Reunião Apocalíptica Do Fim do Mundo parte 2 - O Armagedom

Começou a chover. Chuva com direito a trovões e relâmpagos. E agora mansão Hale parecia, mais do que nunca, um cenário ideal de algum filme de terror. A ambientação estava perfeita para algum fantasma ou zumbi brotar de um canto escuro, em um perfeito jump scare, e atacar o grupo de adolescentes incautos que ali chegava. O clima parecia estar sintonizado com o evento que estava prestes a ocorrer: a derradeira reunião.

Stiles tremia e isso não era só efeito das intemperes da tormenta que caia sobre a sua cabeça. Não. O tiritar de suas pernas era mais pelo medo do que pelo frio.

Um casaco foi colocado nos seus ombros, o fazendo se sobressaltar. Devia se acalmar, afinal zumbis e muito menos fantasmas não ofereciam suas peças de roupa para aquecer suas vítimas. E não conseguia imaginar aqueles seres utilizando um casaco de couro tão estiloso...

– Você não deveria ficar tanto tempo aqui... – Informou Derek se postando a frente de Stiles, como que o protegendo do vento chuvoso que insistia a atingi-los – Seus amigos já entraram na mansão.

– Oh... – Só agora notava que estava sozinho ali. Nossa, aquilo era a perfeita imagem da desolação. Ele ali, em meio a chuva. Só faltava o som de violinos ao fundo.

– Ei... – O toque quente do lobisomem acariciando a sua face fez com que Stiles levantasse sua úmida face para encará-lo. Desta vez Derek não usava sua habitual expressão Chupador-de-limão-Master. O Hale estava sorrindo, e a simples visão disso era o suficiente para fazer Stiles esquecer todas as suas preocupações.

– Ei... –Respondeu Stiles correspondendo o sorriso, deixou seu rosto se acomodar naquela fonte de calor. Parecia um gato manhoso, mas nem ligava!

– Eu estarei ao seu lado. – Sussurrou Derek, seu tom era sério mais ao mesmo tempo doce. Como isso era possível? Ser tão fofinho e sexy ao mesmo tempo? Devia ser um poder sobrenatural específico só para o Derek Hale.

– Huh?

– Durante essa reunião, você não estará sozinho. Estarei ao seu lado. Enfrentaremos isso juntos.

– Derek... – Seu peito foi preenchido por uma sensação aconchegante de afeto – Eu agradeço, mas...É a sua alcateia e ela...Além de sua mãe é sua alfa. Eu não posso pedir que...

– Não precisa pedir, irei fazer porque quero. – Stiles podia detectar o sinal de teimosia com muita facilidade, afinal ele mesmo também apresentava aquela formidável característica. Também sabia que dificilmente iria conseguir convencer o seu lobo do contrário. Aliás, e por que iria tentar fazer isso? Na verdade, o seu lobo precisava era de uma tremenda recompensa.

– Vem cá! – nisso ficou de ponta de pés. Colocou as mãos uma de cada lado daquele lindo rosto e beijou aqueles deliciosos lábios. Aquele era o momento de se deleitar com o momento. Era perfeito...Mesmo com a chuva e os trovões. O Beijo logo se tornou mais quente (contrastando com o clima). Stiles afundou suas mãos nos cabelos molhados de Derek. O lobisomem, por sua vez, entrelaçou seus braços ao redor do seu namorado.

– Devemos mesmo repensar algumas regras... – Disse em meio ao beijo. Na verdade, nem tinha certeza se Derek tinha entendido, afinal, estavam meio ocupados e as palavras eram difíceis de sair quando a sua língua e lábios estavam sendo utilizadas para outras funções mais prazerosa.

– Hum? Repensar? Você quer dizer quebrar regras? – Retorquiu Derek, mordiscando o lábio inferior do humano, arrancando do mesmo um gemido de prazer.

– Não muitas regras... – Murmurou deixando suas mãos descerem dos cabelos do Hale, para o pescoço e depois para os ombros largos do lobisomem –Apenas uma em especial.

– Uma? – Derek interrompeu o beijo com relutância para mirar o seu namorado, entendia muito bem que regra o adolescente queria quebrar. Fato é que, mesmo com o seu medo de decepcionar o xerife (e também de ser assassinado por ele), também sentia em seu íntimo que a referida regra poderia ser quebrada. A possibilidade estava começando a crescer e assumir proporções perigosas. Derek estava adentrando em uma zona perigosa. – Stiles...Eu acho que...

