La luna del Lobo
"La Luna del Lobo" era o que a grande placa retangular dizia, colocada logo em cima da garagem de Antônio "Tony" Gutierrez. Havia uma pintura de um Lobo uivando para o luar, sendo que a lua atrás do mesmo era na verdade uma roda de um carro. De acordo com o próprio Tio Tony o nome da garagem era uma espécie de homenagem a sua nova família, ou melhor Alcateia, que o aceitou como membro após o casamento do seu irmão com Talia Hale. Ter uma nova família depois de ter perdido tudo no México era realmente uma esperança de recomeço. Mesmo depois do incêndio e da morte de seu hermano menor.
Para Derek a garagem sempre foi algo especial. Quando criança, era um local para se divertir, ouvindo as histórias de seu tio e o ajudando nas tarefas...Quando mais velho, aquele local cheio de carros, cheirando a óleo diesel e gasolina, se converteu em um santuário, onde Derek podia consertar, restaurar e construir coisas, algo que ansiava fazer com sua própria vida. Concertar erros passados, restaurar a vida daqueles que já partiram, construir uma diferente realidade onde seus familiares não tivessem pagado por suas faltas.
De qualquer forma, La Luna (como todos chamavam a garagem), era o seu segundo lar e se sentia mais tranquilo adentrando nela, mesmo que trazendo de reboque o seu querido camaro.
– Não está tão ruim assim... – Anunciou Tony ao ver o seu sobrinho empurrando o carro para dentro da garagem.
– Não está? – A pergunta não foi feita por Derek e sim por Erorhion que tinha se materializado ao lado do humano.
– Santa Madre de dios! – Exclamou Tony quase acertando o dragão com sua chave de fenda – Niño, não apareça assim do nada...Já te falei sobre isso!
– Desculpe, Tio Tony. – Sorriu Erorhion sentindo uma certa nostalgia com aquela reprimenda.
– Não foi perda total, isso é verdade. – Analisou Derek – Mas tenho que trocar o para-brisa. O capô e o teto estão amassados. A pintura está arranhada em diversas partes. Perdi duas calotas das rodas. Ainda não verifiquei o motor...
– Isso me parece ruim... – Choramingou o Erorhion, não sabia como poderiam concertar essas coisas usando somente as mãos sem nenhuma ajuda mágica. Estava totalmente perdido.
– Já vi carros em condições piores. – Lhe garantiu Tony – Alias, tenho que te agradecer! Graças a sua tempestade recebi vários carros para concertar!
– Er...Que bom que meu descontrole trouxe benefícios para alguém. – Exibiu um sorriso amarelo.
– Não chame de descontrole, sim? Pelo o que meu sobrinho me informou, você agiu desta forma porque pensou que seu namorado estava em perigo, não é mesmo? Então, acho que é compreensível perder a razão e se entregar a emoção...Não é mesmo Derek?
A resposta foi um resmungo. Tony, entretanto, não se deu por vencido.
– Aposto duas grades de cerveja que se um certo garoto tagarela, muito esperto, tivesse se metido em perigo...Um certo lobisomem que conhecemos iria correndo salvá-lo. E nem iria ligar para as consequências de seu ato. Não é mesmo?
Desta vez a resposta não foi um resmungo e sim um rosnado. Tony apenas deu uma gargalhada e apertou o ombro do Dragão, com afeição.
– Não seja tão rígido com o Erorhion, sim?
– Está tudo bem, Tio Tony...Eu me comprometi com a tarefa. A tempestade trouxe muitos problemas, mesmo que minhas mães estejam ressarcindo os danos, tenho que aprender que tudo tem suas consequências. Trata-se da lei da ação e reação que rege o nosso universo. Mesmo sendo um dragão, não posso fugir do karma...
– Oh! Dios mio...Tinha esquecido dos seus papos filosóficos. Estou, ainda, muito sóbrio para conversar sobre sentindo da vida. – Piscou o humano.
– Tio, não iremos beber e sim trabalhar. – Enfatizou Derek já começando a tirar a sua jaqueta de couro.
