Capítulo 31

Hogwarts.
Mattheo Riddle.

Minhas mãos tremiam de raiva a cada palavra que lia da maldita carta. O meu ódio crescia mais a cada dia.

Levanto de minha cama e começo a andar de um lado para o outro, precisava fazer alguma coisa. Sem mais aguentar pensar em uma solução, começo a dar socos na parede para tentar amenizar a raiva. Sinto uns filetes de sangue saindo de minha mão e paro instantaneamente as olhando.

Novamente leio aquela maldita carta.


"Soube do seu repentino noivado, devo lhe parabenizar? De qualquer forma, sua mãe está incrivelmente alegre com a notícia e espera vê-los em nossa casa para comemorar.
Agora, trataremos de negócios. Como sabe e sempre lhe ensinei, o amor te torna fraco e espero que não seja esse o caso. Preciso de informações sobre a patética tentativa de Dumbledore de acabar com a minha causa, com aquela maldita Ordem, e como você foi brilhante em pegar dois deles, agora quero que os use para coletar informações... E para lhe motivar em conseguir, infiltrei um Comensal nos terrenos de Hogwarts para acompanhar cada passo de sua noiva, isso mesmo, Jasmine está sendo monitorada de perto, e caso não me traga o que mandei, terei o prazer em usar Imperious em você para torturá-la ou até mesmo fazê-lo vê-la ser torturada. Não me decepcione ou sua preciosa noivinha sofrerá as consequências. Você tem 5 horas.
                                                                      - L.V."


Acabo de ler novamente e a rasgo com raiva, logo a queimando apenas com um olhar.

Como eu o odeio.

Ele não consegue ser um pai normal por um tempo? Tem que ser tudo pela a gloriosa causa dele?

Sento em minha cama, derrotado e suspiro alto. Tenho 5 horas para conseguir tudo o que puder e mandar para ele.

Me levanto da minha cama indo até a porta, abrindo-a e batendo furiosamente atrás de mim. Caminhava em passos rígidos e furiosos por toda a Hogwarts a procura de duas pessoas.

Lily Evans e Peter Pettigrew.

Enquanto caminhava pensava no erro que cometi em ter espalhado para todos que Jasmine era minha noiva. Eu não pensei nas consequências de meus atos e também não pensei que essa informação chegaria rapidamente nos ouvidos de meu pai. Eu sou a porra de um fodido inconsequente. Agora Jasmine está em perigo por minha causa.

Em um ato de desespero, entro no banheiro da Murta e antes de fazer qualquer coisa, verifico se ela estava e para minha sorte, não estava.

Graças à Merlim.

Vou para a pia mais próxima, me apoio nela e fico a encarando, ela tinha uma serpente, a única que tinha. Eu sabia muito bem o que aquilo significa. Sabia o que Murta significava. E sabia o que tinha escondido nas entranhas de Hogwarts.

Eu sabia de tudo. Meu pai sempre se gabou disso feito para mim.

Ele nunca me dera permissão para entrar, como se eu precisasse. Se eu entrasse, ele nunca saberia, afinal, ele não está aqui e nunca ligou para o que faço ou não em Hogwarts. Como eu sei? As inúmeras cartas que ele sempre recebeu das minhas brigas dizem isso. Ele nunca fizera nada comigo, ele só perguntava se a pessoa que apanhou saiu pior que eu, isso era o suficiente para ele.

Ele nunca foi um pai. Bom, nunca não. Até os meus quatro anos, ele fora o melhor pai do mundo, só que ele mudou, e para pior. Ele se tornou meu pior pesadelo e eu não sei o porquê.

Ainda apoiado na pia, começo a ficar com falta de ar por todos esses meus pensamentos e lembranças de uma época que já foi boa para mim. Meus olhos começam a lacrimejar e penso em Jasmine. Começo a bater em minha cabeça em um ato de descontrole total.

A coloquei em perigo pela minha imprudência e falta de senso. Eu queria que todos soubessem que ela era minha, queriam que soubesse que foi eu que consegui a conquistar.

Respiro fundo tentando me controlar e olho para as minhas mãos, ela tremiam descontroladamente.

Eu não posso perder o meu único ponto de paz, não quando eu demorei anos para encontrar. 

Abro a torneira daquela maldita pia com a serpente e começo a molhar meu rosto, na intenção me me acalmar um pouco.

Já mais calmo, caminhava em direção a Torre da Grifinória para esperar as duas pessoas que tanto queria no momento e fico parado em uma parte mais escondida, para ninguém me ver.

Esperei por horas, isso mesmo. Horas. Olho para o relógio em em meu pulso e e vejo que passaram três horas, para o meu desespero. Começo a ficar agoniado, olhando para os lados e pensando em Jasmine o tempo todo.

Finalmente a porta é aberta, saindo de lá os Marotos, rindo e brincando um com o outro. Respiro aliviado e fico encarando Pettigrew que logo me nota e treme, sutilmente, de medo.

Faço um sinal para ele vir até mim, e o vejo que ele da desculpa e volta para dentro. Alguns minutos depois, ele aparece do meu lado, com um leve medo.

- O que houve? - ele pergunta com a voz trêmula e suspiro fundo.

Já não sinto mais a mesma coisa que antes quando torturava alguém ou até mesmo quando vejo alguém com medo de mim.

- Vá chamar Lily - ordeno e ele acena rapidamente voltando para dentro do Salão Comunal da Grifinória.

Acendo um cigarro para esperar os dois.