– Eu acho que vocês poderiam parar com esse pegação toda ao ar livre e entrar dentro da mansão! Querem pegar alguma pneumonia ou o que? – Resmungou alguém que estava no deck de entrada da mansão. E ele não estava sozinho.

– Aby...Você se importa. – Stiles levou a mão ao coração, emocionado.

– Sim, me importo. Me importo com o fato de vocês ao fazerem uma demonstração pública e ao vivo do que seria as preliminares, seja uma ótima forma de iniciar nosso encontro com a alcateia Hale. Afinal, primeira impressão é o que importa, não é mesmo? – Disse Van Helsing com um sorriso no rosto, o sorriso sarcástico dele era bem mais congelante que a chuva a qual Stiles estava submetido.

Derek rosnou e Stiles deu uma risada nervosa. Bem, o momento amoroso da chuva tinha terminado. O casal se juntou aos outros no deck.

– Você está melhor agora? Parecia meio triste antes... – Questionou Isaac com um olhar preocupado. Stiles sorriu de forma que o tranquilizasse. Sim, estava bem melhor agora depois de "dar uns pega" em seu namorado. Na verdade, isso deveria se tornar um tipo de medicamente. Quase podia vislumbrar um médico prescrevendo uma dosagem dubla de um Derek-nuzinho-da-silva Hale, em cada meia hora, para curar qualquer tipo de enfermidade! O medicamento seria um sucesso!

– Vocês gostam de dar um show, não é mesmo? – Uma toalha fofa foi jogada a sua face, quase o fazendo cair para trás.

– Tio Peter. – Derek, por outro lado, recebeu a sua toalha de forma bem mais educada. Nepotismo!

– Depois vocês me agradeçam.

– Pelas toalhas? – Inqueriu Stiles, com o cenho franzido.

Peter deu um sorriso nada amistoso.

– Não, meu caro Stilinski. Devem me agradecer por eu ter impedido que seu pai não viesse aqui presenciar tão adorável cena. Michel o está distraindo...Mas não por muito tempo.

– O-obrigado. – Logo disse Stiles.

– Tio...

– Nem precisa dizer nada, Derek. Sei que você irá apoiar tudo que o seu namorado disser na reunião. Mas como beta da alcateia, devo lhe informar que...Nem precisa se preocupar. Pois eu mesmo estou afundando nisso até o pescoço. Não sei se Stiles te contou, mas eu apoio o plano dele.

– Apoia? – Ergueu as sobrancelhas, surpreso.

– Lógico. – Sorriu Peter de forma animalesco – É perigoso e insano. Como eu poderia não gostar? Ainda precisa de sua lapidação para se tornar perfeito, mas é para isso que serve Peter Hale, não é mesmo?

– Lapidação? – Stiles se sentia meio que ofendido com todo aquele papo.

– Garoto...Você pode ser esperto, mas eu tenho anos de experiência em criar planos que realmente dão certo. – Piscou o Hale mais velho.

– Como é que é? – Se Stiles soubesse rosnar tinha rosnado.

Derek não sabia se era muito inteligente da parte de Peter incitar um sentimento de rivalidade com Stiles Stilinski. Era como usar gasolina para apagar fogo... Mas será que era intencional? Talvez Peter estava tentando cultivar um monstro. Alguém com as mesmas "virtudes" que Peter Hale tinha como "estrategista" da alcateia.

– O mundo não precisa de outro tio Peter... – Resmungou Derek, apreensivo.

~**~

Stiles estranhou que Scott não estava na entrada da mansão para recepcioná-lo como Abraham e Isaac. Mas logo percebeu o motivo do seu melhor amigo estar ausente.

– Um alfa, é? Eu fui informada sobre isso?

– Ora, acho que eu tinha falado sobre o assunto...O mini-alfa! Ele não é fofinho?

– Laura, alfas não devem ser fofos.

– Awn. Podem ser fofos sim! Olha ele! Tão...Tão... Lindinho!

Laura Hale, irmã mais velha de Derek, policial e parceira do Xerife John Stilinski, estava apresentando (ou melhor abraçando ao ponto da sufocação) Scott McCall para a alfa Talia Hale. O garoto estava paralisado, Stiles não sabia se era por medo de estar diante da tão temida alfa ou por estar morrendo por falta de oxigênio.

– Laura, será que pode largar o meu filho? – John interpôs – Ou será que devo te prender por assédio?

– John~ – A lobisomem fez biquinho. Derek levou a mão ao rosto, sentia dominado por um forte sentimento de vergonha alheia.

