Um pequeno Flashback
Arqui-inimigos. Trata-se de um substantivo masculino cuja definição seria um indivíduo considerado mais que um inimigo; o principal oponente de uma pessoa. Nunca o papai Google esteve mais correto em definir o que Rafael McCall era para Stiles Stilinski.
Muitos podem não levar a sério esse fato... Afinal, nomear alguém como um arqui-inimigo parece ser meio melodramático, não é mesmo? Fato é que Stiles já foi (mais de uma vez) definido como a rainha do drama. Ou melhor, rei. Afinal, por que ele tem que ser rainha? Algum tipo de preconceito contra as mulheres? Só as rainhas podiam ser melodramáticas? Homens também poderiam ser! Essa é a luta por igualdade! Então...Ele podia, de certa forma, aceitar o seu título de realeza do drama (que Abraham não saiba disso!).
Pois bem, podia ser meio melodramático, mas o termo arqui-inimigo era mesmo adequado!
Muitos podiam questionar quando essa inimizade começou?
Stiles se lembra muito bem dos fatos que interligaram ele e Rafael em um pacto de confronto eterno. E ali na mansão Hale, diante do agente federal, tais fatos emergiram de suas lembranças infantis.
~**~
Stiles sempre deixava a janela do seu quarto aberta. Principalmente nos dias da semana em que Scott ficava sozinho em casa com o seu pai. Isso não acontecia sempre, na verdade, a frequência desse evento se tornava cada vez menor...E isso era algo que Stiles agradecia por ocorrer.
Será que ele era um mau amigo por desejar a separação dos pais de Scott? Bem, Stiles mais do que ninguém entendia a importância de ter uma família, afinal, já fazia um ano desde que sua mãe havia falecido de câncer. A ausência dela era uma dor constante. Algo que Stiles ainda não conseguira (e talvez nem consiga) superar. E isso não só envolvia ele, seu pai também estava sofrendo. Os primeiros meses foram os piores, mas só agora eles estavam começando a se reconectar como uma família. Contudo, no caso de Scott a situação era diferente. Seu pai, Rafael McCall, nem mesmo parecia um pai de verdade! Nunca estava presente e quando estava...
– Stiles... – Uma leve batida em sua janela era o sinal que Stilinski esperava. Por seu quarto estar no primeiro andar e a janela próxima a sua cama, nem precisava se levantar para vislumbrar a silhueta de um garoto no lado de fora requisitando permissão para entrar.
– Pode entrar, Scott. – Disse, enquanto dava mais espaço em sua cama para que o outro menino pudesse ali dormir. Aquilo era um ritual repetido já tantas vezes, um segredo compartilhado entre eles. Scott era seu vizinho e melhor amigo. Um garoto tímido, meio nanico para a idade e extremamente dócil. Os dois tinham se conhecido no jardim de infância e desde então se tornaram inseparáveis.
Stiles estranhou a relutância de Scott em vir para cama. Na verdade, o garoto estava ainda do lado de fora, hesitando em adentrar no quarto.
– Cara, o que você está fazendo? – Resmungou saindo da cama – Você esqueceu como pular a janela? Ou está com medo do escuro?
– Eu sei como pular a janela... – Falou o outro, na defensiva – E eu não tenho medo do escuro...Não mais!
– Sei, sei. – Stiles se aproximou bocejando. Só quando estava perto o suficiente da janela, sob a luz do luar e dos postes da calçada, pode enxergar o motivo de Scott estar demorando tanto...Ele não queria que Stiles notasse as marcas roxas em seu rosto. Bem, agora Stiles tinha notado e estava furioso.
– Scott! O que aconteceu? Ele te bateu? – Inqueriu o garoto puxando o amigo para dentro do seu quarto.
– N-não foi nada... Eu caí da escada.
– Caiu da escada? E só bateu sua cara? Olha, eu sei que você já tem o queixo meio torto, mas essa não é maneira adequada de concertá-lo.
Scott nada disse e se deixou ser arrastado até a cama, onde Stiles ligou o abajur do Batman de sua cabeceira. Agora a visão das marcas era bem mais evidente, os hematomas circundavam o canto esquerdo da boca de Scott, além de notar uma vermelhidão em sua bochecha. Stiles não era expert nesse tipo de coisa, mas era capaz de deduzir as consequências de um soco.