[...]

Estávamos dentro da Sala Precisa. Evans e Pettigrew em minha frente, ambos com medo.

Olhava para o nada enquanto terminava de tragar meu cigarro. 

- Ótimo - falo jogando o resto de cigarro que sobrou no ar, fazendo ele evaporar antes de tocar o chão - Me falem tudo que sabem sobre a Ordem de Dumbledore - mando e os vejo suspirar e se entre olharem 

- Nós precisamos mesmo? - Lily pergunta e a olho com uma expressão cansada, fazendo a mesma encolher os ombros

- Claro que precisam - respondo sua pergunta e olho para meu relógio, faltava uma hora - Andem logo, não tenho o dia todo - pronuncio duramente 

- Bom - Pettigrew começa secando suas mãos na calça - Não sabemos de muita coisa, até porque ainda não nos formamos - ele fala e afirmo com a cabeça - O que sabemos são alguns integrantes - ele comenta e Lily afirma

- Alastor Moody, Aberforth Dumbledore, irmão do Alvo, a família Mckinnon - ela levanta o dedo para cada pessoa citada e deixa lágrimas saírem enquanto falava - Nós - ela aponta para eles dois - Não oficialmente, mas quando nos formamos iremos fazer parte e quase todos os grifinórios - ela termina abaixando a cabeça e soltando um soluço

Afirmo com a cabeça e olho para Pettigrew, que também chorava silenciosamente

- Soube que a casa de Alastor é uma das sedes da Ordem e que Dumbledore estará por lá na semana que vem - ele termina, abaixando a cabeça.

Afirmo com a cabeça para os dois e os dispenso, que saem rapidamente da Sala Precisa. Solto um longo suspiro, encostando minha cabeça na poltrona da cadeira.

Olho em meu relógio, trinta minutos e meu coração para.

Saio correndo para meu dormitório, entrando as pressas e encontrando Avery.

- Avery, sai - ordeno fazendo o mesmo me olhar com os olhos cerrados, ele não se mexe me fazendo ferver de raiva - SAI - grito com todo meu ódio e o vejo tremer levemente, fazendo o mesmo sair correndo.

Chamo por Bob, que rapidamente aparece e falo tudo que descobri. Ele rapidamente volta para a Mansão dos Riddle e posso, enfim, respirar aliviado.

Me jogo em minha cama, agora, mais leve. Tento afastar qualquer resquício de desespero e agonia que passei hoje.

Perdi todas as minhas aulas do dia, por conta dessa merda. 

Olho para meu relógio e vejo que são quase a hora do jantar e me apresso para sair do quarto. Precisava encontrar Jasmine e verificar se ela estava realmente bem. 

Depois de muito caminhar a encontro perto da Torre de Astronomia com suas amigas, elas conversavam animadamente.

Solto um suspiro de alívio.

Chego perto dela, abraçando sua cintura possessivamente e colocando meu queixo em seu ombro

- Posso roubá-la um pouquinho? - pergunto para as sete garotas que soltam um riso e afirma com a cabeça

Pego na mão de Jasmine, a arrastando para a Torre de Astronomia. A encosto em um dos corrimões da torre e a abraço fortemente.

Jasmine leva sua mão para meu cabelo, acariciando o mesmo. Solto um murmuro de aprovação pelo toque delicado.

- Está tudo bem? - ela pergunta docemente enquanto distribuía beijos pelo meu rosto

Abro um sorriso pelo carinho que estava recebendo, logo em seguida negando com a cabeça enquanto meu sorriso murchava.

- Me desculpa - peço baixinho - Eu fui um inconsequente e não pensei nas consequências depois - ela pega meu rosto com suas duas mãos e me encara confusa 

- O que foi? - ela pergunta e abaixo minha cabeça

- Meu pai sabe... ele sabe sobre nosso não noivado e é bem capaz de seus pais já estarem sabendo também - murmuro fazendo ela arregalar os olhos

- Como? - ela pergunta chocada e dou de ombros

- Provavelmente algum aluno contou para os pais e bom, eles devem ter comentado entre si até chegar aos ouvidos de meu pai - respondo e enterro meu rosto na curvatura de seu pescoço, inspirando seu maravilhoso cheiro

Ela solta um suspiro

- Bom, parece que agora eu estou noiva - ela fala depois de um tempo quieta me fazendo levantar a cabeça de supetão

Meu sorriso em meu rosto a alegria que estava sentindo com essas palavras

- Está falando sério? - pergunto com um enorme sorriso e ela afirma, também com um grande sorriso em seu rosto

A pego no colo e começo a girá-la enquanto distribuía beijos por todo o seu rosto

Conjuro uma toalha de piquenique e a coloco deitada na mesma, logo me deitando em cima dela. Ela tinha um sorriso maravilhoso nos lábios e um brilho diferente em seus olhos.

- Eu prometo que serei o melhor para você - faço a minha promessa vendo seu sorriso alargar mais ainda

Ela me puxa para um beijo, cheio de sentimentos de ambas as parte. Nos separamos pela falta de ar e encosto nossas testas, um olhando para o outro. E constato mais uma vez que Jasmine é a mulher mais linda que já vi.

Solto um suspiro olhando em seus olhos.

Ela é o meu ponto de paz no meio dessa confusão que é a minha vida.

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✦ Oi seguimores, estão bem? Espero que sim.

✦ O que acharam do capítulo? Espero que tenham gostado.

Beijinhos no coração e não esqueçam de comentar e votar.

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