– Faça o que ele diz, Laura.

De contragosto, a mulher soltou Scott que depois de recuperar o seu fôlego, voltou a paralisar. Estava sobre o olhar de Talia e isso era ainda mais sufocante que o abraço mortal que tinha acabado de se salvar.

– Um alfa... Você ainda tem muito que aprender sobre o que um alfa realmente pode fazer, não basta ter íris escarlate e ter uma alcateia. – Disse ela iluminando os próprios olhos com a característica cor vermelho sangue. Aquilo gerou um efeito surpreendente em todos no recinto. Stiles já tinha visto meio que flashs daquela coloração nos olhos de Scott, mas nunca sentira tamanha pressão como agora, quando Talia demonstrava o seu poder de alfa. Era como se o ar tivesse ficado mais pesado. Era difícil de respirar.

Submeta-se.

Sentia vontade de abaixar a cabeça em sinal de respeito. Fazer uma reverência. Ficar de joelhos. Quase fez isso... Sentiu até suas pernas começarem a se dobrar.

Submeta-se.

Stiles cerrou o punho e levantou o rosto. Indo contra o fluxo da força sobrenatural que o impelia a submissão. Para sua surpresa, Talia o observava.

– Alguns podem ser Alfas sem ao menos terem a marca nos olhos. – Disse isso lentamente. Stiles não sabia o que aquilo significa, só sabia que seu pescoço já estava ficando com torcicolo por tentar manter erguido a sua cabeça.

E acabou. Talia voltou a ter seus olhos castanhos, para o alívio de Stiles e dos outros que estavam próximos.

– Mana, isso era mesmo necessário? – Resmungou Peter, ele tinha se ajoelhado, percebeu o adolescente.

– Vamos começar a reunião. – Anunciou Talia já indo em direção a outra sala, sendo seguida por seus lobisomens. Derek, entretanto, permaneceu ao lado de Stiles.

– Desta vez você se superou. – Falou John em um tom mais cansado do que irritado.

– Pai...

– Não, Stiles. Depois irei ouvir suas explicações, mas agora você deve usar de sua lábia para com a Alfa Hale. Na verdade, quero ouvir a explicação de vocês três. Sim, Isaac...Você também está incluído nisso. – Falou levou as mãos a cintura, uma perfeita postura de pai dando sermão. Scott engoliu em seco. Isaac mordia o lábio inferior e brincava com a barra de sua camisa, sem fitar o Stilinski mais velho.

– E não é só você, John. Eu também tenho a minha parte nessa conversa. – Melissa falou, cruzando os braços diante do peito. Estranhamente, Stiles se sentiam pior diante do olhar decepcionado de Melissa, mais do que o do seu pai.

– Er... – Derek pigarreou, tentando quebrar o momento sermão familiar – Temos que ir para o salão de jantar.

John assentiu, mas lançou um olhar fulminante para Derek, como que dissesse que inclusive ele estava encrencando. Derek, a contrário de Scott, não se transformou em um Chihuahua, permaneceu sereno e colocou o braço ao redor dos ombros de Stiles, indicando (claramente) de que lado ele estava.

O xerife soltou um longo suspiro, mas nada disse sobre aquilo. Melissa, pelo menos, deu uma rápida piscadela para Stiles, o que poderia ser um bom sinal.

– Cuidado, Der... Vai perder os pontos positivos que tens com o meu pai. – Sussurrou Stiles para o seu namorado.

Derek nada falou, seu rosto antes sereno agora apresentava um semblante que ia muito além da típica cara de quem tinha chupado um limão. Na verdade, parecia que Derek tinha engolido o limoeiro inteiro, com raiz, folha, tronco e tudo. Era melhor que os músculos não travassem nessa expressão, pois era mesmo uma máscara de terror. Seria perfeita para ser usada no Halloween...Mas e durante o resto do ano?

"Oh...Então essa é expressão de nervosismo do meu Derek?" concluiu, divertido.

~**~

O Poderoso Chefão é um filme muito interessante de assistir, todo aquele negócio de máfia era fascinante. Stiles até gostava daquele estilo de filme, mas não ao ponto de se ver imerso naquele tipo de ambiente. Pois é...Mas agora, sentando naquela longa mesa de jantar. Com todos os lobisomens e vampiros, Hale e Beaumont respectivamente, sentados de um dos lados da mesa e o grupo fabuloso de Stiles sentando do outro lado, sentia a vibe total de estar sendo julgado por uma máfia sobrenatural.

