13
Minjeong acordou lenta e gradualmente. Percebeu a luz do sol sobre o rosto, o latido distante do cachorro do vizinho e o cheiro de Jimin, que a cercava por completo, quente e concentrado. Ela se enfiou sob os lençóis com um sorriso de alegria.
Um peso considerável ao seu lado a impediu de se enrolar no lençol, e Minjeong franziu a testa. O que era aquilo? Levantou as cobertas e ficou olhando, em choque, a perna que envolvia sua cintura. Sua cintura coberta apenas pela camisa social. Ela havia dormido sem pijama.
E não seguira sua rotina. Estava toda suja. E sua boca... Um ecossistema inteiro devia estar se formando nela para bactérias resistentes a antibióticos. Minjeong levantou da cama num pulo, totalmente concentrada em correr para o banheiro. Fio dental, escovação, chuveiro, pijama.
Jimin a puxou de volta e beijou sua nuca.
— Ainda não.
— Estou nojenta. Preciso me limpar. Eu...
Jimin chupou seu pescoço e puxou seus quadris, se projetando para a frente e cercando-a.
O corpo dela quase entrou em colapso. Seus braços e pernas enfraqueceram. Minjeong sentiu um calor tomar conta de si. A intensidade do desejo a deixou assustada e envergonhada. Ela precisava segurar sua mente e seu corpo. Mas seu autocontrole tinha ido para o espaço.
— Bom dia. — A voz dela, rouca e áspera, provocou um arrepio em sua espinha.
— B-bom di... — Uma mão se enfiou por dentro de sua camisa e agarrou um seio. Ela deveria ter entrado em pânico, mas não foi o que aconteceu. Jimin a acariciou sem pressa, despertando uma sensação potente em seu ventre. Quando começou a descer, os músculos da barriga dela se contraíram.
— Quero passar a mão em você aqui. — Jimin pôs a mão espalmada sobre seu sexo num movimento ousado, e o calor do toque por cima da calcinha a deixou em chamas.
Minjeong agarrou o pulso dela com a intenção de afastá-la, mas sua mão se recusava a colaborar. O antebraço de Jimin era firme, com uma musculatura bem definida e pele macia, o que a distraía.
— Isso é uma permissão? — murmurou ela. Minjeong queria, mas não sabia como lidar com aquele seu lado. Seu corpo a mandava dizer “sim”. Sua
mente a empurrava para o “não”.
O corpo venceu a batalha, e seus quadris se arquearam na direção da mão dela. Jimin puxou de lado sua calcinha, beijando sua nuca enquanto traçava com o dedo a entrada úmida de seu corpo. Uma respiração profunda abalou seus pulmões. O pânico e o prazer entraram em colisão.
— Você já está molhadinha, Minjeong. Parece que você é do tipo que vai de zero a cem em menos segundos.
— Isso é algo ruim? — Ela tentava desesperadamente se agarrar a um pensamento coerente. Precisava raciocinar o tempo todo, medir seus atos e suas palavras. Quando se soltava, sempre cometia erros; se atrapalhava, chateava os outros e morria de vergonha.
Jimin continuou tocando-a de leve, circulando seu sexo com movimentos enlouquecedores. Os dentes dela roçaram sua pele antes de dar uma lambida e um beijo em sua nuca. Um arrepio se espalhou por sua pele.
— Definitivamente não — ela falou.
— Por que não? — A ruiva esfregou os pés nas pernas de Jimin, cravando as unhas nos braços dela. Sai de perto. Chega mais. Recupera o controle. Deixa rolar.
— Não acho que devemos falar sobre isso agora — Ela enfatizou a palavra “agora” com movimentos bem próximos de seu centro. Ela estremeceu, à beira do orgasmo.
Jimin mordeu sua orelha.
— Você está quase gozando. Não precisei fazer nada.
— É porque estou fantasiando com você desde quinta passada. — Ela nem acreditava no que havia dito.
