eu não entendia, nunca entenderia, o motivo de tanta discriminação. Pessoas são pessoas, independentemente de qualquer coisa, todas as pessoas merecem respeito.
Demoramos três dias para visitar todas as instituições, percebemos que várias já tinham doadores assíduos ou recebiam ajuda do governo. Havia três que estavam no início e foi para essas que decidimos dividir o cachê e ajudar, em vez de uma só. Um dos lugares, chamado Lar Seguro, chamou a mídia, mas nós não sabíamos, quando chegamos para entregar o cheque, tinha inúmeros fotógrafos, jornalistas e paparazzi nos esperando.
Olhei para Henry e suspiramos, não queríamos chamar atenção com essas doações, era para ser algo que não ficasse parecendo que era para aparecer nas revistas e sites. Saímos do carro e fomos cercados, como sempre, o tumulto era inevitável. Pedimos um espaço, falaríamos com eles se nos dessem condições para isso.
- Não queríamos que a mídia soubesse, mas já que estão aqui... - disse Henry, impaciente.
- Por que resolveram ajudar essa instituição? - perguntou um repórter do New York Times.
- Após a terrível cena que aconteceu conosco no natal, decidimos que iríamos ajudar essas pessoas. A violência nunca é solução para nada, gays, lésbicas, pessoas transgênero e seja qual for a orientação sexual, não merecem passar por isso, somos seres humanos como qualquer outro - respondi.
Após responder mais algumas perguntas, entramos para encontrar a diretora do lugar nos pedindo mil desculpas. Claro que não a culpamos, ela queria visibilidade para o Lar Seguro, nada melhor que duas celebridades doando dinheiro para virar notícia. Mas logo as manchetes já estavam por todos os lugares e, por um lado, foi bom para dar visibilidade a esses lugares que tanto precisavam de atenção.
A nossa intenção seria de sempre ajudar, do modo que fosse possível. Foi uma experiência ímpar participar, de algum modo, na vida daquelas pessoas. Percebemos que elas precisavam de ajuda, pois quem deveria dar amor e apoio não se importavam ou cometiam as mais tristes violências.
Em vários momentos pude perceber o quando Henry ficava sensibilizado, com certeza isso o fazia lembrar do seu primeiro namorado, do Brasil, que tirou a própria vida para não ter que lidar com o preconceito e violência da família. Ele ficou tão tocado que chorou quando voltávamos para casa. Estacionei o carro e lhe dei um abraço, disse que ele precisava ser forte, o que estávamos fazendo era para ajudar. Ele respondeu que não queria desistir, mas que ver a situação de alguns jovens o deixava péssimo e revoltado.
De alguma forma, ele e eu fomos privilegiados, conseguimos avançar, tínhamos dinheiro suficiente para uma boa vida, tínhamos uma profissão e conseguíamos seguir a vida. Mas muitos daqueles jovens não conseguiriam nem um terço do que havíamos conseguido, essa era a realidade.
Henry ficou cada vez mais interessado sobre a causa LGBT, e fez questão de postar nossas alianças nas redes sociais, anunciando nosso casamento para o mundo inteiro. Ele achava que isso seria uma forma de resistência frente a todas as situações de preconceito que fomos submetidos no passado, ele sentia essa necessidade.
Eu nem fui contra, mesmo com todo o retorno negativo que tivemos, as felicitações e votos de esperança eram muito mais importante. Talvez muitos achassem que uma foto não mudaria nada na vida de ninguém, muitos achassem bobeira ou que queríamos chamar atenção, mas isso não o deteve e fui me empolgando com a ideia do casamento.
Eu estava na cozinha, preparava um suco, quando meu celular tocou. Meu coração congelou quando vi o nome "Pai" piscando na tela. O que será que ele queria?
- Eu... eu só queria te dar parabéns... pelo casamento - sua voz falhava e não era falta de sinal de rede.
Fiquei calado.
- Depois do jeito que você saiu daqui, não tive coragem de falar com você, fui tão estúpido. Me... me desculpe - a voz dele pesou e ficamos mudos por alguns segundos.
