⠀ ⠀ ⠀ 𝟏𝟔. HAPPY EVER AFTER?
CAPÍTULO 16.
── FELIZES PARA SEMPRE?
OHIO
1 SEMANA DEPOIS
CARTER ESTACIONOU O CARRO A UMA BOA DISTÂNCIA de Natasha e Rick, os dois observavam o quinjet que o Mason havia conseguido para a ruiva ── agora loira, já que Romanoff havia pintado e cortado seu cabelo ── e conversavam entre si sobre algo que o Kane não conseguia ouvir. Naquele lugar isolado, com várias árvores e arbustos em volta, eles estavam escondidos o suficiente de qualquer civil indesejado, mas com o espaço necessário para o um pouso seguro.
Ao abrir a porta do motorista e descer, acompanhado de Ludell, que estava deixando o banco do carona, a atenção dos dois outros recaiu sobre eles. Natasha abriu um sorriso ao notar Carter se aproximando, ele espelhou as ações dela. Ele não sabia explicar como era aquela sensação quente que estava inundando seu peito ao poder ve-la novamente. Havia esperado tanto por isso, duas semanas extenuantes, mas não pior do que os 21 anos.
── Viu o que eu consigo com tempo e dinheiro? ── Rick perguntou ao Kane, assim que ele se aproximou. Carter sorriu para o homem, enquanto ajeitava sua mochila sobre o ombro.
── É, você fez um ótimo trabalho, cara. ── disse o loiro. ── Nada como aquela velharia de antes. To impressionada.
── Esse é o tipo de comentário que eu gosto de ouvir. ── respondeu o Mason.
Carter puxou Natasha para um abraço assim que estavam perto o suficiente um do outro, simplesmente não conseguia mais se segurar e tudo que ele queria poder fazer era beija-la novamente.
── Deus, senti tanto a sua falta. ── ele murmurou para ela, enquanto ainda mantinha seus braços em volta do corpo mais baixo da mulher. ── Você não imagina o quanto.
── Eu disse pra você que nos veríamos novamente, não tinha o que se preocupar. ── Natasha respondeu, retribuindo o braço apertado dele. ── É ótimo ver que você está bem.
── Graças aquele grupo de Viúvas Negras. ── Carter se afastou um pouco, deixando Natasha respirar. ── Quase arrancaram meu braço fora, mas foram extremamente atenciosas. ── A loira riu. ── A propósito, seu cabelo está lindo. Você é linda de qualquer maneira, mas meu Deus-
Atrás dele, Ludell limpou a garganta.
── Ah, sim. Foi mal. Esse daqui ── ele apontou para o homem alto atrás de si. Finnigan deu um aceno simples com a mão. ── é o Ludell Finnigan. Somos amigos desde o exército e ele sempre me ajuda muito. Não foi diferente agora.
── É um prazer conhece-lo. ── disse Romanoff, estendendo a mão para o homem. ── Natasha, e esse é o Rick. ── apontou na direção do Mason.
── Sinceramente, o prazer é todo meu. Não acredito que to conhecendo uma Vingadora. ── disse Ludell, retribuindo o aperto de mão de Natasha. ── Quando Carter disse que te conhecia, eu não acreditei.
── Ninguém acreditaria. ── respondeu a mulher, sorrindo. Eles soltaram as mãos. ── Ninguém leva o que ele diz a sério.
── E é por isso que vocês ferem meus sentimentos, nunca me dão credibilidade. ── disse o Kane, fingindo estar ferido.
── Você não é o tipo de pessoa que merece credibilidade, irmão. ── Ludell respondeu. ── Totalmente pirado da cabeça. Dar holofotes pra você é literalmente dar palco pra maluco dançar.
── Precisava mesmo me chutar dessa forma? ── questionou o Kane, fazendo os outros três rirem. No fim, ele acabou rindo também, não dando muito importância ao o que eles diziam.
── Pra onde vocês vão agora? ── Rick questionou, mudando de assunto. Seu olhar intercalou entre Carter e Natasha.
