Salem, o bruxo-gato


Se o exterior já demonstrava o estado de depredação da residência, o interior não foi uma grande surpresa para o grupo. O papel de parede estava descascando, teias de aranha enfeitavam os cantos, manchas escuras de umidade decoravam aqui e ali. A sala aonde eles estavam parecia o local menos ruim, havia um grande sofá e uma mesinha de centro. Sofá esse que um ainda pelado Salem ocupava, mesinha essa que ele também usava para empilhas suas latinhas (vazias e outras ainda fechadas) de sardinhas.

– A glória de um polegar opositor! – declarou o bruxo –, eu já tinha esquecido como essa novidade evolutiva compartilhada entre os hominídeos detinha suas vantagens!

Falou isso abrindo uma nova latinha de sardinha.

– Sem dúvida uma vantagem!

O ex-gato pegou uma das sardinhas e levou a sua boca. Comeu com tamanho deletei que chegou a ronronar, apesar de estar em sua forma humana.

Todo esse evento estava sendo observado pelos jovens "convidados" que, por não terem outro local para se sentar, ficaram em pé de forma desconfortável e tensa diante do sofá.

– Esse sofá parece ter bastante espaço para mais de uma pessoa se sentar nele, sabe? – Ethan sugeriu.

– De fato. – concordou Salem lambendo os lábios –, esse sofá deve caber umas quatro ou cinco pessoas... Ele é bem espaçoso!

Mesmo evidenciando isso, Salem apenas se espreguiçou na referida mobília sem dar nenhum indicativo que iria dar espaço para que eles, os convidados, se sentassem.

– Mais que porra! Você é o pior anfitrião! – reclamou Abraham dando um chute na mesinha de centro – E o que estamos fazendo aqui? E por que você está deste jeito? E o mais importante: por que ainda está pelado?

– Aby... Tantas perguntas. – Salem lambeu a ponta dos dedos, seus olhos cor esmeralda focaram nos azuis de Abraham –, e confesso que não estou muito a fim de responder.

E começou a comer outra sardinha.

– Como é? – Aby cerrou os punhos, tentou controlar o seu temperamento. Não era a primeira vez que lidava com Salem. Lógico que antes, o funcionário de seu tio Petrus era apenas um gato falastrão e podia ser ignorado com certa facilidade. Na verdade, Abraham nunca entendeu por que seu tio contratou aquele felino, pois ele mais reclamava do que fazia algo na loja. Alias, era Petrus que parecia exercer algum poder autoritário em Salem...E infelizmente, o alquimista não estava ali com eles para botar o gato-bruxo em seu devido lugar.

– Ele está certo, sabe. – disse Sabrina, vindo do corredor com uma travessa com copos de água – Você está sendo um péssimo anfitrião, levando em consideração que essa é sua casa e tudo mais...

Ninguém aceitou os copos oferecidos, pois dava para ver o quão sujo estavam os referidos copos. Sabrina se esforçou para limpá-los, mas sem obter um resultado satisfatório.

– Minha casa... – Salem se espreguiçou novamente. Elizabeth soltou um gritinho e cobriu o rosto, não querendo ver ainda mais evidências daquela nudez. Erica, por outro lado, soltou um assobio de apreciação. Salem, mesmo tendo uma péssima personalidade, era sem dúvida um homem bonito.

Boyd rosnou contrariado para a companheira que apenas deu uma risadinha maliciosa.

– Sim, sua casa. – enfatizou Sabrina.

– Eu pensei que você morava na loja do meu tio... – retrucou, Aby.

– De fato, estou morando temporariamente lá. – confessou dando os ombros – Essa residência faz parte do meu passado tolo de humano. Como gato, não preciso das futilidades de residências...Posso viver aonde quiser! Sou livre dos grilhões que prendem o cidadão comum a máquina do estado e do mercado neo-liberal!

– Pela grande mãe... – sussurrou Sabrina rolando os olhos.

