2² roxo escuro
O dia hoje foi muito corrido.
Passei metade do primeiro tempo no teatro da escola ajudando Susan a organizar os primeiros passos para que os ensaios de Grease fossem um sucesso. Ela separou a equipe em grupos e colocou um integrante do elenco do ano passado para comandar cada um deles. Como o Danny que atuava comigo já saiu da escola, acabei ficando encarregada de cuidar dos dois protagonistas sozinha.
E eu juro que isso não é fácil.
Por mais que eu achasse que Nancy fosse ser a pior parte, ela não é. Na verdade, a pior parte é andar de saltos altos sobre o piso escorregadio do palco. Eu realmente odeio isso porque sempre tenho que caminhar em passos contidos e pequenos, o que dificulta muito a locomoção. Fico imaginando como vai ser quando formos passar as coreografias! Terei que comprar algo antiderrapante.
Pisco, vendo Nancy estalar os dedos à frente do meu rosto. Percebo que me distraí por tempo demais enquanto pensava se havia algum modelo antiderrapante que não fosse um assassinato ao nome da moda.
— Tudo bem, estou aqui — sorrio, animada. Deve haver, sim!
Então continuamos com o que quer que estivéssemos a fazer. Não estamos exatamente ensaiando. Susan disse que esse terceiro dia de reunião seria para levantar o astral e motivar o novo elenco. Acho que ela notou as faíscas que andam saindo das minhas conversas com Munique e Nancy e quer nos influenciar a conviver melhor, para trocar experiências. Em teoria, eu teria que usar essa reunião para falar sobre como foi a minha participação na peça e tudo mais, mas acabamos passando longe disso. Ela não foi tão interessante assim, e em pouco tempo todo mundo está discutindo sobre como é difícil estudar Inglês quando a nossa professora só passa livros chatos!
Fico feliz por saber que não é só com a minha turma, e então Susan chega e acaba com a nossa conversa, comandando ela mesma o que a mulher chama de "motivar os novos integrantes". A partir daí nós ficamos o resto do tempo em silêncio fazendo algum tipo de exercício de concentração típico do teatro convencional. Não é tão chato quanto eu pensei que seria, mas muita gente passa vergonha, porque Susan nos manda deitar no chão, fechar os olhos e cantar a primeira música que aparecesse na nossa cabeça. Claro, acho que ela queria que cantássemos Grease, mas um dos garotos chegou a incorporar um rapper branco que a maioria das pessoas simplesmente não gosta. Um desastre.
Depois que acaba, eu posso finalmente sair e tentar limpar a cabeça. Não é como se eu não quisesse estar no teatro, mas ele suga as minhas energias. Todos os dias eu me sinto mais motivada que os novos alunos, e isso acaba fazendo com que eu me canse mais fácil. Eu ando me dedicando muito a tudo, desde os figurinos às coreografias. Faz três dias que não hidrato o meu cabelo porque fiquei a madrugada toda repassando textos com algum membro do grupo!
Eu acho que mereço um momento de paz interior para ficar sozinha e relaxar o cérebro. Por isso ando até o refeitório lotado, encontro uma mesa afastada e peço licença para um grupo de calouros, explicando que preciso de um lugar vazio para descansar até a próxima aula. Eles me olham estranho, mas entendem e eu fico aliviada de poder passar alguns minutos sem falar ou dançar enquanto o intervalo não acaba.
— Olá, coração! — ouço uma voz atrás de mim dizer. — Você me prometeu ajuda em Geometria.
Estou passando batom quando John senta ao meu lado de um jeito tão dramático que chego a me assustar, dando um pulo. Por um momento fico extremamente decepcionada de não conseguir aqueles minutos de solidão e paz que tanto queria, mas então penso no que a sua frase significa.
— Você encontrou uma babá para a irmã de Edward? — pergunto, animada. Meu sorriso poderia tomar todo o meu rosto agora.
Ele faz que sim com a cabeça e eu dou vários pulinhos e gritinhos contidos, já que estamos no meio do pátio da escola e não quero chamar tanta atenção assim para mim — apesar de eu saber que é impossível, todos me amam.
