Aconteceu em um estacionamento...
Sim.
Ele queria se aproximar do caçador. Era esse o seu plano desde a primeira vez que o viu acompanhando Stiles, quando este entrou sorrateiramente na faculdade para entregar a famosa jaqueta de couro de Derek. Aqueles imensos olhos azuis foram o que primeiro lhe chamou a atenção. Depois fora a atitude, o modo que andava e se comportava era claramente um aviso: "se chegar perto eu te mato", praticamente podia sentir o perigo no ar. Podem chama-lo de maluco, mas sentiu de imediato atraído por aquele misterioso e mortífero garoto. Para completar soube que se tratava de um Van Helsing. Qualquer outro vampiro teria desistido naquele ponto. Ora, por que tentar? Ao menos que tenha um desejo pela a morte! Contudo, Pietro não consegui simplesmente se afastar. Queria saber mais! Nunca conhecera um caçador e além disso, sentia que no fundo, Abraham não era tão ameaçador assim.
Um golpe rasgou o ar. Quase o acertando. Teve que usar a sua velocidade vampiresca para se desviar e logo foi recebido por um projétil. Aby tinha acabado de lhe lançar o coturno que costumava usar e o tinha interceptado em meio a sua fuga. E aquilo doía! Aquelas botas são feitas de metal, por acaso?
Tinha se engando!
Abraham podia ser muito mais perigoso do que imaginava!
— Você disse q-que era só um treinamento! — Choramingou o vampiro. Nunca pensara muito nas vantagens de ser um ser sobrenatural, pelo menos, até agora. Aquela bota o machucou, fato, mas o ferimento se curava. A dor se esvaído e em poucos segundos logo sentiria como se nada tivesse ocorrido. Ainda segurava o coturno e o mirava como se aquela peça de vestimenta fosse uma verdadeira estaca.
— E desde quando um treinamento não resulta em hematomas? — Deu os ombros o humano, seus cabelos loiros em cachos bailavam de acordo com o vento frio da manhã. Depois da corrida do dia anterior, Pietro tinha concordado (sem pensar, isso foi o seu erro) em participar das rotinas de treinamento do jovem Van Helsing sem imaginar que acabara de assinar um contrato que o tornava oficialmente um saco de pancadas — Não seja dramático. Não é como você realmente fosse ficar com hematomas.
— Só por que não fico com cicatrizes não significa que não doa! — Continuou a choramingar.
— Eu não te obriguei a participar. Se acha que é demais para você, pode ir embora.
Como sempre, Aby era bastante direto. Pietro engoliu em seco, não sabendo o que responder. Sim, queria passar mais tempo com o caçador, o conhecendo e tal... Mas, convenhamos, lutas e corridas não é o ideal romântico que tinha em mente.
— Você não parece ser um vampiro em sua plena forma, deu para perceber. — Ouch! Essa doeu! Sim, o dito vampiro realmente não era um grande atleta, ao contrário dos seus irmãos, Pietro Beaumont preferida passar o tempo pintando (um dos seus grandes talentos) ou comendo algo doce. Se fosse humano era bem provável que estaria obeso, mas a fisiologia vampiresca compensava seus hábitos sedentários — posso moderar um pouco no treinamento...
— Eu não entendo... Por que treinas tanto? — Inqueriu curioso. Pelo visto, Aby não pretendia ser um caçador, então qual era o motivo de continuar com aquela rotina?
— Velhos hábitos são difíceis de serem retirados. — Comentou, parecia falar mais para si mesmo do que para Pietro — Além disso, essa rotina de treinamento nem é tão intensa. Se você conhecesse o meu pai...
Nesse momento, pela a primeira vez, o vampiro pode perceber um leve vacilar na postura sempre rígida de Abraham. Seus olhos se escureceram. Um leve tremor nas mãos. Pietro podia ouvir os seus batimentos acelerarem. Medo... Era isso que o jovem humano sentira, mesmo que apenas por alguns segundos.
