Capítulo 41

Jasmine Lestrange.

Acordo com um peso em minha cintura e braços musculosos agarrados possessivamente ao redor do meu corpo.

Piscava meus olhos lentamente enquanto abria um pequeno sorriso. O perfume de Mattheo estava por todo o meu corpo assim como estava em todo o meu quarto.

Me virando de frente para ele, observava seu sereno rosto. Mattheo parecia um sonho. Sua expressão relaxada com a boca um pouco aberta saindo roncos baixos, seus cachos espalhados por todo o travesseiro branco, seu pescoço levemente marcado pela noite anterior e peitoral nú com suas charmosas cicatrizes, no qual estava as contornando levemente.

Passava a ponta do meu dedo por todas as suas marcas admirando cada extensão e singularidade que tinham. Com o mesmo dedo, suavemente, contornava a cicatriz de seu olho.

A que mais gostava.

Um leve resmungo sai dos lábios desenhados de Mattheo fazendo meu sorriso aumentar. Ele me aperta mais ainda em seus braços fazendo com que me aconchegasse mais ainda neles. Coloco meu rosto em seu pescoço sentindo o seu cheiro.

Respiro fundo para inalar todo o perfume natural do seu corpo, constatando que estava com muitas saudades dele.

Levemente, inclino minha cabeça para cima, observando do despertador em minha mesa de canto da cama. Solto um leve resmungo ao ver que temos que levantar.

- Amor, acorda - sussurro enquanto distribuia leves selares por todo o seu rosto e o vejo abrir um pequeno sorriso - Acorda - sussurro novamente, distribuindo selinhos em sua boca.

- Bom dia, meu amor - murmura com um sorriso e olhos ainda fechados - Não para - pede quando não sente mais dos meus beijos em seu rosto.

Volto a distribuir os beijos em seu rosto e boca, fazendo ele me agarra ainda mais em seus braços e acabo por soltar uma leve risada. Ele abre seus olhos para me olhar intensamente.

Mattheo me beija lentamente colando nossas testas quando o ar nos faltou.

- Acordar desse jeito passou a ser a minha coisa favorita do mundo - sussurra olhando em meus olhos.

Abro um sorriso.

- Te acordarei assim todos os dias da minha vida - ele solta um sorriso ao escutar isso.

Após breves minutos apenas nos encarando, nos beijando e fazendo carinho um no outro, Mattheo começa a descer sua mão, que estava em minhas costas, para a minha bunda a apertando em seguida. Fecho os olhos com a sensação e sinto ele descer para minha coxa, também a apertando, e a colocando em cima de seu quadril, fazendo nossas intimidades se chocarem.

Solto um gemido pelo contato.

Sua mão volta para minha bunda, a apertando novamente, e, me empurrando mais ainda para ele, forçando ainda mais nossos sexos no outro.

Ele leva seus lábios para os meus em um beijo rápido.

- Sabe o que dizem sobre começar um dia bem? - pergunta subindo em cima de mim enquanto distribuia leves selares em meu pescoço e busto.

- Não sei - sussurro fechando os olhos - O que? - indago sentindo seus beijos desceram para meus seios desnudos.

- Sexo - chupa o bico direito do meu peito - Matinal - intercala com o esquerdo.

Arqueio minhas costas ao sentir de uma beliscada em um dos meus seios ao mesmo tempo que chupava o outro.

Minhas mãos correm para os seus cabelos, forçando-o a ficar com a cabeça enterrada naquele lugar. Ele se posiciona mais confortavelmente entre minhas pernas e as entrelaço em seu quadril.

Mattheo começa a roçar o seu quadril no meu para nos estimular fazendo com que tombasse a cabeça para trás e fechasse os olhos com mais força.

Minhas mãos começam a passear por todo o seu corpo de forma desgovernada, arranhando-o para tentar conter do prazer da esfregada que ele fazia em minha buceta.

Sua boca e língua faziam um excelente trabalho em meus seios ao mesmo tempo que minha lubrificação melava nós dois com os seus movimentos.

Um pequeno gemido sai de meus lábios, fazendo Mattheo subir seus beijos e lambidas para minha boca, me calando com um beijo quente.

Arranho com mais força suas costas e ele, levemente, puxa com os dentes meu lábio inferior, mordendo-o em seguida.

Ele para com os seus movimentos da parte de baixo e leva a mão até minha buceta, pressionando o dedão em meu clítoris, começando com os movimentos circulares. Penetra dois dedos de uma vez e sem parar com o seu dedão, ele começa a entrar e sair, ao mesmo tempo.