– E por que estamos aqui? – Derek foi mais direto na verdadeira questão, impaciente com todo aquele falatório sem sentido.

– Ora, porque eu os convidei. – Salem falou agora voltando sua atenção para o lobisomem, que por sua vez tentou não o mirar diretamente. Salem, mesmo humano, exibia um comportamento por demais felino e isso incomodava Derek Hale. Ele, definitivamente, não gostava de gatos.

– E por que fez isso? – insistiu.

– Porque vocês, usando essas roupas como disfarce, chamam por demais atenção. Estava fazendo um favor. Queriam ser descobertos pelos agentes federais?

– Nós não fomos perseguidos por nenhum agente federal usando essas roupas. – frisou Aby.

– Ora, sério? – Salem começou a rir, na verdade ele gargalhou quase ao ponto de cair do sofá.

Os garotos e garotas se entreolharam, sem saber o que deveria fazer. Rir junto? Chamar o manicômio? Ou a carrocinha?

– Sim, vocês foram instruídos a vestirem algo diferente do seu estilo normal, não é? E assim não chamariam atenção, não é mesmo? – inqueriu Salem limpando as lágrimas dos olhos.

– Isso mesmo. – Derek sentiu um calafrio percorrer o seu corpo. Salem sabia das instruções que seu tio Peter havia fornecido a eles, logo só confirma o que já desconfiava: aquele gato-bruxo e sua prima estão de alguma forma ligados a investigação do Kanima. Mas como? Ele não fora informado que teriam mais aliados...

– Espera. – Salem estalou os dedos e um celular roxo apareceu em sua mão.

– Ei! Esse é meu celular! – choramingou Sabrina.

– Digam, peixe frito! – falou isso enquanto tirava uma foto do grupo confuso de jovem – Vocês estão tão ridículos, sabiam disso?

– Salem, você não tem medo de morrer? – questionou Aby em um tom de voz tão frio que Derek se adiantou para evitar que o menor fizesse alguma besteira.

– Salem... – Sabrina soltou um longo suspiro, retirando o celular das mãos do risonho humano-gato – Você fez alguma coisa, não é?

– Bem... Eu sou um bruxo, não é mesmo? E o que nós bruxos fazemos de melhor são encantamentos...E foi isso que fiz. Lancei um encantamento em vocês para que ficassem ocultos aos olhares dos agentes federais. O encantamento iria durar até vocês chegarem a minha residência, por isso tive que convidá-los a entrar antes que de fato chamassem atenção.

Silêncio, todos tentavam absorver a nova informação e logo chegavam a óbvia conclusão.

– Você quer dizer que nos vestimos assim sem nenhum motivo? Eu usei essa blusa rosa! Esse shortinho do meu tio Petrus! Essa droga de óculos...Por nada? – explodiu Abraham.

– Por nada? Ora, não... Foi por uma causa bastante justa!

– E qual seria ela?

– Meu entretenimento!

– Eu vou te matar! – declarou Aby já saltando sobre Salem, com uma adaga na mão. Derek tentou segurá-lo, mas o Van Helsing demonstrou sua destreza de caçador, desviando das tentativas do Hale de contê-lo.

– Isso está ficando muito interessante! – Erica bateu palmas ansiosa.

Ethan, tal como Elizabeth, também cobriu o rosto, temendo a violência que iria ocorrer.

Aby tentou atacar Salem. De fato, ele tentou, mas seus movimentos se tornaram cada vez mais lento ao ponto de ficar paralisado a centímetros do bruxo.

– Merda... – praguejou, lançando um olhar fulminante para o seu adversário.

– Eu não ouvi você recitar um encantamento. – Derek disse, surpreso – Digo, sei que bruxos devem fazer isso... Usar palavras mágicas, movimentos com suas varinhas ou cajados e até mesmo talismãs ou poções para que pudessem usar a magia. Você não fez nada disso.

Salem dava um cafuné nos cabelos loiros de Aby, aproveitando que o mesmo não podia fazer nada para impedi-lo.

