Extra: Aconteceu em uma tarde Outonal 2
Quando tinham ido da entrada da casa para o quarto? Peter não fazia a menor ideia. Sabia que a intensão inicial não era essa, mas toda a sua consciência fora perdida quando Petrus puxou o zíper de seu macacão folgado revelando o seu corpo. Foi como um curto circuito tivesse ocorrido em seu cérebro de modo que, agora se via no segundo andar da casa, em um quarto com pesados livros jogados de forma displicente pelo chão. A cama era grande e um humano sorridente jazia nela indicando com dedo para que a dupla (sim, não podia esquecer que Michel também o acompanhava) se aproximasse.
Talvez esse fosso o momento de reconsiderar. Eles tinham se conhecido a pouco tempo, além do mais, iriam trabalhar juntos...Isso poderia se tornar um problema. Peter sempre se orgulhara de sua capacidade de raciocínio, não se deixar levar pela emoção...Afinal, quando ocorreu o incêndio quase se deixou levar pela a loucura e vingança. O estado bestial alcançado por lobisomens muito se assemelha a um animal incontrolável sedento por sangue. Sendo que esse sangue podia ser tanto de seus inimigos como de seus familiares. Peter quase alcançara este estado... Se deixasse afogar pelo ódio o que levaria a se transformar em um monstro. Desde aquela época, prometera a si mesmo usar a racionalidade acima das emoções. Não iria sucumbir. Tinha uma filha para criar. Uma família que o amava e ainda viva para apoia-lo. Iria honrar o sacrifício dos mortos. Contudo, Petrus Brand fazia despertar um novo lado... Sua mente para entorpecida. Seu lobo uivava de excitação.
Será que conseguiria se controlar?
– Que mais incentivo vocês precisam? – Reclamou Brand fazendo biquinho.
– É isso mesmo que você deseja? – Questionou Michel, que, tal como Peter, parecia ter dificuldade de controlar. Já tinha retirado o seu casaco e estava no processo de se livrar de sua gravata – Somos dois seres sobrenaturais e você só um humano. Ainda mais, acabamos de nos conhecer e...
O vampiro olhou de soslaio para o Hale e engoliu em seco.
– Olha... Ao contrário do que posso parecer. – Petrus se levantou da cama. Em seu estado completamente nu andou até eles. Seu corpo era dotado de curvas, tinha longas pernas. Uma pele alva e rosada, muito parecia uma boneca de porcelana. Seus olhos cor de esmeralda geravam quase um efeito hipnótico, tal como o movimentar de seu quadril – Não são tão promiscuo assim. Posso trocar uns beijos e amassos com desconhecidos...
Rosnados emitidos pela a dupla sobrenatural. Ciúmes? Isso realmente era estranho de se desenvolver ainda mais devido o pouco tempo que tinham passado juntos! Havia algo a mais. Algo que Peter ainda não podia...Ou...Talvez estivesse evitando a confrontação com a verdade.
–... Mas eu nunca transei com desconhecidos. Eu sou bastante seletivo a intimidade. – Confessou, abraçando a si mesmo como se subitamente tivesse sentindo frio ou exposto demais – Mas...Vocês dois...Não me perguntem o porquê, só sinto que posso confiar em vocês. Se tiverem usando algum tipo de magia comigo...Eu juro que irei transmutar seus pintos em chumbo e nunca mais terão uma ereção, tão pouco irão mijar!
Agora Petrus os encarava de um jeito feroz. Peter não conteve uma baixa risada que escapou de seus lábios, afinal, naquele momento Brand muito se assemelhava a um gato com seus pelos eriçados.
Michel avançou, com delicadeza e elegância que lhe é característica, colocou uma mecha escura do cabelo de Petrus para trás de sua orelha.