Meus gemidos começam a aumentar conforme os movimentos nas suas mãos.

Mattheo para bruscamente o que estava fazendo, levando sua mão toda melada para meu rosto e colocando os dois dedos em frente a minha boca para os chupar. Não demoro muito para fazer o que fora pedido.

Olhando em seus olhos, pego sua mão e a guio para minha boca, chupando-os sensualmente. Em todo o momento não cortava o contato visual, fazendo um sorriso sacana crescer nos lábios de Mattheo.

Ele se afasta o suficiente para pegar em seu membro e bombeá-lo por breves segundos, antes de se encaixar em minha entrada.

Mattheo agarra cada mão minha, colocando ao lado da minha cabeça e se abaixa para me beijar novamente, com um beijo afoito e ardente.

E enquanto ele me beijava, Mattheo se enterrava em mim lentamente. Nós dois soltamos gemidos com a boca colada uma na outra.

Seus movimentos eram lentos. Não precisávamos de algo selvagem naquela hora da manhã, precisávamos apenas nos sentir. A lentidão que as estocadas íam deixavam tudo mais apaixonante. Mattheo ia fundo o suficiente para senti-lo tocar em meu ponto.

Ele solta minhas mãos e posiciona as suas na lateral de meu corpo. Me deixando livre para movimentos, rapidamente agarro seus braços musculosos os apertando conforme o prazer que sentia.

Mattheo soltava gemidos baixos com os olhos fechados e boca levemente aberta. Meu olhar percorria cada centímetro do seu rosto coberto do prazer que proporcionava para ele.

Ele abaixa seu rosto mais um pouco, encostando nossas testas, deixando o sexo mais íntimo ainda. Seus movimentos não pararam em nenhum momento e muito menos aumentaram. Ele mantinha o ritmo constante de lentidão e fundo.

Ele abre seus olhos encontrando os meus, olhando para cada pedaço dele.

- Eu te amo tanto - sussurra contra meus lábios.

Me limito a apenas abrir um sorriso para ele, não conseguindo o responder. Mattheo estava me levando ao céu com sua lentidão.

Minhas mãos arranham levemente seu braço e nossos gemidos se uniam em uma deliciosa melodia.

Sem parar com seus movimentos, ele pega uma perna minha e a leva para seu ombro, dando mais liberdade nos movimentos e indo mais fundo.

Tombo ainda mais minha cabeça e reviro os olhos de prazer.

Mattheo começa a aumentar seu ritmo indo cada vez mais fundo. O barulho dos corpos se chocando agora se misturavam com os gemidos.

- Porra - solta Mattheo tombando a cabeça para trás e fechando os olhos.

- Eu vou... - não consigo terminar de falar.

Sentia o meu ventre borbulhar ao mesmo tempo em que minha buceta começava a se contrair em volta de Mattheo.

Suas estocas começam a acelerar novamente e o puxo mais para mim, o agarrando por completo. Mattheo leva seu rosto para a curvatura do meu pescoço, abafando seus gemidos e mordo seu ombro, tentando conter os meus.

Começo a me tremer em baixo dele e o sinto ir cada vez mais fundo. Duas estocadas depois, me desmancho nele e solto de um longo gemido. Sinto meu líquido escorrer por entre suas estocadas ao mesmo tempo que jatos quentes me preenchem por completo.

Mattheo morde meu pescoço quando se libera em meu interior, logo caindo em cima de mim. Nossas respirações estavam falhas e ofegantes. Ele ainda estava dentro de mim e o sentia latejar por causa do orgasmo, prolongando ainda mais a sensação de prazer que estava sentindo.

Levo minhas mãos para seus cabelos, os acariciando enquanto fechava os olhos, ainda sentindo de pequenos espasmos em meu corpo. Sinto beijos em meu pescoço subindo para meus lábios lentamente, me beijando.

Mattheo se ajeita em meu peito, deitando mais confortavelmente e me abraça, não parava de mexer em seus cabelos em nenhum momento.

Depois de alguns minutos naquela posição, ele sai de dentro de mim delicadamente, se levanta e segue para o banheiro. Mattheo volta logo depois me pegando no colo e me levando para o banheiro que estava com a banheira cheia e totalmente preparada para nós dois, fazendo entrarmos nela em seguida. Ele se senta e se ajeita atrás de mim, enquanto fazia o mesmo.