Não consigo parar de pensar que eu e Edward finalmente ficaremos juntos! Mal posso esperar para escolher que roupa usar! Acho até mesmo que sairei para fazer compras. Eu já tinha algo novo para vestir, mas terei que procurar outra coisa. Aquele primeiro vestido que encontrei em uma loja do centro não parece bom o suficiente para a primeira vez que Edward e eu nos beijaremos. Quero algo mais romântico, como se fosse o figurino icônico de um filme clássico... Ou como a roupa de Sandy, em Grease, no final do filme! Todo mundo se lembra dela.
— Hm, Nina?
Quando levanto as sobrancelhas em curiosidade para saber o que ele quer, John se aproxima e leva o dedo indicador aos meus lábios, passando-o de um jeito forte e delicado ao mesmo tempo. Eu fico confusa por alguns instantes e isso deve ser bem óbvio, porque ele se afasta e diz:
— Seu batom estava borrado.
— É. Porque você me assustou — resmungo, pegando o espelho para olhar e retocando a parte falhada.
— Mas e aí? Geometria! — ele volta ao assunto.
Concordo com a cabeça. Eu não imaginei que John encontraria uma babá tão rápido, então não deixei nada preparado para ele. Ainda assim, não estou totalmente desprevenida. Tenho as minhas anotações guardadas, coisas que me ajudaram a criar linhas de raciocínio quando tive as primeiras aulas e achei que aquilo era o fim do mundo. Eu as fiz na minha agenda preferida, que carrego até hoje. Ela é uma gracinha! Toda encadernada com pelúcia rosa e alguns bottons! Eu a pego na minha bolsa, mas hesito antes de entregá-la a John.
— Muito cuidado — alerto, só então deixando-o tocá-la.
John levanta a agenda na altura do rosto e a encara por alguns segundos antes de cair na risada. Eu juro que ele parece ficar nisso por horas antes de limpar uma lágrima do canto dos olhos e dizer:
— Que porra é essa? Parece que você pintou um coelho de rosa, ele ficou depressivo porque odiou e quando ele morreu de tanto desgosto você fez essa agenda!
Ficou realmente brava, cruzando os braços.
— Eu nunca mataria um coelho!
Tento puxar a agenda de suas mãos, mas John a segura com força, para de rir e diz "Ok, desculpa. Eu não queria te chamar de assassina de coelhos".
Reviro os olhos, deixando-o com a agenda e me afastando. John já está quase completamente sério quando diz:
— É só que você não espera que eu saia com isso em público, não é? Como vou tirar isso da mochila na aula?
— Sua sexualidade é tão frágil assim pra ser abatida por uma agenda? — pergunto, porque foi isso o que Laura disse para Mike quando ele também zombou da minha obra de arte. Eu fiquei muito tempo fazendo isso!
— Não — ele afirma, convencido —, mas preciso usar isso na prova e acredito que o professor veria até no escuro. Não tem como passar despercebido.
— Todas as minhas anotações estão aí. Se você realmente ler e decorar, não vai precisar levar a agenda pra aula! Dê um jeito — levanto o nariz. Não tenho culpa que ele não estudou para a prova. — E me fala da babá.
John deixa a agenda sobre a mesa e diz:
— Bem, o nome dela é Cassie e ela cuidou do meu cachorro quando eu e minha família fomos para Londres visitar a minha prima.
Eu quase engasgo com a minha própria saliva.
— Seu cachorro?!
— Ela fez um ótimo trabalho!
— John, eu não preciso de uma babá de cachorros! — digo, inconformada. Ele não pode estar falando sério!
— Tudo bem, não surta — pede, e eu percebo que tinha gritado.
Todos no pátio nos olham. Um garoto passa por nós e zomba John por estar com a minha agenda. Ele se levanta para tacar a agenda no menino, mas eu o seguro pelo braço, fazendo-o sentar.
— Preciso de uma babá de verdade — digo.
John olha feio pro garoto uma última vez antes de se virar para mim e dizer:
— Confie em mim, ela consegue! É só por uma noite, não é? Não precisa ser nenhum expert.