Jimin parou de tocá-la e sentou. Com uma expressão suave, afastou as mechas de cabelo do rosto rela.
— E o que a Jimin da sua fantasia faz?
— Tudo.
Jimin deu risada e a encarou com mais intensidade.
— Ela faz você gozar com a boca? Porque a Jimin da vida real está a fim disso.
Minjeong se contorceu toda, como se a necessidade de satisfazê-la estivesse em guerra declarada com suas inibições. Aquilo era uma coisa que a Jimin de suas fantasias não tinha feito.
Ela cravou os dentes no lábio inferior e agarrou com força os lençóis. Uma espécie de ansiedade se abateu sobre ela. Jimin era uma garota popular. Como ela poderia competir com todas as garotas que tinham vindo antes?
— Não quero que seja um incômodo para você.
— E não é.
— E como a experiência pode ser boa para você também? Algumas garotas são melhores em receber sexo oral do que outras? O que elas fazem? — Não que Minjeong quisesse ser apenas boa naquilo. Queria fazer com que todas as outras fossem esquecidas para sempre — mas eram tantas.
— O que está se passando dentro dessa cabecinha genial? — Perguntou Jimin, perplexa.
— Eu só... Preciso... Acho que...
— Já chega de pensar — a morena falou, levando um dos polegares aos lábios dela. Jimin deslizou as mãos quentes por seus ombros até seus pulsos,
entrelaçando os dedos das duas e juntando as palmas. Seus músculos ficaram tensos, e ela ficou com medo de não reagir do jeito certo. O que deveria fazer? Sabendo que a morena queria lhe proporcionar prazer, queria permitir aquilo, deixá-la contente.
— Minjeong, você está travando. — Os olhos dela procuraram os seus, preocupados.
— Desculpa. — Minjeong sentiu o suor entre as mãos e os dedos das duas e fez uma careta. Seu coração disparou. Estava estragando tudo.
Jimin a pegou nos braços e a abraçou, acariciando seus cabelos com movimentos lentos.
— É porque falei que queria fazer aquilo com você? Não precisamos fazer nada.
Minjeong apoiou a testa no pescoço dela e respirou fundo para sentir seu cheiro.
— Nunca tive um orgasmo com outra pessoa — confessou ela.
Jimin se afastou e balançou a cabeça. Quando ia começar a falar, voltou a fazer um gesto negativo com a cabeça.
— Você nunca... nunca mesmo?
Ela sentiu seu rosto tão quente que, se estivesse de óculos, as lentes ficariam embaçadas.
— Já. Mas sozinha.
— Você não gosta? — Questionou Jimin.
— Não, eu gosto. — Ela soltou o ar com força e tentou organizar seus pensamentos para formular uma explicação coerente. — Só acho mais seguro ter essa experiência sozinha. Já fiz sexo antes, e foi bem ruim. Para ser sincera, pareceu nojento. Queria que fizesse eu me sentir mais próxima de alguém, mas só serviu para me distanciar ainda mais. Não quero que isso aconteça com você.
— Mas eu estava curtindo junto com você. E adorando.
Ela respirou fundo.
— Eu acredito em você... Mas também sou competitiva demais.
Jimin deu um beijo de leve em sua testa.
— Certo. E?
— Isso significa que quero agradar você mais do que qualquer outra garota.
— Minjeong, sou eu quem deveria proporcionar prazer aqui.
— Você não tem essa obrigação...
Jimin soltou um grunhido de frustração e a abraçou com mais força.
— O que eu faço com você? Está nos meus braços, excitada e ainda não está pronta.
Minjeong suspirou e se aninhou no peito dela, passando os dedos distraidamente em seus bíceps.
— Podemos passar fio dental, escovar os dentes, tomar banho e pôr uma roupa.
Jimin afastou as cobertas.
— Vamos lá, então.
\[...]
— Você não tem nenhuma roupa casual?
