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Mansão Lestrange.
Jasmine Lestrange.

Sinto uma leve cutucada em meu ombro e me remexo devagar, levanto a cabeça e espremo os olhos para tentar me localizar, logo noto que o trem está com a velocidade diminuída, o que significa que estamos chegando em King Cross. Me estico no estofado e olho para frente encontrando minhas amigas se ajeitando também. 

- Bom dia, dorminhoca - Marissol fala com um enorme sorriso no rosto, ela tinha me acordado

- Bom dia, Sol - falo tentando reprimir um bocejo

- Estamos quase chegando, já arrumaram suas coisas? - Stella pergunta e assinto, ainda um pouco desorientada por ter acabado de acordar.

- Vou ao banheiro rapidinho - aviso as minhas amigas pegando a minha necessaire com pasta e escova de dente, as meninas confirmam com a cabeça e saio rapidamente da cabine indo para o banheiro.

Já com tudo feito dentro do banheiro, saio do mesmo enquanto fechava a minha necessaire, estava tão distraída que não vi um corpo em minha frente, me fazendo trombar de leve na pessoa. Olho para cima para ver quem é e pedir desculpa, e, não escondo minha cara de decepção. Sirius Black foi quem eu esbarrei. Seus amigos nos olhavam com expectativa logo atrás dele. Fico confusa com essa reação deles.

Black abre um sorriso galantear me fazendo revirar os olhos

- Olha só como o mundo é pequeno, não é mesmo? - ele pergunta para ninguém em específico - Olha quem eu encontrei - ele aponta para mim enquanto olha para os três marotos que abrem um sorriso para mim

Reviro os olhos e tento sair, mas sou segurada rapidamente pelo Sirius

- Ei, calma - ele pede - Não foge, por favor - ele segurava meu braço para não sair, seu rosto tinha uma expressão de pidão e faço uma careta que foi imperceptível para eles - Como você está? - ele pergunta animado

- Estou bem, Black - o respondo e ele abre um sorriso maior ainda - Está bem, talvez eu me arrependa de perguntar... - faço uma leve pausa olhando para os quatro garotos - Está tudo bem? vocês estão estranhos... - pergunto e o sorriso de Sirius aumenta mais ainda

Respiro fundo tentando me controlar para não dar um soco na cara dele

- Sim, está tudo ótimo - ele responde um tanto quanto empolgado - Novidades? - pergunta tentando puxar assunto

Forço um sorriso e saí uma careta

- Black, pelo amor de Merlim, não tente agir como se nada tivesse acontecido e que somos melhores amigos, ok? - seu sorriso diminui um pouco - Não somos amigos - finalizo um pouco estressada

- Achei que estivéssemos bem - ele responde um pouco cabisbaixo e forço uma gargalhada

- Bem? - pergunto enquanto gargalhava - Você está brincando, certo? - pergunto desacreditada - Por que, caralhos, estaríamos bem? - pergunto gesticulando irritada - Você tem perda de memória? - finalizo e ele abaixa um pouco a cabeça

- Pensei que estivesse funcionando - ele deixa no ar e o encaro confusa - Tudo bem, não vou desistir - ele finaliza me dando um beijo rápido na bochecha e saindo correndo junto com os seus amigos

Arregalo os olhos pela a audácia e limpo o seu beijo com a minha mão

Irritada, volto para a cabine das minhas amigas, contando tudo o que aconteceu. Ficamos o restante da viagem planejando várias azarações para jogar em Sirius Black e sua trupe. Nos divertimos e rimos muito.

[...]

Finalmente chego em casa com os meus irmãos e mãe, papai não foi nos buscar por estar cheio de trabalho. Respiro fundo sentindo o ar de casa e abro um sorriso para minha mãe que nos olhava com um sorriso no rosto. Abraço ela apertado, estava morrendo de saudades dela.