— Retiro o que disse, melhor nunca conhecer o meu pai. — Disse asperamente.
— Hum... — Massageou o pescoço, pensando no que dizer — Bem... Fazer exercício é sempre bom. Ainda mais, acho muito maneiro os seus golpes ninjas!
Aby soltou um sorriso. Beaumont praticamente se derreteu. Como alguém pode ser tão meigo e fofo assim? Sim, sabia que aquele garoto baixinho, magro e de feições angelicais não era nada frágil. Mas isso não diminuiu nem o pouco o efeito do sorriso. Pietro teve que se controlar para não se lançar sobre o humano e o abraça-lo e enche-lo de beijos.
— Acho que um treinamento também seria bom para você. Um vampiro não devia ser assim tão lento e previsível.
Ouch x 2! O efeito Kawaii terminou subitamente! Aquele garoto tinha uma tremenda de uma boca! Pietro não podia negar que a honestidade do holandês não tinha limites.
— E-ei! Para a sua informação eu treino para o lacrosse, digo... Mais ou menos... — Fez biquinho, talvez ele não se esforçasse muito nos esportes. Ainda mais, tendo Derek e outros caras muito mais fortes em seu time, não sentia na necessidade de se esforçar tanto.
— Acho que devemos mudar isso. — Aby tinha um tom decidido, algo que Pietro não gostou nem um pouco.
— Mudar? Mudar o que?
— Sinta-se feliz, acabou de ganhar um mestre. — A sua fala não dava espaço para questionamentos. O vampiro abria e fechava a boca, um dedo indicador levantando, pronto para argumentar, mas nenhuma palavra saía.
— Sei que um estudante precisa de incentivos. — Aby continuou a falar, iniciando a sua "aula", pelo visto. Retirou o seu coturno (que ainda permanecera em seu pé) e agora estava totalmente descalço — Ainda é muito cedo. Daqui uma hora esse estacionamento irá encher de carros. Acho que será tempo suficiente.
— S-suficiente para quê?
Van Helsing sorriu novamente, desta vez não tinha nada de meigo naquele gesto. Pietro observou fascinando quando o caçador retirava a sua jaqueta de corrida. O holandês vestia uma camisa regata branca por baixo. Depois da corrida matutina e da curta luta que tinha ocorrido, o garoto agora estava suado. O tecido grudava no corpo úmido, na verdade a malha fina da camisa e mais o molhado do tecido devido ao suor resultou em um aspecto translucido. Literalmente o vampiro podia ver o peitoral de Van Helsing, seus mamilos eretos (devia ser o frio) os músculos firmes porém não proeminentes. Aquela pele alva como porcelana.
— Três. — O humano exibiu os seus três dígitos de sua mão em frente o rosto do vampiro, o fazendo voltar a realidade.
— Três? — Repetiu meio abobado.
— Estou usando três peças de roupa. Minha regata, calças e cueca. Se conseguir me imobilizar por mais que dez segundos retiro uma destas peças.
Pietro engoliu em seco. Uma vez. E depois uma vez mais.
— V-você v-vai ficar nu? A-aqui? Digo... É meio público... Nada contra você ser exibicionista... — Tagarelava nervosamente olhando para os lados, temendo que alguém aparecesse naquele local. Sim, ainda era muito cedo de uma manhã de sábado, de fato não tinha ninguém por perto. Ainda.
— Você não quer ver? — Para a sua grande surpresa Aby fez biquinho. Isso foi um ataque direto ao coração do vampiro.
— Lo-lo-lo-lo-lógico que quero ver!
— Pois, então... Lute comigo. Tens uma hora para retirar toda a minha roupa.
Uou.
UOU!
Pietro não esperava essa atitude de Aby. Afinal, aquele garoto parecia ser totalmente contra contatos físicos e também tropeçava e muito nas relações humanas. Nunca imaginou que ele seria tão... Direto ao ponto! Esperava relutância e até mesmo aversão – como no início o próprio Van Helsing demonstrou – e agora parecia não ligar de ficar nu diante de um cara que no dia anterior tinha meio que tinha confessado que gostaria de ter uma relação mais séria do que amizade.
