capítulo catorze

verão de 2013

— Então, Wickham era um trapaceiro durante todo esse tempo?!

Não pude conter a risada que escapou dos meus lábios ao ver a surpresa de Dimitri diante da reviravolta do livro que estávamos lendo naquele dia: "Orgulho e Preconceito". Já era o quinto livro que líamos juntos naquele mês. Nossos dias eram corridos, mas entre o surfe, o violão, e passar tempo com a família e amigos, nós achávamos tempo para ler juntos. Às vezes líamos na praia, e outras vezes passávamos horas na biblioteca do apartamento da família Tarasova na cobertura do hotel. Nós revezávamos, cada hora um de nós lia um pouco, fazendo pausas, com calma e paciência, e, somando à companhia maravilhosa, conseguíamos avançar, capítulo por capítulo.

Eu nunca me considerei uma leitora ávida, principalmente porque aproveitava meu tempo livre para pintar ou tocar algum instrumento, mas ver o brilho aumentar nos olhos de azuis de Dimitri a cada capítulo era suficiente para me fazer querer passar o resto da minha vida lendo com ele. Dimitri era apaixonado por livros, conforme percebi. Provavelmente herdara aquilo da mãe que ele nunca conheceu, mas ele se envolvia nas histórias de uma maneira que eu nunca vira antes. Ele xingava nas partes ruins, e celebrava nas partes boas. Dimitri colocava todo seu espírito numa leitura, e depois guardava aquela história para sempre em seu coração. Eu odiei seu pai por nunca ter apoiado aquela paixão que o jovem Tarasova tinha por livros; em vez disso, o dono do hotel fez o contrário: humilhou Dimitri por anos, tratando sua dislexia como uma fraqueza, um defeito que precisava ser eliminado.

— Aparentemente sim. — disse eu, me referindo ao que tínhamos acabado de ler em Orgulho e Preconceito, enquanto olhava para o rapaz de cabelos escuros como carvão e a expressão surpresa em sua face. Como de costume, Dimitri estava deitado em meu colo enquanto líamos. Aquele rapaz tinha uma fascinação por deitar em meu colo que eu nunca entenderia. Ocasionalmente, ele subia a cabeça para encostar no espaço entre meus seios, e eu ria, batendo de leve no topo da sua cabeça, enquanto ele se fazia de inocente.

— Sabe, a minha parte de irmão protetor me diz se alguém fizesse com Kessie — a irmã dele — o que Wickham fez com a irmã de Darcy, eu o esfolaria vivo. Mas ambos sabemos que Kessie esfolaria primeiro. — zombou Dimitri, me fazendo gargalhar.

— É verdade. E ela ainda exporia a pessoa nas redes sociais e essa pessoa ficaria com a imagem manchada para sempre. — acrescentei. Em seguida, avancei a página para que continuássemos a leitura e não pude deixar de sorrir ao ver o marcador de páginas que usávamos.

Nosso marcador era um papel retangular com quatro fotografias nossas, tiradas numa cabine de fotos no dia em que fomos ao shopping juntos. As lembranças daquele dia passaram pela minha mente, de quando tive que empurrar o rosto de Dimitri para ele prestar atenção no filme que víamos no cinema, em vez de ficar tentando me beijar — mas quem eu queria enganar? Eu queria beijá-lo também, e foi isso que fiz. Nem me recordava do que acontecia no final do filme, mas lembrava do beijo em detalhes sórdidos —; e de depois, quando dividimos um sorvete e eu acabei sujando a boca de Dimitri, mas ele fez questão de me beijar mesmo assim, me sujando de sorvete também. Em seguida, foi quando encontramos a cabine de fotos.

Na primeira foto, Dimitri enroscou seu braço ao redor do meu pescoço e me trouxe o mais perto possível dele, e nós saímos sorrindo na foto. Já na segunda, eu saí rindo, e Dimitri saiu com os lábios em minha bochecha, parecendo que ele depositara um beijo ali, mas, na verdade, ele tinha acabado de me lamber. Na terceira, nós olhávamos um para o outro. Apenas nos olhando, e sorrindo. Um olhar tão intenso que nossa paixão um pelo outro era quase que palpável através da foto. E, na última foto, estávamos nos beijando. Perdidos nos lábios um no outro, nem lembramos que nossa quantidade de fotos acabara, e o rapaz que responsável pela cabine teve que vir nos avisar. Quando saímos, eu estava vermelha como pepino, mas valera a pena, pois estava certa que aquelas eram as melhores fotos que eu já tirara.