Me apoio em seu peitoral e o sinto abraçar minha cintura. Ele começa a fazer carícias em meus braços me deixando completamente arrepiada com seu toque e com meu dedo anelar, começo a fazer círculos em sua mão.

Após nosso banho e já completamente vestidos, me encontrava em frente a minha penteadeira escovando meus cabelos molhados enquanto observava Mattheo deitado em minha cama me olhando através do espelho, com um pequeno sorriso nos lábios.

- O que foi? - indago fazendo seu sorriso aumentar.

- Não sabia que a pequena Lestrange era uma ladrazinha - responde com graça, devido eu ter lhe emprestado roupas suas que estavam em meu guarda roupa.

Reviro os olhos com um sorriso nos lábios.

- Não sou nenhuma ladra.

- Então posso saber como a senhorita tem uma gaveta cheia de roupas minhas? - pergunta e faço uma falsa cara de quem estivesse pensando.

- Apareceram magicamente?

Ele solta uma gargalhada alta me contagiando. Pego minha varinha fazendo um aceno para secar meus cabelos, logo, começando a fazer uma leve maquiagem.

Com apenas uma base levinha no rosto, rímel e um batom clarinho nos lábios, me levanto e sigo para onde Mattheo estava, erguendo minha mão para ele que pega rapidamente.

- Podemos descer? - pergunto

- O que? - indaga com os olhos levemente arregalados e o encaro confusa - Seu pai está lá em baixo - fala o óbvio.

- E? - ainda o encarava confusa.

- Ele vai querer me matar ao ver que passei a noite aqui e ainda estar descendo de mãos dadas com você.

Reviro os olhos em graça e o puxo para sair do quarto comigo.

- Respira fundo e relaxa, ele não vai poder fazer nada, primeiro: você é o filho do Lord e segundo: nós estamos noivos, até parece que ele não sabe que dormimos juntos - sussurro em seu ouvido enquanto descíamos as escadas, o vejo ficar tenso ao meu lado.

Olho para Mattheo ao meu lado, que tinha um sorriso forçado nos lábios. Acabo por soltar uma gargalhada alta, atraindo atenção das duas pessoas sentadas na mesa completamente montada com muitas comidas.

Minha mãe foi a primeira a nos encarar, abrindo um sorriso em seguida enquanto se levantava e caminhava para perto de Mattheo, o abraçando.

- Mattheo, querido, que surpresa maravilhosa.

Sinto ele relaxar ao meu lado pelo abraço de minha mãe. Ele retribui automaticamente. Pandora afaga levemente os cabelos dele e deposita um beijo em sua bochecha, o deixando com as mesmas um pouco coradas.

Abro um sorriso com a cena.

Pego em sua mão o levando para mesa ao meu lado fazendo um prato aparecer magicamente em sua frente.

- Bom dia pai.

- Bom dia minha filha - ele me cumprimenta com um pequeno sorriso nos lábios e volta seu olhar para o meu lado - Mattheo - diz sério.

- Bom dia, Senhor Lestrange - Mattheo cumprimenta meu pai que apenas acena com a cabeça para ele, voltando a ler o profeta.

O vejo engolir em seco ao meu lado.

- Dormiram bem? - Canouplous pergunta sem tirar os olhos do jornal.

- Muito bem - respondo animada e sinto um apertão em minha coxa na mesma hora.

Rapidamente olho para Mattheo com os cenhos franzidos. Ele tinha a cabeça levemente abaixada enquanto bebia uma xícara de café. Sigo meu olhar para meu pai, que olhava para Mattheo por cima do jornal com um olhar sério e faiscando de raiva.

- Que bom, não é mesmo? - minha mãe pergunta retoricamente enquanto passava manteiga no pão - Me conta, Mattheo, já sabe o que quer fazer?

Após o desjejum, viemos para a biblioteca da Mansão Lestrange, e agora, me encontrava com a cabeça apoiada nas pernas de Mattheo em um dos sofás aleatórios que ficavam naquele cômodo. Ele estava sentado lendo um livro qualquer para mim enquanto fazia um delicioso afago em minha cabeça.

Escuto uma batida na porta e Amora, a elfa da família, entra dando pulinhos de felicidade.

- Meus senhores, o Senhor Canouplous disse para se arrumarem para a reunião com o Lord.

Aceno com a cabeça para ela e me viro para Mattheo.

- O que ele quer? - pergunto e o vejo ficar sério, encarando nenhum ponto específico.

- Não sei - responde

[...]