Não.
Não devia ser tão fácil.
"Ora, Pietro! Não abuse da sorte! Essa é sua chance!". Não devia ficar pensando demais, devia agir e mostrar a aquele humano o poder do clã Beaumont. Atacou. Usou sua velocidade. Iria agarra-lo. Só precisava segura-lo por dez segundos. Só isso!
— Te peguei! — Disse quando praticamente se materializava atrás de Abraham, abraçando-o.
— Ingênuo. — Essas foram as exatas palavras pronunciadas pelo o garoto que fez um movimento com os cotovelos, escorregando do abraço e aproveitando a surpresa do mais velho para desferir um golpe primeiro na barriga. Depois o punho caiu que nem um martelo no espaço entre as pernas de Pietro.
Um urro de dor.
O vampiro caiu no chão amparando o Pietro Junior.
— Regra número um. Esteja preparado para tudo. — Diz Aby se ajoelhando ao lado do seu "aluno".
— E-eu não gostei desta regra... — Choramingou.
— E eu já ia esquecendo... — O humano segurou a gola da camisa do rapaz que lamentava pelo o seu membro dolorido — Se você falhar significa que tenho que ganhar algo...
Pietro o encarou confuso.
— O que v-você quer?
Aby sorriu. Um calafrio desceu pelo corpo do mais velho. Devia sentir excitação mesmo com as partes "baixas" lesionadas? Ainda mais quando o humano se inclina e sussurra em seu ouvido.
— Tire a camisa. — Comandou.
Pietro Junior já estava bem. Sim, pois já estava ficando muito animado com a situação.
— Ok. Mestre! — Disse enquanto se desfazia de sua blusa rapidamente, pode ver, por um vislumbre de momento o corar da face do humano.
— Não devia ficar feliz por isso... — Resmungou Aby se afastando — Quero ver se ainda tem toda essa "alegria" quando ficar nu em meio a um estacionamento cheio de pessoas.
Ops...
Pietro não tinha pensando nessa possiblidade.
— Então, é melhor eu não falhar na próxima, não é? — Piscou. O caçador lhe lançou um olhar duvidoso.
— Veremos...
E a luta recomeçou.
***
Expiar não era legal. Elizabeth sabia disso, mas não conseguia evitar. Sua vida sempre foi viver nas sombras. De suas irmãs populares. De seus amigos que praticamente a usavam como uma espécie de empregada. E agora, literalmente, tinha que viver nas sombras. Fugindo do sol que queimava a sua pele...
Queria ser mais forte. Ter mais atitude. Tinha que ter coragem. E foi esse pensamento que a levou a sua condição atual, como vampira. Ir a uma boate, forjar uma entidade falsa para entrar. Pensara que assim iria provar as suas amigas, família e, enfim, a todos que não era apenas uma coadjuvante, era capaz de ser rebelde, de ser livre. Pensara que depois daquilo podia fazer parte do grupo dos garotos legais, de ser realmente vista. Mas a quem estava enganando? Nunca gostara daquelas músicas eletrônicas, tão pouco bebia. Por que fingir algo que não era para agradar a uns estranhos? Mas agora tudo era passado. Umas bebidas. Encontro com um estranho de vibrantes olhos vermelhos. Uma dança. Um beijo. Uma mordida. E esse foi o seu fim... Ou recomeço.
Mas realmente tinha mudado? Podia ser agora uma vampira, mas ainda era incapaz de enfrentar a nova escola e os novos colegas. Tinha medo deles e também de si mesma. Busca os poucos humanos existentes no instituto, talvez por desejar ainda ser humana. Era uma ilusão, sabia disso, mas não conseguia parar de segui-los. Ainda mais aquele que advinha de uma família famosa por caçar vampiros: Abraham Van Helsing III.
Quem sabe ele soubesse de alguma cura? Ou mesmo a protegeria de outros vampiros...