── É engraçado. Eu sempre achei que não tivesse família. ── Disse Nat, olhando brevemente para o Kane. ── Acontece que eu tenho duas, então... Uma delas tá bem bagunçada agora. Vou soltar alguns deles da prisão, ver se consigo ajudar a consertar as coisas, enquanto aproveito o tempo com um certo alguém.
── Gostei dessa última parte. ── disse Carter, com um sorriso nos lábios.
── Esse parece um bom plano pra mim. ── Rick comentou, soando feliz pelos os dois.
── É porque temos ele a muito tempo, mas só estamos pondo em prática agora. ── disse Carter, colocando o braço em volta do ombro de Natasha. ── Só espero que a gente não cause tanto estrago pelo caminho. Os jornais estão amando falar sobre a gente e isso não era algo que eu esperava.
── Você tá em liberdade condicional e eu sou perseguida pelo governo. ── Romanoff disse. ── Em que momento você achou que essa combinação daria certo? Era óbvio que faríamos uma bagunça.
── Acho que o Carter as vezes se esquece que explodiu armas alienígenas no meio do deserto, ── comentou Ludell. ── com apenas algumas granadas.
── Eu tento esquecer disso, mas você sempre me lembra. ── bufou o Kane, bem humorado.
── A gente quase morreu! ── exclamou o Finnigan. ── É óbvio que não vou me esquecer dessa merda.
── Experiências de quase morte são sempre necessárias. ── Natasha disse, olhando para ele. ── Te ajudam a amadurecer e a ficar com um puta trauma. Com o tempo você se acostuma.
── Eu espero que não. ── comentou o homem, balançando a cabeça e cruzando os braços. Carter riu.
── Antes da gente ir, quero passar em um lugar primeiro. ── disse o Kane, mudando de assunto e falando diretamente com Natasha. ── Tem uma coisa que eu preciso te mostrar, antes que a gente coloque em prática a missão "reunir os Vingadores".
Natasha arqueou uma sobrancelha para ele, com certa suspeita.
── O que está tramando?
── Não é nada demais, é só... ── Carter bufou e estendeu a mão para ela, deixando sua mochila cair no chão. ── Vem comigo.
Natasha segurou a mão dele e o seguiu até o carro de Ludell, deixando os dois homens para trás com a garantia de que voltariam em breve, com que eles responderam que não iriam a lugar nenhum. Carter e Natasha entraram no carro e ele começou a dirigir para longe dali.
Inicialmente, ela pensou em perguntar novamente o que ele estava tramando, porém logo Romanoff notou a vizinhança familiar em que estavam entrando. Quando eles combinaram de se encontrar em Ohio, ela já tinha a ideia de passar pelo lugar que morou porém fazer isso agora a pegou desprevenida. A loira observou as crianças brincando na calçada, um menino e uma menina andando de bicicleta lado a lado e rindo. Aquilo fez Natasha sorrir.
Carter olhou para ela com um olhar conhecedor, também reparando nas crianças, assim como nas casas pintadas e reformadas, nos pais que cuidavam de seus jardins do lado de fora, dos cachorros que corriam pela rua. Carter sentiu uma grande sensação de nostalgia.
── Por que estamos aqui? ── Natasha perguntou a ele, assim que o carro parou em frente a uma casa com a placa de "Vende-se" fincada no gramado. Ela não precisava de muito para perceber que aquela era sua antiga casa.
── Queria dar uma olhada nessa casa. ── respondeu o Kane, saindo do carro acompanhado dela. ── Já faz muito tempo.
── Está um pouco diferente. ── Nat comentou, ao parar lado a lado com Carter e observar a entrada da casa.
── Algumas pessoas moraram aqui, reformaram o lugar e tudo. ── respondeu o Kane. ── Até alguns problemas de encanamento eles resolveram e a casa já foi vendida umas 4 vezes nesses 20 anos.
── E como você sabe disso? ── perguntou Romanoff, vendo o loiro se afastar e andar um pouco até a porta.
── Eu estive conversando com os donos atuais. ── ele respondeu. ── Pensando na possibilidade de conseguir comprar essa casa. Apenas uma possível ideia.
── Está falando sério?
── Talvez. ── ele deu de ombros, enquanto sacava a chave e destrancava a porta. ── O problema é que eu to zerado, sem dinheiro nenhum.
