28

ALGUNS DIAS DEPOIS

Connor James

Bato na porta.

Uma vez.

Duas vezes.

Três vezes.

Em todas essas vezes eu ouvi uma agitação dentro do quarto pequeno, mas ninguém veio me atender. Pude ouvir vozes, mas novamente ninguém veio me atender.

Algumas meninas do dormitório passaram por mim, me olhando de cima a baixo com a boca literalmente aberta. Não preciso apostar para saber que amanhã de manhã serei o principal assunto dessa universidade.

"Connor James usando terno"

" O irritante Connor James vestido elegantemente"

Foram essas maneiras que meus caros irmãos usaram para me definir assim que viram eu saindo do meu quarto vestido assim.

Depois de ser o centro de atenção das garotas do corredor deste dormitório, suspirei de alivio e impaciência assim que a porta se abriu.

Stacy aponta para dentro do quarto para que eu possa entrar.

- Bom, isso é uma surpresa - Ela me observa de terno - enfim, coitado de você, James - Ela meio que me consola, me deixando confuso - Terá que ter muita paciência com essa garota.

Mal sabe ela que eu ja sabia disso. Porra, como eu sabia.

Stacy saiu me deixando sozinho, eu ainda não vi Anelise. Entrei no quarto e fechei a porta.

Honestamente, eu não estava preparado para que veria em seguida.

Eu já vi Anelise Evans produzida, de vestido, com os cabelos sempre arrumados, todos os dias nessa universidade. Mas parece que agora é  a primeira vez que a vejo.

Ela vira para mim, parece cena clichê de filme clichê. Câmera lenta.

Cabelos loiros arrumados em cachos. Maquiagem iluminando de alguma maneira sua pele. Batom vermelho.

E um vestido dourado fosco descendo por seu delicioso corpo, desenhando seus seios, suas curvas e revelando um pouco da sua perna em uma abertura.

Ela coloca as mãos no quadril, e pergunta:

- Gostou?

- Você não faz ideia do quanto. - Respondo sem conseguir tirar meus olhos dela, nem por um segundo.

E pela primeira vez eu vejo Anelise ficar vermelha. Timida.

E é isso o que me faz abrir um puta de um sorriso, caminhar até ela com toda a calma do mundo e parar em sua frente, admirando seus lindos olhos, rosto, enfim, admirando sua beleza perfeitamente estruturada.

- Sabe Evans - minhas mãos vão para seu quadril - Você está muito gostosa.

- Eu sei - diz ela, com aquele olhar de quem sabe de tudo estampado. Ela me olha de cima a baixo e sorri maliciosamente

- Você também está.

minhas mãos sobem para seu rosto, eu simplesmente não consigo parar de toca-la. Entretanto, estou nesse momento considerando em tirar esse maldito terno e seu vestido para que eu possa toca-la mais. Muito, muito mais.

- Que foi, James? - Pergunta se deliciando com meu olhar malicioso

- Posso te elogiar de novo?

- Pode.

- Você está muito linda, Evans. - aproximo minha boca da sua orelha e sussurro: - Linda pra caralho.

Quando me afasto, ela está sorrindo, e então me beija com força.

Sentir seus lábios nos meus é incrivelmente bom, de um jeito interessante. Me faz pensar que está tudo uma porcaria ao nosso redor, mas de alguma maneira a vida é perfeita.

Então ela separa seus lábios dos meus e me encara em silêncio.

Eu sei o que ela está pensando, porquê eu também estou.

Está pensando em nós dois. Em tudo que envolva nós dois em uma só frase.

- Bom - Ela se afasta coçando a garganta - Tem coisas que precisa saber sobre minha família antes de irmãos.

- Pode falar - coloco minhas mãos no bolso da frente da calça. É um maldito costume.

- Primeiro, é um evento beneficente, ou seja, só pessoas ricas e insuportáveis estarão lá. Segundo, eu tenho três irmãos. Clarice de dezessete, Miguel de dezesseis e Richard de quinze. Os dois garotos não vão dar bola pra você, mas é provável que Clarice dê em cima de você.

Assinto

- Terceiro, meus pais são completamente o oposto um do outro. Minha mãe é, como posso dizer - pensou um pouco - Difícil com seus filhos, inclusive comigo, e meu pai é distante, vive trabalhando mas quando estamos juntos ele é amoroso.

- Não se preocupe, Evans, vai dar tudo certo.

- Terceiro, eles mandaram o mordomo vir me buscar e não esperam que eu leve alguém, então... - hesita

- Eu entendi, Evans. Não se preocupe. - repito

Ela começa a torcer as mãos nervosas, é extremamente interessante vê-la desse jeito, porém preocupante.

- O que está te preocupando tanto? - Pergunto

- Você vai ouvir, hum, coisas sobre mim e...

Alguém bate na porta nos interrompendo. Anelise alisa seu vestido, suspira e passa por mim.

Assim que ela abre a porta um homem mais velho, alto, com barba por fazer, vestido de forma elegante e postura reta a cumprimenta.

- Srta. Evans - diz

Anelise revira os olhos e abraça o homem que desiste da pouse reta e a abraça.

- Para de ser besta. - ela diz e se separa dele apontando pra mim - Sim, ele vai conosco. Connor esse é o mordomo da família, Sr. Waldir, e esse meu caro, é Connor James.

O homem assente me encarando, se aproxima e aperta minha mão.

- Ela me falou muito sobre você.

- Mentira - Ela diz negando com a cabeça

Sr. Waldir da risada. Nem parece o homem sério que bateu na porta. Então eu penso: Essa é Anelise, tem a capacidade de descontrair as pessoas.

O que não é mentira. Eu sou a prova viva.

Em um mundo cheio de tormento, Anelise é capaz de me fazer enxergar além disso.

- Estão prontos?

- Sim - Ela diz pegando no meu braço

- Pra quê? - Pergunto um pouco confuso com a determinação dos dois

- Você não explicou pra ele, Anelise? - Pergunta o homem

- Eu estava prestes a explicar quando você bateu na porta.

- Explicar o quê?

- Explicar que daqui algumas horas você vai entrar no ninho das cobras mais ricas do país.

_____________

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top