20
Jimin prendeu a respiração quando Minjeong entrou em seu apartamento. Não era sujo — na verdade ela era uma pessoa bem organizada —, mas tampouco era impressionante.
A morena tentou ver o lugar pelos olhos dela. Um sofá encostado em uma das paredes diante de uma TV de tela plana. No fundo ficavam o banco de levantamento de peso e os halteres, bem-arrumados. O saco de pancadas estava pendurado perto do corredor, em uma violação flagrante do contrato de aluguel.
A cozinha era simplista, com bancada de mármore, geladeira e uma mesa de madeira com quatro cadeiras. Ela deixava uma planta em cima do móvel para dar alguma cor, porque gostava daquele tipo de coisa. Um armário de metal ficava encostado à parede dos fundos, com contas e papéis avulsos em cima.
Minjeong tirou os sapatos e os colocou ao lado dos outros calçados dela. A mochila foi largada distraidamente no sofá enquanto ela examinava os livros alinhados em uma prateleira suspensa.
— Você guarda em ordem alfabética.
Jimin não conseguiu segurar o riso. Minjeong nunca agia conforme o esperado.
— Ficou impressionada?
— Acho que sim.
Ela observou a coleção de livros com os lábios entreabertos, como se tivesse encontrado o santo graal, e Jimin precisou se esforçar para não ficar sorrindo como uma idiota. Nenhuma de suas namoradas anteriores se importava com aquilo, muito menos compartilhava do seu interesse pela literatura.
Tentando manter a pose, ela tirou os sapatos e colocou junto aos dela.
— Pode pegar algum emprestado se quiser.
Minjeong sorriu.
— Obrigada.
— Posso te recomendar algum depois. — Ela segurou um sorriso e passou a mão pelo cabelo. — Fica à vontade enquanto guardo minhas coisas.
Em vez de ficar na sala, ela a seguiu e sentou na beirada da cama, sorrindo enquanto examinava o espaço com olhos curiosos. A presença dela ali era tão inusitada que Jimin teve que se perguntar onde estava com a cabeça quando a levou para casa.
Provavelmente só queria se atormentar com aquilo.
Ali era uma zona livre de garotas, o local em que colocava a cabeça em ordem. Quando tudo terminasse, como serenaria seus pensamentos tendo lembranças dela sentada na sua cama, à sua espera, sorrindo para ela daquele jeito?
Jimin se enfiou no closet e olhou para as peças de roupa, lembrando uma época em que não vivia com a corda no pescoço. Então deixou sua mochila ali e voltou para o quarto.
Minjeong estava acomodada sobre suas cobertas, deitada em seu travesseiro com uma expressão de puro êxtase no rosto. Uma cena estranhíssima. Que não deveria deixá-la excitada.
Mas deixou.
Ela deu alguns passos a frente e se inclinou sobre a ruiva.
— Agora que encontrou meu travesseiro e meus lençóis, não precisa mais de mim. É isso? — ela murmurou.
Minjeong abriu os olhos num movimento repentino, ficando toda vermelha.
— O cheiro é tão bom...
— Não passou pela sua cabeça que podem estar sujos?
Ela arregalou os olhos e jogou as cobertas longe. Parecia que ia passar mal, como se estivesse se sentindo traída.
Antes que ela começasse a hiperventilar, Jimin deitou na cama e a puxou para junto de si.
— Só eu durmo aqui, MJ. Era brincadeira. E sempre tomo banho antes de deitar.
Ela deu um soco fraco no ombro dela.
— Não tem graça nenhuma, Jimin.
— Desculpa. — A morena afastou os cabelos do rosto dela e beijou a ponta do seu nariz. — Só estava provocando você. Nem pensei... nas outras... até ver sua reação.
— Você nunca trouxe nenhuma garota aqui?
Minjeong estava com ciúme? Ela queria que a ruiva estivesse? E como...
— Nunca. Nem mesmo minha ex-namorada.
Ela contorceu os lábios como se estivesse mordendo a bochecha por dentro. Então fez menção de se levantar, e Jimin disse a si mesma para soltá-la. Aquele era um espaço pessoal, e não lhe faria bem ter lembranças dela na sua cama.
Solta.
Mas seus braços se recusaram a obedecer. Ela a puxou mais para perto, para que seus corpos se alinhassem perfeitamente, como se fossem feitos um para o outro.
— Não mantenho mais nenhuma relação com ela, Minjeong.
— Ah, não?
Ela pareceu tão animada que Jimin não conseguiu se segurar:
— Não. Além disso, você não é só mais só uma namorada falsa para mim.
