14
Connor James
Ela saiu da lanchonete, em silêncio. A dúvida estava explícita em seu rosto, mas mesmo assim ela me acompanhou até minha moto.
Eu olhei para dentro da lanchonete, capturando o olhar confuso de todos. Meus irmãos e suas respectivas namoradas estavam claramente tentando entender quando foi que eu e Evans começamos a conversar, algo assim.
- Vamos pra onde? - Perguntou ela, parada ao lado da minha moto enquanto eu tiro um capacete e dou para ela
- Achei que não tinha.
- Achei jogado no meu quarto - Falei, colocando o meu. Anelise jogou os cabelos para trás, pentoou com os dedos, colocou o capacete, tirou fazendo uma careta, penteou os fios loiros de novamente e colocou o capacete de novo.
- Isso vai amassar meu cabelo - Resmungou, eu pude sentir uma pequena risada saindo dos meus lábios
- Não faço ideia do porque estou indo com você.
- Nada muda o fato de que você está indo comigo.
- Que foi? Tem outra garota toda molhadinha te esperando e eu vou para ficar na fila?
Franzi a testa para ela, serio
- Só não entendo onde você quer chegar, Connor. Céus, você é uma confusão.
Subo na moto esperando ela subir. Quando o fez ela apertou minha cintura.
- Eu nunca disse que não era.- Falo. Acelero a moto e corro pelas ruas da pequena cidade com velocidade. Anelise Evans aperta com força minha cintura, possivelmente sentindo a adrenalina em seu sangue.
Mais algumas ruas depois, estaciono em frente à a um bar.
A rua está vazia, escura e quase silenciosa se não fosse o som das vozes altas vindo do bar a minha frente.
- Onde estamos? - Pergunta Anelise. Tiro o capacete e saio da moto, esperando ela descer. Meus olhos descem por suas pernas.
Volto o olhar para seu rosto
- Você só vai descobrir quando entrar.
Ela assentiu, tirou o capecete e me deu. Depois de amarrar eu caminhei até a entrada do bar escuro.
Anelise estava hesitante, esperei que caminhasse até a porta onde eu estava, mas não o faz.
- Você não vai me matar não né? - Perguntou
Ergui uma sobrancelha, Posso ter cara de louco mas não de assassino.
- Você só vai descobrir quando entrar- falo de novo
- Connor...
- Eu juro que quando você quiser você estará de frente ao seu dormitório, é só pedir.
Ela assentiu e veio até mim. Eu abri a porta para que pudéssemos entrar no lugar barulhento, um pouco escuro, cheio de vozes e risadas.
Conforme íamos entrando algumas pessoas levantaram as cabeças para ver quem eram. Anelise observava tudo, sem perder um só detalhe.
- Grande James! - Um cara ergue seu copo de cerveja
Assinto com a cabeça para ele e mais algumas pessoas.
- Que lugar é esse? - Perguntou Anelise para mim
- Esse é o bar do Grey - aponto para o senhor servindo bebida no balcão
- O que viemos fazer aqui?
Paro de andar e seguro em seus ombros, fazendo-a olhar não meus olhos
- Só relaxa.
Ela concordou. Fomos até o balcão, Grey levantou a cabeça e sorriu para mim. O cabelo grisalho, as rugas no rosto.
- Grande James! - Exclamou batendo eufórico no balcão- Vai querer o que hoje?
- Para mim e para ela - Coloco a mão no ombro de Anelise - Dois copos de tequila.
Ele assentiu, sorriu para Anelise e foi preparar. Ela me encarou
- Por que te chamam de grande James?
- Por que você acha?
Ela abaixou o olhar para a região do meu pau, eu abri um sorriso grande, relaxado.
- Todo mundo aqui já te viu pelado?
Neguei com a cabeça
- então por que te chamam de grande? Quer dizer, você claramente não tem um negócio pequenino, e sinceramente é a única explicação que se passa na minha cabeça.
Abri a boca para responder, mais Grey trouxe nossos copos.
- E Você mocinha, qual seu nome?
- Anelise Evans - Ela estendeu a mão para ele que apertou
- Que garota bonita, James - Apontou para ela - É a primeira garota que trás aqui.
Anelise ergue uma sobrancelha
- Mesmo?
- Sim.
- Viemos apenas relaxar - respondo para ele, bebendo meu copo e sentindo a bebida descer queimando
- Vai correr está noite? - Ele pergunta, nego com a cabeça
- Correr? - Anelise pergunta, confusa
Suspiro, sabendo que Grey já vai contar por mim
- Você não sabia? Connor James é o melhor e mais rápido piloto de corrida de motos!
- Sério?
- Sim, menina. E ganha uma baita grana com isso.
- Eu não sabia - ela diz, e bebê um gole da sua bebida. Seus olhos capturam os meus, ela ergue uma sobrancelha e diz: - Acho que ninguém sabia.
- Eu vou atender umas mesas, fiquem a vontade. A casa é sua Connor! - Se afastou
Eu encostei no balcão, bebendo minha bebida e observando o movimentado bar. Anelise sentou em um banco, seu corpo virado pra mim
- Você é uma caixinha de surpresa, James
- Você acha?
- Acho.
- Eu não acho - nego com a cabeça
- Por que me trouxe aqui? Quer dizer, existe tantos bares na cidade, inclusive alguns na frente da lanchonete onde estávamos e...
- Esse lugar é importante para mim, Evans- imterrompi, admirando seus olhos brilhantes - Conheci esse lugar assim que cheguei na UFH. Comecei a participar da corrida de motos para ganhar dinheiro, mas ninguém sabe disso. Poucas pessoas da Universidade sabe dessas corridas.
- Você se sente relaxado aqui, não é?
Concordo com a cabeça
- percebi no segundo que entramos.
Ficamos em silêncio, continuamos bebendo
- Quer dizer que nunca quebrou a cabeça de alguém aqui?
ergui o lábio, em um breve sorriso
- Ainda não. Tudo tem sua primeira vez.
Ela riu, me olhando. franziu os lábios pintados de batom escuro.
- Pergunte, eu sei que quer - Falo, esperando
- Por que me tirou da lanchonete para trazer aqui? você poderia trazer qualquer pessoa aqui mas porque logo eu que...
- Eu costumo pensar que os olhos são o espelho da alma, Evans. Acredite, eu não imterrompi seu encontro perfeito porque queria, mas porque achei que precisava.
- Como assim?
- O que adianta dar sorrisos, altas risadas - Viro o rosto completamente para ela - Se no seu olhar tem um brilho triste?
Ela suspirou, admirada por minha observação, talvez.
- Eu não pensei, eu só agi. Esse é o lugar que venho quando sinto que preciso resolver minhas merdas, então trouxe você aqui para resolver as suas.
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