– Ah! E quem disse que não podemos beber e trabalhar?
O dragão resolveu também se preparar para o trabalho duro. Estava colocando no chão a sua bolsa, afinal, esperava ter algum intervalo em meio àquela punição para desenhar alguns modelos de tatuagem, quando ouviu um miado.
Derek paralisou. Lentamente, se virou para Erorhion que, por sua vez, retirava um gatinho de sua bolsa.
– Isaac 2? O que você está fazendo aqui?
– V-você trouxe um gato para a garagem?! – Perguntou e exclamou ao mesmo tempo.
– É proibido? – O dragão questionou com um certo ar provocador. Podia sentir as vibrações de medo que emanavam do seu amigo lobisomem. Derek nunca iria admitir em voz alta seus defeitos, mas era por demais evidente, por sua expressão e linguagem corporal, que o poderoso Hale não se sentia confortável perto de gatos, mesmo os filhotes fofos como Isaac 2.
– Ora, não é não. – Respondeu Tony antes que seu sobrinho emitisse uma opinião a respeito. Ao final, tudo que restou para o Hale foi rosnar.
– Ele irá atrapalhar... – Sentenciou, amolado.
– Isaac 2 é muito comportado. – Garantiu Erorhion com certo orgulho – Aposto que você nem irá notar a presença dele enquanto trabalhamos.
Derek duvidava muito disso. Tentou ignorar a presença do bichano. Esperava que não tivesse mais surpresas, principalmente as do tipo visitas inesperadas. Contudo, depois de fungar o ar e soltar um resmungo maldizendo a sua sorte percebeu que sua tarde estava longe de ser tranquila e produtiva.
– O que foi? – Questionou o dragão.
– Ora, não se preocupe! Derek gosta de resmungar, as vezes sem nenhum motivo aparente, então a parte dos resmungos e rosnados me parece ser algo normal. Mas a parte de ficar cheirando e fazendo cara feia? Está dizendo que minha garagem está fedendo? É isso?
Derek não respondeu e Erorhion começou, por sua vez, a farejar o ambiente. Um sorriso se fez em seus lábios, entendo o aborrecimento aparente do seu amigo.
– Hello! – Disse alguém abrindo a porta da frente da garagem com intenção de chamar atenção – E como vão meus mecânicos preferidos? Já começaram a se sujar de óleo e graxa?
– Pietro... – Cada sílaba foi proferida em meio a um ranger de dentes.
Erorhion, pelo contrário, acenou para o vampiro, ainda com o seu gatinho no colo. Entretanto, Pietro Beaumont não estava sozinho.
– Quem é ele? – Indagou indicando com o queixo o desconhecido.
– Derek, Derek, Derek... – Pietro balançou a cabeça em um claro sinal de desaprovação – Cadê a educação? A gentileza? Cordialidade? Pensei que Stiles estivesse te adestrado melhor...
– Me adestrando? Até parece. – Riu o lobisomem balançando a cabeça com um ar incrédulo – Stiles não é o Abraham.
O vampiro não foi afetado pelo ataque direito, ao invés disse respondeu:
– Se Stiles te pedir a patinha, aposto que você daria, não é mesmo?
– Pietro...Quão rápido é a habilidade curativo dos vampiros? Vamos fazer um teste quebrando todos os seus ossos? – Falou isso enquanto estava os dedos da mão.
– Ui! Que medo! – Sorriu Pietro mostrando suas presas – Às vezes eu prefiro quando você só rosna e não faz discursos macabros.
– Eles vão brigar? Um Beaumont e um Hale? Isso seria uma batalha espetacular... – comentou, abismado, o visitante "desconhecido".
– Oh! Não...Pietro só está provocando e...Não creio que a batalha fosse muito espetacular. Sei que o Pietro está treinando, mas...Derek treina desde que era filhotinho, sabe? – Erorhion falou, teletransportando para o lado do visitante, onde teria uma melhor visão do que estava ocorrendo.