– Isso mesmo. Eu não fiz isso. – e foi só o que disse Salem, sem se dar o trabalho de discorrer mais sobre o fato.

Sabrina novamente soltou um suspiro.

– Pode não parecer, mas meu primo é um grande bruxo. Talvez o melhor dessa geração. Um prodígio.

– Isso significa que ele é o chefe da ordem dos bruxos, druidas, feiticeiros, magos e alquimistas de Beacon Hills? – inqueriu Derek meio assustado – Afinal, é assim que vocês escolhem os seus líderes, não é mesmo? Pela a escala de poder. Se Salem é tão poderoso assim, ele...

– Ele é sim o líder da ordem... Mas não de Beacon Hills, ele é o líder de todo a América do Norte. – confessou Sabrina meio envergonhada.

– Não fode! Esse traste? – disse Abraham ainda paralisado.

– Ele seria o líder, se não tivesse optado por viver na forma de gato... – continuou explicando Sabrina, ainda com mais vergonha.

– E você trabalha para o meu tio? – Aby não estava acreditando naquela história.

– O pagamento é bom, leite e ratos a vontade. Parecia um bom salário. – comentou Salem apertando a bochecha de Abraham – E esse negócio de líder não é para mim. Muito estresse, muita responsabilidade.

– E você está nos ajudando por quê? – Derek interrogou.

– Ora, porque Petrus me pediu. – disse sem hesitar – Petrus é meu patrão e amigo...E apesar de não ser muito apreciador de responsabilidades, eu dou valor a amizade, honra e...

Arrotou. E foi um baita arroto, longo e ressoante. E com cheiro de sardinha. Isso não afeitou Salem, pois ele logo continuou a falar:

– E eu mesmo já sabia de todo esse lance envolvendo o Kanima. Os gatos são tremendo fofoqueiros e tenho muitos amigos felinos da residência do senhor Erorhion...Esse lance envolvendo as mortes é algo sério, até eu consigo ver as consequências disso a longo prazo, por isso resolvi ajudar e evitar que um bando de vilões lunáticos venham perturbar a minha pacata vida felina!

Derek estava assombrado com aquela descoberta. Ter um aliado mágico poderoso, ainda mais quando Erorhion não poderia ajudá-los, era sem dúvida uma grande vantagem. Além disso, Salem já demonstrou a extensão de seus poderes os encantando sem ao menos ter contato direto com eles. Talvez os poderes de Salem possam equivaler aos de Erorhion...

A companhia foi ouvida, sobressaltando os ocupantes da casa. Aquilo era um alerta, afinal, ninguém deveria saber que eles estavam ali, não é mesmo? E quem iria tocar a companhia de uma casa daquele aspecto?

Derek rosnou e Boyd e Erica logo o acompanharam na reação. Não conseguia farejar o cheiro do intruso e isso não podia ser um bom sinal.

– Ah! Deve ser a pizza de atum que pedi! – disse Salem se levantando do sofá e correndo para a porta da frente, Derek o impediu de alcançar a maçanete.

– Eu abro. – não foi um pedido e sim uma ordem. Salem fez biquinho, algo meio estranho de se observar advindo de um homem alto e muito pelado. Derek lançou um olhar para seus companheiros lobisomens que já se posicionaram no corredor, prontos para atacar.

Lentamente, Derek abriu a porta e...

– Foi aqui que pediram duas pizzas gigantes de atum? – um homem questiono em um tom amigável.

Derek piscou, confuso. Era mesmo um entregador de pizza? Mas...E o cheiro? Antes que pudesse agir o cano de uma arma foi pressionado na sua testa.

– Bang! – disse o homem levantando o rosto, rosto este que estava até o momento oculto pela a aba do boné que usava – Você morreu, lobo.

– Argent! – rosnou. Ali, na sua frente estava Cris Argent, o suposto caçador aposentando de lobisomens. Cris que deveria ser seu aliado, mas pelo visto o havia traído...