Solto o seu braço quando percebo que ainda o estou segurando. Então me afasto, apoio o queixo na mão esquerda e penso sobre se é uma boa ideia ou não. Fico alguns segundos assim e John permanece em silêncio, folheando a minha agenda, até que eu chego à conclusão de que ele está certo.
Uma vez eu cuidei da avó de Laura por duas horas, e eu nunca tinha feito isso na vida!
— Tudo bem, me passa o número dela — digo, virando-me para John.
Mas ele não escutou porque está folheando a minha agenda e rindo.
— O que foi? — pergunto.
— Você tem uma cor de batom para cada sentimento humano?! — pergunta, quase incrédulo. Seus olhos se arregalam de um jeito divertido. — Isso é muito... Sensível para vir de você.
— O que quer dizer?
— Achei que você não tinha sentimentos.
Ele ri enquanto fala, mas sinto que é sério. Fico parada olhando para ele com a boca meio aberta, procurando as perguntas certas para fazer. Ele acha que não tenho sentimentos? Por quê? Eu sou muito sensível! Chorei assistindo Marley & Eu três vezes na mesma semana. Como uma pessoa insensível faz isso?
— É claro que tenho sentimentos! — digo, levantando o nariz e procurando provas — Eu... Eu gosto de Edward! Viu? É um sentimento!
John nega, passa a língua pelos lábios e explica como se eu fosse muito burra:
— Você só quer ficar com ele porque Edward é novo na escola, se encaixa nos seus padrões de beleza e te faz pensar que, com ele, sua vida será perfeita.
— Isso é um absurdo!
— Então me diz por qual motivo você gostar tanto dele?! — John cruza os braços e se aproxima de mim como se estivesse me desafiando. — Vocês têm gostos em comum? Curtem as mesmas músicas? Vão aos mesmos lugares? Tiveram uma conversa extraordinária por uma noite inteira? Não é essas coisas que vocês, que se apaixonam, gostam de prezar?
Eu fico mesmo sem respostas. É claro que ele está errado! Eu tenho motivos para gostar de Edward, sim, mesmo que John ache que não. Além do mais, não é da conta dele! Quem fica por aí beijando a metade da escola não sou eu. Duvido que ele tenha sentimentos verdadeiros por metade das garotas com quem ficou.
— Olha quem fala! — rebato, cruzando os braços também — Você, por acaso, tem gostos em comum com Nancy? Vão aos mesmos lugares e escutam as mesmas músicas?
— Isso é diferente.
Sinto meu sangue ferver. É muito raro que eu fique brava, mas John tem conseguido me tirar do sério com facilidade ultimamente.
— Não, não é! — respondo em um tom de voz elevado, porém sem gritar. Então pego a minha mochila e levanto da mesa — Você só gosta de pensar que sim porque acha que somos diferentes, mas eu tenho o direito de gostar ou não gostar de quem eu quiser, pelos motivos que eu quiser — arrumo a alça no ombro e jogo o cabelo para trás, respirando fundo e me recompondo — Bons estudos.
Estou tão nervosa! Eu não acredito que John Hallister acha que pode me julgar por causa das minhas escolhas amorosas. Logo ele, que não tem o mínimo de decência, me falando sobre como eu devo incorporar meus sentimentos por Edward. E daí se eu não tenho uma história de amor profunda ou uma conexão de outro universo? Tenho certeza de que essas coisas podem ser criadas com o tempo.
Saio e o deixo para trás. Procuro Laura pelo pátio inteiro, mas sei que ela está ocupada demais com os quatrocentos clubes em que se mete a toda a hora, então desisto e fico parada do lado da mesa da turma de fãs de k-pop, vendo-os ensaiar alguma coreografia que, sério, é muito legal! Até que eles insistem em me ensinar e eu estou aprendendo os passos em conjunto com as meninas e meninos, me sentindo muito melhor.
Quando Edward passa ao lado de Mike, um pouco distante, me olha por um tempo antes que eu perceba que ele está por perto. Eu aceno e o cumprimento, e ele ri de uma forma doce quando erro um passo por causa disso. Do seu lado Mike de repente me nota. Eu arregalo os olhos e desmancho o sorriso na hora, porque sei que se ele suspeitar que tenho interesse em Edward vai começar a encher o menino de perguntas e alertas, e eu não quero isso.
