Senhas & Códigos XV

Senhas & Códigos XV:

Caso um dia você se depare com minha infeliz vida passada, e eu sinto muito por isso, há algumas coisas que deveria saber , como por exemplo qual código é usado para qualquer coisa cuja o nome venha como Odinem Per Sex rodeado por estrelas formando uma rosa incrustada. Qui Unum Noverit .

- Qui Unum Noverit.,

- O que quer dizer? - Bella perguntou exasperada.

- Aquele que conhece a verdade, eu acho.

- Isso é a senha?

- Não sei preciso ver a... Droga. - praguejei baixinho.

- O que foi? - disseram as duas ao mesmo tempo.

- A caixinha. Eu esqueci lá fora.

- Droga Lia, disse Bella saindo do carro ao mesmo tempo, fazendo meu nome soar baixo sendo dissipado pelo vento.

Meu pai parecia tão diferente naquele diário, sem a presunção, sem todo aquele orgulho carregado, me pergunto se algum dia vou ver esse lado pessoalmente. Passei tantos anos com a visão de monstro dele, que aquele diário parecia escrito por outra pessoa, talvez todos tenhamos dois lados.

- Você acha que essa é a senha? - Nem lembrava que Júlia estava atrás de mim e sua voz me fez dar um pulo do banco no mesmo instante em que Bella entrou no carro toda ensopada.

- Espero que não tenha estragado, seja lá o que tenha ai dentro, - Bella me entregou a caixinha agora suja de lama.

Eu limpei a caixinha e vi as rosas que eu pensei ter visto eram estrelas e formavam exatamente uma rosa com um cabo, como não vi isso antes.

- E então? - Bella chacoalhou a mão impaciente.

Eu rodei letra por letra formando a frase que meu pai escrevera e ouvi um barulhinho de engrenagens como um relógio dando corda e a caixinha se abriu soltando um pouco de poeira poeticamente. Julia e Bella automaticamente se aproximaram de mim me deixando claustrofóbica, mas estava curiosa demais para pensar em outra coisa. Quando abri a caixinha vi um pedaço de pergaminho enrolado com um cordão dourado em volta. Automaticamente peguei uma luva de látex do porta-luvas de Bella e abri delicadamente o pergaminho.

"Se queres conhecer a verdade venha ao lugar certo dessa vez, siga o caminho e encontrarás a verdade".

- O que diz, Lia? - eu recitei as palavras para a impaciente Bella e mostrava o caminho desenhado logo abaixo.

- O que é esse caminho, como o idiota espera que achemos?

- Parecem constelações. - Disse Júlia que até então tinha ficado muda.

- Sim, verdade. - sussurrei identificando a ursa maior.

- Por que não colocar as coordenadas logo ou simplesmente um endereço? - Disse Bella ligando o carro.

- Vamos agora para lá? - fiquei apavorada por um momento, eu precisava de um tempo para assimilar tudo aquilo.

- Não com essa chuva, sabe lá Deus aonde essas migalhas vão nos levar, vou levar as duas para casa. -Eu fiquei em silêncio depois do que Bella disse. Ela não era obrigada a me amparar, mas a última coisa que eu gostaria de fazer era ficar sozinha agora. Não depois de colocarem uma peça de xadrez bem na minha cara, eu poderia muito bem estar morta naquele momento, sentindo glicerina entrar pelo meu corpo e a dor dilacerante da vida me deixando sem poder fazer nada.

Bella parou o carro em frente a um apartamento, muito bonito e enorme e Lia se despediu de nós, aparentemente só eu não sabia onde meus colegas de trabalho moravam.

Bella seguiu com o carro em direção oposta a minha casa e quanto mais longe ficávamos de lá mais aliviada eu me sentia, até perceber que estávamos indo em direção a delegacia.

- Vamos para a delegacia? - disse quase com tristeza na voz, eu estava emocionalmente cansada.

- Não, vamos resolver uma pendência que faz tempo que eu estou querendo resolver. - disse Bella com uma voz resignada, mas também suave.