– Vou na cozinha pegar um saco de gelo. – Se decidiu, subitamente.
– Espera... – Scott segurou a mão do amigo, havia pânico em seus olhos – Você não vai contar para o senhor Stilinski, não é?
– Ele está de plantão hoje. – Tranquilizou Stiles – Mas você não será capaz de esconder isso, sabe? Sua mãe é enfermeira, ela vai saber a diferença entre uma queda e um murro.
– Me ajuda a inventar uma desculpa...
– Scott... – Soltou um suspiro, tentou se desvencilhar da mão que o prendia, sem muito sucesso.
– Eu não quero que eles briguem. Tipo, eu aguento, mas a minha mãe...
– Você acha que aguenta sendo uma criança? – Stiles ergueu as sobrancelhas, em descrença.
– Eu já tenho 9 anos!
– Ainda criança.
– E você tem a mesma idade que eu...
– Vou completar 10, logo. –Disse com certo orgulho, forçando Scott fazer biquinho, mas devido os machucados tal expressão não durou muito tempo, sendo logo substituído por um gemido de dor.
– E isso que você está fazendo é muito estúpido. – Comentou Stiles – Achar que o sinal de maturidade é se tornar um saco de pancada. E o pior, não contar para a sua mãe! Olha, meu pai é um policial e eu sei que existem leis contra esse tipo de coisa...
– Mas o meu pai...Ele é um agente federal...
– Isso não o faz ser um Deus! – Ralhou Stiles – Ele, como qualquer outro, pode sofrer as consequências por seus atos.
Scott não parecia convencido, mas Stiles iria provar que Rafael McCall não era intocado. Que o seu cargo não o tornava melhor que ninguém. E ainda mais, bater em uma criança indefesa? Aquilo clamava por algum tipo de consequência.
–Vamos. – Chamou Stilinski, agora de forma mais dócil – Vamos tratar do seu machucado e comer alguma coisa... Podemos comer aqueles cereais de chocolate que você tanto gosta.
Scott tentou sorrir, mas novamente, o machucado o impediu. O seu humor havia melhorado, pelo menos. Stiles, por outro lado, estava introspectivo. Um plano começou a se formar em sua cabeça...
– Stiles, você quer ir ao banheiro? Está fazendo aquelas caras estranhas de novo...
– Não estou fazendo nenhuma cara estranha! – Agora era a vez de Stiles fazer biquinho – Essa é minha cara normal, nascia com ela...Acostume-se!
– Parece alguém que chupou limão.
– Parece não!
– Parece sim!
E assim, em meio a provocações os dois se direcionaram para a cozinha.
~**~
Ele tinha um problema de concentração. De acordo com os médicos, não se tratava de um simples problema, mas sim um Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. Seus professores, desta forma, o consideravam difícil de educar, ainda mais, que ele seria incapaz de focar em uma atividade sequer, sem se desviar em distrações diversas. Pois bem, eles iriam ficar surpresos em saber como Stiles se manteve focado com aquele plano.
Meses haviam se passado e ele persistiu em sua pesquisa. Imagina que aquilo seria uma espécie de treinamento para ser um grande detetive no futuro, quem sabe.
Pois bem, o dia de colocar o seu plano em prática tinha chegado. Rafael "Rafe" McCall tinha retornando e como sempre tinha brigado com Melissa e saído de casa com sua fúria habitual. Sim, aquilo era um padrão e Stiles tinha notado. Toda vez que Rafael retornava de alguma missão (ou seja lá o que fazia) ele não ficava muito tempo em casa. Sempre arranjava uma desculpa para sair rumo a seu local preferido: um bar de strippers. Tendo em vista que Stiles sabia desses fatos de antemão, quando viu o Rafe saindo de casa, o menino correu para a sua bicicleta e pedalou rumo ao bar.
Era noite, o bairro aonde o bar se encontrava não era um dos mais seguros. Sabia disso, mas tinha também delimitado uma rota mais rápida e segura por entre os becos infestados de ratos, lixo, mendigos e drogados.