Jimin afastou os cabelos úmidos e beijou o pescoço dela enquanto Minjeong ajeitava o colarinho da camisa social sob um dos seus sueteres largos.
— Nunca precisei desde que entrei na faculdade, então doei tudo — ela falou.
— Então você tinha algumas? Ou eram jeans claros e camisas sociais?
Enquanto falava, Jimin passou os braços envolta de Minjeong e a puxou para junto do peito.
Sua mente ficara enevoada, mas de um jeito bom. Distraía sua atenção da dor de cabeça que sentia, e do fato de que estava completamente fora da rotina, o que em geral a deixaria irritada e frustrada até que as coisas voltassem ao normal.
— Eram, sim, jeans e camisas. Como é que você me conhece tão bem?
Minjeong sentiu um hálito quente na orelha quando ela deu risada.
— Você é meu quebra-cabeça favorito. Queria te ver usando algo mais leve, tipo shorts e moletons.
— Não tenho nenhum.
— É domingo. Podemos ir fazer compras.
Ela se virou, sentindo um pico de ansiedade ao contemplar a ideia de sair em público para algum lugar novo para experimentar roupas incômodas e provavelmente cobertas de pó misturado com fezes de rato tiradas de um depósito qualquer.
— Mesmo se comprasse alguma coisa hoje, eu precisaria fazer uma série de modificações antes de usar.
Jimin a encarou com interesse.
— Você tem alguma restrição com tecidos?
— Bom, adoro algodão. Seda também. Até tolero materiais sintéticos, como acrílico e lycra, desde que sejam macios, mas não suporto coisas duras, como brim, lã, caxemira ou angorá.
Um sorriso de satisfação surgiu na boca dela enquanto a observava falar sobre aquilo com propriedade.
— Minha namorada de mentira parece entender muito bem de tecidos. Impressionante.
O elogio fez um calor se espalhar pelo seu corpo, mas sua mente se incomodou com o título de “namorada de mentira”. Minjeong não gostava daquilo, mas sabia que precisava ser realista quanto ao que podia ou não conseguir. Era melhor se concentrar no momento agradável que estavam tendo agora.
— Minha costureira não compartilharia do seu pensamento, ela me acha maluca. E vive me espetando. Não tenho certeza se é sem querer.
Os músculos de Jimin se enrijeceram sob as mãos dela, e ela corrigiu a postura. Com um tom de voz irritado, perguntou:
— Como assim? Ela espeta você de propósito?
Aquilo era... por causa do que a costureira fazia com ela? O pensamento fez o corpo de Minjeong fervilhar. O ressentimento que guardava em relação à mulher ficou para trás.
— Em defesa dela, eu sou bem exigente. Ela diz que sou uma diva — Minjeong comentou.
— Isso não justifica. Ela deveria controlar melhor os alfinetes. Não é tão difícil assim. — A morena cerrou os lábios e passou a mão nos cabelos. — Além da questão dos tecidos, você é exigente como?
— Ah, bom, eu... — Ela recolheu as mãos e as entrelaçou para não começar a tamborilar os dedos. — Sou bem implicante com coisas que ficam em contato com a pele. Etiquetas, costuras malfeitas e sobras que ficam pinicando, fios soltos, partes da roupa em que o tecido fica apertado ou folgado demais... Não sou uma diva, só...
— Uma diva — repetiu Jimin com um sorriso provocador.
Ela franziu o cenho.
— Tudo bem, então.
— Bom, estou esperando a sua resposta. — Jimin acariciou sua bochecha com o polegar. Então deu um passo à frente e envolveu seus braços ao redor dela.
Ela segurou-a contra o peito e apoiou o queixo no topo da cabeça. A força de seu aperto e a tensão de seus músculos lembraram Minjeong de como ela a abraçou mais cedo, quando elas ainda estavam na cama. Quando o mundo dela se inclinou em seu eixo.