— Você vai continuar ou não? Aposto que está distraída pensando na cena do senhor Darcy no lago, tudo bem, eu entendo. — indagou Dimitri, num tom de brincadeira, se aconchegando entre meus seios mais uma vez. Apenas ri e depositei um beijo no topo da sua cabeça antes de continuar a leitura.

De repente, para interromper nosso momento, escutamos o som de passos e alguém pigarreou da entrada da biblioteca.

— Estou... interrompendo algo?

Era Andreas Tarasova, o dono do hotel e o pai de Dimitri. O rapaz de cabelos escuros como carvão rapidamente se pôs de pé e encarou o pai. Sim, você está interrompendo, foi o que eu quis dizer. Mas em vez disso, sorri educadamente.

— Oi, senhor Tarasova. — disse eu timidamente, acenando com a cabeça.

— Olá... — o homem de ternos elegantes e expressão severa semicerrou os olhos, tentando recordar meu nome.

— Elaine, pai. — disse Dimitri, sério. — Elaine Róson.

— Elaine Róson... Certo. — o senhor Tarasova repetiu, brincando com meu nome em sua boca. Então, se voltou para o filho: — Preciso de você no meu escritório, Dimitri. Agora.

— Para quê? Somente para o senhor me humilhar de novo? Não obrigado, pai, acho que vou recusar essa oferta. — disparou Dimitri, num tom ácido. — Além disso, respondendo à sua pergunta anterior, acontece que o senhor está nos interrompendo.

Tive que me segurar para conter o sorriso. Dimitri dissera exatamente o que eu queria ter dito.

— Interrompendo... O que exatamente? — questionou o dono do hotel, se aproximando de nós como uma cobra rastejando pelo piso ilustrado da biblioteca. — Ah, sim. — ele pegou o livro que estávamos lendo e o analisou como se fosse algo digno de nojo; sua ação derrubando nossas fotos no chão. Me abaixei para recuperá-las. — Está brincando de clubinho do livro com a sua vadiazinha da vez...

— Do que você a chamou?!

— ...em vez de se concentrar no que realmente importa. Como você sempre faz. Creio que seja isso que acontece quando seu herdeiro resolve ler com dezoito anos, em vez de com seis, como outras crianças normais.

Quando escutei a risada amarga de Dimitri, soube que nada de bom poderia sair dali.

— Com todo respeito, pai. — a palavra saiu com tanta aspereza que até eu me assustei. — Da última vez que eu chequei, o senhor ainda tinha juízo o suficiente para saber o que ser disléxico significa. Não analfabeto, não burro, disléxico. E isso não é um problema. O senhor — ele apontou com o dedo indicador para o pai — o tornou um problema.

— Você sabe que tudo que eu fiz foi pelo seu bem. — debateu o senhor Tarasova.

— Meu bem uma ova! — exclamou Dimitri, elevando o tom de voz. — O senhor quer que eu seja perfeito, e isso eu nunca serei. Eu amo ler, pai. E eu amo ir para a praia, beber e festejar. E muito mais. Muito mais, pai. Eu sou muito mais do que sua marionete, seu herdeiro, eu sou seu filho! Mas está mais que claro que o senhor nunca verá a pessoa que eu sou. É uma pena, realmente. — uma pausa — Agora, quer que eu foque no que realmente importa, ótimo, então me dê licença para eu poder focar na minha namorada. — meu coração deu um salto. Sua namorada...? — Diferente do que o senhor pensa, ela não é perda de tempo. Na verdade, eu facilmente gastaria todo meu tempo com ela. E o senhor a deve uma desculpa. Eu juro por Deus, pai, se o senhor a chamar de vadia de novo... Bem, vamos evitar essa situação, não é mesmo? Nunca a chame dessa forma novamente.

O tom firme de Dimitri atingiu seu pai em cheio. Mas ele permaneceu impassível, lançando um olhar mortífero ao filho.

— Nós continuaremos essa conversa depois. — disse ele, tão severo quanto antes. — Peço perdão se ofendi sua namorada.

— Ah, não. Não, não, não. — Dimitri balançou a cabeça. — Não peça desculpas a mim. Peça para ela.