- Estava com saudades, mãe - falo e ela me olha sorrindo, passando a mão em meu rosto e dando um beijo em minha testa

- Também estava com saudades, meu amor - ela faz uma pausa e olha para os gêmeos - De todos os meus filhos - ela afirma e ganha um sorriso dos dois

Rabastan e Rodolphus se aproximam e nos abraçam, ficamos abraçados por um tempo até escutarmos um leve barulho de aparatação, nos desvinculamos do abraço e encontro Amora nos olhando com seus grandes olhos e orelhas caídas, ela tinha um leve sorriso em seu rosto um pouco enrugado e segurava suas orelhas em expectativa. Corro até ela a abraçando que me abraça de volta soltando uma risada

- Amora estava com saudades da minha senhora - ela fala e sinto meus olhos lacrimejarem

- Também estava morrendo de saudades da minha Amora - falo dando um beijo em sua testa, fazendo ela ficar envergonhada e seu olhar segue para meus irmãos que olham para cima, fingindo não a ver

- Está ouvindo esse barulho, Rabastan? - Rodolphus coloca a mão nos olhos, como se estivesse procurando alguma coisa e olhava para todos os cantos da casa, menos para Amora que estava agoniada ao meu lado

- Estou sim, Rodolphus. - Rabastan confirma e coloca as mãos na cintura, procurando - De onde está vindo esse doce barulho? - ele pergunta olhando para seu gêmeo

Amora sai de perto de mim e fica pulando com as mãozinhas para o alto na frente dos meus irmãos

- Aqui, aqui. Amora está aqui - ela dizia repetidamente fazendo eu e minha mãe rimos da graça dos gêmeos, eles sempre fazem isso com a coitada.

Rodolphus olha para baixo com um sorriso enorme no rosto e encontra Amora toda eufórica

- Olha quem eu encontrei aqui - Rodolphus avisa e agarra Amora em um abraço a girando no ar enquanto ela ria

- E meu abraço? - Rabastan pergunta emburrado

Amora se desvencilha de Rodolphus rapidamente e segue para abraçar Rabastan

Amora é a nossa elfa doméstica. Ela era de minha mãe antes de se casar e não conseguiu se separar dela, então minha mãe a trouxe para casa quando se casou. Amora nos criou junto de nossa mãe, ela sempre faz tudo pela gente e é uma boa elfa. Apesar de papai não gostar muito da nossa relação com a elfa, sei que no fundo ele a ama tanto quanto a gente, ele só não é tão chegado quanto nós e mantém a relação o mais profissional possível, mesmo que as vezes ele pegue Amora e a coloca para ler com ele em seu escritório ou até mesmo ficarem sentados juntos um do lado do outro no nosso Jardim para pegar sol.

A pequena elfa pega nossos malões e levam para os nossos quartos. Eu, minha mãe e irmãos seguimos para nossa sala pessoal para conversarmos sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Algum tempo depois, escutamos um outro barulho de aparatação, esse era mais grave.

Papai aparece na porta da sala e nos encara com um leve sorriso no rosto. Eu sou a primeira a levantar indo o abraçar fortemente, estava com muitas saudades dele. Os gêmeos se levantam e dão um abraço mais contido nele. Canouplous segue para a minha mãe, dando um leve selar em seus lábios.

- Como meus filhos estão? - ele pergunta bagunçando os cabelos de Rabastan que olha aborrecido para o pai me fazendo rir

- Estou ótima, pai - respondo e ele abre um sorriso me dando um beijo na testa

Iniciamos mais uma vez uma agradável conversa, que não durou muito. Meu pai olha o relógio em seu pulso e se levanta, fazendo todos nós levantarmos.

- Bom, vamos jantar? - meu pai pergunta e todos assentem com a cabeça, indo para a sala de jantar.

Nos sentamos em nossos respectivos lugares, meu pai na ponta, minha mãe a sua direita, os gêmeos ao lado de minha mãe e eu a esquerda de meu pai. A comida aparece e começamos a comer normalmente enquanto conversávamos.

Assim que terminamos, meu pai limpa sua boca e faz um barulhinho para chamar nossa atenção, sinto meus irmãos ficarem mais rígidos e eu um pouco tensa. Apesar de fazer de tudo para ignorar aquela carta que recebi semanas atrás, ela sempre volta para me assombrar e começo a ficar nervosa.