Aquele não era o toque de uma garota atrás de uma conquista sexual, nem era o toque de uma amiga amável que compartilhava daquele momento casualmente. Jimin a tocou como se ela fosse preciosa, como se a morena mal pudesse suportar que ela ficasse fisicamente afastada dela.
Ela respirou fundo contra o peito dela e manteve os braços ao lado do corpo.
Jimin beijou a cabeça dela.
— Vamos sair para fazer compras? Eu adoraria passar o dia com você.
— Por quê? — Sua voz foi abafada contra sua camisa.
— Minjeong — ela sussurrou. — Você realmente tem que fazer essa pergunta?
Quando a ruiva não respondeu, ela se afastou.
— Porque eu aprecio a sua companhia. Na verdade, os melhores momentos do meu dia tem sido quando estou ao seu lado.
Minjeong procurou sua expressão. Em seus olhos ela viu uma ansiedade esperançosa. Sua testa estava enrugada de preocupação, como se Jimin estivesse preocupada com o que ela poderia dizer.
Ela assentiu e descansou sua bochecha contra o peito dela.
A tensão no corpo de Jimin se dissipou. Ela pressionou a boca na têmpora dela.
— Ótimo. — Ela roçou os lábios contra a testa dela. — Vamos agilizar as coisas por aqui e então podemos sair. Prometo que você vai gostar.
Depois de um breve café da manhã e de uma curta viagem até Apgujeong-dong, Minjeong se encontrava em uma das lojas de grife do bairro enquanto observava seu reflexo no espelho. Jimin estava apresentando uma nova categoria de vestuário para ela.
Roupas casuais. Principalmente, shorts, blusas e moletons.
Ela se sentia no paraíso. Não pinicavam nem um pouco e eram sempre adequadas ao seu corpo. Minjeong adorava se sentir envolvida pela roupa.
— Saia para eu poder ver — Jimin falou do lado de fora do provador. Mordendo o lábio para esconder um sorriso, ela abriu a porta e saiu.
O sorriso torto dela surgiu com toda a força, mostrando sua covinha por inteiro.
— Sabia.
— Gostou? — Ela passou a mão sobre a barriga e deu uma voltinha bem lenta.
Jimin levantou da cadeira e se aproximou, percorrendo suas curvas com olhos desejosos. Ela passou a mão por seu pescoço e seus ombros e por toda a blusa de mangas longas para entrelaçar seus dedos.
— Adorei.
— Estou me sentindo confortável.
Jimin a enlaçou pela cintura e a puxou para mais perto.
— Muito bom. — Ela roçou os lábios nos dela e depois na orelha e no pescoço, fazendo-a se contorcer toda e segurar uma risadinha.
Com o canto do olho, Minjeong viu a vendedora observando a cena. A garota formou com os lábios a palavra “sortuda” sem emitir som. A ruiva sorriu, apesar de não saber ao certo como se sentia. Nada daquilo era real. Ela estava precisando da ajuda dela. Não que se incomodasse com isso.
— Então vai levar?
— Vou sim. Ah, tem uns vestidos ali. — Seus olhos contemplaram as possibilidades.
Quando elas pararam para almoçar numa pequena padaria em estilo francês, estavam com três sacolas enormes de roupas. Jimin garantiu que vendiam ali os melhores sanduíches de Seul, tirando os asiáticos, o que Minjeong achou interessante, porque nem sabia que ela tinha essa preferência.
Esperava que os sanduíches da padaria francesa fossem bem altos e recheados de embutidos, mas quando chegaram constatou que eram simples baguetes com peito de peru, queijo suíço e manteiga. Pelo menos ela havia pedido um croissant de amêndoas também. À primeira mordida, sentadas a uma mesa do lado de fora, ela descobriu que a baguete era deliciosa.
— O segredo é o pão de qualidade e a manteiga. Se o principal for bom, o resto é acessório — Jimin disse com uma piscadinha. A ruiva ficou com a sensação de que ela não estava falando só de comida.