— No bom sentido, né? — Minjeong perguntou com um sorriso nervoso.
— No melhor sentido possível. — Jimin acariciou os cabelos soltos dela, que fechou os olhos e se aninhou à carícia, confiando nela de uma forma que a fazia se sentir vulnerável. — Você adora fazer isso, não é?
Ela deu uma risada baixa e se afastou.
— Sempre me sinto confortável, então acho que posso dizer que adoro sim.
— Bom, eu adoro beijar você — Jimin confessou.
Minjeong passou as pontas dos dedos de leve pelos lábios dela.
— Então posso te beijar agora?
— Não precisa nem pedir. — Ninguém nunca tinha feito aquilo. O que talvez fosse o motivo pelo qual a deixava maluca.
— Posso beijar você quando quiser? — Minjeong observava sua boca como se fosse uma coisa boa demais para ser verdade.
— Pode.
A ruiva colou os lábios nos dela e a beijou como se fosse um balão de oxigênio e ela estivesse morrendo sufocada. Jimin desceu as mãos pelas costas dela e a puxou para junto de seu corpo. Ela fez força para se aproximar mais, enroscando os dedos em seus cabelos enquanto se derretia toda no beijo.
Cada parte dela era de uma maciez impressionante. Jimin adorava a forma como as coisas haviam progredido em relação a elas. Nunca tinha se sentido tão bem por estar com outra garota quanto naquele momento. Interrompendo o beijo, ela mordicou seu lábio inferior de leve.
— Acho melhor voltarmos para a cozinha ou nosso almoço vai ficar em segundo plano
Minjeong baixou a cabeça daquele seu jeito tímido e riu. O sorriso suave e o brilho no olhar dela, porém, pareciam dizer a Jimin que ela não se incomodaria nenhum pouco com aquilo.
Ainda assim as duas passaram a hora seguinte entretidas com o que Jimin definiu como o almoço do século. E quando voltaram para o quarto apenas se deitaram na cama para assistir a um dos filmes que a morena recomendara. Na verdade, Minjeong viu. Jimin ficou olhando para ela, penteando seus longos cabelos com os dedos.
Minjeong apoiou a cabeça no ombro dela, com os olhos voltados para a TV de tela grande pendurada na parede do quarto. De tempos em tempos, suspirava ou ficava tensa, reagindo à história, e suas pernas descobertas se mexiam sob o short e a bainha de um dos moletons que ela comprara quando as duas saíram juntas.
Jimin não sabia descrever como se sentia ao vê-la com roupas mais casuais, ou ao tomar conhecimento de que ela levara a sério a sua opinião, mas era uma sensação boa. A morena vinha se sentindo bem nos últimos tempos — toda vez que Minjeong sorria, pedia um beijo ou chegava perto dela, mas também quando nem estavam juntas. Ela passara a semana inteira num estado de euforia, sorrindo ao pensar nela.
Não havia dúvida.
Estava perdidamente apaixonada.
Ela sabia que era só uma coisa temporária, que não era de verdade, que não havia como terminar bem, mas tinha feito algo proibido para si: ficara caidinha por uma garota.
— Então ela salvou a vida dele, mas agora está escondida atrás da cortina fingindo ser uma velhinha. Ele vai ver a cara dela em algum momento? — Minjeong perguntou, atraindo a atenção dela. — Ele vai se apaixonar por ela?
— Quer mesmo que eu conte?
Minjeong ficou pensativa por alguns instantes, então fez que sim com a cabeça.
— Quero. Me conta.
Ela deu risada e a puxou para mais perto, beijando sua testa. A ruiva era séria e pensativa, mas também cheia de caprichos. Jimin adorava aquilo.
— Não. Você vai ter que ver para descobrir. — Sem conseguir se segurar, ele beijou seu queixo e mordeu sua orelha. Era muito bom tê-la tão perto. Ela tinha sido feita para amá-la.
Minjeong cruzou os braços.
— Por que ela não se deixa ver? Está na cara que gosta dele.
— Porque ela sabe que os dois nunca vão poder ficar juntos.
— Por que não?
— O pai dela é um vilão. — Aquilo fez Jimin pensar em si mesma e em seu pai, o que a destroçou por dentro.
— Mas ela não é — Minjeong insistiu. —Eles podem dar um jeito.
