Caçadores, Magia e Confrontos Imprudentes


A estação de energia de Beacon Hills estava estrategicamente localizada ao norte da cidade, distante da reserva florestal. Era uma imponente estrutura que se destacava em meio à paisagem. A estação ocupava uma área extensa, com várias construções e equipamentos que compunham o complexo.

Ao se aproximar da estação, podia-se avistar uma série de torres de transmissão erguendo-se no céu, formando um emaranhado de cabos condutores que conectavam a estação com outras partes da rede elétrica. Essas torres, feitas de metal resistente, sustentavam os cabos de alta tensão, garantindo a eficiente transmissão da energia elétrica.

Aparentemente, nada parecia fora do comum na estação. Era um dia de festividades na cidade e o local estava operando em plena capacidade. Afinal, Beacon Hills estava realizando diversos eventos que demandavam energia, além de receber visitantes de cidades vizinhas, e até mesmo de outros estados e países. No entanto, à medida que Cody Collins se aproximava, ele começou a perceber algo peculiar nos funcionários da estação.

Eles eram musculosos, de modo que os uniformes que usavam pareciam quase rasgar, incapazes de conter seus corpos poderosos. Os referidos funcionários também ostentavam longas barbas ou até mesmo tinham a cabeça completamente raspada, independentemente de serem homens ou mulheres. Suas peles eram adornadas com tatuagens que exibiam símbolos estranhos ou imagens de seres sobrenaturais mortos.

Além disso, Cody percebeu que muitos deles portavam armas incomuns para um ambiente de trabalho, não se limitando apenas a revólveres, mas também espadas e bestas. Isso era claramente incomum para os equipamentos de segurança do trabalho (EPIs) comuns.

— Algo me diz que eles não são funcionários da estação de energia. — sussurrou Cody enquanto observava os "funcionários" patrulhando a porta de entrada da estação.

— Nossa, eu não tinha percebido que tinha como parceiro o próprio Sherlock Holmes. — comentou Laura Hale, uma mulher de presença marcante, ao lado do policial Collins. Seus cabelos castanhos caíam em ondas suaves, enquadrando seu rosto delicado. Seus olhos eram castanhos claros, transmitindo uma mistura intrigante de determinação e mistério. Vestindo uma jaqueta marrom, que contrastava com a pele pálida, ela exalava confiança e coragem. Por baixo da jaqueta, uma camisa regata preta realçava sua figura esguia. Laura segurava com firmeza um revolver em suas mãos, consciente de que, como lobisomem, suas garras poderiam ser ainda mais letais do que as balas de sua arma.

Collins se sentia evidentemente inferior em comparação à sua parceira mencionada. Como um policial recém-transferido para Beacon Hills, ele reconhecia suas limitações como um simples humano. Seus cabelos castanhos emolduravam seu rosto enquanto seus olhos azuis transmitiam uma mistura de curiosidade e determinação. No momento, ele usava óculos escuros, que havia esquecido de retirar de seu disfarce anterior. Vestindo uma camisa com o logotipo do festival de Halloween de Beacon Hills, apresentando uma abóbora sorridente, combinada com jeans e tênis All Star, sua aparência não transmitia um ar perigoso e misterioso como o de Laura. Embora segurasse uma arma em punho, ao contrário de Laura, Collins sentia-se extremamente em desvantagem quando se tratava de habilidades de luta. Ele tinha experiência apenas no estande de tiro da academia, nunca tendo atirado em outra criatura viva antes.

— Eles são caçadores. — concluiu Collins, ignorando o comentário anterior de Laura — Talvez devêssemos chamar reforços.

Agora era a vez de Laura ignorá-lo, pois estava mais interessada em farejar o ar. Eles estavam ocultos atrás de algumas árvores, próximos à cerca da entrada da estação. O local de entrada estava protegido pelos funcionários/caçadores.

— Vamos entrar. — Disse ela, resoluta, caminhando agachada em direção à cerca.

— Espera, Laura... E quanto aos reforços? Não podemos entrar sozinhos aqui!