Derek não queria morrer, mas nada podia fazer para escapar do seu fatídico destino. Cris o tinha pego e mesmo que a bala que tivesse na arma fosse do tipo normal, ele não poderia depender de suas habilidades de cura para o salvar.

"Eu nem disse ao Stiles que ele é o meu Mate..." Pensou, em desespero. Sequer tivera tempo de tomar o adolescente em seus braços e amá-lo completamente...E também não chegou a dizer que o amava, com as palavras apropriadas.

Já devia saber...Derek Hale nunca deveria ter um final feliz.

– Isso foi mesmo decepcionante. – alguém falou logo atrás de si – Ou surpreendente, dependendo do referencial.

– Acha mesmo que o título "caçadores de lobisomens" era só um enfeite? Sabemos como agir!

– De fato, eu não esperava essa tática.

Argent recolheu a sua arma e Derek sentiu uma calorosa mão sendo colocada sobre o seu ombro. Subitamente virou para encarar o rosto sorridente de Peter Hale.

– Surpresa! – disse seu tio.

– O...O ... O que..? – Derek não sabia se devia agradecer os deuses por ainda estar vivo ou se devia morder o seu tio Peter.

– Seu tio disse que eu devia testá-los. – falou Cris de contragosto –, na verdade, acredito que isso foi uma forma de me testar também. Para ver se sou confiável e tudo mais. Afinal, não fui convidado para a reuniãozinha na mansão Hale, não é mesmo?

– Pois é... Minha irmã ainda não estava muito confortável em compartilhar a mesa com um ex-assassino de nossa raça. – disse Peter ainda sorrindo – Vamos entrar, sim? Acho que já cansei de ficar só espionando... E ainda mais nessa casa caindo aos pedaços...Francamente, Salem... Você devia cuidar mais de suas coisas.

– Minha pizza! – exigiu o bruxo forçando a passagem por entre os dois lobisomens que ocupavam a porta de entrada.

– Você está nu. – falou Cris sem saber mais o que poderia dizer sobre a situação.

O bruxo rolou os olhos.

– Nossa, você nunca viu um pinto antes? E olha que você também tem um...Então, não é uma grande surpresa. – falou o bruxo retirando a pizza dos ombros do ex-caçador que o encarava com misto de admiração e confusão.

– Ele está nu. – voltou a falar agora para Peter e Derek.

– E parece que ele vai continuar assim por muito tempo! – riu Peter dando um leve tapa no ombro do Argent – Agora vamos entrar, sim? Quero discutir o meu estupendo plano!

~**~

Peter estivera escondido na casa todo aquele tempo, Derek não conseguira farejá-lo e nem Erica e Boyd. Pelo visto, o seu tio tinha utilizado um produto "natural" oferecido por Petrus Brand para ocultar o seu cheiro. Cris Argent, por sua vez, também tinha sua própria colônia que bloqueava a habilidade olfativa dos lobisomens, era uma receita antiga de família Argent, envolvia ingredientes como urina de cavalo, esterco de boi, vinho e fermentação...

Se aquele era uma espécie de teste, todos tinham falhado de forma desastrosa.

– Então, sobre o meu plano... – Peter comia uma fatia de pizza, se sentando no chão rodeado pelos apreensivos garotos e garotas. Chris preferiu ficar encostado na parede, exibindo uma postura de "ainda não confio em vocês o suficiente" ou ele só não queria se sentar no chão sujo...O que poderia ser uma opção inteligente levando-se em consideração o quão sujo o chão estava.

– Sim, contemos sobre o seu plano. Nunca vi tamanha enrolação para contar algo que podia ser feito via whatsapp. – contestou Aby, agora não mais paralisado e mordiscando de contragosto o seu pedaço de pizza.

– E qual seria a graça disso? – Peter ergueu as sobrancelhas, como estivesse mortificado com tal sugestão.