Fico aprendendo passos até o final do intervalo, e então encontro Laura na aula de Inglês. Ela me conta tudo sobre o livro que eu deveria ter lido para a atividade que a professora vai passar e eu até que me saio bem com o improviso de informações fornecidas pela melhor amiga.
Quando as aulas acabam eu chamo Victoria para ir na minha casa, mas ela diz que tem que ajudar a mãe dela em algo. Laura também não pode ir porque precisa ir ao shopping comprar uma camisa social para uma apresentação, então eu volto sozinha e fico a tarde toda no meu quarto, pensando em como o meu plano de fazer Mike e Vic se apaixonar está muito fora dos eixos.
Eles nem conversaram ainda!
Estou pensando em maneiras de os dois se encontrarem quando recebo uma mensagem de Laura. Ela diz que está no shopping e que viu Victoria por lá, comprando roupas. Eu olho o celular e me sinto realmente mal com isso. Por que ela não me chamou? Victoria está me evitando? Eu não fiz nada de errado! Ou fiz? Eu só queria ser amiga dela.
Alguém bate na minha porta quando estou prestes a começar a chorar de frustração. Olho no relógio e percebo que já está na hora de tomar o chá da tarde, então deve ser Amy me chamando para descer. Levanto e vou até a porta, mas quando a abro quem está do outro lado é John Hallister e seu sorriso irritantemente presunçoso.
— Vai embora — digo, e quando vou fechar a porta ele a segura.
— Você ainda está brava comigo — conclui. — Olha, eu sinto muito se te ofendi. Não era a minha intenção. Eu só achei que como seu amigo era meu dever tentar te avisar de que está se iludindo.
— Você é péssimo com desculpas — digo, cruzando os braços e me afastando.
Me jogo sobre a cama e fico encarando o teto com a cara fechada. John vai até o quadro com as fotos de Victoria e o puxa, começando a escrever algo. Eu desvio o olhar das estrelas desenhadas na tinta branca acima de mim para ver o que ele está fazendo.
— Consegui um encontro entre Victoria e Mike. De nada!
Sento na cama tão rápido que as coisas ficam pretas por alguns instantes. Olho para a lousa, onde John escreveu que os dois vão se encontrar hoje, às oito, em uma lanchonete, e então pergunto para ele:
— Como conseguiu isso? Eles nem se conhecem!
John faz que sim com a cabeça e brinca com a caneta da lousa entre as mãos. Então se aproxima de mim, senta ao meu lado e se inclina como se fosse contar um segredo:
— Eu falei para Mike chamar Victoria para sair — quando arregala os olhos, ele parece um mágico exibindo um truque extraordinário. — Aposto que não pensou nessa!
Dou risada. Realmente, eu havia pensado em vários jeitos de os fazer se conhecer casualmente, mas nunca cogitei uma opção em que Mike simplesmente a chamasse para sair. Subestimei a participação de John nesse meu plano maluco, e nem cogitei a hipótese de usá-lo para tentar convencer meu irmão a fazer qualquer coisa.
Fico feliz que John tenha pensado nisso sozinho, e mais feliz ainda por ter dado certo. O que será que vai acontecer daqui para a frente? Meu deus, Vic e Mike vão mesmo sair! Ela deve estar nervosa. O que será que ela vai usar?
Dou um pulo, percebendo algo, de repente, e pego o meu celular, ligando para Laura.
John franze o cenho, confuso, e eu explico:
— Victoria estava fazendo compras! Tenho certeza de que está procurando algo para vestir no encontro com Mike.
Do outro lado da linha, Laura atende e eu percebo pela sequência de chiados que toma a ligação o quão atrapalhada ela está com as suas sacolas. Deve ter comprado muita coisa. Aposto que não teremos aquele carro tão cedo — o que é uma pena, porque parece realmente divertido chegar em festas com amigos em veículos conversíveis. Eu sempre me imaginei sentada no encosto do banco do passageiro gritando alguma frase de efeito muito legal enquanto Laura estacionava.
Foco, Nina.
— Oi — diz Laura do outro lado.