Jimin não disse nada. A heroína do filme não era má pessoa, mas Jimin ainda estava sub judice. Procurava andar na linha, mas quando as coisas ficavam feias e ela sentia que a vida a sufocava, pensamentos ruins passavam por sua cabeça. Um atalho, uma forma mais fácil de se libertar, uma trapaça. Ela conhecia as pessoas. Seria fácil aproveitar-se delas. Não havia muita coisa que a impedisse de fazer aquilo além de um código de ética um tanto vacilante e o desejo de não seguir o mesmo caminho do pai.
Se ela fosse uma pessoa melhor, contaria a Minjeong sobre seu passado e abriria mão dela. Mas não se sentia capaz de fazê-lo. Queria mais contato, e não menos. E aquele relacionamento a estava ajudando. Dava para sentir. A cada dia, a confiança dela crescia. Minjeong sorria, dava risada e até fazia piada. Em pouco tempo, perceberia que estava pronta para seguir adiante.
Até lá, Jimin estava decidida a aproveitar cada momento ao lado dela. Passando o nariz naquele pescoço sensível, ela subiu uma das mãos pela cintura macia dela, por baixo do moletom.
— Apenas relaxe. Você é linda demais para eu conseguir ignorar — ela murmurou no ouvido dela, gostando de vê-la estremecer.
— E como você espera que eu ignore isso? Achei que... — A ruiva respirou fundo quando ela deslizou os dedos por baixo do short dela, e jogou a cabeça para trás.
— Presta atenção no filme. Você pode perder alguma coisa.
Minjeong tentou obedecer — como sempre fazia —, mas não demorou para desistir e agarrá-la num beijo profundo, que levou a outro, e mais outro, e mais outros... Minutos depois, ela estava puxando seu moletom, e Jimin percebeu que aquela era a primeira vez que Minjeong a despia. Garotas diferentes já tinham feito aquilo. Naquele momento, não conseguia se lembrar do rosto de nenhuma.
Havia apenas Minjeong.
Elas trabalhavam juntas, com os braços se cruzando e se entrelaçando enquanto puxavam os moletons uma da outra. A ruiva acariciou seus seios por cima da camisa com as mãos pálidas e roçou de leve os mamilos nela, fazendo a pele de Jimin se incendiar.
Ela passou os dedos pela clavícula dela, rumo ao vale entre os seios cobertos pelo sutiã, descendo pela barriga lisa e chegando à cintura do short. Depois que Minjeong deu permissão, ela baixou o zíper pela bela curva do quadril dela.
— Tira o short, Minjeong. Se não puder tocar você, vou enlouquecer. — Ela precisava de suas mãos no meio das pernas dela, precisava sentir aquele gosto.
A ruiva se ajoelhou e baixou o short. Em seguida, voltou a sentar, acabou de tirá-lo e a colocou sobre o criado-mudo. Minjeong a espiou por entre batidas de cílios enquanto dobrava as pernas sob o corpo e mexia nos punhos abertos da camisa social que usava por baixo do moletom. A peça desabotoada revelava o conjunto de calcinha e sutiã branco e sua pele impecável.
— Você ainda está vestida demais — Jimin falou.
Ela arrancou a camisa com um movimento tímido dos ombros e abriu o sutiã, deixando a peça cair. Jimin quase soltou um grunhido com a visão daqueles seios. Então ela desviou o olhar e começou a passar as mãos nos cabelos com movimentos incessantes.
— Eu fico sem reação quando você me olha assim — Minjeong murmurou.
— Assim como? — Ela murmurou, rouca, imaginando se a ruiva conseguiria dizer.
— Como se q-quisesse...
— Lamber? Chupar?
Seu rosto ficou vermelhíssimo, mas ela assentiu.
— Vem cá.
Minjeong engatinhou até ela e se aninhou no seu corpo, passando o nariz em seu pescoço enquanto deslisava as mãos por baixo da camisa e agarrava suas costas. Os mamilos roçaram o peito de Jimin, que não conseguiu resistir à tentação de agarrar aqueles seios e brincar com eles. A respiração dela estava acelerada contra seu pescoço, e morena sentiu os dentes dela na pele.
— Você está muito mais vestida do que eu, Jimin.
— Então tira para mim.
Os olhos dela se acenderam, e um sorriso se insinuou em seus lábios. Minjeong gostou muito da ideia de despi-la. Passou a mão pela camisa dela antes de arrancá-la e colocá-la com cuidado sobre o criado-mudo. Era um gesto simples, mas que fazia Jimin querer se agarrar a ela e nunca mais largar.
O sutiã também foi tirado e colocado sobre o criado-mudo. Quando a atenção dela se voltou de novo para ela, Minjeong perdeu o foco. As mãos famintas passearam por seus braços, seu abdome, contornando seus seios antes dela beijar o espaço entre eles.