O rapaz deu um pequeno passo para o lado, se distanciando um pouco do tatuador. Tentava não encarar tão diretamente o dragão... Tinha uma certa admiração por aquela raça sobrenatural. Na verdade, talvez fosse algo quase que biológico, sendo Erorhion um dragão oriental, cujo principal elemento é a água...Isso deveria afetar, de alguma forma, o seu instinto sereiano, o condicionando a admirar o ser "aquático" poderoso.
– Ele é Marcus! Cadete da polícia! – Subitamente falou Pietro, como se as provocações anteriores não tivessem ocorrido.
– E? – Derek também tinha retomado a seu eu típico, ou seja, nada amigável e, até mesmo, bastante bruto.
– S-sua irmã. – Interpôs Marcus mostrando a marmita que tinha em mãos – Me pediu para te trazer o seu almoço e jantar, já que ela imagina que você irá passar muito tempo aqui...
Erorhion não escondeu a expressão de desespero que seu rosto adquiriu. Dependia da magia para muitas coisas em sua vida, não estava acostumado a fazer um trabalho verdadeiramente duro, a não ser quando desenhava e fazia suas tatuagens. Logo, imaginar que passaria tanto tempo sem recorrer as suas habilidades sobrenaturais era algo, sem dúvida, assustador.
– Ela não deveria relegar esse tipo de tarefa para um membro da força policial! – Resmungou – Você é um agente da lei e não entregador do Ifood, Uber ou Rappi!
– Mas...Eu me prontifiquei. – Respondeu de imediato – Queria te conhecer...Digo, vocês todos, já que são os namorados dos amigos de meu namorado.
– Hã? – Derek franziu o cenho.
– Ele é namorado do Ethan. – Explicou, solicito, Pietro.
– AH! O tritão zen? Ele é o melhor amigo do Isaac. Pelo que sei, a filosofia de vida dele parece ser algo interessante de se conhecer. – Sorriu o dragão.
– Pois bem, parece ser um bom motivo... Ainda mais quando nossos namorados parecem trabalhar juntos resolvendo "mistérios" ao estilo Scooby doo e sua turma. – Comentou Derek.
Marcus engoliu em seco e tentou controlar as batidas do seu próprio coração, pelo visto, o Hale ainda não sabia que ele próprio Marcus Sharks, fazia parte do tão pretencioso grupo de detetives mirins. Contudo, o foco do lobisomem parecia ser outra pessoa, de modo, que não percebera a mudança no ritmo cardíaco do tritão o que sinalizaria que estava escondendo algo.
– E quanto a você? – Perguntou ao vampiro.
– Ora, tenho que dar motivo para visitar os meus amigos? Ainda mais, pretendo ajudar dando meu surte moral. – Nisso abriu a sacola que trazia em mãos, lá havia bebidas diversas, salgadinhos e doces. Parecia que alguém iria dar uma festa...
Derek fez uma tremenda careta de desaprovação.
– Isso aí! – Exclamou Tio Tony se aproximando para avaliar os condimentos – Você trouxe cerveja!
– Lógico que trouxe, especialmente para você, tio Tony. – Sorriu o vampiro todo alegre.
– Viu? – O humano olhou feio para o sobrinho.
– Ele faz isso porque não terá que lidar com um tio Tony de ressaca no dia seguinte. – Respondeu Derek devolvendo o olhar com outro mais feio.
– Sem briga! Trouxe também o refrigerante de café diet e light, preferido do nosso lobisomem rabugento preferido! – Pietro falou isso quase que enfiando a latinha no rosto do amigo.
– E o chá gelado para Erorhion. – Entregou o referido chá para o dragão.
– Você parece um Papai Noel na noite de Natal! – Comentou o dragão.
– Desculpe, Marcus...Eu não comprei nada para você, pois não sabia que você viria...O resto das coisas que comprei são doces, refrigerantes e mais doces. Se você gosta, posso te dar um pouco.