Eles haviam seguido o agente federal McCall até ali. Laura o havia farejado, seguindo seu rastro junto com o de uma mulher, até então desconhecida por eles. O que havia levado McCall até a estação de energia? Por que havia tantos caçadores claramente disfarçados ali? Como eles conseguiram se infiltrar em Beacon Hills com tanta facilidade? Muitas perguntas se acumulavam na cabeça de Cody.

Laura era impaciente e estava prestes a dar uma resposta a Collins, mas, nesse momento, tudo ficou escuro. Ou melhor, a cidade de Beacon Hills se apagou e foi envolvida pelas trevas. A estação de energia permanecia iluminada e, somando-se à comemoração por parte dos caçadores, evidenciava que o corte no fornecimento de eletricidade havia sido intencional.

— Dane-se os reforços, vamos entrar. — Ela declarou, transformando sua mão. Suas unhas cresceram e se tornaram garras afiadas. Com um movimento rápido, ela cortou parte da cerca, criando uma abertura para que pudessem passar.

— Por que eles cortaram a energia? Talvez seja para facilitar um ataque à cidade. Seria a clássica estratégia de "dividir e conquistar", fragmentando as linhas de defesa do inimigo, isolando seus setores e dificultando a coordenação. — murmurava o jovem policial enquanto acompanhava Laura.

— Você acha fofo agir como um nerd perto de mim? — indagou a lobisomem.

Collins corou.

— Desculpe, eu costumo falar muito quando estou nervoso.

— Tente falar em silêncio então.

O rapaz assentiu. Os dois chegaram ao prédio principal da estação. Não havia muitos caçadores pelo caminho, aparentemente eles estavam concentrados na entrada e no prédio que agora iriam invadir. Laura apontou para uma janela fechada. Utilizando suas garras novamente, ela conseguiu entrar. Não foi um corte eficiente no vidro para abrir o trinco da janela, Laura simplesmente deu um soco, quebrando o vidro e entrando.

— E eu que devo ser silencioso? Que hipocrisia. — resmungou Collins enquanto a seguia para o interior do prédio.

O prédio principal da estação de energia era imponente, exibindo uma arquitetura sólida e moderna. Ao adentrarem, puderam contemplar a presença de equipamentos de alta tecnologia, com painéis de controle e monitores espalhados por todo o ambiente. O ar estava impregnado com o constante zumbido das máquinas em funcionamento, intensificando a sensação de energia pulsante que permeava o lugar.

Os corredores eram amplos, iluminados por luminárias fluorescentes que irradiavam uma luz brilhante. Nas paredes, painéis de controle e cabos elétricos se estendiam pelo teto, evidenciando a complexidade dos sistemas ali presentes. À medida que avançavam, passavam por portas automáticas que se abriam, revelando salas repletas de equipamentos e máquinas geradoras de energia.

No entanto, o que chamava a atenção de forma estranha era a ausência de pessoas. Onde estavam os funcionários? O silêncio pairava no ambiente, contrastando com a imponência tecnológica que o rodeava. A falta de movimento humano causava uma sensação desconcertante, deixando Laura e Collins com a percepção de que algo estava fora do lugar.

— Ouço algo. — anunciou subitamente Laura, deixando Collins prestes a interromper e dizer que não ouvia nada, mas logo se calou ao perceber que Hale provavelmente estava usando sua audição sobrenatural.

Laura seguiu por um corredor que, de acordo com as placas nas paredes, levava ao centro de controle da estação. No entanto, antes de chegarem lá, notaram que os funcionários, ou melhor, os caçadores disfarçados de funcionários, estavam guardando o local.

— Se quisermos restaurar a energia de Beacon Hills, precisamos entrar lá. — murmurou Collins.

— Obviamente. — resmungou Laura com um rosnado.

— Você não pretende forçar a entrada, não é?

— Qual seria a outra opção, Collins? Esperar pelos tais reforços? — ela respondeu com os olhos brilhando, seu poder lupino fervendo com impaciência.

— Devemos ser sensatos. — O humano não vacilou diante da raiva de Laura. — De nada adianta se morrermos antes de salvar Beacon Hills.