── Então você está o que? Roubando a casa? ── Natasha o questionou, o acompanhando enquanto entrava no lugar.
── Sabe, até que não é uma má ideia. ── disse o Kane, parecendo considerar a possibilidade. ── Deveria ter pensado nisso, antes de pedir um empréstimo ao Ludell.
── Você fez o que? ── exclamou Romanoff, surpresa. ── Carter... Por que?
── Olha, ── ele segurou as duas mãos dela, os dois parados na entrada da casa. ── eu pensei muito nisso. Sei que agora a gente não pode simplesmente parar tudo que fazemos e se estabelecer, isso tá bem longe de acontecer. Mas não acho que vamos viver fugindo para sempre certo?
Natasha assentiu a cabeça levemente, um pouco em dúvida.
── Só quero que, quando a gente decidir parar, a gente possa ter um lugar pra viver. ── disse ele. ── Algum lugar onde nós dois podemos ser apenas Carter e Nat. Sem qualquer merda de governo, vilões ou perseguições para acabar com a nossa paz. Só eu e você, uma minivan, talvez um cachorro... ── ela riu. ── Qualquer coisa bem família feliz que você deseje, eu topo.
── Isso é o que você quer? ── Ela o questionou.
── Eu quero o que você quiser. ── respondeu Carter. ── Se não quiser isso, pode me dizer. Cancelo o empréstimo do Ludell e devolva a chave, não é um problema pra mim. Eu só quero estar com você Natasha, pelo resto da minha vida, e nunca mais te deixar escapar.
── Você gosta mesmo de planejar o futuro, não é? ── Natasha o questionou, depois de um tempo em silêncio e com um sorriso em seus lábios.
── O que eu posso dizer? ── deu de ombros. ── Sou obcecado por ter planos.
── Mesmo sabendo que o futuro é imprevisível? ── Perguntou ela, com uma sobrancelha arqueada para ele, enquanto envolvia seus braços em volta do pescoço de Carter e seus rostos ficavam a alguns centímetros um do outro.
── Mesmo sabendo que o futuro é imprevisível. ── afirmou Kane. ── Não sei o que esperar daqui pra fentre, mas... Apenas quero que seja o melhor. E, mesmo se tudo der errado, pelo menos eu tentei, certo?
── Gosto da forma que você pensa. ── ela sussurrou para ele, antes de puxa-lo para um beijo apaixonado. Seus lábios se movendo um contra o outro de forma sincronizada, fazendo Carter derreter naquela demonstração de afeto que ele sentiu tanta falta.
Quando eles se afastaram, buscando por ar, estavam sorrindo um para o outro.
── Então, isso seria um sim para minha proposta? ── ele a questionou, ainda um pouco incerto.
── Isso não é óbvio? ── Natasha retrucou. ── Não estamos no momento de parar e relaxar, mas... No futuro, talvez quando tudo se acalmar, esse vai ser um ótimo lugar pra viver.
── Talvez tenhamos nosso "felizes para sempre"? ── arqueando uma sobrancelha, ele perguntou.
── Talvez. "Para sempre" é algo muito relativo. ── respondeu a loira. Ela se afastou um pouco dele, seus braços deixando seus ombros. ── Mas não gosto de descartar a ideia.
Natasha passou por ele para entrar na casa, observando as mudanças que forma feitas através do tempo. Carter deu um último sorriso bobo para o nada, antes de se conter e decidir ir atrás dela, a acompanhando pelo passeio pela sua casa da infância. Relembrando pequenas memórias antigas e fazendo alguns comentários. Kane se lembrava da maioria.
── Quanto tempo nós ainda temos? ── perguntou a loira, assim que eles pararam na porta do quarto, no segundo andar.
── Alguns minutos até Ludell e Rick cansarem de esperar. ── murmurou o Kane, olhando para o relógio em seu pulso. ── Ludell quer conhecer a casa também, já que, segundo ele, quer saber em "qual buraco ele se meteu". Foi só por isso que ele veio também.
── Ótimo, acho que temos tempo o suficiente então. ── disse Natasha, antes de puxar Carter pela gola da camisa para dentro do quarto e a beija-lo contra a porta agora fechada.
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