- Bom... - ele faz uma pausa bebendo o seu Whisky - Acredito que tenham recebido nossa carta a algumas semanas atrás, certo? - ele pergunta e nós três concordamos, esfrego uma mão na outra nervosa enquanto olhava para minha mãe buscando um apoio e ela me abre um sorrisinho - Pois bem meus filhos, eu consegui excelentes esposas para vocês - ele falava animado e meus irmãos forçam um sorriso, vejo Rabastan apertar o garfo que segurava e Rodolphus beber de uma vez algum líquido que estava no copo

- E quem seriam? - Rabastan pergunta e meu pai abre um sorriso

- Bom... era para eu falar no dia do Jantar de Gala do lorde, mas como estou ansioso - ele fala esfregando suas mãos animado - Bellatrix Black para Rodolphus e Diana Petrova para Rabastan - informa animado

Todos forçam um sorriso para ele

- Pai... - o chamo nervosa fazendo ele me olhar e se lembrar de algo

- Minha filha - ele começa colocando sua mão sobre a minha - Tivemos um problema com o seu noivado - ele fala e suspiro aliviada - Então por isso, esperará mais um pouco e fora que, sua mãe conversou comigo e pediu para esperar que você acabasse seu sétimo ano que nem os seus irmãos... ela acredita que você mesmo possa encontrar seu noivo - ele fala e revira os olhos com a última frase

Olho para minha mãe e sussurro um "obrigada" para ela que balança a cabeça. Olho para meus irmãos que abrem um sorriso para mim.

[...]

Estava em meu quarto, de pijama, escrevendo em meu diário o jantar estranho que tivemos. Estava escrevendo tudo que aconteceu durante quando escuto uma leve batida na minha porta e olho a hora, estranhando.

Vou até ela e abro, encontramos meus irmãos usando o mesmo pijama que eu. Abro um sorriso com a cena.

- Podemos entrar? - Rodolphus pergunta com um balde de doces em mãos e Rabastan com alguns jogos bruxos 

Abro a porta para eles que entram rapidamente

- Festa do pijama como nos velhos tempos? - pergunto a eles que afirmam felizes para mim

Começamos a organizar as coisas em minha cama para jogarmos e passarmos as próximas horas nos divertindo. Estava com saudades de passar um tempo com os meus irmãos assim. Abro um sorriso animada por estarmos juntos novamente.

Depois de algumas horas, finalmente nos cansamos e deitamos em minha cama para dormir. Eu no meio dos meus dois irmãos, fazendo eles me abraçarem desengonçadamente.

- Meninos? - os chamo fazendo os dois me olharem - Como conseguem estar tão calmos? - pergunto e eles se olham suspirando

- Não estamos calmos e sim conformados, rosinha - Rabastan responde - Já sabíamos que isso ia acontecer desde os nossos 10 anos - ele completa fazendo um carinho em minha cabeça

- Estamos felizes que você ainda não precise passar por isso - Rodolphus completa e solto um sorriso fracos sabendo que minha hora iria chegar.

Um tempo em silêncio e o Rabastan faz graça

- E quanto ao Riddle? - ele pergunta fazendo Rodolphus fechar a cara e eu tacar uma almofada em seu rosto fazendo todos rirem

- Cala a boca - respondo escondendo meu rosto de vergonha

Eles riem mais ainda 

Os gêmeos me dão um beijo na testa e ambos se ajeitam ao meu lado para dormir. Me aconchego no meio deles e abro um sorriso sentindo do cheiro deles, que é o meu favorito. Fecho meus olhos em seguida para dormir nos braços dos meus irmãos.

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✦ Oi seguimores, estão bem? Espero que sim.

✦ O que acharam do capítulo? Espero que tenham gostado.

✦ Beijinhos no coração e não esqueçam de comentar e votar.

Vão dar uma olhada nas minhas outras histórias:

✦ Le Désir - Tom Riddle

✦ Dynasty - Tom Riddle