– Meu santo Al Capone... Agora sim isso parece a última ceia, sem ceia, devo enfatizar... – Sussurrou nervoso. Já tinha visitado a mansão antes quando foi apresentado a alcateia, mas o churrasco ocorreu fora e não dentro. Ou seja, não sabia o quão aterrorizante era aquela decoração gótica associada com todo o contexto da reunião. Eles tinham até um candelabro com velas acesas...Sério! Aquilo não era nada seguro, ainda mais levando-se em consideração o histórico de incêndios que os Hales já tinham enfrentando.

– Redecoração...Vocês precisam disso...Urgentemente! Sério! Tem até programas na tv que fazem isso... Só porque vocês são sobrenaturais, não precisam seguir o clichê e terem a decoração de uma mansão mal-assombrada.– Continuou a falar, já que ninguém estava falando, então...Devia preencher o vazio de alguma forma.

– Eu até tinha sugerido essa mudança... – Michel Beaumont falou, mas foi silenciado por uma cotovelada dada por Peter.

– Bem... Crianças. – Começou falar Talia deixando o seu olhar se reter em cada um dos adolescentes – Vocês devem saber que o que fizeram foi muito perigoso e inconsequente, não é mesmo?

– Er...Depende do ponto de vista? – Sugeriu Stiles em um sussurro, não era para ser uma pergunta e sim uma afirmação, mas acabou que sua entonação vacilou no final.

– Olha, nós só estávamos ajudando. – Disse Abraham – Sejamos francos, quando encontraram o corpo na reserva, com a estaca...Lógico que vocês pensaram que eu devia estar envolvido, não é? E eu deveria ficar sentando esperando que vocês viessem até mim para me prender ou algo do tipo? Eu tinha que investigar... E meus amigos, eles me ajudaram.

A última parte foi acrescentada em um resmungo. Isso fez com que Stiles sorrisse.

"Owt... Nosso Aby está crescendo e seu coração gelado está derretendo!" Pensou, não disse em voz alta. Contudo, Aby devia ter poderes telepáticos, pois lançou um olhar fulminante para o Stilinski. Um olhar com claras intenções assassinas. Stiles engoliu em seco.

– Sim, acreditamos que você estaria envolvido, mas não diretamente. – Esclareceu Alam Deaton – Você nunca foi considerado um suspeito, Abraham. Por isso é que chamamos o seu tio para nos ajudar na investigação.

– Meu tio não é um Van Helsing. Eu podia ter ajudado muito mais se tivessem me perguntado diretamente.

– Seu tio está aqui na sala ouvindo tudo isso. – Comentou o referido tio. Sim, Petrus estava ali, encostado no parapeito da lareira. Estava afivelando suas botas de cano alto (botas vermelhas, vale ressaltar). Usava um casaco de pele falsa (pele essa que muito parecia a de lobos), além de camisa regata branca e calças skinny cinzentas – E quer saber, Aby? Você pode até estar certo, mas fui eu que aceitei participar dessas investigações, ocultado tudo de você. Isso não estava implícito quando me associe aos Hale e Beaumont, fui eu que optei em não te envolver.

– Por quê? Eu não preciso de proteção! – Aby se levantou da cadeira e encarou o seu guardião com fúria.

– Você está machucado, Abraham. – Petrus caminhou lentamente até o seu sobrinho – E quando digo machucado, não falo fisicamente.

– Eu estou bem. – Insistiu.

– Você ainda tem pesadelos. Principalmente depois que o corpo na reserva foi encontrado. Insônia. Fica apreensivo, esperando ser atacado a qualquer momento por um inimigo invisível. Quantas adagas você tem escondida nas mangas? E outras armas? Precisa andar por aí sempre armado? Por que você faz isso? – Perguntou, mas Aby se recusou a responder.

Petrus segurou o queixo de Abraham, impedindo que ele desviasse o olhar.

– Você tocou a estaca, não é mesmo? A estaca que seu pai deve ter dado a família Argent...Me diga, suas mãos tremeram quando a tocou?

Aby abriu a boca para negar, mas nenhuma palavra escapou de seus lábios.

– Eu sou seu tio...Sua família, Aby. Como acha que iria permitir você ser exposto a alguma coisa relacionada a Arkadius? Depois de tudo que ele fez com você... Você é meu sobrinho e eu irei te proteger. E se isso envolve em eu ter tomado decisões precipitadas que por acaso podem ter atrasado nossa investigação...Que assim seja!