– Tio... – Derek entendia que Peter tinha um certo prazer especial pelo espetáculo, mas isso não significava que concordava com as táticas do seu tio. Alias, desconfiava que o Hale mais velho tinha planejado aquele encontro para demonstrar diversas coisas. Novos aliados. Quanto eles estavam preparados para enfrentar os mestres do kanima. As habilidades do Argent. Enfim, vários fatores foram ali expostos e testados, mas só Peter era capaz de computar os resultados e tirar proveito dos dados que obteve em meio aquela experiência.

– Como dizia antes de ser interrompido: sobre o meu plano... – fez uma pausa dramática. Derek rolou os olhos – Já descobriram por que chamei exatamente vocês?

– Por que você é um velho esquisitão e sádico que gosta de tirar sarro da nossa cara? – sugeriu Aby.

– Abraham, eu não sou tão velho, nem cheguei aos 40 anos. Falando assim, vou pensar que você não gosta de mim.

– E não gosto!

– Petrus vai ficar triste.

– Que se fod...

A boca do garoto foi tapada, não por Derek ou outro membro do grupo e sim por Salem.

– Ele está ainda chateado pela a nossa brincadeira. – justificou o bruxo gato, ignorando as tentativas do menor de tirar a mão de sua boca. Pelo visto, havia um tipo de magia ali – A o joguinho envolvendo as roupas.

– Você tirou foto, não é? – sorriu Peter dando um meio sorriso maroto.

– Obvio que sim! – Salem piscou, devolvendo o sorriso.

– Oh! Não! – Sabrina criticou negando com a cabeça a atitude daqueles dois adultos.

– Bem, voltando ao assunto... – Peter continuou todo eloquente e sem nenhum pingo de ressentimento por seus atos. – Eu escolhi vocês devido as suas habilidades especiais...

– Habilidades? – Elizabeth questionou, sem entender.

– Especiais? – completou Ethan franzindo o cenho.

– Sim. Você... – apontou para Aby, que ainda tinha a boca tapada por Salem – De acordo com Petrus, está aprendendo a tocar guitarra e canta bem.

Aby corou, mas não negou o que Peter acabou de revelar.

– E você, meu sobrinho, sabe tocar violão e guitarra.

Derek assentiu com um gesto curto e brusco.

– Erica, querida, sabe tocar contrabaixo. Boyd toca bateria. – essa fala foi acompanhada pela afirmação dos lobisomens.

– Elizabeth sabe tocar piano... – a jovem vampira corou, mas assentiu.

– Ethan tem sua fantástica voz. Conseguem ver como isso é conveniente para o que tenho planejado?

– O que seria? – demandou saber, Abraham, por fim liberto da magia de Salem.

– Ora, não é obvio? Vocês irão formar uma banda no festival do Halloween promovido pelo Instituto Beacon Hills. Usaremos a sua banda como uma forma de distração e meio de capturar o Kanima...

– Uma banda... – Derek não estava acreditando no que estava ouvido. Uma banda? Isso não podia dar certo...O festival era daqui a poucas semanas! Não era possível que eles fossem aceitar algo assim. E como eles capturariam o kanima dessa forma?

– Se for uma banda... Essa banda deverá ser de Rock! – Abraham, pelo visto, não compartilhava das incertezas de Derek quanto aquela questão.

– Mas...Eu...Não sei cantar rock! – Ethan falou em desespero – Eu só sei entoar mantras Zen e algumas cantigas de relaxamento!

– E...posso saber tocar piano, mas como posso ajudar na banda? Eu nunca toquei teclado...

– Iremos usar roupas combinando? Temos que usar roupas combinado! – Erica estava animada.

– Temos que pensar em um nome... – analisou Boyd.

Derek soltou um suspiro resignado: sua vida acabara de se tornar mais estressante.


~~*Palavras da autora*~~

Aceitando sugestões de nomes para a banda!

E se querem saber como eles vão cantar, irei dispobilizar o link  -> 

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