— Adoro sentir sua pele.
— Você não me parece ser do tipo que gosta muito disso.
— Em você eu gosto — ela disse simplesmente.
Jimin a puxou pelos quadris e se inclinou na direção dela para acariciá-la com as mãos.
Minjeong deixou a cabeça cair para trás, e seu corpo amoleceu. Jimin era boa, mas nunca tinha sido tão boa quanto agora. Era como se Minjeong fosse especialmente programada para reagir ao seu toque. E só ao seu. Aquilo encheu a morena de pensamentos possessivos.
Ela começou a tocá-la de um jeito mais bruto, e sua boca tomou a dela com ardor. Foi um beijo selvagem entre dentes e línguas, mas Minjeong não protestou. Igualou sua pegada à dela e continuou beijando-a até ficar ofegante.
Jimin estava despreparada quando ela levou a mão por baixo da calça dela. O prazer dominou seu corpo em uma onda fervente. Os músculos de seu estômago se flexionaram. Ele lutava para recobrar o fôlego.
— Adoro essa parte sua — Minjeong murmurou enquanto a acariciava por cima da calcinha. — Me mostra como te agradar.
Um vago senso de autopreservação lhe dizia para rechaçá-la, avisando que não era prudente muni-la de armas que levariam à sua própria ruína, mas, como sempre, Jimin não conseguiu negar. Desceu a calça juntamente com a última peça de roupa a cobrir o seu corpo e quase perdendo a cabeça quando os olhos dela se turvaram de desejo.
— Assim. — Ela posicionou os dedos dela sobre si com um grunhido e mostrou o ritmo que preferia, a pressão que a fazia enlouquecer, coisas que jamais mostrava a suas ficantes.
Porque Minjeong era diferente. Estava totalmente concentrada em agradá-la. Porque queria aprender como fazer aquilo com outra pessoa ou porque ela era mais importante que qualquer uma com quem já tivesse estado? Jimin não sabia. Mas a queria do mesmo jeito.
A precisão e o calor de seu toque, mas sobretudo o conhecimento de que era ela, roubava-lhe a força, colocando-a a sua mercê. Os olhos dela atentos, vendo como nadava no prazer que estava lhe proporcionando. Quando Jimin gemeu, ela se aproximou e a beijou com ardor. Quanto mais ela mexia, mais desvairado ficava o beijo, até ela estar arfando tanto quanto a morena.
Jimin passou as mãos pelas costas dela e enroscou os polegares no elástico da calcinha, puxando a peça para baixo. Depois de deitá-la de novo na cama, ela arreganhou as coxas dela e apreciou a visão a sua frente. Seus dedos a acariciaram à vontade antes de penetrá-la.
Era quente e apertada. Perfeita para ela. Seu corpo todo era um enorme acúmulo de desejo.
— Minjeong, você não imagina o que está fazendo comigo...
— Jimin — ela gemeu, sem parar de mexer as coxas. — Não fala isso.
A morena fez uma pausa. Ela dizia que não, mas seu corpo... O peito de Minjeong subia e descia, arfante, com seus dedos comprimidos lá dentro.
— Acho que você gosta quando eu falo essas coisas — ela murmurou. Minjeong balançou a cabeça negativamente de forma frenética.
— Fico com vergonha.
— Você só precisa relaxar, MJ.
A ruiva fechou os olhos e afundou o rosto nos lençóis.
Com a mão livre, Jimin segurou o centro e começou a acariciá-lo de forma lenta e constante. Ela levou o dorso da mão à boca e a comprimiu um pouco mais, ainda que não com tanta violência quanto antes.
Minjeong gostava de ouvir. E muito.
O que era ótimo. Porque Jimin gostava de falar.
— Acho que é o que eu digo — ela retrucou, continuando a acariciá-la com as duas mãos.
Minjeong arqueou o corpo e se agarrou às cobertas, dizendo o nome dela.
Os mamilos dela chamaram a atenção de Jimin, e a língua dela se enrolou toda dentro da boca ao relembrar o sabor e a textura.
— Você precisa de mais?
Ela assentiu com a cabeça, como se verbalizar aquilo fosse demais.
A mente dela precisava ser seduzida tanto quanto seu corpo, e pelo jeito seu cérebro brilhante gostava muito de Jimin. Ela sabia que era só uma namorada num relacionamento simulado, mas Minjeong reagia a ela como ninguém.
Ela encerrou a tortura para ambas as partes e enfiou um mamilo delicioso na boca.