– Er...Tudo bem. – Respondeu o tritão, envergonhado. Se sentia meio que um intruso ali. Mas, realmente desejava conhecer o Derek, ainda mais quando agora sabia que Ethan seria treinado pelo lobisomem. Não podia negar também sua admiração em relação a família Hale, afinal, foi essa alcateia que conseguiu manter uma comunidade segura para os seres sobrenaturais a qual vivem em relativo equilíbrio com os humanos. Outros locais do mundo, os sobrenaturais sofrem preconceito e são perseguidos, normalmente a comunidade não-humana fica restrita a bairros afastados ou mesmo são relegados a cidades que mais parecia campos de concentração, com limitado acesso e vigiado pelos humanos. Era como a segregação racial tivesse retornado novamente. Marcus gostaria de conhecer mais sobre tão poderosa alcateia. Ademais, havia a família Beaumont, o clã de vampiros mais temido e respeitado do mundo, pois são como os polícias e juízes da raça vampiresca, ali representado por Pietro Beaumont. Para completar tinha Erorhion, pertencente a raça mais poderosa e rara no mundo sobrenatural: os dragões orientais. Resumindo, Marcus se sentia como um verdadeiro fã cercado por seus ídolos... Queria continuar ali, observando tais criaturas legendárias. Além disso, Derek ainda não tinha pegado a marmita que Marcus tinha trazido...E temia o que Laura poderia fazer se soubesse que não cumprira uma missão tão básica de ser delivery.
– Isso parece como os velhos tempos... – Notou Erorhion colocando Isaac 2 no chão, para que pudesse beber o seu chá gelado.
– Oh! Quando nos encontramos depois da escola aqui, não é mesmo? Derek sendo o lobinho maravilha e sociável que era, achava que a garagem era um ótimo local para passar o tempo...
– Eu nunca pedi para vocês dois me acompanharem! – Resmungou tomando o seu exótico refrigerante de café sem açúcar.
– Não precisava pedir. Sentimos que você desejava a nossa presença! Era o poder da amizade! Estamos conectados a um nível mais profundo...Quase telepático! – Pietro piscou divertido para o melhor amigo que tentou ignorá-lo.
– Telepático? Acho que não...Seria meio embaraçoso saber o que vocês estão pensando o tempo todo. – Declarou o dragão.
– Vocês estudaram juntos? – Quis saber, Marcus.
– Eu e Derek estudamos juntos desde o fundamental, enquanto Erorhion, ele veio como aluno de intercâmbio no ensino médio e logo o adicionamos em nosso grupo. Éramos tipo o trio fodástico da Beacon Hills Institute! Na verdade, ainda somos! – Explicou Pietro.
– Já chega de papo. – Sentenciou o Hale – Temos muito trabalho a fazer...
Erorhion soltou um longo suspiro e se encaminhou, de forma resignada, para junto do lobisomem.
– Vai! Derek! Vai! – Exclamou Pietro fazendo o que poderia uma mini representação de um movimentos de uma líder de torcida – Vai! Erorhion! Vai!
Tio Tony logo o acompanhou na estranha e descoordenada dança (talvez, por estar levemente bêbado). Erorhion riu, Derek corou levemente...Devia estar maldizendo as escolhas que fizera em sua vida, escolhas essas que culminaram em estar junto àquele grupo de bobos alegres.
Marcus franziu o cenho com o espetáculo...Quiçá o grupo fabuloso do Stiles não fosse por demais diferente do Trio Fodástico de Beacon Hills Institute.
~***~
– Vai logo, desembucha. – Exigiu saber Abraham. O ex-caçador estava sentado em uma poltrona na sala de estar, parecia ser o rei do local, apesar de ser apenas mais uma visita inconveniente do lar da família Stilinski. O resto dos garotos (Ethan, Stiles, Scott e Isaac) compartilhavam o sofá de três lugares.
– Bem... – Pigarreou Stiles olhando para sua plateia apreensiva – Como disse antes, acredito que o ataque sofrido por Isaac não foi um acidente ou algo aleatório. Acredito que o alvo foi sim Isaac.
– E por que eu? – Sussurrou Lahey.