A curiosidade já estava prestes a me matar quando paramos em um prédio de três andares. Assoviou para o porteiro que não tinha visto o carro e ele abriu o portão para o prédio.

- Quem mora aqui? - disse desconfiada.

- Alguém que você precisa conhecer melhor. - disse Bella enigmática.

Nós subimos as escadas em caracol e fomos até o apartamento 222, Bella pegou seu molho de chaves e entrou. Como se não fosse mais estranho a casa era bem​ cheia de móveis e decorada com o modelo furacão katrina, tinha roupas, revistas e copos por toda a parte.

- Querida cheguei. - gritou Bella tentando sobrepujar o som alto que vinha de um talvez quarto.

Apareceu uma mulher linda com os cabelos pretos lisos, soltos caídos no ombro, de blusa e calcinha e eu imediatamente senti meu corpo vacilar. Era Luana.

- Que diabos ela está fazendo aqui? - Gritou Luana

- É Bella que diabos eu estou fazendo aqui? - sussurrei para Bella, com a voz falhando de ódio.

- Você para de fazer cena. - Disse Bella apontando para Luana.

- E você. Calma. - disse sussurrando de volta para mim.

- O que você está fazendo aqui Lia, - começou Bella. - Você está aqui para ouvir a verdade que a muito tempo eu estou para te contar.

- Eu não acho isso uma boa ideia. - disse Luana à contra gosto.

Ai meu Deus! O que ela estava fazendo?

- Bella talvez devesse escutar sua namorada. - disse cuspindo a última palavra.

- Irmã. - disse Bella.

- Que? - eu perguntei sem entender nada.

- Bella. - repreendeu Luana.

- Irmã. A Luana é minha irmã, ninguém do departamento sabe porque na verdade somos meias-irmãs, minha mãe foi casada duas vezes e eu sou filha do primeiro casamento dela.

- E vocês namoram? - disse beirando a histeria.

- Não. - disseram as duas em desespero.

- Eu vi como você menosprezava Bella e ela está profundamente apaixonada por você, então tive a ideia de colocar ciúmes em você, talvez assim você demonstrasse de uma vez por todas o que sente e parava com essa ladainha irritante de "vai num vai" - disse Luana balançando as mãos em desistência no final.

- Eu achei a ideia um absurdo, mas funcionou de certa forma, você nunca falaria o que disse para mim hoje na igreja se não estivesse incomodada com a situação. - Bella tinha um tom de cortar o coração na voz, mas meu ódio vencia qualquer coisa que ela quisesse dizer naquele momento. Eu estava simplesmente transtornada.

- Vocês foram a uma igreja? - disse Luana sem entender.

- Longa história. - disse Bella ainda me encarando.

- Eu quero ir para casa, por favor. - disse odiando a chuva torrencial lá fora e o fato de que eu não fazia ideia de onde estava meu carro.

- Eu te levo. - disse Bella de repente.

- Não quer conversar sobre isso? - disse Luana levantando de abrupto.

Sim, na verdade eu quero te matar e te enterrar debaixo de uma laranjeira. Pensei.

- Ela está cansada, depois terminamos isso. - disse Bella praticamente me empurrando para fora da casa da Luana.

Entramos no carro e eu senti uma vontade enorme de socar a Bella, mas não era uma boa ideia socar ela enquanto ela dirigia, talvez depois.

- Desculpa. - Bella me encarava enquanto o portão do prédio se abria, eu não estava olhando para ela, mas não precisava ser um gênio para saber que ela estava desesperada, sua voz estava falhada e sua postura estava encolhida.

- Ela insistiu e eu não entendo nada de relacionamento e eu me desesperei.

- Chega Bella, não quero ouvir mais nada, por favor.

Bella se calou e fomos ao meu apartamento em silêncio, pareciam milênios que eu não ia lá, mas meu apartamento foi liberado depois que pegaram o Lucas. Pena que aquilo não tinha acabado com a prisão de Lucas, mas por ora eu só queria afundar minha cabeça em um travesseiro e chorar.