Para a sua surpresa, Abraham (ou Aby para os amigos) estava, naquele momento, com outro vampiro... Fazendo... Não sabia definir muito bem... Parecem lutar, mas a tensão sexual no ar era também muito evidente.
Elizabeth corou, talvez não devesse tê-lo o seguido. Sentia que estava observando algo íntimo, ainda mais agora que o vampiro estava sem camisa.
— Por que Aby está com um vampiro? — Sussurrou a pergunta.
— Também estou doida para saber... — Uma outra voz feminina foi ouvida. A vampira se sobressaltou e estava prestes a gritar quando uma mão lhe tapou a boca.
— Shhh! Não quer que eles nós escutem , ne? — Elizabeth agora podia ver a sua atacante. Cabelos castanhos, um olhar vivaz e crítico. Usava uma jaqueta de couro. Havia um ar orgulhoso em sua volta. De repente um sinal soou em sua cabeça. Já havia encontrado com aquela garota antes... Era Cora Hale!
"Ela roubou a minha maçã!" Seu cérebro idiota a lembrou. Não que isso fosse importante para a situação atual em que se encontrava.
— Promete que não irá gritar se eu te soltar? Eu não vim procurando briga, só estou bisbilhotando como você.
Elizabeth tentou retirar a mão. Aquilo era muito desconfortável. Sentia medo, claro, mas também sentia raiva. E foi esse último sentimento que fez que algo dentro dela despertasse. Retirou a mão bruscamente. Cora arqueou as sobrancelhas, parecia surpreendida.
— Força vampiresca? As vezes esqueço que é uma vampira por trás de toda essa... — Cora fez um sinal com a mão, claramente tentando englobar o estilo da outra garota. Ou seja, casacos longos, calças igualmente longas e folgadas, cachecol, óculos escuros. Tudo para esconder. Do sol? Ou dela mesma?
— Eu não estava bisbilhotando. — Revelou Elizabeth, tentou parecer firma, mas sua voz baixa e trêmula retirava todo o efeito.
— Não? — A lobisomem parecia descrente — E o que fazia aqui então?
A vampira mordeu o lábio inferior, não sabia o que dizer. Na verdade, por que tinha iniciado uma conversa com aquela garota?! Ela era uma lobisomem! Nos livros e filmes, lobisomens e vampiros são inimigos. Talvez, devesse ir embora...
— Ei! — Cora a segurou pelo braço antes que pudesse escapar — Eu não mordo, ok? Desculpe se fui, sei lá, meio bruta...
"Ela está se desculpando?".
Isso, Elizabeth não esperava.
— E-eu... Só queria... — Olhou de relance para aonde Abraham estava lutando, notou que agora o outro vampiro agora estava sem calças. Corou novamente e desviou o rosto.
— Oh! Não sabia que vampiros ficam vermelhos de vergonha! — Riu a outra cutucando a bochecha rubra da vampira.
— E-eu não sou pervertida! — Exclamou subitamente — Eu só o segui para perguntar uma coisa! E... E... Eu não sabia que estava com um vampiro! Não pretendia vê-los ficando nus! Não sou assim! Eu nem vejo pornô! Muito menos de dois homens! Não que eu tenha algo contra! Mas... Mas... — Parou para tomar ar — E você roubou a minha maçã!
Cora abriu a boca e soltou um longo "oh!".
Se Elizabeth antes estava corada agora tinha se transformado em um pimentão.
— Bem... Hum... — A lobisomem coçou a própria bochecha — Eu também não estou aqui para ver pornô. Só estava querendo avaliar como é esse tal Abraham. Não sabia que o Pietro estava andando com ele... O que é estranho, sendo um caçador de vampiros com um vampiro.
— Aby é legal... E-ele não quer ser um caçador... — Disse tímida e baixando os olhos. Sabia disso mesmo sem ter falado com o garoto. Na verdade, mesmo que Stiles tenha a incluído em seu grupo de amigos, até o momento não conseguira falar diretamente com eles, só ouvia as suas conversas e os observava de longe.
