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Há 6 meses...

Connor C. James

- Por que está tão animado para a festa na Cachoeira? - Pergunta Greg, claramente me estranhando

Apenas dei de ombros. Não tem nada de errado em querer sair para se divertir principalmente numa festa na Cachoeira.

Já vim em inúmeras, desde que estou nessa pequena cidade cercado por pessoas tão bêbadas quanto eu quando estou disposto a encher a cara.

Na verdade, disposição não é a palavra certa, a palavra certa é querer.

E bom, eu quero ir a essa festa. Não tem porque prolongar minhas respostas.

Quando chegamos no lugar, escuro, "reservado" escondido entre as arvores enormes da pequena cidade, pudemos ouvir os gritos, risadas e vozes de longe.

Não preciso dizer que assim que chegamos nos tornamos o centro das atenções. Também não preciso dizer o quanto acho isso ridículo. Somos pessoas normais.

Entretanto, por mais ridículo que seja eu gosto da sensação de sentir que estou sendo desejado por inumeras garotas neste instante.

Garotas de biquínis, outras usando shorts ou simples vestidos. Fui até um barril perto de umas arvores pegar bebida, estava louco para encher a cara. Relaxar um pouco.

- Oi - Uma garota se aproxima,  sorrindo. Tenha a sensação de que a conheço mas o fato de não pensar em um nome me faz pensar que é alguma estudante da Universidade que talvez, eu veja quase sempre.

- Oi - Falo, bebendo. Ela observa meu peito nu, minha bermuda e sorri maliciosamente

- A quanto tempo não te vejo numa festa como essa, Connor - Fala. Arrumando os cabelos loiros quase platinado.

- Não sei, estive ocupado - penso sobre as minhas últimas corridas de moto e o quão exaustiva estão sendo.

Não me leve a mal. Correr é bom pra caralho. Eu gosto. Eu curto. A adrenalina, agitação, as sensações que invade a porra do meu peito não tem comparação.

Mas quando notam que você é bom no que faz, sempre vão procurar você para mais vezes.

- Hum, Connor? - A garota estrala os dedos na minha frente, me tirando dos meus pensamentos. Deixo a bebida de lado e saco um cigarro

- Sim? - acendo

- Você não deve se lembrar de mim - sopro a fumaça, ela tosce e sorri forçado - Sou a...

Meu foco não estão nela, na verdade nunca esteve totalmente nela e nesse instante que não está mesmo.

Anelise Evans estava na água, rindo com um cara enquanto ele provavelmente tenta  chamar sua atenção para algo a mais.

Vejo meu irmão, Brad, conversando com a amiga dela e um carinha que sei que joga vôlei. Posso ver os desejos nos olhos do meu irmão sob a garota, o mesmo desejo que o cara que está com Anelise Evans tem enquanto a observa.

Volto meu olhar para a garota na minha frente, tentando entender o que ela falava já que não prestei atenção nas palavras anteriores.

- Eles dizem que isso é perigoso.

- O quê?

Ela aponta para meu cigarro

- Você deveria pensar em acabar com isso. Reduzir aos poucos.

Concordo com a cabeça apesar de estar entrando por um ouvido e saindo pelo outro.

- Se quiser eu posso te ajudar com isso - diz, colocando a mão no meu ombro - É só você focar em outras coisas, e querer.

- Ei, vamos cantar parabéns para o Jack agora - uma garota nos interrompe, falando com ela

- Ah sim - ela sorriu insatisfeita, bufou para a amiga e me encarou - Até daqui um pouco, James.

- Até.

A amiga arrasta a mesma para uma rodinha que assim que chegam começam a cantar parabéns.

Em um canto afastado continuo fumando meu cigarro observando ao redor.

Anelise Evans está usando um biquíni vermelho, deixando ela mais gostosa do que já é. Entretanto, não é apenas eu que estou admirando seu corpo interessante e excitante, dois caras perto de mim estão olhando para ela com olhares maliciosos.

E eu não teria feito nada. Desejos todos tem.

Até ouvir a idéia estúpida do mais alto.

- Tem o que nessa bebida? - pergunta

- Você sabe o que. Um gole e deixa qualquer um derrubado. - O mais baixo responde, então aponta para Anelise - Testa com aquela gostosa ali, se der certo você vai ter uma noite e tanto.

Eles riram, me deixando mais irritado.

Infelizmente na porra do mundo de hoje em dia é normal drogas nas festas, o que não é normal é querer drogar alguém em benefício próprio.

Isso é desprezível pra caralho.

E a idéia de fazer isso com qualquer uma aqui, com ela principalmente me deixa puto.

Quando eu vejo meu cigarro ja está no chão sendo apagado por mim. Pisei duro e rápido na direção dos dois caras, parando de frente a eles.

Parece que vou ter que mostrar para eles do mesmo jeito que me mostrei para Calvin Hall.

- James! - dizem, com sorrisos enormes. São calouros, aposto.

- E aí, cara? - O alto estava falando, me ofereceu a mão pedindo um aperto - Estávamos comentando hoje sobre você e seus irmãos - riu - Cara, vocês consegue qualquer uma sem o menor esforço e...

- Eu só vou dizer uma vez - interrrompo - Joga essa porcaria fora.

Olho para seu copo mas sei que se tiver mais drogas estão nos bolsos.

- Como é? - pergunta o mais baixo- Se você quiser uma cara toma aqui...

- Não quero essa merda. E nem quero que vocês usem para drogar outras pessoas com a intenção de se aproveitar, está claro?

Eles riram, provavelmente achando que era brincadeira. Então param, e me encaram sério

- Não vai rolar - O mais alto fala

- Posso saber por quê?

- Por que você não manda em porra nenhuma, James.

- Será? - ergui uma sobrancelha, sentindo o desafio no ar

- Deixa pra lá... - O mais baixo diz puxando o amigo, hesitante. Mas o amigo não hesita um só segundo. Quer mostrar que pode.

Quer mostrar quem pode mais.

E bom, nesse caso não é ele. Mas deixa ele sentir isso por um momento.

- Qual vai ser, James? - Pergunta

- Eu vou te mostrar.

Ergui o punho, já imaginando a porra do meu saco de pancadas na minha frente. Então eu o acertei.

Duas vezes. Três vezes.

Foi rápido.

Não levantei os olhos para ver que ao redor já estava tudo parado. Não tinha mais festa. Não tinha mais risadas. Não tinha mais pegação.

Tinha todos os olhos em cima de mim. Enquanto eu desferia socos na direção desse idiota.

Ele revidou, se não tivesse eu não teria batido tanto. Quando vi que ja estava fraco demais, eu levanto e limpo a boca de sangue.

Olhei ao redor, parece que o amigo do cara já não estava mais ali

- Vamos embora - Brad chama, mal humorado

Todos os olhos estavam em mim, inclusive os da razão dessa briga.

Curiosos e um pouco, intrigados.

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