Não soube como reagir quando o senhor Tarasova se voltou para mim e me pediu desculpas antes de sair. Apenas assenti com a cabeça, indicando que estava tudo bem.

— Dimitri... — murmurei, assim que ficamos a sós.

— Me desculpe. — disse Dimitri, por cima do ombro. Genuíno... Ele estava genuinamente me pedindo desculpas, sua voz fraca e triste. O motivo eu não sabia. — Elaine, eu... me desculpa. Ele começou a me insultar e quando ele te chamou daquilo... Desculpe, não deveria ter perdido a cabeça.

— Ei, ei, ei... — corri até ele, colocando gentilmente seu rosto entre minhas mãos para ele me olhar. — Não me peça desculpas.

— Mas eu te coloquei numa posição desconfortável.

— Eu não dou a mínima. — falei, olhando diretamente nos seus olhos. — Só de você ter deixado ele sem palavras valeu a pena. Ele meio que mereceu. — sorri, tentando animá-lo. Dimitri assentiu. — Você está bem?

— Com você, é claro que sim. — disse o jovem Tarasova, voltando pouco a pouco ao seu normal brincalhão. — Você traz à tona o melhor de mim, Elaine. Você me faz querer ser uma pessoa melhor. Eu só não queria... Não queria que você visse o pior.

— Eu quero ver você todo. — disse eu e fui sincera. — Todos temos partes de nós que consideramos ser piores. Nós nunca seremos totalmente verdadeiros enquanto não vermos todas as partes um do outro. Eu quero que você me veja por completo, tanto quanto quero ver você. Toda parte de mim... — desci as mãos do seu rosto para entrelaçar suas mãos com as minhas, e beijei sua testa antes de uni-la com a minha, fechando os olhos no ato. — conectada com toda parte sua.

Toda parte? — Dimitri arqueou uma sobrancelha, esboçando um sorriso malicioso assim que nos afastamos. Revirei os olhos, o empurrando de leve.

— Então... — comecei, procurando tocar num certo assunto, enquanto observava Dimitri se jogar no sofá descontraidamente. — Vamos conversar sobre... Você sabe... Como você me chamou para seu pai.

Dimitri sorriu de orelha a orelha, me puxando pela mão para ficar de pé em sua frente.

— E como foi que eu te chamei mesmo? — ele franziu as sobrancelhas, fingindo que não sabia do que se tratava.

— Você sabe, Dimitri. Sua... sua namorada. — falei timidamente. — Você me chamou de sua namorada.

Dimitri olhou dentro dos meus olhos, como se pudesse enxergar minha alma.

— Você é minha namorada. — afirmou ele, por fim, fazendo meu coração dar um salto, no tempo que meu corpo superaquecia. — Minha garota.

— E você é meu? — o olhei de baixo para cima, não contendo o sorriso abobado na face. Em resposta, Dimitri me puxou para sentar sobre seu colo, o que me fez rir. Então, sem quebrar o intenso contato visual, ele disse:

— Todo seu.

.

Assim que nos tornamos oficialmente namorado e namorada, Dimitri insistiu em conhecer meus pais. Por isso, marcamos um jantar com eles no restaurante do hotel, e, naquela noite, eu visitei pela primeira vez o quarto de Dimitri, para buscá-lo. Ele tentava não transparecer, mas estava nervoso, e queria causar uma boa impressão. Imaginei que essa fosse a razão dele ter trocado de casaco três vezes.

Seu quarto era precisamente o que eu esperava. Decorado em tons de azul escuro, cinza e branco, o cômodo era espaçoso e parecia ter sido recém arrumado — sorri ao pensar que ele organizara o quarto por causa da minha visita. Havia coisas de praia para todo lado, livros e controles de vídeo game. A cama era enorme, e ficava no centro, e a parede atrás dela era repleta de fotos. Não havia um centímetro sequer que não estivesse coberto por uma fotografia. Fotos dos irmãos de Dimitri, dele mesmo, dos seus amigos, do mar, de surfe, e de momentos que eles viveram juntos, na praia, na escola ou em qualquer outro lugar. Bem no centro, reparei em algumas fotos nossas, todas tiradas por Henry quando ele levava sua câmera aos nossos encontros. Foi o que me fez supor que Henry havia tirado todas aquelas outras.

