10.1•O fim do pesadelo.
O relógio batia 20:00 era a rodada final, não lidaram com a presença dele, estavam mais lúcidos agora.
Quando deu 20:00 exatas o timer vibrou, William olhou e mostrou a Beatriz que sorri largamente aliviada. Era a etapa final, serão salvos, ou serão os próximos alvos, enquanto enfrentavam aquela nova rodada ela pedia mentalmente que tivesse funcionado. Não soltaram as mãos, ficaram de mãos dadas tentando passar confiança um ao outro.
Mesmo sem dizer, ambos perceberam que se não tiveram problemas com o assassino, de duas uma, ou a outra dupla foi a azarada ou ainda existem 4 no jogo doentio.
Quando as luzes voltaram era agora ou nunca, não tinham mais tempo uma hora se passou, precisavam ir.
William já haviam arrancando o coturno sem cadarço, agora retirando o cadarço do outro, ele retirou o mesmo do pé e enrolou o mesmo na mão.
William entregou o celular pra Beatriz e a mesma digitou.
Vamos, é a hora decisiva. Peço perdão se não conseguirmos.
O mesmo leu e mostrando que estava tudo bem, beijou a mão da mesma.
Pelo menos tentaram, pelo menos lutaram até o final.
Se levantaram e retiraram as coisas aos poucos, quando o armário foi removido, abriram a porta com cuidado e nada, não tinha nada e nem se quer um som.
Saíram e William amarrou o cadarço que estava na mão dele e enrolou no pulso de ambos.
Isso era a segunda segurança pra ficarem juntos, a primeira era as mãos dadas de ambos.
Na outra mão Beatriz segurava o canivete com a lâmina grande, a mesma que usou no confronto com o assassino.
As dores atingiam ambos, e agora o ferimento doía em Beatriz.
A corrida até o ponto era distante, a mesma que ela fez sozinha, faria agora com William.
Respiraram fundo e começaram a correr, mesmo com a dor na perna de William e no quadril de Beatriz, era necessário. Não queriam ficar a mercê da sorte, não foi avisado no alto falante como estava a situação, como ele fez anteriormente. Estavam tecnicamente no escuro, mesmo com as luzes acesas.
O que mais faltava? William e Beatriz lidaram com cães de guarda, gás metano, com a aproximação do mesmo em carne e osso, com o gás do sono e Beatriz o confrontou frente a frente num duelo com lâminas, não poderiam duvidar o que mais ele usaria nesse jogo dele.
Quando chegaram diante do esqueleto de T-Rex, o joguinho foi com as luzes acesas.
A mesma fumaça que ele usou no começo de tudo. Mais nada era ouvido por William, os olhos de Beatriz estavam com dificuldade no meio da fumaça, tentando sair da fumaça densa William tropeçou em um corpo caindo com tudo no chão e fazendo Beatriz cair também.
Usando as mãos pra sustentar e assim se levantar ele tocou em algo pequeno, ao ser levantando por Beatriz se pondo de pé, ele aproximou do rosto o objeto, era um dos aparelhos da Beatriz. Aquilo era um aparelho auditivo e isso ele sabe, a única que usa nessa lugar era ela, o que resulta ser dela.
Quando a virou, ela o olhou mas ele não teve tempo de mostrar, ela passou por ele fincando a lâmina do seu canivete no ombro do assassino que usava a fumaça, que aos poucos se dissipava como um manto, William ergueu o pé o chutando e o mesmo caiu. Ele a puxou pra correrem.
Ela o salvou! Beatriz salvou a vida de William sem medo, aquilo ele jamais iria esquecer.
Não ouviu mais nada, quando subiram o primeiro lance de escadas e logo os segundos ela apontou a porta e olhou pra trás nada, ele não os seguiu.
Quando William abriu a porta estagnou em choque.
Ao abrir a porta ele estagnou ao ver dois homens com armas miradas pra ele.
Os homens estavam pra sair daquele lugar, mas pararam ao ouvir a maçaneta.
Quando Beatriz surgiu fechado a porra se virou e sorriu largamente com os olhos marejados.
Eram eles! Eles vieram mesmo.
__Pais!__a voz alta e o olhar de espanto do William combinaram com o momento.
__como é?!__ele se virou pra Beatriz descrente.
Como?! Como os pais dela estavam ali agora?!