Enquanto os dois discutiam, uma estranha sensação começou a pairar no ar, como se a própria atmosfera estivesse carregada de energia estática. Não demorou muito para que uma esfera de energia se materializasse no corredor, logo à frente da sala de controle onde os caçadores estavam. Laura e Collins observaram perplexos enquanto a magia tomava forma e se dissipava em uma onda de energia e fumaça.

À medida que a poeira assentava, quatro figuras se tornaram nítidas. Um homem de aparência oriental, com longos cabelos negros e uma coleira no pescoço. Ao seu lado, um homem alto de pele achocolatada, olhos intensos de cor esmeralda e cabelos também longos. Ele mantinha seus braços estendidos à frente, onde faíscas de magia ainda cintilavam. Um homem de meia-idade assumia uma postura ativa entre as duas figuras claramente místicas, empunhando uma arma com destreza que evidenciava um treinamento tático. Ao lado desse homem, uma mulher com cabelos estranhamente roxos que combinavam com o vestido da mesma cor, empunhava o que parecia ser uma varinha mágica.

— Salem, seu idiota! Quando falei que queria saber por que McCall estava na estação de energia, não significava que deveríamos ser teletransportados para cá! — o humano gritava enfurecido para o rapaz moreno.

— Semântica. Devo ter interpretado errado, oh céus, que infortúnio. — o referido rapaz respondeu, sem um pingo de ressentimento em sua fala.

— Fico feliz que minha coleira tenha servido para alguma coisa, mas... E agora? — a outra figura masculina questionou.

— P-p-pessoal... Caçadores! — a bruxa-roxa exclamou, apontando para os surpresos caçadores que observavam o grupo.

Laura e Collins ficaram igualmente surpresos e paralisados, mas quando perceberam que os caçadores estavam se preparando para atacar, a letargia desapareceu. Laura se adiantou corajosamente, lançando um ataque contra um caçador que estava prestes a disparar contra a bruxa de roxo. Collins, por sua vez, não ficou para trás e também partiu para o ataque. Ele desferiu um chute preciso entre as pernas de um brutamontes que se aproximava para agarrar o jovem com a coleira no pescoço.

O membro humano que acompanhava o grupo demonstrou habilidade ao enfrentar os caçadores, disparando tiros precisos nas pernas de alguns que estavam próximos. No entanto, eles não podiam lidar com todos. Um caçador em particular, empunhando uma espada, avançou em direção ao moreno com determinação. Emitindo um grito de guerra, ele desceu a lâmina da arma na direção da cabeça do rapaz que distraído limpava as unhas.

— Salem! — gritou a bruxa, em desespero.

O mencionado Salem ergueu o dedo indicador, indicando ao atacante que esperasse um momento. Surpreendentemente, o caçador ficou paralisado no ar, imobilizado como se o tempo tivesse congelado ao seu redor.

— Isso realmente não combina com o meu estilo. — resmungou Salem, estalando os dedos e fazendo o caçador paralisado subir até o teto, onde ficou preso. Em seguida, ele apontou para outros caçadores que estavam ao seu redor. Conforme apontava, cada indivíduo era atraído pelo teto e ficava lá, colado como um inseto capturado por uma armadilha adesiva.

Essa ação fez com que muitos inimigos hesitassem em atacar, e alguns até mesmo fugiram. Collins ficou animado, acreditando que eles tinham saído vitoriosos.

No entanto, a voz de McCall interrompeu o clima de triunfo. Ele estava ali, apontando a arma para a cabeça do jovem de feições orientais, ordenando que todos permanecessem imóveis.

— Vocês realmente são idiotas, não é? — disse o agente federal de polícia com desdém. — O que exatamente vocês esperavam alcançar? Invadir este lugar e resolver tudo na base da violência?

— Sim. — respondeu Laura com determinação.

— Mais ou menos isso. — concordou Salem, exibindo um sorriso malicioso. — Embora eu não tivesse a intenção de fazer isso por mim mesmo, daí a razão de ter trazido o Argent comigo.

— Ei... — repreendeu Argent ao ouvir seu nome ser mencionado, mostrando uma expressão de descontentamento.