"Droga... Sou uma espécie de Stalker?".
—Hum... — Cora voltou o seu olhar para a dupla que lutava — Um caçador pode enganar os outros fazendo-os pensar que é um amigo para depois traí-los. Acredite, eu sei como é.
— M-mas, Aby não é assim! — Mesmo não tendo falado com o Van Helsing sabia que ele era gentil, a tinha defendido no ônibus e as vezes notava que andava mais atrás no grupo, ficando mais próxima dela, como que a protegesse dos outros seres sobrenaturais do instituto. Esses pequenos gestos já eram o suficiente. Ainda mais, Abraham tinha sido mais amigo do que suas amigas da vida humana. Nunca alguém a defendeu ou mesmo notou sua presença. Aby, bem como Stiles e os outros eram os primeiros amigos de verdade que fizera.
— Você também é uma vampira. Não tem medo dele? — A Hale arqueou uma sobrancelha.
Elizabeth apenas negou com a cabeça.
— Você e Pietro devem estar loucos. — Disse e depois soltou um suspiro — Bem... Eu que não vou ficar aqui, esses dois estão quase ficando pelados e sinceramente, não é assim que quero começar o meu dia.
Se virou e começou a se afastar. Agora era a vez da vampira soltar um suspiro que nem sabia que estava segurando. Porém a sua paz durou pouco, pois logo sentiu algo puxando seus óculos escuros.
— Ei!
Cora tinha retornando e segurava os óculos com um sorriso arrogante nos lábios.
— Agora roubei sua maçã e isso. O que pretendes fazer? — Desafiou.
A vampira não soube o que responder. Tentou ocultar os olhos de íris vermelha, mas a mão da lobisomem em seu pulso a impediu.
— Sabe, não te entendo. Por que esconde o rosto e o corpo. Ao menos que tenha algo a esconder.
A única coisa que passou pela a cabeça de Elizabeth era que a outra garota estava muito próxima. Seus narizes estavam quase se tocando. Pela a primeira vez fitou os olhos castanhos e profundas da lobisomem. Um coração de um vampiro bate em uma frequência tão baixa que dá a falsa ideia que está morto por não ter pulsação... Mas naquele momento a vampira sentia seus batimentos acelerarem. Tinha certeza que se colocasse seus dedos sobre a sua jugular sentiria o pequeno pulso da vida.
— M-Me devolve... — Sussurrou, mas não fez nenhum movimento para recuperar o que lhe fora perdido.
— Acho melhor não. — Cora piscou — Você fica melhor sem eles. Aliás, na próxima talvez eu roube o seu casaco ou essas calças ridículas.
— N-não! Por que? — Disse alarmada.
— Ora, estou curiosa para saber o que esconde por baixo de tudo isso. Aposto que uma garota muito interessante. — Falou isso e a soltou. Elizabeth a mirava em misto de confusão e surpresa.
— Te vejo amanhã na escola. — Acenou Cora — Melhor tomar cuidado.
— Elizabeth Smith! — Exclamou subitamente a garota — E-esse é m-meu nome e...E... É melhor v-você tomar cuidado! S-Se roubar outra coisa minha e-eu... Mordo!
A lobisomem gargalhou o que deixou a vampira ainda mais envergonha e raivosa, estranha combinação de sentimentos, mas era essas sensações que aquela tal Cora Hale lhe provocava.
— Sabe? Posso gostar de mordidas. — Piscou novamente e saiu, exibindo os óculos roubado como uma vitória.
Elizabeth cobriu o rosto corado com as mãos.
O que tinha acabado de fazer?
Ameaçado alguém? Nunca fizera isso antes!
Devia sentir algum tipo de desespero... Mas... O estranho era que se sentia feliz.
"Talvez... Seja mesmo um recomeço...".
Notas finais:
Desculpe a demora! Bem, espero ter compensando o tempo de espera ^^
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