— Ele fez uma parede dessas em todos os nossos quartos. — esclareceu Dimitri, vendo que eu observava as fotografias. — Não conte a eles, mas até que eu gosto das caras de bacalhau dos meus irmãos pregadas em minha parede. — brincou ele, e eu ri.

Me aproximei de uma das fotos, uma na qual eu, Dimitri, seus irmãos e Aaron Hopkins estávamos todos abraçados na areia, sorrindo e nos divertindo. Me lembrava de quando Kessie pedira a um desconhecido para tirar aquela foto, e Henry protestou, dizendo que ele era um fotógrafo, e por isso deveria retratar, e não ser retratado. Ele apareceu mesmo assim, por ordens da gêmea — ninguém negava uma ordem de Kessie —, e rindo ainda por cima. Aqueles eram meus amigos. Meus amigos...

Sorri com aquele pensamento.

— Acha que eu passei perfume o suficiente? — indagou Dimitri, saindo do banheiro, finalmente pronto. — Não quero que eles sintam minha catinga.

O rapaz de olhos azuis estava elegante, mas despojado. Sua calça jeans era a única peça de roupa que não era preta. Tanto seu tênis converse all star, como sua blusa e seu blazer eram daquele tom, combinando com seus cabelos tão escuros quanto carvão. Eu, por outro lado, usava um vestido azul florido, que era apertado na parte de cima e marcava a minha cintura, mas era soltinho na saia, suavemente deslizando pelo meu corpo até minha panturrilha. Minhas orelhas e meu pescoço estavam decorados com joias douradas, e tomei a liberdade de prender as mechas da frente dos meus cabelos levemente ondulados.

— Você não fede, Dimitri. — afirmei, indo até ele. — Só às vezes. — zombei, e ele sabia. Dimitri estava sempre cheiroso. Então, ajeitei a gola de seu blazer, passando a mão pelo seu peito em seguida para acalmá-lo. — Eles vão adorar você.

— O que eu posso fazer? — ele deu de ombros, de forma convencida. — Eu sou o genro dos sonhos.

Bem, genro dos sonhos ou não, Dimitri estava nervoso. Percebi isso porque ele estava fazendo mais piadas que o normal — ou seja, eu estava diante de um verdadeiro palhaço de circo —, por estar escondendo seu nervosismo com humor. Chegamos no restaurante do hotel com braços entrelaçados, e logo avistamos meus pais nos esperando numa mesa.

— Mãe, pai. — os cumprimentei. — Este é Dimitri.

— Então, esse é o motivo dos seus sorrisos bobos, hein? — minha mãe arqueou uma sobrancelha. — Eu sabia que acabaria em namoro antes do fim do verão. Eu ganhei. — ela disse ao meu pai. Ele, por sua vez, revirou os olhos e entregou à minha mãe uma nota de cinco dólares.

— Vocês apostaram na minha vida amorosa? — reclamei, um perfeito "o" se formando em meus lábios.

— Não olha para mim, foi ideia da sua mãe. — meu pai ergueu as mãos em rendição, depois, se voltou para Dimitri. — Nossa família não é tão louca quanto parece, filho.

Meu pai e sua mania de chamar os outros de filho, pensei.

— Pode ter certeza, senhor, de famílias loucas eu entendo. — disse meu namorado, estendendo a mão para cumprimentar meu pai. — Dimitri Tarasova.

Estranhei a expressão de choque que surgiu na face do meu pai.

Tarasova? — ele engoliu seco. — Como em... Andreas Tarasova? O dono desse lugar? Você é parente dele?

— Sim, senhor. — assentiu Dimitri. — Sou filho dele.

Meu pai se calou, e minha mãe precisou assumir o rumo da conversa:

— Perdoe o interrogatório do meu marido, normalmente ele é o pai tranquilo e eu sou a mãe exagerada, mas aparentemente ele decidiu inverter os papéis. — brincou. — Eu sou Sofia Róson. — eles apertaram as mãos. — Este é Fernando. — ela apontou para o meu pai. — E nossa filha você já conhece.

— Tive o prazer e a honra de conhecê-la, senhora. — Dimitri sorriu para mim, e eu ruborizei.

— Sentem-se, sentem-se.

Com aquela fala da minhã mãe, Dimitri puxou uma cadeira para que eu me sentasse, e sentou na outra.