"Meu pai irá me matar se souber o que estou fazendo! Depois, ele irá me ressuscitar apenas para me matar de novo!" pensou um pouco temoroso. Mas, o desejo de vingar Scott era mais forte.
Por fim, alcançou o bar. O carro de Rafael estava ali estacionado e Stiles sorriu satisfeito. Retirou do bolso do seu casaco o dispositivo para destravar as portas do carro de McCall, tinha "pego emprestado" tal aparelho em outra ocasião. Stiles tinha sorte de Rafael ser bastante descuidado com suas coisas, deixando jogadas pelo chão da casa, principalmente depois de uma noite de farra.
Com as portas destravadas, Stiles adentrou no carro. Teria que ser rápido, não pretendia passar demasiado tempo ali. Sobre o banco, deixou uma caixa. Em seu interior havia o seu projeto... Ele havia chamando de Maravilhosa Bomba Da Justiça Destruidora. Ou MBJD para os íntimos.
E por ser uma bomba, tinha que ter o pavio acesso e foi isso que fez. Rapidamente, saiu do carro. Não queria estar ali dentro quando MBJD liberasse todo o seu poder.
– Droga! Porcaria! Tinha que esquecer a minha carteira! – Resmungou Rafe, andando meio trôpego pelo estacionamento. Stiles engoliu em seco, se ocultado em uma moto estacionada ao lado do carro do agente federal.
– Ué...Eu tinha certeza de que tinha fechado a porta. – Stiles mordeu o lábio inferior, praguejando internamente por ter esquecido esse detalhe. Não tinha previsto aquela possibilidade que Rafael estivesse dentro do carro quando a explosão ocorresse.
– Isso vai ser divertido. – Em vez de desespero, sentiu que o destino estava lhe oferecendo uma oportunidade única a ser presenciada. Por isso, decidiu assistir o evento, se esgueirando de seu esconderijo.
– Mas o que é isso... – Rafe nem sequer tivera tempo de terminar a sua pergunta, a bomba estourou e com ela o conteúdo que preenchia a caixa. E o que seria esse conteúdo?
– Merda! – Praguejou Rafe, o que também era a resposta para a pergunta anterior. A bomba tinha espalhado excrementos por todo o interior do carro e principalmente por sobre o homem. Para a alegria de Stiles, Rafe estava de boca aberta quando MBJD efetuou seu trabalho.
– Quem...? Como...? – O agente estava confuso e furioso, tentava sair do carro, mas suas mãos estavam meio que escorregadias. Stiles mordeu o lábio inferior, tentando não rir...Entretanto, não tinha tamanho autocontrole.
– Quem está aí? – Rafe se virou, seus olhos ainda estavam cobertos por uma massa marrom disforme. Stiles correu, não era o momento para se deleitar com a visão de um Rafe cagado...Não agora, pelo menos.
~**~
John Stilinski sentiu que algo estava errado, assim que chegou em casa. Primeiro, observou que seu filho tinha acabado de estacionar a sua bicicleta na entrada. Segundo, Stiles estava ofegante, mas também estava com uma expressão de satisfação o que podia ser um mal sinal.
– Stiles? – Inqueriu franzindo o cenho. Olhou para o seu relógio evidenciado o quão tarde era – O que está fazendo?
– Pedalando. – Respondeu o menino, sem fôlego – Você mesmo disse que eu deveria fazer mais exercícios. Cá estou eu! Sendo um atleta!
– É, posso ter mencionado isso, mas tenho certeza de que tais exercícios não deveriam ser praticados de madrugada. – Enfatizou saindo do seu carro para melhor analisar a sua prole.
– Stiles...O que você fez?
– Por que você está me acusando? Se você está me acusando...Saiba que sei que tenho direito a um advogado e um telefonema!
– Eu não estou te acusando de nada, só perguntei o que você fez.
Stiles passou a língua no seu lábio inferior, claramente pensando em uma solução. John praticamente podia ouvir as engrenagens trabalhando dentro da cabeça do seu filho de 9 anos. Stiles era esperto, sabia disso, mas temia que tal esperteza estivesse sendo mal empregada...