__minha filha o que houve?__Liam a chamou e ela estreitou os olhos.
Aquilo fez com que Avalon fizesse a comunicação de sinais perguntando se ela estava com os aparelhos, a mesma respondeu da mesma forma de comunicação dizendo que não, aquilo por segundos tirou William do transe.
__calma!__retirou do bolso o aparelho mostrando pra mesma que o olhou surpresa.
Ela o pegou e ajeitou o mesmo e agora pelo menos escutava do lado direito.
__como o achou?
__isso é o de menos! Como que seus pais estão aqui?! Beatriz isso aqui tá mais fechado que forte, como eles entraram, por mágica?!__agora o ouvindo ele desengatou a falar.
__então William.__ela sorri leve, o medo se foi, agora eles estavam a salvo.
__esse é Monspiet ele é um espião.__apontou com o indicador pro Liam enquanto o chamava pelo nome de espião dele.
Liam olhava a cena um tanto quanto intrigado.
__e esse é o coringa, um assassino de aluguel.__apontou pro Avalon que estava de braços cruzados com um olhar matador pra William.__a nossa salvação é eles.
__recebemos o sinal...
-ora, ora temos mais dois jogadores. Como entraram no meu território?__a voz surgiu e Liam e Avalon se colocaram em alerta.__se estão aqui, vão jogar também.
__isso é o que tá acontecendo.__Beatriz avisou.
__escuta aqui seu inseto desprezível, você vai conhecer o inferno em meia hora.__Avalon se exaltou irritado.
__Avalon calma...
A fala de Liam foi interrompida por Beatriz que se curvou e William a amparou.
__a correria fez minar sangue de novo.__William avisou aflito olhando o rosto da mesma.
__minar o quê?!__Liam correu com Avalon e notaram o que William falava.
__foi na hora que vim mandar o sinal.__ela avisou em meio a dor enquanto Liam ergueu um pouco a echarpe e olhou o ferimento.
__SEU FILHO DA PUTA, VOCÊ VAI CHEGAR NO INFERNO PIOR QUE PENEIRA!__Liam berrou em ódio encarando a câmera e atirando em seguida na mesma.
__ué, cadê a calma?__Avalon zombou ácido e Liam o encarou.
__foi pro caralho! Tolo é quem se aproxima da nossa filha, morto é quem toca nela e aquele lixo não chega no inferno inteiro.
__o tolo sou eu?__William não pode deixar de perguntar isso olhando os dois sérios.
__sim.__em uníssono os dois concordam.
Avalon se preparou pra pegar Beatriz no colo e a deitar, mas a mesma negou.
__acabem com isso por favor, eu não aguento mais!__pediu encostando a testa no peito de Avalon.
__vamos meu amor, moleque da pra desamarrar minha filha de você!__Avalon encaro William.
__Ah, claro._William desatou o nó rapidamente.
__isso no seu rosto foi ele também?__Avalon segurou com cuidado o rosto da mesma.
__foi. Ele tem total noção daqui, tem óculos de visão noturna e não se pode prever a mente dele.
__que ele tenha bola de cristal, ele vai morrer.__Liam avisou beijando a testa da mesma.__pressiona o ferimento que logo voltamos.
__Liam cuida do ferimento da nossa filha, eu acho ele e trago pra gente matar junto.__Avalon avisou e após um selinho em Liam saiu daquele recinto armado até os dentes, não deviam ter mexido com Beatriz.
Liam deitou Beatriz e com o kit de primeiros socorros que trouxe, ele sempre leva, hábitos que não se vão.
__vamos embora William.__ela sorri e seu corpo chegou no limite e seus olhos se fecharam, a última coisa que ouviu foi; O pesadelo acabou filha!
Eles já desconfiaram que algo estava errado quando deu a hora de Beatriz chegar em casa e ela não havia chegado, ambos esperavam ela e quando Liam tentou ligar e estava dando fora de área, não pensaram, saíram do apartamento e foram pro carro partindo em direção ao colégio.
Quando chegaram em tempo recorde avistaram alguns pais enfurecidos e aflitos, pais esse que só teriam corpos pra enterrar em breve e ainda não sabiam disso. Estavam encurralando o diretor, o mesmo que havia ido ao colégio por não receber mensagem da professora avisando sobre o retorno.
O mesmo parecia uma isca no meio de uma multidão de cardumes, ambos os dois nada diziam ouviam o diretor tentar explicar que ainda não haviam chegado, um imprevisto na estrada. Foi isso que ele argumentou.