– Fico feliz em saber que não sou o único a achar estar enfeitiçado. Um coração de um vampiro não bate com uma frequência alta como de um humano ou lobisomem, mas saiba que desde que te conheci ele está descompassado. Eu só me senti assim... Uma única vez e isso já faz muito tempo. Pensei que...Nunca sentiria meu coração responder assim a alguém novamente. E vejam só, ele reagiu tanto a uma figura do passado como uma nova figura de meu presente. Se eu tiver um ataque cárdico, já sei quais pessoas culpar. – Falou o vampiro com um doce sorriso nos lábios. Aquilo não só atingiu Petrus que correspondeu ao sorriso de uma forma tímida, mas foi um verdadeiro golpe baixo para Peter. Naquele instante o Hale podia vislumbrar a versão antiga de Michel. O garoto desengonçado, mas com o bom coração, sempre pronto em expressar seus sentimentos e demonstrar seu afeto. Peter pensava que depois de tantos anos e também devido a quantidade de coisas supérfluas que o Beaumont colecionava, que o seu eu adolescente tinha sumido. Que grande engano, Michel continuava sendo o mesmo Michel de antes...Só que com alguns implementos e máscaras para ocultar os seus sentimentos.
– Michel... – Peter se aproximou, deixou sua mão tocar a face fria do vampiro – Eu...
– Ai meu santo! Se beijem logo! – Comandou Petrus puxando Peter para perto e também Michel, quase fazendo com que ambos batessem a cabeça um no outro.
– Humano...Não se apressa essas coi... – O Hale, segurando por trás da nuca do vampiro, colidiu seus lábios sobre a boca do outro. Sentiu os caninos afiados de Michel. Rosnou e explorou aquela boca. Quantos anos se passaram desde a ultima vez que o tinha beijado? O seu gosto ainda era tão bom...Se arrependia amargamente por tê-lo deixado escapar. Porém, isso não ocorreria novamente.
Petrus observava enquanto aqueles dois homens se beijavam, nunca se considerou um voyer. Sentir prazer vendo outros se divertido? Não fazia muito bem o seu estilo, mas não pode evitar de sentir sua boca salivar ao observar Peter Michel. Era lindo e excitante. Eles eram praticamente da mesma altura, havia uma luta por dominância, rosnados e até mesmo um filete de sangue escorria do lábio do Hale.
– Mais ainda falta algo... – Reclamou guloso, estendeu as suas mãos, tocando as vestes do lobisomem e vampiro e...
– Mas o que...
– Hã? – Peter lambia o lábio machucado com um sorriso mais do que satisfeito, não entendeu o motivo da interrupção até que notou que o quarto subitamente se tornou mais frio.
– O que foi que aconteceu com a minha roupa!? – Exigiu saber Michel vendo que agora só estava de cueca e sapatos bico fino de couro. O que era a sua roupa jazia em uma poça multicolorida aos seus pés.
– Mudança de estado físico. – Disse Petrus todo sorridente como tivesse feito algo muito inteligente e merecia ser parabenizado.
– Sabe o quanto eu gastei com...
– Shh! Mimi! – Disse o ousado humano que agora brincava com o cos da cueca do vampiro ranzinza – Você ficou excitado com um beijo? Que fofo!
– N-não... – Tentou manter a compostura, apesar de estar corando. Não queria olhar para baixo, aonde a mão maliciosa manipulava a sua única vestimenta, pois sabia que iria ver o seu membro rígido se destacando em sua cueca de seda – Não me chame de Mimi.
– Ora, ora... – O dedo de Brand tocou a cabeça oculta pelo tecido de Michel arrancando um rosnado excitado por parte do outro – Ficar tão estressado assim não faz bem a saúde, pode causar ejaculação precoce, sabe?
– O que...
Petrus envolveu o membro ainda coberto do outro em sua mão. Movimentos lentos subindo e descendo pelo longo mastro se iniciaram.
Peter não gostava de ser plateia, mesmo que show... Ver Michel rosnando e gemendo. O olhar nada inocente do pequeno humano. Sim, era delicioso de ver, mas seria muito melhor se ele participasse.
– Não é só Mimi que está excitado com toda essa brincadeira. – A voz do lobisomem, rente ao ouvido de Brand fez com que o mesmo sentisse um calafrio descer a sua espinha. Para piorar, Peter começou a explorar o seu corpo. Suas mãos ásperas acariciavam seus ombros, desceu por seu peitoral magro, passando por seus mamilos. Ali, o lupino fez um truque: ativou suas garras. Suas grandes e grossas unhas agora brincavam com o bico do peito de Petrus. Um dessas unhas fez questão de enroscar na argola que tinha em seu mamilo, puxando-a levemente.
– I-isso é injusto... – Disse ofegante, suas mãos tentavam manter o ritmo em masturbar o vampiro, mas estava começando a perder a batalha de resistência.