— Você disse Argent? — Uma mulher saiu da sala de controle central. Ela possuía cabelos castanhos ondulados, com mechas loiras que se entrelaçavam. Seus olhos castanhos exibiam um evidente desprezo ao focarem no homem previamente denominado de Argent. Vestida com roupas escuras que se ajustavam ao seu corpo, destacando suas curvas, ela segurava um revólver prateado em uma das mãos e o apontou imediatamente para a única lobisomem presente no pequeno grupo de invasores: Laura Hale.

— Kate? Você... — O homem a mirou com óbvio ressentimento. Era visível que compartilhavam semelhanças físicas, corroborando a hipótese de serem parentes.

— O que foi, Chris? Vai me criticar novamente por seguir o legado de nossa família? Diferente de um certo irmão mais velho, eu não estou jogando fora séculos de luta contra o mal para me tornar... um sushiman.

Collins soltou uma risada abafada, recebendo um olhar fulminante de Chris.

— E o que há de errado em ser um sushiman? — interveio Salem. — É melhor do que ser um psicopata-fascista assassino, não é mesmo?

A expressão de Kate assumiu rapidamente uma careta monstruosa, mas durou apenas alguns segundos antes de se transformar em um semblante belo e sorridente.

— Desde quando eu levo em consideração a opinião de uma escória sobrenatural? Eu não me importo com o que selvagens pensam. — Disse ela, engatilhando sua arma e se preparando para atirar.

Rapidamente, Collins se colocou à frente da mira, protegendo Laura. Isso pegou Kate de surpresa, talvez ela não esperasse que um humano se colocasse em perigo para proteger um monstro.

Enquanto isso, Laura decidiu, apenas dessa vez, deixar Collins pensar que ele era o herói.

— Ei! Vamos nos acalmar, certo? — McCall falou, gesticulando com sua mão livre, já que a outra ainda apontava a arma para a cabeça do rapaz com a coleira. — Kate, você já conseguiu o que queria. Podemos ir embora e deixar a cidade se destruir. Não precisamos gastar nosso tempo...

— Quieto, McCall. — A caçadora respondeu rispidamente, fazendo o agente federal se calar. — Eu não deixo mais nenhum serviço incompleto. Esta é a segunda vez que venho a Beacon Hill com uma missão, mas desta vez vou garantir que eliminarei todos esses monstros.

— Segunda vez? Você já esteve aqui antes? — Chris indagou confuso.

— É isso mesmo, Chris. Papai sempre me encarregou das grandes missões. Hoje é a destruição de Beacon Hill, e no passado foi a destruição dos Hales. — Ela falou com orgulho.

Laura sentiu seu coração acelerar ao ouvir aquelas palavras. Aquela mulher era responsável pelo incêndio que ceifou a vida de vários de seus familiares, incluindo seu pai, na mansão Hale.

O lobo dentro de Laura estava perdendo o controle, consumido pela fúria e sede de vingança. Hale uivou, assumindo sua forma lupina e empurrando bruscamente Collins para o lado, fazendo-o colidir com força contra a parede próxima.

— Vejam! — riu Kate. — Selvagens! É isso que vocês são! Por isso temos que matá-los! Exterminá-los!

Laura avançou cegamente, dominada pelo ódio. Kate atirou, acertando o ombro da fera. Ainda rindo de maneira maníaca, Kate se preparou para atirar novamente.

McCall assistiu a tudo, horrorizado. Kate realmente estava fora de si, pois agindo daquela forma eles perderiam a oportunidade de fugir. Se ela não queria salvar a própria pele, pior para ela. Rafael iria escapar, pois já havia recebido seu pagamento. Ele poderia dirigir em direção ao México e passar alguns anos no anonimato, desfrutando de praias paradisíacas do Caribe. Para garantir sua segurança, levaria aquele homem-dragão como uma espécie de garantia.

Falando em homem-dragão, Rafael percebeu que ele estava com os olhos fechados e murmurando algo. Estaria ele rezando?

"Isso é uma piada, esses monstros têm religião?" pensou Rafael, divertido.