– Não sabemos se de fato é ele, Petrus. – Lembrou Alam.

Petrus soltou o queixo de Aby, só para depois abraçar o garoto ocultando dos outros a expressão que o adolescente. Pelo visto, Brand não queria manchar a imagem do garoto valentão que seu sobrinho insistia em manter.

Stiles notou que Pietro (que estava no lado dos vampiros, ao lado do seu irmão mais velho), parecia se segurar para não se jogar sobre Aby e o abraçar.

– Eu não acredito em coincidências. Aquele safado sádico está sim envolvido. – Enfatizou o alquimista.

– Então... – Começou a falar Stiles – Nossa investigação pode ter sido uma consequência da falta de transparência no modo como vocês lidaram com a situação?

Novamente sua afirmação se tornou uma pergunta. Stiles praguejou internamente por isso.

– Eu me recordo de alguns garotos entrando na reserva quando um assassinato ocorreu. – Comentou John Stilinski – Naquele momento a investigação nem tinha começando.

Ops. Seu argumento acabou de ser destruído.

– Isso realmente é importante? – Peter se meteu, massageando a testa – Sim, os garotos agiram de forma precipitada. Entretanto, não podemos negar o progresso que eles fizeram...

– Agindo de forma ilegal. – Enfatizou o xerife.

– O que torna tudo ainda mais impressionante.

Peter! – Talia o repreendeu, mas o lobisomem deu os ombros.

– Devemos focar a reunião para algo mais produtivo do que ficar discutindo se essas crianças estavam certas ou não. – Continuou falando o segundo no comando da alcateia – Afinal, sabemos que eles erraram e serão punidos por isso...Mas o que realmente devemos entender é que eles nos forneceram uma oportunidade de, por fim, capturar os responsáveis por isso.

– Uma oportunidade? – Talia franziu o cenho.

– Um plano. – Cortou Stiles, antes que Peter continuasse a tagarelar e controlar a situação – De como capturar o Kanima.

– Isso parece promissor. – Disse Alam.

– Bem promissor. – Garantiu Stilinski – Mas podemos discutir isso depois de discutir algo também importante.

– E o que seria? – Talia questionou erguendo as sobrancelhas.

– A nossa punição.

– Stiles! – Agora foi a vez de John de repreender – Acha mesmo que pode negociar isso?

– Meus amigos podem ter agido errado e tal, mas fui eu que os recrutei e formulei os planos...Eu que deveria receber a pior punição – Falou dessa vez sua voz não vacilou – Não quero que eles sejam prejudicados. Que o Marcus seja expulso da polícia ou Danny ser fichado (de novo)...Enfim, eles não merecem isso!

Seus amigos começaram a protestar, mas foram silenciados pelo olhar Alfa lançado por Talia.

– E por que deveria aceitar a sua proposta? Acha mesmo que nós adultos não poderíamos formular o nosso próprio plano na captura do Kanima?

– Se vocês tivessem mesmo um plano, por que a senhora estaria ainda me ouvindo? Devia simplesmente dizer não e nos mandar para as masmorras aonde seriamos punidos! Afinal, essa mansão deve ter masmorras, não é? Tendo em vista ao clichê da decoração e tal...

Derek estava preste a ter um ataque cardíaco. E pelo rosto de John e Melissa, ele não era o único. Stiles ou era corajoso demais ou era inconsequente ao ponto de não entender a gravidade de suas ações, principalmente em relação ao quesito perigo. Pela experiência do Hale em relação ao seu namorado, imaginava que devia ser uma combinação dos dois.

Talia sorriu. Ela não rosnou ou ativou novamente seu olhar alfa. Não. Ela sorriu. Stiles ainda podia viver mais um dia.

– Suponhamos que eu aceite a sua sugestão de punição. Que seus amigos não sejam tão prejudicados por suas ações. No sentindo de terem fichas sujas ou algo do tipo. O que você teria para me oferecer em relação a esse tal plano...

Stiles se sentiu ligeiramente mais confiante. A vontade de mijar nas calças (sim, ele estava tendo essa vontade desde que se sentara naquela mesa) tinha diminuindo.

– Sabe daquele evento de Halloween que o Instituto organiza? – Começou a revelar o seu plano "infalível" só esperava que seu plano fosse de fato infalível....


~~Palavras da Autora~~

Para alegrar a quarentena de vocês! 

Yeah!

Pergunta> Será que A REGRA será quebrada? Stiles e Derek irão...Ir para os finalmentes? 

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