– Injusto? Você nos provocou tanto...E, pelo o que me lembro, foi você que pediu por uma punição. – Continuava a sussurrar, uma das mãos havia abandonado o mamilo e descia pelo tronco do alquimista.
– Ele realmente merece uma punição. – Agora era Michel que falava, retirando a mão trêmula de Brand de seu próprio membro. Se abaixando, sem seguida, para beijar os lábios de Petrus antes que esse protestasse.
Peter suprimiu mais um rosnado. O cheiro de Brand era delicioso...Era como um mescla de perfumes, como um campo de flores em plena primavera. Será que esse complexo odor seria relacionado a sua natureza alquímica ao apenas era o fato dele ser Petrus Brand? Isso não importava, só tinha certeza que já estava viciado naquele cheiro. Tal como o de Michel. O vampiro podia utilizar as colônias e essências mais caras, mas isso não conseguia camuflar seu cheiro real. Chocolate com pimenta que parecia refletir a sua personalidade. Adocicada, mas ocultado o seu lado picante.
– Ah!... – Arfou Petrus, tendo seus lábios libertados do ardente beijo. Lábios esses que estavam todos avermelhados.
– Delicioso. – Murmurou Michel, lambendo os lábios e depois exibindo suas presas. O Hale já está tinha visto essa expressão antes...Era um diferente tipo de fome. O vampiro não focou sua atenção no pescoço de Petrus. Não, tal local é destinado a presas. Beaumont pegou o pulso do alquimista, lambeu o local logo abaixo da palma da mão. Podia ouvir o acelerar dos batimentos do humano, sentir o fluxo de seu sangue. Os antigos filósofos humanos acreditavam que a força vital moveria através do sangue sendo este a força espiritual do corpo, os vampiros ainda acreditavam nessa ideia. O sangue, para eles, era muito mais que alimento, ainda mais quando advindo de indivíduos que lhe eram queridos. Michel abocanhou o pulso, suas presas romperam a pele, sangue fresco verteu por sua garganta. Estava em êxtase...E não era só ele.
– E-eu...AHH! – Exclamou Petrus, seu corpo foi arrebatado por uma onda de prazer intenso. Estava em chamas. Por um segundo, sua mente ficou totalmente em branco.
– O...O que foi isso? – Questionou depois, sendo amparado por Peter já que suas pernas tinham se transmutado em geleias.
– Mordida de um vampiro. – Disse simplesmente Peter, sua mão acariciava a virilha do humano – Como você deve ter notado, é afrodisíaca.
– Não me diga, Sherlock... – Resmungou o menor – Eu até gozei!
– Verdade. – Michel disse rindo, lambendo os lábios rubros pelo sangue – Eu estou vendo.
Petrus corou tentando cruzar as pernas, não era o momento de ficar tímido e embaraçado, mas foi justamente o que sentiu. O vampiro impediu o movimento do humano, na verdade segurou as pernas, impedido que essas se fechassem e se abaixou.
– Oh! Não morda aí embaixo, viu? Eu preso muito por minhas bolas! – Advertiu Petrus.
Michel apenas riu e começou a lamber a coxa de Brand, subindo lentamente por ela até chegar na virilha. Ao longo do caminho, para provocar, dava umas mordicadas na pele já corada do alemão.
– A tarde ainda não acabou. Mimi só irá reativar o seu "instrumento" para continuarmos com a sua punição. – Explicou Hale que agora se dedicava a beijar o pescoço do alquimista, arrancando gemidos do mesmo. Ao contrário dos vampiros, para os lobisomens, o pescoço era um local de extrema importância, era aonde, em uma luta por dominância, um lobo forçava o outro a submissão. Em sinal de respeito um lobo exibia o pescoço ao seu superior. Ainda mais, era no pescoço que se marcava os amantes, deixando uma marca não só física (mordida), mas também odorífica, de modo que qualquer ser sobrenatural iria saber que aquele individuo estava comprometido. Peter sentia uma imensa vontade de marcar Petrus. Na verdade, só de imaginar o humano exibindo a sua marca por aí já era o suficiente para deixa-lo ainda mais excitado.
" O que estou pensando? Marca-lo? Isso é algo muito sério para ser feito logo no segundo encontro" A voz da razão martelava a sua cabeça, mas cada vez mais estava difícil de escuta-la.