A conversa foi interrompida pelo o cantar de pneus. Um carro se aproximava em zigue-zague pela a rua antes tranquila do subúrbio. O carro estacionou por cima da calçada dos McCall.
Stiles soltou o que mais parecia uma mistura de soluço com um gritinho de surpresa. John mirou de relance o seu filho e depois o carro. A porta do veículo se abriu e um cheiro pungente atingiu John com tamanha força que quase o fez vomitar.
– Você... – O homem apontou seu dedo para Stiles, demorou um pouco para John reconhecer Rafael McCall, afinal, o homem estava coberto de....
– Merdinha... – Rafe praticamente rosnou – Seu merdinha, quando colocar as mãos em você...
– Não depois de você lavar elas. – Sussurrou Stiles se escondendo atrás de John.
– Rafael, você está ameaçando o meu filho? – O Stilinski mais velho questionou, sentindo um subido instinto de pegar a sua arma. Nunca gostara de Rafael, mas o olhar feroz que ele exibia o fez temer pela segurança de Stiles.
– John... Não vê o que essa coisa fez comigo? Aqueles médicos erraram, esse pivete não tem TDAH, o que ele é tem é algum tipo de insanidade! Devia ser internando em alguma instituição...
– McCall, vou levar em consideração que o insano aqui é você, por isso tentarei esquecer as ofensas que você está fazendo ao meu filho.
– Isso é culpa sua, sabia? Não usou bastante pulso firme para controla-lo...Esse é o resultado! Um monstro! Aposto que foi por causa dele que a sua esposa adoeceu! Afinal, quem iria aguentar uma criança doente da cabeça? O câncer nasceu por ter que criar um demente...
Aquele foi o limite, John deferiu um soco no rosto (sujo) de Rafael McCall, o fazendo cair no chão.
– Nunca mais fale do meu filho desta maneira. Nunca. Minha mulher o amava como eu também o amo! Não tem nada errado com Stiles!
Rafael iria responder, mas a porta de sua própria casa se abriu revelando uma preocupada Melissa e um sonolento Scott.
– John, o que houve?
Rafe deu uma risada esganiçada.
– E você pergunta para ele o que está acontecendo? E quanto a mim? Não irá perguntar? Você realmente é uma vadia, sabia disso?
Melissa não respondeu, ao invés disso segurou Scott perto de si, com mãos trêmulas. Tal como o pequeno garoto pudesse protegê-la daquelas palavras. O próprio Scott assumira uma expressão pálida de puro terror.
– Pois bem, irei explicar. – O agente federal se levantou, limpando o filete de sangue no seu lábio inferior – Essa peste de nome Stiles, que alias nem é o nome verdadeiro dele! Ninguém quis nomeá-lo com um nome normal, pois isso é o que ele é um anormal.
– McCall. – John rangeu os dentes, estava prestes a deferir outro soco.
– O seu filho fez isso comigo! Ainda irá defendê-lo?
– Meu filho fez você se cobrir de esterco? – John ergueu uma sobrancelha – Ora, eu que pensei que você por fim estava assumindo sua real identidade.
– O que? Esqueceu que sou um agente do governo! Não sou um policial provinciano como você...Sou...
– Que provas você tem que meu filho foi o causador disso?
– Quem teria essa ideia maluca? Só podia ser esse bastado!
– Não sei...Quiçá seus companheiros de trabalho. Tendo em vista que você está afastado do serviço depois de comprometer uma investigação.
Aquilo parece ter causado um grande impacto em Rafael, pois ele deu alguns passos para trás como se tivesse sim recebido outro soco de John Stilinski.
– Como você... Digo...Não tem como você saber...
– Bem, são boatos que ouvi na delegacia. Pelo visto, você fez uma tremenda cagada em um caso federal. Então...Essa sua situação pode ser uma retaliação.
– Isso é verdade? Você está afastado? – Melissa perguntou – Desde quando? Essas viagens que você anda fazendo dizendo que é a trabalho...São tudo mentira?
– Quieta, mulher! – Gritou Rafe – Não force demais o seu cérebro, sim?
Melissa desta vez não se conteve, a passos rápidos se aproximou de seu marido e também lhe deu um soco. Esse tipo de resposta não era esperado por Rafe. Talvez o que mais o surpreendeu foi a força do golpe, que o fez cair de cara no asfalto.