A Mansão Riddle estava mais sombria que o normal. Inúmeros Comensais circulavam livremente pela propriedade com prisioneiros em seus braços, uns clamavam por misericórdia e ou estavam desmaiados.

Eles eram levados para as masmorras onde eram escutados gritos a cada tortura sentida em seus corpos. Rastros de sangue eram vistos por todos os lados, principalmente na entrada do local, deixando o ambiente mais mórbido. Corpos mortos estavam jogados em um canto totalmente desfigurados e como se fossem animais. Sangues saiam pelas bocas, olhos e narizes.

A cena era terrível e enjoativa de se ver.

Estávamos parados na parte central da Mansão, apenas observando do horror em nossa frente. Me encolho para perto de Mattheo que aperta minha mão em forma de apoio. Estava completamente assustada com tudo o que via.

- Pai, o que está acontecendo? - pergunto apavorada em um sussurro para o homem ao meu lado, depois de ver um Comensal arrastando uma mulher pelos cabelos.

Canouplous estava sério e tenso, assim como Mattheo que tinha sua mão agarrada a minha, me impedindo de sair de perto dele. Seu aperto em minha mão aumentava cada vez mais ao ver algo desagradável. Seu maxilar também estava travado assim como seu corpo rígido.

- Acho que.... a guerra está se aproximando - sussurra de volta e sinto meu corpo todo tremer.

Meus olhos correm para Mattheo que também me olha. Seu olhar era sério, contudo, ao olhar mais fundo, conseguia se ver um leve rastro de medo.

Mattheo também estava com medo.

Meus irmãos aparecem, depois de alguns minutos, com suas esposas. As novas mulheres Lestrange's mantinham um olhar animado ao ver toda aquela cena, me causando ainda mais repulsa por elas. Rabastan foi o primeiro a olhar para mim perguntando se estava bem.

Afirmo para ele que tomba a cabeça para o lado, com um olhar indescritível. Ele sabia que não estava bem.

- Senhores... - somos interrompidos por um elfo, nos indicando uma porta para entrarmos.

Engulo em seco e adentro o cômodo com Mattheo ao meu lado, em nenhum momento ele tirou sua mão da minha. Nos sentamos em nossos lugares e esperamos pelo Lord.

Uma enorme mesa completamente composta pelas famílias dos mais fiéis Comensais. Todos estavam sérios esperando por Voldemort.

Olho para minha frente sutilmente, encontrando Celeste me olhando. Sua expressão era séria, mas seu olhar era acolhedor. Ela estava me dando forças, indiretamente.

Acabo por abrir um pequeno sorriso para ela.

Voldemort adentra o cômodo sério e sem falar nada. Ele caminhava com um enorme manto em seu corpo e com Nagini aos seus pés. Seus braços estavam cruzados para trás e queixo erguido, mostrando superioridade.

Ele se senta na ponta da mesa e todos os presentes ajeitam a postura automaticamente.

- Recebi informações privilegiadas sobre um novo ponto de encontro da Ordem da Fênix - ele começa - E quero a morte de todos que vão estar lá.

- Eu posso fazer isso para o senhor, Milord - Bellatrix foi a primeira a se prontificar para a missão.

- CALADA - Voldemort grita fazendo ela se encolher em sua cadeira e engolir o choro.

Aperto a mão de Mattheo por de baixo da mesa. Elas estavam trêmulas de medo e sinto sua mão molhada de suor. Mattheo tentava ser forte.

- Já tenho as pessoas para essa missão - Voldemort termina o assunto, logo começando outro - Entretanto, conseguimos encontrar uma casa cheia de traidores de sangue e por sorte, pegamos uma integrante da Ordem, que mesmo depois de muita tortura para fazê-la falar, não disse uma palavra. No final, tivemos que usar imperius nela, corajosa, admito. - ele falava acariciando sua varinha - Uma boa bruxa, até propus um acordo dela se juntar conosco se falasse, mas preferiu a morte ao invés de ficar do lado vencedor - lança um feitiço e um corpo desmaiado feminino aparece flutuando pela mesa.

Aperto, mais uma vez, a mão de Mattheo por debaixo da mesa e fecho os olhos rapidamente. Eu a conhecia. A vontade de chorar veio como uma avalanche.

Lanço um olhar para o outro lado da mesa e vejo Régulos abaixar os olhos, não querendo ver a cena. Os restantes dos ex-alunos de Hogwarts olhavam com uma expressão de superioridade.

Era Marlene Mckinnon.

Ela estava desmaiada com o corpo cheio de hematomas e cortes, sangue seco por toda a roupa e rosto.

