Epílogo
Cinco meses depois
Minjeong caminhava por uma rua tranquila no distrito de Gangnam-gu, um lugar movimentado da cidade, ocupado por várias empresas de moda, galerias de arte, restaurantes e bares noturnos. Depois de abrir uma porta não identificada, ela entrou num espaço amplo com paredes iluminadas, piso de cerâmica polida e telhado exposto.
Uma mostra particular estava em andamento numa das salas adjacentes, e Minjeong sorriu ao ver os expositores exibindo as mais recentes criações de Jimin. Pessoas transitavam de um lado a outro, entretidas em conversas agradáveis.
Aeri foi a primeira a vê-la.
— Oi, Minjeong. — Ela acenou distraída antes de continuar uma conversa animada com um grupo de pessoas.
Jimin parou a explicação sobre uma das telas expostas e ergueu os olhos para ela. A expressão dela se iluminou.
— Você chegou mais cedo.
— Estava com saudade.
O sorriso dela se alargou. Jimin pediu licença aos presentes e os direcionou para a sala ao lado, onde a mostra continuava. Então se aproximou de Minjeong, enfiando as mãos no bolso e lançando um olhar de admiração para o blazer azul-marinho que ela usava, com um lenço amarrado frouxamente no pescoço. Minjeong sabia que tinha gostado de sua escolha de vestuário para o dia, e comprimiu os lábios para não sorrir. Era cada coisa que a deixava feliz...
Quando chegou nela, Jimin se inclinou e beijou sua boca, então segurou suas mãos. Ela levou sua mão esquerda, onde um respeitável anel de diamantes brilhava, à boca, acariciando-a com o polegar.
— Ainda não acredito que você se endividou para me comprar isso — falou Minjeong.
No entanto, era obrigada a admitir que adorava tudo o que a peça representava. Nunca gostara muito de joias, mas várias vezes se pegava olhando para a aliança, mais do que esperava, invariavelmente pensando em Jimin. Quando seus colegas a pegavam sorrindo sem nenhuma razão aparente na faculdade, reviravam os olhos e murmuravam entre si.
— É sinal do nosso comprometimento. Além disso, hoje de manhã minhas dívidas ficaram oficialmente para trás. Aeri conseguiu novos patrocinadores. Vamos começar um novo projeto até o Natal.
Ela fez os cálculos de cabeça, e sentiu a empolgação borbulhar dentro de si.
— Está acontecendo tudo bem depressa. Vocês estão superando qualquer projeção de crescimento.
— Estamos mesmo. E foi sua análise sobre arte que convenceu os investidores, na verdade.
— Acho que foi mais por causa das suas criações e da estratégia de marketing agressiva.
— Isso pode ter influenciado também. — Ela deu risada, mas com um olhar suave no rosto. — Ter você ao meu lado esse tempo todo significou tudo para mim. Espero que saiba disso.
— Eu sei. — Os meses anteriores tinham sido agitados para as duas, mas, juntas, elas haviam feito tudo dar certo. — O mesmo vale para mim.
A expressão dela ficou séria.
— Você disse que tinha uma reunião com alguns professores da faculdade hoje. Como foi?
— Eles me convidaram para um evento de arte em algumas semanas. Querem que eu exponha alguns dos meus trabalhos.
— E?
A ruiva respirou fundo antes de responder:
— Eu aceitei.
Jimin abriu a boca para falar e, no instante seguinte, a abraçou com força e deu um beijo em sua testa.
— Está arrependida?
Minjeong se aconchegou um pouco mais para sentir o cheiro dela.
— Não. Estou apreensiva, mas, em termos gerais, feliz.
— Que orgulho de você.
Ela abriu um sorriso tão largo que suas bochechas até doeram.
— Esse convite significa um bônus extra. Já vou avisando que você vai ganhar um presente novo.
Quando Jimin se afastou, Minjeong temeu que pudesse ter ficado chateada. Era impossível ler a expressão no rosto dela quando falou:
— Olha só você sempre querendo me agradar.
Ela mordeu o lábio para não fazer uma careta, mas entendeu que a morena gostava de conquistar as coisas por seu próprio mérito. Não precisava mimá-la. Mas ela queria.
— Mas eu bem que queria uma jaqueta que vi em uma das vitrines em Apgujeong — continuou Jimin. — Vai combinar com a motocicleta que pretendo comprar em breve.
Ela inclinou a cabeça para o lado e respirou fundo.
— Isso significa que...?
— Significa que, se você quiser me comprar roupas novas, vou usar.
Jimin abriu um sorriso sugestivo, e os olhos dela pareceram dançar no rosto.
— E se estiver pensando em alguma outra coisa, vou aceitar também.
Minjeong ficou tão feliz que se agarrou à mão dela para não sair flutuando pelo estúdio.
— Isso significa que você me ama.
Jimin entrelaçou seus dedos como sempre fazia e apertou sua mão.
— Isso mesmo. Sua pesquisa que diz.
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Bom, galera, mais uma fic chegando ao fim. E tenho que confessar, essa eu gostaria de ter estendido por mais alguns capítulos ksksksk
Escrever BYT, foi uma experiência incrível em vários sentidos, tanto pela trama em si como pela recepção que ela teve por aqui. Eu já vinha pensando em abordar o autismo em alguma história, mas sempre com aquele receio de pecar em algo por se tratar de um assunto sério. Depois de encontrar algumas fontes de inspiração, eu enfim decidi embarcar nesse universo. E só tenho a agradecer pela motivação que vocês me deram para continuar até o final.
Espero que essa história alcance ainda mais pessoas, porque ela com certeza se tornou uma das mais especiais para mim. E só tenho a agradecer a cada um de vocês que acompanharam ela por aqui. Me diverti muito lendo cada comentário. Sério, muito obrigada! ♡
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