- Olha, eu não sei o que te falar - rompi o silêncio - saí muito magoado com toda a situação que aconteceu, mas não quero guardar rancor.
Eu não menti, fui sincero. Talvez fosse a hora de perdoar, eu estava muito sensibilizado com tudo o havia visto ultimamente nas casas de apoio.
- Fiquei aliviado por ouvir isso, esses sentimentos ruins não fazem bem. E essa história de casamento, está feliz, animado?
Contei a ele sobre como estávamos empolgados, Henry e eu, inclusive o convidei para a cerimônia, recebendo um feliz "com certeza". Após terminar a ligação, minha cabeça fervilhava, eu não sabia se tinha feito a coisa certa, mas a verdade é que eu não queria permanecer com ressentimentos, mesmo por Susan. Menos um peso em minhas costas.
Os dias foram se passando, o final de março estava se aproximando, o casamento seria dia 29 de maio, como eu ainda não estava ansioso? E foi pensando assim que meu coração acelerou quando, no meio de um banho, percebi o quão próximo estava de trocar votos com Henry. O que eu estava fazendo com a minha vida? Eu queria muito me casar com aquele homem, mas sempre tive aquela sensação de que poderia dar tudo errado. Que ser humano seria eu se não pensasse nessas coisas?
Ao sair do banheiro, vi Henry escolhendo uma roupa no closet. Eu sabia que ele estava com segundas intenções só de perceber a cueca vermelha que ele estava usando. Aquela cueca tinha poderes sobre mim, me tirava do sério e me transformava em outra pessoa. Deixei a toalha cair e o agarrei por trás, deixando-o todo arrepiado enquanto falava besteiras próximo ao seu ouvido, usando minhas mãos para passear naquele corpo macio. Um belo jeito de começar o dia, apesar de ter que tomar outro banho para tirar o suor da nossa... atividade matinal.
Como não me casar com ele? Só de o ver escolhendo uma roupa meu coração batia mais forte. Do que eu tinha medo? A cada dia que se passava eu só confirmava meus sentimentos, amor, carinho, paixão. Se dali uns cinco ou dez anos já não fosse mais daquele jeito, não me importaria, eu não poderia viver baseado num prospecto do futuro, já bastava o meu passado batendo na porta.
Sim, eu queria me casar, passar o resto da minha vida ao lado do homem que me ensinou o que era amar. Enquanto abotoava a camisa, me olhei no espelho, contemplando a pessoa que me tornei, as rugas começando a aparecer ao redor dos olhos, alguns fios brancos despontando nos cabelos, trinta dezembros se passaram e eu amadureci mais no último ano do que em todos os anteriores. Não era o momento de ter dúvidas, a era das certezas havia chegado. Eu queria me casar.
Encontrei um Henry sorridente preparando panquecas na cozinha, nu, apenas com um avental protegendo sua dianteira. Sei que já falei inúmeras vezes, mas eu nunca me cansaria de admirar aquele cozinheiro, cantarolando entre o balcão e o fogão, deslizando pelo chão, empinando suas nádegas enquanto fingia pegar alguma coisa embaixo, na geladeira, só para me provocar. Eu apenas sorria, se eu fosse pintor, haveriam infinitos quadros de Henry que eu pintaria.
- Achei que não viria degustar minhas panquecas de banana com mel - disse ele, dispondo, num prato, sua linda obra de arte que ele chamava de comida na minha frente.
- Seu miserável, sabe que não posso comer carboidratos de manhã - mas já estava com garfo e faca empunhados.
- Então não coma - se virou dando de ombros.
Cínico! Só ele sabia fazer alecrim combinar com banana e mel.
Tiramos o dia para começar a organizar o evento do ano: nosso casamento. Tudo seria feito para inspirar o aconchego de um lar, tanto que seria feito no jardim dos fundos da minha casa. O espaço ao ar livre era grande, um gramado que serviria perfeitamente para acomodar os convidados na hora da cerimônia. A comemoração seria dentro da casa, com um cardápio especial criado e executado por Henry. Seria tudo simples. Haveria festa, como ele queria, e seria pequeno, como eu queria. Busquei uma garrafa de champanhe na adega e propus um brinde por termos chegado num meio termo, ficando perfeito para nós dois.