– Vejamos os ataques anteriores...Podemos ver que a morte do vampiro e do lobisomem foram ataques diretos aos Beaumont e aos Hale, respectivamente. Eles ainda usaram instrumentos que faziam uma clara alusão a famílias de caçadores especializados a caçar vampiros e lobisomens. – Ponderou Stilinski. Aby ficava muito impressionava com a capacidade dedutiva do outro adolescente...Como ele podia ser tão inteligente em certas ocasiões e tão burro em outras? Stiles Stilinski era um mistério.
– O ataque a distrito de polícia foi também uma afronta a força policial da cidade...Vejam que esse grupo está atacando os pilares que sustentam e dão segurança a comunidade de Beacon Hills. Além disso, percebem que o ataque é também direcionado aos grupos que estão investigando os eventos... E o que nós somos? Também somos um grupo que direta e indiretamente está ligado aos três pilares, também estamos investigando as ocorrências... E temos vantagens em relação aos outros: tivemos contato direto com o kanima, possuímos filhos de caçadores como membros de nossa equipe. Em outras palavras...
– Somos uma ameaça. – Concluiu Abraham sentindo um calafrio percorrendo a sua espinha.
– Isaac seria a melhor escolha para o ataque, que serviria como uma forma de aviso, sei lá... O vampiro que morreu não era o mais importante do seu clã. O lobisomem era um ômega de passagem por Beacon Hill, sem uma alcateia e sem uma família. Eram, de certa forma, membros menos relevantes de suas comunidades. Por que Isaac seria a melhor opção? Eu não quero ofender nem nada, mas você é o único que não tem uma família de fato...Digo... – Stiles se calou, massageando o pescoço, desconfortável com suas próprias palavras.
– Não...Você tem razão. – Assentiu o jovem lobisomem – O que eles buscam é um elo fraco...E eu...
– Você não é o elo fraco, Isaac! – Garantiu, Scott – E esses caras são uns loucos assassinos! Eles pensavam que por ser você praticamente um órfão, por seu pai humano ter te abandonado... Que seria mais fácil te atacar, pois você seria o mais emocionalmente instável. Mas você tem uma família e somos nós. E sei muito bem que você é forte! Eles se enganaram em traçar o seu perfil!
Isaac deu um leve sorriso com aquela declaração.
"Uou..." Pensou Abraham, roubando a expressão de seu namorado. Scott também os surpreendia com suas súbitas atitudes de alfa.
– Mas o Kanima ter atacado o pai de Isaac ao invés do Isaac... – Continuou Stiles franzido o cenho, com um sinal evidente de expressão – Isso não faz sentido. Não acredito que o grupo deseja de fato machucar humanos... Pelo que estou conseguido ver o seu alvo são os seres sobrenaturais, ou melhor, a paz e equilíbrio entre sobrenaturais e humanos que existe aqui em Beacon Hills.
– Hum... – Isaac se remexeu no sofá – Eu não sei por que o Kanima me salvou... Mas, devo a minha vida a ele.
– Talvez, esteja relacionado com sua forma humana. – Sugeriu Ethan – Digo, ele tem sim uma forma humana, tal como os lobisomens. Quem sabe não seja alguém que tenha cruzado nosso caminho...Que estude, até, no Institute!
– E ele iria nos ajudar? Por quê? – Rosnou Scott, descrente do provável caráter bom samaritano do Kanima.
– Será que ele não sabe o que ele faz na forma de Kanima? Derek tinha falado que esses lobisomens possuem um grande trauma o que os impossibilita de ser lobisomens normais. Isso pode afetar não só a sua forma "animal" como também o recordar de suas ações quando estiver na forma de rainha das lagartixas! – Stiles disse com entusiasmo.
– Derek também tinha dito que o Kanima não teria controle do que fazia...Ele perdeu o livre-arbítrio, sendo totalmente controlado por seu mestre. – Lembrou, Abraham.
– Acho que isso não é algo permanente... – Isaac analisou – Podemos mudar, amadurecer e nossos traumas podem ser combatidos...Se isso ocorrer, o Kanima, aos poucos, vai adquirir o controle de suas faculdades, não é mesmo?
Aby deu os ombros.