— Peço perdão. — disse o rapaz, por fim, abrindo seus olhos de íris esverdeada. Antes que McCall pudesse reagir, Erorhion desferiu um golpe preciso e rápido. Com movimentos fluidos das mãos, o dragão pacifista demonstrou seu domínio nas artes marciais ao desarmar o agente sem dar chance para qualquer reação. A habilidade e destreza de Erorhion eram impressionantes.

Em seguida, o dragão não hesitou em prosseguir com sua sequência de ataques. Com uma agilidade surpreendente, ele lançou dois chutes rápidos, acertando o peito e o abdômen de McCall. Os impactos foram tão intensos que o agente foi projetado para trás, caindo no chão sem ar, incapaz de reagir.

— Kate! — Chris gritou, levantando sua própria arma e pronto para atirar. No entanto, ele hesitou ao olhar para a mulher à sua frente. Era sua irmã mais nova, e essa conexão familiar ainda o impedia de puxar o gatilho. O dilema moral se refletia em seu rosto tenso.

Mas antes que Chris pudesse tomar uma decisão, foi Salem quem agiu rapidamente. O bruxo fez um movimento hábil com a mão, fechando-a e, em seguida, abrindo-a rapidamente. Um fluxo de energia mágica foi liberado, resultando em uma força invisível que empurrou tanto Kate quanto Laura para trás. Laura, já ferida pelos tiros de bala de prata, caiu ao lado de Sabrina, a bruxa de roxo. Por outro lado, Kate colidiu violentamente contra uma das janelas do recinto. O impacto foi tão poderoso que o vidro se quebrou e ela foi arremessada para fora.

Chris correu para a janela e, consternado, observou o corpo imóvel de sua irmã caído no chão, com estilhaços de vidro cravados em seu corpo.

— Eu... Não tinha a intenção de... — começou a falar Salem, parecendo, pela primeira vez, verdadeiramente assustado e arrependido por suas ações.

— Está tudo bem. — Chris interrompeu o bruxo, sua voz suavizando. Talvez fosse melhor assim. A tragédia que poderia ter se desenrolado foi evitada, mas o preço dessa paz era um peso que ele carregaria para sempre.

— A energia... de Beacon Hills. — Collins falou, tentando se recuperar do choque com a parede que o deixou desnorteado. Ele ignorou o sangue que escorria de sua testa e continuou a falar, lutando para se manter focado. — Eles cortaram a energia da cidade.

Chris lançou um último olhar para sua falecida irmã e adentrou o centro de comando determinado a reverter mais um estrago causado por Kate.

Collins, cambaleante, se aproximou de Laura, que recebia cuidados de Sabrina. A Hale estava gravemente ferida, os efeitos da prata não inibiam totalmente os poderes de cura dos lobisomens.

— Ela vai sobreviver? — questionou, incerto.

— Eu... eu não sou boa em magias de cura. — Sabrina respondeu, visivelmente preocupada.

— Sei que dragões são bons nisso. — Apontou Salem para o dragão mencionado. O bruxo sabia que tanto ele quanto sua prima tinham conhecimentos limitados em relação à cura, mas sabia também que os dragões eram hábeis curandeiros.

— Mas essa coleira... Eu não posso... — Erorhion falou, nervoso, interrompendo-se brevemente. Ele compreendia as limitações impostas pela coleira em seu poder de cura.

Enquanto isso, McCall arrastava-se lentamente, tentando escapar sorrateiramente dali. No entanto, de repente, sentiu uma força o puxando para trás e, em um instante, viu-se suspenso de cabeça para baixo diante de Salem. Os olhos intensos de cor esmeralda do bruxo pareciam emitir um brilho estranho. Naquele momento, Salem parecia verdadeiramente assustador.

— Então, que tal ser útil pela primeira vez em sua vida, rato? Remova a coleira do dragão. — A voz de Salem soou impiedosa.

McCall sequer cogitou negar tal comando. Sentia-se completamente encurralado, sem opção além de obedecer.

~~Palavras da autora~~


Olá pessoal,

Aqui está mais um capítulo. Espero que gostem.

Eu sei que muitos estão ansiosos para ver Stiles e seus amigos, mas outros personagens também merecem ter seu momento de destaque.

Abraços.

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