Meu coração doía ao ver aquela cena.

Ela sempre fora muito divertida e brincalhona. Quando namorava com Sirius, Marlene sempre fazia questão de me envolver em algum assunto quando o mesmo saía por Hogwarts para pregar alguma pegadinha, me deixando sozinha na Comunal da Grifinória. Querendo ou não, havia criado um vínculo com ela.

Outro feitiço havia sido lançado por Voldemort, dessa vez, a acordando.

Assustada, ela começa a mexer com a cabeça para olhar onde estava. Sua visão recaí sobre mim, começando a chorar na mesma hora.

- Jasmine - sua voz era fraca e rouca, abaixo minha cabeça na mesma hora, lutando contra as lágrimas - Jasmine, por favor me ajude.

Sinto minha pele pegar fogo com os olhares que recebia. Ergo minha cabeça encontrando Voldemort me olhando como se pudesse ver todos os meus pecados e com medo, abaixo a cabeça no mesmo instante.

- Régulos - outro sussurro fora escutado de Marlene e levanto a cabeça para olhá-lo - Sou amiga de seu irmão, por favor...

- Não fale de Sirius Black - Walburga pronuncia rapidamente com raiva na voz.

- Eu sei quem você é - Régulos fala com a voz mais normal possível, se sentando corretamente na cadeira - E não me importo nenhum um pouco.

Vejo o exato momento em que uma lágrima caí dos olhos acastanhados de Marlene, seu olhar novamente recaí sobre mim. Lanço o meu melhor olhar de desculpas que conseguia, afinal, não podia fazer nada para ajudá-la.

O corpo dela cai em um baque surdo na mesa, me dando um leve susto.

- Nagini, jantar - as palavras de Voldemort fizeram meu estômago revirar.

Abaixo a cabeça novamente e fecho os olhos, não querendo ver essa cena.

Os gritos de Marlene eram ensurdecedores, ela implorava por ajuda ao mesmo tempo que barulhos de ossos se quebrando eram escutados.

Como se fosse possível, forço os olhos com mais força tentando me livrar momentaneamente da minha audição. Não queria ver e nem ouvir seus gritos e ossos se quebrando. Era uma terrível e dolorosa morte.

"Porque ele simplesmente não lançou um avada kedrava?" me perguntava.

Sutilmente inclino minha cabeça na direção de Mattheo o vendo encarar toda aquela cena com o rosto sério. Sua mão não se desgrudava da minha em nenhum momento.

Meu estômago estava embrulhado com tudo o que estava acontecendo.

- A nova sede da Ordem está situada bem no centro de Londres - Voldemort volta a falar, como se nada tivesse acontecido e depois de Nagini ter acabado com Marlene, atraindo a atenção de todos os comensais. Meus olhos estavam focados apenas no rosto jovial do Lord, me recusava a olhar para o rastro de sangue na mesa deixado pela cobra de estimação dos Riddle - E sei quem serão perfeitos para essa missão.

Engulo em seco, pedindo à Merlin que meus irmãos estejam fora dessa.

- Jasmine, Theodore, Nicolas e Rabastan, meus parabéns. Vocês estão designados para o próximo ataque a Sede da Ordem da Fênix

Meus olhos se arregalam no mesmo instante que escuto meu nome.

- O que? - Mattheo pergunta surpreso ao meu lado, assim como Celeste, meus irmãos e pais.

- Meu amor... - Celeste tenta falar colocando uma mão em cima da dele, que é tirado rapidamente.

- Pai, por favor - Mattheo pede do outro lado.

- Minha decisão já está tomada. A senhorita Lestrange participará da próxima missão, reunião encerrada.

Voldemort se levanta sem falar mais nada, sendo seguido por todos os presentes. Meu coração estava acelerado e respiração ofegante.

Meus olhos ardiam e estava começando a ficar com falta de ar. Tudo ao meu redor começou a ficar em uma lentidão absurda e fiquei em um limbo sem fim. Sentia as pessoas ao meu redor tentando falar comigo e não conseguia me mover, estava completamente apavorada.

Volto a realidade quando sinto dois pares de mãos pegarem meu rosto delicadamente me forçando a olhar nos olhos escuros pelo qual era completamente apaixonada.

Mattheo me encarava com os olhos perdidos, assim como o meu.

- Eu vou dar um jeito, prometo.

A única coisa que conseguia fazer era soluçar e chorar nos braços daquele cujo o pai estava me mandando para a morte.

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