Como o movimento não era muito grande e o sol estava brando nas ruas por conta do inverno, Minjeong considerou que poderia fazer aquilo de novo. Sua programação normal de domingo tinha sido arruinada, mas ela estava aberta à criação de uma nova para os fins de semana. Era uma pessoa adaptável quando se tratava de Jimin.
A morena estava com uma calça jeans informal e uma jaqueta de basebol, e parecia uma modelo de revista — como sempre. Minjeong se deu conta de que as duas tinham passado a manhã toda comprando coisas para ela. Era muito egoísmo da sua parte.
— Quer ver roupas para você? — Minjeong olhou as lojas ao redor, tentando encontrar alguma que ela pudesse achar interessante.
Jimin balançou a cabeça com um sorriso divertido.
— Não, obrigada.
— Tem certeza? Não quer que eu compre alguma coisa para você?
Jimin a encarou com interesse.
— Você me compraria mesmo alguma coisa se eu quisesse?”
Minjeong baixou os olhos para os farelos no papel do sanduíche e confirmou com a cabeça.
— Tenho como pagar, se é isso que está perguntando. Não sei qual é a importância de falar em dinheiro, mas minha família ganha bastante e não tenho muito com que gastar. Adoraria comprar algo para você. Ainda mais se... — Ela se deteve antes que acabasse dizendo alguma coisa que a irritasse.
— Se o quê?
— Prefiro não dizer. Com certeza não seria apropriado.
Jimin inclinou a cabeça para o lado, com uma expressão mais cautelosa.
— Eu gostaria de saber.
— Eu ia dizer... — Ela respirou fundo, sem jeito. — Ainda mais se outra garota já comprou algum presente para você.
Jimin começou a dobrar o papel do sanduíche em um quadrado.
— Você está me perguntando se eu aceitei presente de alguma ex.
Ela estava certa de que sim, o que a deixava enfurecida.
— Estou.
— Na verdade, sim.
— Daquela loira da casa do Jackson.
Ela enrugou a testa.
— Também. Como você sabe?
— Ela não te deixava em paz. — A lembrança da garota dando em cima de Jimin voltou à sua mente, e Minjeong sentiu sua irritação crescer. A morena tinha transado com ela — provavelmente várias vezes. Minjeong apoiou os dedos na superfície de vidro da mesa, respirando cada vez mais depressa.
Jimin pôs a mão sobre a dela, e o coração de Minjeong acelerou.
— Eu não gosto de ganhar esse tipo de presente. Por favor, não se preocupe com isso.
— Tá bom. — Mas para Minjeong era impossível não pensar que ela havia aceitado o presente daquela garota porque gostava dela. Não era o que todo mundo fazia? Guardava as coisas que as pessoas que importavam lhe davam?
A ruiva queria que ela tivesse alguma coisa sua. O fato de Jimin não querer a deixava quase desesperada.
— Vai ser difícil se você começar a ter ciúme das minhas exs, MJ — ela falou, com os olhos fixos e um tom de voz sombrio, como se o fato de ser sua namorada de mentira fosse uma triste realidade que precisava ser aceita.
Várias e várias perguntas ficaram presas na garganta dela. Se ela estava incomodada, por que continuava com aquilo? Tinha lhe dito que não era a garota certa para se ter como namorada. Por que pensava algo assim? Teria algum segredo?
Por que não podia ser toda dela?
Mas naquele momento ela era. Não queria nada com aquela loira.
Não fora com ela que passara a manhã.
Enquanto terminavam o almoço, a última pergunta persistia no fundo de sua mente.
Por que não poderia ser dela de verdade?
Só havia uma resposta plausível: Jimin não queria.
Mas aquelas coisas não eram definitivas. No início de tudo, Minjeong tinha em mente aprender habilidades que a ajudassem a conquistar uma garota — provavelmente uma que ainda não havia conhecido. Mas por que se contentar com isso se podia ter Jimin? Ela poderia usar o que estava aprendendo com... ela mesma? Era possível conquistar uma garota como ela?
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