Eu explico de maneira rápida:
— Mike e Victoria vão sair hoje à noite, mas ela não me contou! Acho que está procurando uma roupa para o encontro, então dá um jeito de esbarrar nela e encontrar algo perfeito.
Laura parece demorar um pouco para processar, respondendo animada quando consegue entender tudo:
— Pode deixar.
E desliga.
Seguro o celular contra o peito e pulo animada. Então me viro para John e agradeço, lhe dando um abraço rápido antes de levantar e abrir o guarda-roupa. Começo a puxar peças para fora e jogar sobre a cama, vendo que John desvia hora ou outra para não ser atingido.
— O que você está fazendo? — ele pergunta.
— Eu vou a esse encontro — digo. — Quero ter certeza de que vai dar tudo certo.
Ele parece ficar confuso, refletindo sobre o que acabei de dizer.
— Você não acha um pouco estranho? — pergunta — Você, Victoria e Mike em uma mesa, dividindo os canudos do milk-shake?
Reviro os olhos, mas ele não vê. Então encontro o que estou procurando: meu macacão preto, o boné jeans e as luvas de veludo que comprei no inverno do ano passado. Juntas, as três peças formam um conjunto perfeito e eu vou ficar como aquelas espiãs irreconhecíveis e invisíveis de filmes de ação! Só vou precisar me misturar ao público e Mike e Victoria não me notarão.
— Eu vou estar disfarçada — explico a ele. — Porém perto, assim se algo acontecer eu posso ajudar Victoria. Imagine só o desastre se ela começar a falar algo que ele não goste? Ou se os dois discutirem? Posso fingir que derrubei um prato e assim eles se distraem e esquecem a briga.
John balança a cabeça, mordendo o lábio. Olha pensativo para o chão como se estivesse realmente refletindo sobre o meu plano perfeito. Até que levanta a cabeça e diz:
— Só uma dúvida: você vai se trocar na minha frente? Porque isso seria muito legal.
Reviro os olhos, deixando o cabide com a roupa de espiã cair. Saio do closet e o puxo pelo braço na direção da saída.
— Eu estava brincando — ele ri, tentando se defender.
— Preciso preparar tudo para hoje à noite e você só me atrapalha. Tchau!
Eu não sei por qual motivo John ri tanto, mas não para até que nós estamos no corredor. Então ele segura a porta do meu quarto como fez mais cedo, me impedindo de fechá-la, e, cessando o riso aos poucos, diz:
— Ok, eu vou embora. Mas só se você disser que não está mais brava comigo.
Quero responder que sim e dar um chute na porta até que ele suma, mas não sei se ainda estou brava. Digo, foi injusto da parte dele me dizer todas aquelas coisas, mas e se foi realmente para me ajudar? Mesmo que do jeito dele. Além do mais, ele conseguiu esse encontro mesmo não sendo muito a favor de Edward e eu juntos. Acho que posso confiar nele.
Dou um suspiro orgulhoso antes de responder:
— Não estou.
E fecho a porta.
Viro para a minha cama, vendo que a minha roupa de superespiã demais está quase completa. Falta só... Ah, sim! Batom! Corro para a minha penteadeira e procuro por entre a caixa de maquiagens uma cor que possa definir o que estou passando no momento. Demoro um pouco, mas finalmente encontro o roxo escuro que uso sempre que estou me sentindo um tipo sério de aventureira.
Porque há os dias em que você quer ir na praia dar cambalhotas e há os dias em que você quer dirigir um carro em alta velocidade, mesmo que você só faça os dois no The Sims.
E o roxo é para o carro em alta velocidade. Quando a aventura pode ser arriscada, mesmo que não perigosa, e quando ela tem um propósito real. Um peso!
Passo o batom nos lábios, tendo um bom pressentimento quando percebo que ficou perfeito, sem nenhum borrão. Então vou ao meu closet, escolho um sapato e visto a minha roupa de espiã para completar mais uma missão que vai me deixar um passo mais perto do futuro perfeito ao lado de Edward!
N/A: NINA WESTLAND ESPIÃ?????????? Amo! Será que ela vai se sair bem nessa? hahahah
achei o look que imaginei pra nina na internet e vou postar lá no meu instagram! corre lá pra ver: andresa7ios.
beijão!
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