Mas nada daquilo importava, quando Avalon falaria algo o celular de ambos vibraram e apitaram no bolso da calça de Liam e na jaqueta de Avalon.
Se afastaram um pouco daquela aglomeração e ao abrirem notaram o sinal de emergência, sinal esse que só uma pessoa usaria e só usou duas vezes.
Uma quando tinha 14 anos e estava saindo do último colégio quando avistou um ser a seguindo. Beatriz apressou os passos sabendo que poderia mandar o sinal aos pais, adentrando um shopping e indo pro andar de cima ela retirou o dispositivo da mochila e ao sair da escada rolante, a mesma que ela subia sem esperar o processo da mesma.
Quando chegou no início apertou o botão e a luz verde provou que o sinal tinha sido enviado.
Em menos de meia hora seus pais chegaram ao seu encontro e o ser que a seguia foi pego, era um rolo ladrão que achou que poderia roubar uma adolescente.
Nunca mais precisou usar o dispositivo...bom, isso até aquele momento que era a segunda vez.
Aquilo não confortou o peito dos dois, o sumiço e falta de sinal da mesma provava que algo estava errado. Saíram do colégio nem se importando de ouvir os argumentos do diretor, eles já sabiam onde a mesma estava e isso bastava.
Ao entrarem no carro, Liam abriu a localização e mostrou que foi enviada de dentro do museu.
Enquanto pisava no acelerador Avalon pegou o celular dele e abriu ampliando as entradas do museu, tanto as prováveis como as improváveis, assim como viu exatamente de qual andar e parte o sinal estava sendo transmitido.
Esse dispositivo não era encontrado facilmente e nem em compra ao público. Aquilo era tecnologia de espião.
Liam deu a mesma depois de todo o processo de recuperação do acidente que custou a audição dela.
Ele a alertou que aquilo era em caso de perigo pra ela, e não tinha mistério. Era pra mesma andar com ele onde for. Ele não depende de sinal como os celulares e outros aparelhos, como disse não é algo ao público e Liam só ganhou por que a agência precisou lidar com o ódio de Liam pelo atentado da missão que quase colocou sua filha em risco. A agência disponibilizou esse dispositivo pra mesma com total controle de Liam, que o mesmo passou pra Avalon e juntos eles poderiam localizar Beatriz onde ela estivesse.
O dispositivo não falharia, era um sinal via satélite e por isso só funcionaria em um local alto, não precisaria ser extremamente alto, só o suficiente pra ser captado e enviado.
Idependente do local, se Beatriz fosse levada pro Everest, eles achariam ela. Assim como treinavam ela pra qualquer tipo de situação e ensinavam a elas truques em caso de emergência, pra que ela conseguisse se virar até eles chegarem.
O carro de ambos era equipado com todos os tipos de arsenal pra casos improváveis, com a vida que levavam todo cuidado é pouco.
Eles disseram a ela que ao usar o dispositivo, não importa onde o limite pra eles chegarem era de até uma hora, estourando uma hora e meia.
Nem que Liam ordenasse um jato pra ir pra onde fosse por sua filha.
Só que dessa vez não precisaria de jato ou nada semelhante, a excursão era há duas horas de distância, mas que Liam encurtou correndo como louco em um racha e que as multas viessem, ele não trabalhou anos pra agência pra não ter seus privilégios. Liam é o melhor espião que a agência teve em 2 décadas, isso era o suficiente pra ter carta branca.
Quando chegaram na entrada do museu notaram as contenções anunciando um problema ou até mesmo estar fechado.
Fechado não estava, não com sua filha lá dentro.
É, seria do modo furtivo mesmo.
Se equipando saíram do carro indo pela localização mais acessível pra saírem literalmente onde o sinal estava captando, era uma rota improvável e pouco usada, rota essa que era usada por profissionais de limpeza, mas agora seria a rota de dois pais afoitos por sua filha.
Quando conseguiram adentrar a rota correram com cautela e ao achar a entrada acima deles e abriram por si só sua saída e lá estavam eles. No banheiro do escritório onde o sinal foi enviado.
Uma hora exata, nada mais nada menos.
Quando saíram do banheiro deixando um buraco do tamanho de um corpo passar eles chegarem no escritório e o sinal apontava pro dispositivo abaixo da cômoda.
Liam pegou o mesmo e olhou o dispositivo jogado lá no fundo, o silêncio total e quando pegou o mesmo jogou pro Avalon e se levantou verificando a arma pra assim saírem preparados pra tudo.