– Mein Gott (Meu deus)! – Brand quase urrou. Michel tinha abocanhado o seu membro e o chupava com vigor. Olhos escarlates fitam os olhos cor de esmeralda de Petrus, ambos com pupilas dilatadas e turvos devido ao prazer.
Petrus podia sentir as pontas dos caninos do vampiro roçando em seu sensível pênis. Também sentia a língua do mesmo lambendo o seu gozo liberado momentos atrás. E para completar as mãos frias de Beaumont acariciavam seu saco escrotal, massageando, causando tamanho prazer que Petrus chegava a chorar de excitação. Algo que nunca acontecera com ele antes.
"Que visão linda..." Pensou Peter, mas sua linha de pensamento teve que se interrompida, pois Brand virou o seu rosto para o lado e mordicou o lábio inferior do lobisomem. Lógico que o Hale correspondeu ao gesto tomando os lábios do humano. Suas mãos, ainda em formato de garra, massageavam os mamilos do alquimista, dedicando atenção especial a argola, puxando-a com mais força arrancando gritinhos de prazer dos lábios de seu jovem amante.
O trio se perdeu se perdeu em seu mundo. Provando. Mordendo. Chupando. Acariciando. Tocando. Tudo parecia trazer como consequência tamanho prazer... E também não parecia o suficiente. Queriam mais...Muito mais.
– Já chega! – Demandou Petrus, dando um leve puxão na cabeleira do vampiro – Se continuar assim...
Pop!
Esse foi o som emitido quando Michel libertou o já pulsante e rígido membro do alquimista de sua boca.
– Não queremos que goze ainda, não é mesmo? – Piscou para Peter que correspondeu ao gesto.
– E o que pretendem fazer? Chicotear meu bumbum com seus pintos? Falo isso por que não sou o único excitado aqui e isso ainda é uma "punição", não é? – Mesmo ofegante e trêmulo o humano ainda provocava.
– Santo Drácula, você fala demais. – Resmungou Beaumont, mas um sorriso vacilava em seus lábios.
– Falo e gemo. E apesar de sua técnica ser muito boa em chupar, aposto que posso fazer melhor. Nos alemães gostamos muito de salsichas, ou não sabem?
Peter carregou o humano no colo, em meio a uma risada. Colocando o mesmo sobre a cama.
– Vamos avaliar essa sua técnica, mas não agora...
– Sério? – Arqueou as sobrancelhas curioso – E qual é o próximo evento?
Os olhos de Peter se iluminaram em amarelo intenso, se aproximou do humano e sussurrou em seu ouvido.
– Mimi já teve seu momento de te provar...Agora é minha vez de degustar do seu corpo, Petrus Brand.
O alquimista engoliu em seco. Ainda mais quando sentiu suas pernas serem puxadas, fazendo que seu tronco caísse na cama. Peter se postou justamente no espaço entre as suas pernas. Ele já tinha se desfeito de sua roupa de baixo.
– Isso é uma tremenda de uma Wurst (salsicha)... – Balbuciou ao ver o membro grosso de Peter. Não devia ficar encarando tão descaradamente, mas foi o que fez.
– Vou considerar isso um elogio, apesar de não saber bem o que wurst significa... – Falava isso enquanto segurava a base de seu membro e lentamente se masturbava.
Novamente Petrus engoliu em seco. Lambeu os lábios com aquela visão.
– Lobinho, se isso vai entrar dentro de mim vai precisar me preparar e...
O Hale segurou o quadril de Brand, o forçando a assumir uma posição que sua bunda ficou voltada para cima. Graças a sua flexibilidade, suas pernas se dispuseram lado a lado em sua cabeça. Podia ver o seu membro caído sobre seu abdômen. Peter segurava suas nádegas com suas mãos lupinas, abrindo-as expondo a sua entrada.
– Pode deixar que eu te preparo. – Falou isso e "atacou". Começou a lamber e chupar o local sensível arrancando gemidos alucinantes de Petrus. Michel observava tudo se masturbando com rapidez.
"Isso sim é uma punição!" Sua mente ainda tinha força para emitir algum pensamento racional, apesar dos estímulos que praticamente enlouqueciam os seus sentidos. " Eu nunca gozei mais de uma vez em uma relação e...Estou prestes a alcançar o meu limite, de novo!".