Tomávamos a segunda taça quando o interfone tocou, estranhamos quando a voz de Josh pediu que abríssemos o portão. Ele entrou com seu carro e parou em frente a porta de entrada. Henry e eu estávamos parados na varanda e Josh saiu do carro com um sorriso tão largo que fiquei com medo de que pudesse deslocar o maxilar.
- TENHO UMA NOVIDADE! - Berrou, vindo em nossa direção. Olhei para Henry, será que era o que eu estava imaginando? - A pré-produção de Espiões de Elite 2 começará em março!
Josh nos abraçou e o convidamos para entrar, tínhamos que fazer um brinde para aquela ótima notícia também. Nosso amigo se desculpou por estar tão ausente, mas justificou dizendo que estava muito ocupado mantendo segredo sobre os trâmites do novo filme. Preparei algumas bruschettas de tomate seco com hortelã, era a minha vez de mostrar minhas habilidades culinárias. Busquei um vinho branco e nos servi.
A conversa animada oscilou entre o trabalho, nossa vivência com as instituições de ajuda, nossa viagem para Ilha Grande, o pedido de casamento, participação na série. Poxa, Josh precisava aparecer mais. Ele explicou que, com as vendas domésticas de DVD e Blu-ray, o estúdio alcançou o lucro que precisava para fazer a sequência. O papo foi delicioso, bebemos três garrafas e acabamos bêbados dentro da piscina. Não sei se foi o álcool, mas tive a impressão que nosso amigo não parava de flertar comigo, confesso que estranhei.
Acordamos no outro dia, a ressaca moral era bem pior que a física. Josh mal saiu do quarto de hóspedes e foi embora, nem esperou o café preto e forte que estava saindo da cafeteira. Depois do banho de meia hora, Henry desceu a escada com seus óculos escuros, evitando a claridade do sol que brilhava lá fora.
- Sabe, estou meio confuso - eu não conseguiria guardar, seria como se eu estivesse escondendo algo errado - tive a impressão que Josh flertou várias vezes comigo ontem.
Permaneci virado de costas, não tive coragem de olhar em seu rosto para falar isso, nem sei o porquê, mas me sentia envergonhado.
- Ah... Releve. Josh fica alterado muito fácil e com você, um cara perfeito, quem não iria querer um beijo?
- Você acha isso normal? Ele é seu amigo e eu vou me casar com você - fiquei mais confuso ainda.
- Bem, ele nunca ultrapassou o limite, apenas gosta de flertar. Isso te incomoda?
- Não sei, mas acho que eu ficaria irritado se fosse o contrário.
Ele se levantou e me deu um beijo com gosto de creme dental.
- Sei que você me ama, sei que você é meu, confio em você.
Josh não era um exemplo de homem dentro dos padrões de beleza, ele fazia mais um tipo estudioso, intelectual, com seus óculos de aros grossos e um abdômen proeminente, nada malhado. Ele era muito charmoso e galanteador, sexy, seus flertes eram descarados e posso afirmar que vi um volume crescendo em sua cueca molhada. O que? Onde estavam meus pensamentos? Eu nem acredito que estava pensando em Josh com meu futuro esposo tomando o café que preparei, na minha frente.
Comecei a suar, presumi que fiquei muito vermelho, visto o ardor no meu rosto. Precisei sair daquela mesa, subi a escada e me tranquei dentro do banheiro. Minha cueca estava quase se rasgando de tanto que algo insistia em sair dali de dentro, sufocado, pulsando. Tirei a roupa, o calor estava insuportável, que mal faria? Caramba! O desejo era forte, não teve jeito, me aliviei embaixo do chuveiro, intensamente. E tremi quando a última imagem brotou na minha mente: Josh havia me beijado na noite anterior.
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Notas do Autor:
O QUE??? Eu tô passado e ansioso pra postar o próximo capítulo, que vai começar exatamente onde esse terminou. O QUE TU FEZ, JOSH???
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