— Então, Dimitri... — começou meu pai, enquanto todos olhávamos os cardápios. — Você pretende seguir os passos do seu pai?

Sabendo que aquela era uma pergunta difícil, apenas por mencionar seu pai, segurei na mão de Dimitri por debaixo da mesa, tranquilizando-o.

— É o plano do meu pai. — disse ele, dando de ombros. — Não acho que eu consiga escapar das mãos argilosas do meu pai.

Argilosas, de fato.

Todos ficamos em silêncio, fingindo que não escutamos aquele estranho sussurro do meu pai. Imaginei que ele estivesse se referindo aos escândalos com pessoas ricas ou algo parecido.

— Alguém quer batatas? — quebrei o gelo, apontando para o cardápio.

— Eu amo batatas. — minha mãe e Dimitri disseram ao mesmo tempo, fazendo-os gargalhar.

— Se você gosta de batatas, eu gosto de você. — minha mãe sorriu para ele, e ele retribuiu.

— O sentimento é mútuo, senhora.

— Dimitri, você acabou de encontrar o ponto fraco da sua sogra, use-o com responsabilidade. — brincou meu pai, voltando à sua normalidade.

— Pode deixar que eu irei mandar para a senhora uma safra com as melhores batatas do país.

— Uma safra? — exclamou ela. — Uau, este rapaz é um galanteador. Falando nisso... — uma expressão travessa se formou no rosto da minha mãe. — Vocês vão nos contar como fisgaram um ao outro?

Com aquela pergunta, deixei que Dimitri contasse a história.

— Desde a primeira vez que a vi, eu sabia que Elaine era a mulher mais bonita que eu já vira. — começou Dimitri, e eu já sabia que iria me emocionar. — Nós apenas trocamos alguns olhares, e mal sabia eu que depois eu teria a oportunidade de descobrir que era muito mais que bonita. No dia seguinte, Elaine conheceu a minha irmã, e acabamos nos reencontrando num momento que eu precisava de ajuda. Ela me viu vulnerável como ninguém jamais vira, e me ajudou sem hesitar, sem me fazer perguntas ou me julgar depois.

"Nos tornamos amigos. Ou, pelo menos, ela me via como amigo, porque eu, a cada dia que passava, só ficava ainda mais encantado. Quem me conhece sabe que eu sou engraçado, modéstia a parte, mas toda vez que eu a fazia rir, verdadeiramente rir... Ela iluminava meu mundo. E, de repente, tudo que eu queria era fazê-la sorrir."

"Até que um dia, Elaine me beijou. E eu a beijei de volta. E meu mundo se tornou um pouco mais colorido, como ela mesma diria. Desde aquele dia, toda vez que eu olho nos olhos dela, eu sei que estou olhando para a mulher por quem estou apaixonado. Loucamente apaixonado. Porque eu amo o jeito que ela sorri timidamente e fica vermelha quando eu flerto com ela. Porque amo o jeito que seus olhos brilham quando ela fala apaixonadamente sobre artes ou música. Porque amo o jeito que conversamos um com o outro e nos entendemos como ninguém mais."

"Porque, apesar de saber o quão estúpido eu posso ser de vez em quando, ela sempre entra nas minhas brincadeiras e ri das minhas piadas. Porque ela é forte, e me dá forças. Porque Elaine é gentil até demais, e porque encontrou um espaço para mim em seu enorme coração. E, não importa o que aconteça, eu sempre honrarei esse espaço que ela concedeu a mim."

Tentei não pensar muito na forma como Dimitri repetiu a palavra "amo" tantas vezes. Eu estava extasiada pela sua fala, e não sabia que era possível se apaixonar ainda mais por alguém daquela forma. Eu estava apaixonada por Dimitri Tarasova. E, se aquela paixão era um fogo, explicava porque eu sentia meu corpo aquecer apenas de olhar nos seus olhos. Eu estava completamente e incandescentemente apaixonada por Dimitri.

Depois daquilo, o jantar prosseguiu perfeitamente bem.

pode dalhe teve lacre sim teve fecho sim !! o pai do dimitri levou um lacre da fada sensata !! (contem ironia)

mas eai gente, como vocês estão?

vcs já leram orgulho e preconceito?

e me contem, qual o livro favorito de vocês?

beijosss e até o próximo capítulo!

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