— Você é toda doce, Minjeong.
Ela começou a se remexer ainda mais depressa em torno de sua mão.
— Já vai gozar para mim? Tão depressa?
Um resmungo escapou dos lábios dela. Minjeong ficou tão tensa que a morena achou que não teria mais volta, mas, depois de um instante de respiração suspensa, os músculos dela voltaram a relaxar.
— De repente é melhor tentar outra abordagem — ela murmurou, passando os lábios pela barriga dela.
Os músculos internos dela se contraíam ao redor de seus dedos, e Jimin percebeu que faltava pouco. A ruiva cravou os dentes no lábio inferior e jogou a cabeça para trás, respirando fundo.
Jimin tocou o centro com a ponta da língua antes de dizer:
— Me diz se alguma coisa te incomodar, tá?
— Tá.
— Apesar de que acho que você vai fazer como da última vez, né?
Ela sorriu com a boca colada ao lençol.
— Não.
— É mesmo?
Com um sorriso ainda mais largo, ela balançou a cabeça.
Jimin a lambeu de novo, sugando com uma leve pressão, e ela se arqueou toda na direção de sua boca. Estava no limiar do orgasmo, exatamente onde ela queria.
— Então se eu te provocar — a morena beijou a coxa dela. — Você não vai... — Ela marcava cada palavra com um beijo em seu centro úmido. — Perder. A. Voz?
A ruiva deu uma risada, um som que reverberou nela por dentro e por fora, acendendo uma chama intensa de felicidade. Jimin adorava ouvi-la rir.
Adorava vê-la sorrir. Adorava...
Ela interrompeu os pensamentos. Não era hora de pensar muito. Era hora de sentir. Ela abocanhou o centro, e a risada dela se transformou num longo gemido. Minjeong enfiou os dedos nos cabelos dela, se esfregando contra seu rosto, e ela se perdeu no sabor, no cheiro e nos ruídos eróticos dela, na sensação de prová-la com a língua. Não havia nada igual.
Ela prendeu as mãos nos seus cabelos e torceu os fios entre os dedos. E pensar que ela tinha gostado do sexo quando estiveram juntas pela primeira vez...
Mal sabia ela que havia muito mais a ser descoberto desde então.
Jimin era extremamente atenta e meticulosa em suas explorações, respeitando o próprio tempo dela, exceto quando a estava levando às alturas do prazer. Ela abocanhou seu centro antes de lamber de novo, sugando com uma leve pressão, e Minjeong se arqueou toda na direção de sua boca.
As palmas de suas mãos subiram até suas nádegas e a apertaram com força, enquanto ela continuava a tomar a ruiva com a boca. Sabia o que mais gostava, sabia exatamente como devia chupá-la, lambê-la e penetrá-la com a língua.
Fechando os olhos, Minjeong conseguiu sentir tudo, o momento, a intensidade daquela língua lasciva entre suas pernas e a sensação trêmula que ela sentiu quando chegou ao clímax e seu sexo se comprimiu violentamente. O orgasmo foi como uma onda que se quebrava em seu corpo. Ela estremeceu inteira enquanto Jimin continuava a chupá-la num ritmo incessante. Minjeong tentou acompanhá-la, mas as convulsões poderosas que percorriam seu corpo dificultavam sua coordenação.
A morena continuou, lambendo até a parte superior do sexo, mexendo a língua, dando-lhe muitas oportunidades de ver o que ela estava fazendo, ostentando-se ao atiçá-la...
Quando Jimin, finalmente, deixou seu cerne, seus lábios estavam úmidos e avermelhados, e então ela esfregou a língua por eles enquanto a encarava com olhos entreabertos.
— Jimin, eu não... — Minjeong falou, ofegante.
— Relaxe. — A morena disse, arqueando-se sobre ela e levando os lábios ao seu pescoço. — Você é perfeita. E estamos apenas começando.
Não demorou para que Jimin voltasse a seduzir seu corpo e sua mente... Quando ela olhou para a TV de novo, estava na tela do menu. O filme tinha passado inteiro enquanto se ocupavam com outra coisa. Depois de um banho rápido e desligar a TV e as luzes, elas se deitaram. Minjeong murmurou alguma coisa junto a seu peito e deu um beijo sonolento em seu pescoço.
Jimin sentia uma possessividade misturada com carinho. Afastou os cabelos do rosto dela e passou os dedos no ombro macio iluminado pelo luar.
Sua Minjeong. Por enquanto.
Até que ela decidisse que bastava de simulação. Ou descobrisse tudo o que escondia.
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