Estava perto, mas Peter parece ter a capacidade de ler mentes, já que interrompeu a sua ação, fazendo com que Brand soltasse um gemido irritado.
– Agora sim... – Rosnou Peter, seus olhos ainda com aspectos lupinos. Na verdade, até seus dentes tinham se tornado pontiagudos. Pelo visto, Peter Hale estava perdendo o controle de si mesmo.
Peter posicionou seu grosso membro na entrada de Petrus, que começou a soltar vários palavrões em alemão. Estava ansioso por sentir aquele mastro dentro de si, mas também estava receoso, fazia meses, quase um ano, desde a sua ultima vez que transara. Bem antes de conseguir a guarda de Abraham para si. Podia estar meio enferrujado...E estreito.
– Você disse que sua técnica era melhor que a minha... Que tal testarmos isso agora? – Sugeriu Michel que também tinha se livrado daquela horrorosa cueca de seda e exibia seu falo em toda a sua glória, podia ser menos grosso que o de Peter, mas compensava em comprimento. O vampiro aproximou o seu membro da boca de Petrus, que guloso o abocanhou.
Peter rosnou, na verdade, urrou de forma quase que bestial. Era difícil mesmo se controlar diante daquela cena. Forçou a cabeça de seu falo na úmida entrada e o penetrou.
O alquimista teve o seu grito de prazer misto com dor, abafado pelo longo membro que agora residia em sua boca.
– Desculpe... – Falou rouco Peter, sua estava entrecortada, estava quase assumindo a sua forma beta.
A mão de Petrus tocou uma das mãos do Hale. Era um sinal que estava tudo bem, que ele devia continuar...E foi o que fez.
Quando tinha saído da mansão Hale naquela manhã nunca imaginara que estaria naquela situação. Estocando com força naquele canal apertado e quente. Vendo seu ex-namorado sendo chupado por um estranho humano que o cativara de tal maneira que o fizera perder o controle sobre seus instintos.
– Peter... – Michel puxou pela a nuca o lobisomem roubando um beijo úmido e ardente. Só interrompido pelo vampiro que se afastou só para pegar uma das mãos do Hale e morder com força o seu pulso. Precisamente em uma cicatriz, remanescente de seus tempos de adolescência. Uma mordida de um vampiro, trocado entre amantes, não cicatrizava.
Seu sangue verteu do ferimento, pingando sobre os lençóis. Mas nenhum dos três ligava...Ainda mais quando o efeito da mordida começou a ocorrer.
– Droga... – Rosnou. Seu corpo todo vibrou. Os efeitos prazerosos da mordida se alastravam por todo o seu ser. Seus movimentos se tornaram mais vigorosos e mais erráticos. Petrus liberou o membro de Michel, estava gemendo de prazer, palavras inteligíveis escapavam de seus lábios, mas algumas dessas palavras podiam ser entendidas...Eram o nome de Peter e Michel que era repetido um e mais vezes.
Peter uivou, derramando seu gozo no interior de Petrus, esse, por sua vez, não demorou em segui-lo, ejaculando pela a segunda vez aquela tarde. Michel também alcançou o seu limite, liberando o seu gozo sobre o rosto e peitoral do alquimista. Foi uma estranha e prazerosa sincronia.
Corpos suados, sujos e ofegantes agora compartilhavam a estreita cama de solteiro de Petrus. Ficaram assim por algum tempo, tentando recuperar tanto o folego como recuperar as suas mentes derretidas pela euforia e prazer.
– Isso foi ...Uau! – Brand quebrou o silêncio.
– Um ótimo adjetivo...Uau. – Concordou Peter.
– Uau nem é um adjetivo é uma interjeição. – Resmungou Michel.
– Deixe de mimimi, Mimi!
– Humano eu nem quero tentar entender a frase que você formulou. Só digo uma coisa, não me chame de Mimi.
– Eu gostei do apelido, Mimi. Combina com você.
– Nem comece, Hale!
– Eu prometi a vocês chocolate quente...Mas estou muito a fim de uma comida bem gordurosa, para compensar todas as calorias que perdi nessa "punição". Alias... Vocês dois precisam de treinamento nesse quesito, senti mais como tivesse sendo recompensado do que punido. Isso significa que devo provoca-los mais? Hum... É algum tipo de psicologia reversa?