– Suma. Daqui. – Exigiu a mulher – Suma.
Rafa cuspiu sangue e mirou a sua mulher com ódio.
– Você vai se arrepender disso...
– Melhor você sair daqui. – Anunciou John – Já acionei a polícia. Avisei a eles que alguém estava causando um distúrbio na vizinhança. Aposto que os Federais irão adorar adicionar mais alguns pontos negativos em sua ficha...Logo, o afastamento pode se transformar em demissão.
– Ok! Ok! – Riu com escarnio – Eu irei...
E foi assim, sem despedidas, que Rafael McCall abandonou sua família.
John soltou um longo e cansado suspirou, olhou de relance para o seu filho que parecia tentar segurar o choro, mas ao mesmo tempo parecia exultante com tudo o que tinha ocorrido.
– Espero que não tenha deixado digitais dentro do carro do Rafael.
– Obvio que não. Eu usei luvas. – Respondeu o menor, sem pensar, logo depois percebeu o seu erro. O garoto mirou o seu pai, esperando o pior dos castigos.
John deu um cafuné nos cabelos escuros de seu filho. Não iria parabenizar seu filho de forma verbal, mas um carinho era mais que o suficiente.
– Bem... – Melissa limpava uma lágrima solitária que teimosamente rolou por sua face – Que noite, não?
John a mirou desconcertado. Stiles meio que catalisou todo aquele processo...Devia desculpas a Melissa.
– Melissa...
– Pode me chamar de Mel. – Sorriu a sua vizinha.
John pigarreou meio embaraçado, esperava que ela estivesse furiosa, afinal pelo visto seu casamento tinha acabado.
– Não sei quanto a vocês, mas eu estou com fome. – Anunciou a mulher – O que acham de uma refeição da madruga?
– Nós temos pizza congelada... – Anunciou Scott em um sussurro tímido. O garoto também parecia não exibir nenhum rancor em relação a situação, na verdade, seu semblante expressava um alívio e contentamento.
– Podemos colocar cereal de chocolate em cima da pizza e esquentar. Seria a primeira pizza de cereal da história. – Deliberou Stiles.
– Será que podemos colocar leite por cima, igual fazemos nos cereais. – Scott parecia achar a ideia interessante. John rolou os olhos quanto aquelas sugestões.
– Melissa...Eu...
– Mel. – Enfatizou a enfermeira.
– Mel...Eu...Digo...Nós... – John olhou para o seu filho que, por sua vez, o mirava cheio de expectativa – Iremos adorar nos juntar a vocês para essa tal refeição da madrugada.
– Yeah! – Stiles correu para a casa do seu melhor amigo, sendo seguido por ele com igual alegria.
– Obrigada. – Sussurrou Melissa para ele antes de se afastar e seguir os meninos. John a observou se afastar e meio relutante começou a segui-la. Sentia que cada passo que dava era um comprometimento para algo que ele ainda não sabia muito bem como definir.
~**~
Stiles sabia que Rafael tinha revivido as mesmas lembranças quando fixou seu olhar fulminante em Stiles.
O adolescente, por sua vez, fingiu fungar o ar a sua volta e fez uma careta.
– Nossa...Que cheiro de merd...
– Stilinski. – Cortou o McCall sênior – Controle o seu filho!
John ergueu as sobrancelhas para o agente, mas ao invés de respondê-lo também fungou.
– Concordo com você, Stiles... Algo cheira mal. Algo podre...Ou talvez...Estrume?
Se Rafael estava furioso antes, agora mais parecia um vulcão entrando em erupção. Stiles não sabia se Rafe McCall também compartilhava a ideia de ter um arqui-inimigo, mas tinha quase certeza que o "respeitável" agente federal tinha guardado rancor sobre o evento no passado.
~~**Palavras da autora**~~
Sei que vocês querem saber mais sobre o que diabos está acontencendo na mansão! Mas achei que era interessante também mostrar um pouco do passado de Stiles e Scott e principalmente de Rafael McCall.
Espero que tenham gostado dessa "viagem ao passado" não como um caminhante do tempo, mas quase...
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