– Eu não sei. Acho que devemos questionar alguém que realmente saiba sobre essas coisas...
– Perguntar para o Derek? – Indicou Stiles.
Antes que um dos garotos respondesse a companhia de entrada da casa tocou. Ao mesmo tempo, Scott iluminou seus olhos em uma tonalidade vermelha. Isaac tremeu e Ethan escondeu o rosto em uma almofada do sofá.
– O que é? – Quis saber Stiles, Abraham já tinha retirado uma adaga, sabe-se lá de onde.
–Ah...É um lobisomem... – Relaxou Scott.
– E um vampiro. – Informou Isaac, solicito.
– Além de um humano. – Completou McCall.
– Não creio que seja Derek e Pietro... – Sussurrou Abraham, ainda em posição de combate.
– Bem... Só há uma forma de saber. – Stiles estufou o peito, tomando da parca coragem que tinha acumulado e foi em direção a porta. Só por precaução, pegou um bastão de beisebol que estava abandonado junto com os guarda-chuvas, atrás da porta.
Devia ter olhado pelo olho mágico da porta.
Devia ter perguntado Quem é?
Mas não fez nada disso! Apenas girou a maçaneta e atacou.
– Ora, ora...Olá para você também. – A voz era conhecida, para o seu alívio e assombro. Afinal, tinha acabado de atacar alguém que conhecia....E não era qualquer alguém.
Seu bastão tinha sido aparado pelo esse alguém, a poucos centímetros de seu rosto.
– Espero que você não trate todos os que batem em sua porta desta maneira, teria pena dos vendedores de porta-em-porta e dos entregadores de Pizza! – Comentou Peter Hale puxando com delicadeza o bastão de Stiles.
– Pro...Pro... Profess...Professo...
– Mon Dieu...Jovens de hoje em dia são muito violentes. Acho que são esses vídeo games. – Criticou Michel Beaumont, que estava logo ao lado de Peter usando um terno impecável da marca Dolce & Gabbana.
– Mimi, deixa de ser bobo! Vídeo games nunca induziram ninguém a ser violento. Se a pessoa é propensa a isso, por diversos fatores sociais e genéticos, não será o vídeo game o gatilho para o fazer surtar...Poderia ser qualquer coisa em seu cotidiano. – Argumentou Petrus Brand fazendo um sinal com a mão, como que descartando a crítica do vampiro.
– E não fale jovens de hoje em dia, faz você parecer tão velho! O que é pior...Já que você usa esse cabelo platinado.
– Petrus...Eu não uso um cabelo platinado, esse é o meu cabelo! Não é uma peruca ou tintura! É natural! Nasci assim!
– ...E fica resmungando tal como um velho! Aí, todos vão pensar que você é de fato um velho gaga!
– Petrus... – Rosnou Michel, mas o fato foi ignorado pelo o humano.
– Ainda mais, entendo o fato de o jovem Stiles aqui ser precavido. – Comentou Peter dando o seu melhor sorriso amistoso – Também ficaria desconfiado quando, por me meter em assuntos perigosos envolvendo assassinatos e caçadores, acabe me tornando alvo de um grupo de fanáticos anti-sobrenaturais, não é mesmo? E o que é pior, não envolvendo só a mim, mas o meu grupo de amigos também.
– Pro...Pro... – Stiles ainda gaguejava sem saber como responder. Se sentia encurralado por um poderoso e feroz predador...
~~**~~Palavras da autora~~**~~
Estou focando em outras histórias (que estão terminando, para assim eu fechar os livros com chave de ouro) por isso não estava escrevendo Beacon Hills Institute. Sinto muito também pelos atrasos, mas não estou dispondo agora de muito tempo para escrever...
Mas espero que tenham gostado do capítulo, ainda pretendo colocar mais um extra envolvendo Abraham e Pietro (possível Lemon? Quem sabe!).
Tenho um grupo no whatapp quem quiser entrar, fale aqui para eu mandar o link! (aí vocês ficam mais informados dos atrasos e podem receber trechos das histórias conforme eu vou escrevendo kkkk).
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