– Cala a boca, humano... Nós não viemos aqui para te punir...Digo...Não era essa a nossa intensão.
– Oh!? Não? – Petrus levantou um pouco o tronco, ficando apoiando nos cotovelos para melhor encarar seus dois amantes, de um lado o vampiro e do outro o lobisomem. Agora sim se sentia um verdadeiro hot-dog comprimido por duas bandas de pão. Afinal, a cama era, de fato, muito estreita.
– Viemos te convidar para algo. – Continuou Peter.
– Um encontro? – Os olhos de Petrus pareciam se iluminar – Bem, já saltamos algumas bases do protocolo normal de como as coisas funcionam, mas eu não negaria um encontro. Ainda mais quando este encontro pode terminar em um Ménage à trois. Viu, Mimi? Eu sei um pouco de francês!
Michel corou, mas nada disse.
– Poderíamos ir a um encontro, sim. – Concordou o Hale – Mas...Viemos aqui te convidar para trabalhar conosco...
– Isso... – Pigarreou Beaumont, tentando retomar a compostura – Como assistente de Alam, na disciplina de "aulas especiais". Ensinaríamos os alunos do ensino médio do Beacon Hills Institute.
– Oh! Eu seria tipo um professor? Isso seria divertido... Vou ensinar para o Aby? Ele irá adorar!
– Então, você aceita? – Questionou Peter.
– Obvio que sim! – Sorriu o humano – Ainda mais, trabalharemos juntos, não é mesmo? Já imagino as coisas que poderíamos fazer.
– I-isso é trabalho, devemos ser estritamente profissionais. Temos uma imagem a... – Petrus tocou os lábios de Michel com o seu dedo.
– Aposto que você fica muito sexy como professor. Com essa pompa toda de certinho...O que poderíamos fazer nos momentos pós-aulas, hum? – Comentou em um sussurro. Os olhos do vampiro faiscaram em um tom mais intenso de vermelho.
Peter pigarreou, mesmo que achasse interessante a ideia que a imaginação fértil de Petrus poderia sugerir, havia um pequeno problema a ser discutido.
– Eu estava pensando em sugerir a possibilidade de te ajudar na limpeza das calhas... – Começou falando o lobisomem.
– Sim! Isso seria algo que deveríamos fazer! – Concordou, prontamente Michel, novamente se oferecendo ao trabalho braçal (algo aquém da sua imagem de nobre altivo).
– Eu não pedi a ajuda de vocês nisso... – Resmungou, teimosamente, Brand.
– Besteira, humano. Será uma honra ajuda-lo, ainda mais, será muito problemático que você se machuque unicamente por ser cabeça-dura o suficiente para não pedir ajuda ou contratar profissionais adequados.
Petrus fez biquinho, mas não emitiu uma reclamação quanto a fala do vampiro.
– Pessoal, acho que esquecemos de algo importante...
– O que seria, Hale? – Beaumont franziu o cenho.
– Nossa roupa virou líquido... – Nisso apontou para as poças multicoloridas perto da cama.
Petrus deu uma risada nervosa.
– Ops...Heheh... Infelizmente esse tipo de reação não tem como ser revertida, mas...Eu posso emprestar minhas roupas a vocês! Acho que ficariam lindos de shortinho jeans!
Michel soltou um rosnado contrariado e Peter deixou sua cabeça afundar no travesseiro. Sem dúvida aquela tarde outonal foi muito além do que tinham imaginando...
E algo diziam bem no intimo do trio que aquela só seria começo de muitos outros encontros...E um forte sentimento estava se formando entre eles. O que, de fato, seria isso? Ainda não tinham a resposta...Quiçá encontros vindouros sanariam suas dúvidas e fortaleceriam qualquer que fosse a ligação existente entre eles.
~~**Palavras da autora**~~
Pronto! Capítulo final do Extra! Consegui escrever antes de viajar! yeah! *solta confete*
Espero que tenham gostado!
Feliz ano novo pessoal! Que o próximo ano...Mesmo que possa ser meio que trevoso, continuemos juntos!
Desculpe meus atrasos e tudo mais...Obrigada pelo apoio e paciência!
Beijos!
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