Quando deram um passo a porta foi aberta e um jovem ofegante adentrou, por muito pouco não tomou um tiro no meio da cabeça e atrás dele uma jovem, a filha de ambos fechando a porta e ao cruzar os olhos aquilo levou um terço do medo deles embora.
Realmente o assassino chegou no inferno em menos de meia hora e com mais furo que peneira.
Ele não estava jogando com jovens ou seguranças de museus, os dois jogadores como eles se referiu ao Liam e Avalon tinham uma forma mais bruta e direta de jogo.
Avalon tinha exatamente gravado todo o museu no caminho pra lá e pro assassino os ver pela câmera, ele só estaria na sala de controle.
Seguiu pro mesmo cruzando com sangue em boa parte e corpos jovens mortos da pior forma.
O erro do assassino foi achar que estava jogando com inciantes, ou até mesmo com tática policial pelo modo que agiram. Mas não foi bem assim, quando as luzes caíram não era só ele com óculos de visão noturna, Avalon também estava e antes do primeiro ataque do assassino, Avalon atirou na barriga do seu alvo, não pra matar, mas perderia sangue e sentiria bastante dor antes de morrer.
O assassino caiu e Avalon chutou o rosto do mesmo, o tirou de seis brinquedos que se resumia a facas e uma Colt.
Foi pra sala de controle e religou as luzes, daria curto se o assassino tivesse ligando e desligando desse modo desde o início e por ir tão longe ele não fez isso.
As contenções se abriram, o sinal voltou e Avalon voltou ao assassino o arrastando o mesmo como um nada até onde Liam estava.
Parou na porta e deu um toque leve na porta, quando Liam saiu dali, finalizaram no corredor diante de porta o fim daquele assassino sádico, descarregaram cada um duas armas, pouco se importavam com os argumentos dele, ele não seria válido pra porra nenhuma.
Enquanto Avalon como um astuto e inteligente assassino de aluguel, forjou o cenário final e Liam saiu com Beatriz em seus braços desmaiada e William ao lado do mesmo, correram pro carro que estava do lado de fora e partiram pro hospital, quando chegaram no hospital mais próximo, Beatriz foi levada pra cirurgia e William pra tratamento.
Na recepção Liam deu o desfecho final pro cenário que Avalon forjou.
Avisou ao seu chefe sobre o museu e que sua filha estava presa lá, eles salvaram a mesma com mais um que estava e não tinha explicação pro palco sangrento que o museu estava.
A resposta de seu chefe; limpou seus rastros?
A resposta de Liam foi nada mais que esclarecedora e agora a polícia iria pra mesma e veria o que foi disposto modificado o final pro palco.
O assassino fez jovens e seguranças de refém num jogo sádico e doentio, com truques em todos os cantos.
Diante da porta do escritório o assassino todo perfurado e um pouco mais distante um corpo de um segurança que Avalon arrastou pra lá, limpou suas digitais e deixou as armas que já não tinham marcação e nem registro, com as únicas digitais que se resumiram ao assassino e do segurança.
Foi nada mais que um confronto acirrado, entre um segurança tentando proteger a si mesmo e os poucos que sobraram e um assassino sem escrúpulos.
Mesmo morto o segurança será visto como herói, herói que lutou até o fim.
O que Avalon e Liam faziam ali? Isso seria dito claramente que sua filha enviou um sinal de emergência e eles chegaram tudo estava acabado e sua filha e o colega escondidos no escritório a espera de ajuda.
Aos olhos de todos Liam e Avalon não moveram um dedo, mesmo que tenham movido muito. Mas não queriam dor de cabeça ou até ter que dar explicações, o que importava pra eles era sua filha.
Os policiais ao chegarem nunca viram tamanha crueldade com jovens inocentes. Pais inconsoláveis choravam ao receberem a notícia.
De 20 jovens, de 1 professora e 4 seguranças, só restaram 2 jovens. A dupla que enfrentou inúmeros riscos e mesmo em dois era o funcionamento pra um corpo só, os olhos e os ouvidos.
Sim! Eles mesmos, Beatriz e William foram os únicos vivos daquela chacina no museu.
Aos olhos de todos os sobreviventes, e eles são mesmo. São sobreviventes que aguentaram muito até a ajuda chegar, suportaram muito, enfrentaram de frente o perigo e mataram medos e pavores pra talvez conseguirem sobreviver aquela fatídica noite, que seria lembrada por muito tempo.
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