Viemos o caminho inteiro em silêncio, vez ou outra Bella fazia sinal de que ia falar, mas se interrompia repensando na ideia. Pelo menos nisso ela era esperta, eu me sentia uma gata que acabara de perder seus filhotes de vista.

Entramos no apartamento e eu fui direto para o quarto tomar um banho, Bella não pareceu se importar.

Quando sai do banho mais longo da minha vida encarei Bella na mesa da cozinha com uma taça de vinho em uma mão e uma taça cheia em cima da mesa a minha espera.

Meus nervos tinham se acalmado e eu ensaiei um sermão gigantesco para jogar em cima da Bella, mas quando eu pensei em falar ela se levantou e passou por mim em direção ao quarto.

- Vou tomar banho se não se importa, eu trouxe algumas roupas minhas e deixei na sua última gaveta da última vez que passei aqui.

- E quando foi isso? - perguntei estarrecida.

- Ontem. - ela disse com sua voz sumindo o que indicava que ela entrara no banheiro.

Eu peguei a taça de vinho e virei em um gole só, mas não parecia suficiente então eu enchi mais uma vez a taça, algo me dizia que não importa o quanto eu bebesse, nunca seria o suficiente, eu fiquei com receio de uma ressaca por causa da minha ideia de continuar bebendo a noite toda, mas eu talvez morresse logo, era melhor eu beber um bom vinho antes que fosse tarde demais.

Quando Bella saiu do banho eu já ia para minha quarta taça e já estava com a visão turva, mas isso não me impediu de ver Bella com uma calcinha e uma camiseta larga. Ela estava enxugando os cabelos na toalha e vindo em minha direção. Deus! Aquilo era muito sexy.

- Espero que não esteja muito bêbada, precisamos conversar. - Ela colocou a toalha no encosto da cadeira e sentou pegando sua taça abandonada para colocar o resto do vinho que sobrara da garrafa. Ela me olhou inquisidora com a garrafa vazia nas mãos.

- Tem mais de onde veio essa. - disse com a voz embargada, então ela se levantou e foi em busca de outra garrafa no armário.

- Quer conversar? - perguntou ela se sentando.

- Por que fez aquilo? Foi tão cruel.

- Eu sei, eu sinto muito.

- Sente muito? É isso que tem para me dizer? - eu funguei um possível choro.

- É Lia, eu sinto muito. Eu não sei como lidar com você, eu sempre fui boa em decifrar qualquer pessoa, sempre tiver o relacionamento que eu bem quisesse,eu não precisava de tentar entender nada, mas com você é diferente, parece que não tenho efeito algum sobre você.

- Não tem efeito algum? Eu tremo toda vez que você me toca, isso é não ter efeito algum? - eu me arrependi assim que as palavras saíram da minha boca e o sorriso de canto de boca da Bella só piorava tudo.

- Treme é? - sussurrou ela.

- Ah! Não começa. - disse olhando para taça de vinho acusadoramente, eu nunca falaria aquilo se não tivesse zonza com o efeito do vinho, ou falaria?

Bella aproveitou a deixa para colocar mais uma taça de vinho para mim e eu soube então que a intenção dela sempre fora essa, me embriagar para que eu me abrisse. Droga! Bella.

- O que eu quero dizer é que foi a maior estupidez o que você fez, só estragou tudo, eu estava pensando que você era uma vadia que ficava com todas as mulheres em sua volta.

Bella me encarou enrugando a testa.

- Talvez você tenha bebido vinho demais. - disse puxando minha taça para si.

- Você não é minha mãe para ficar mandando em mim. - eu recolhi de volta a taça para mim e tomei um bom gole em desafio a mandona à frente.

- Eu sinto muito.

- Você só sabe dizer isso?

- O que quer que eu diga?

Nós nos encaramos por um longo momento e fagulhas elétricas pareciam dançar entre nós.

- Eu não sei, disse por fim tentando dissipar aquela energia enervante entre nós.

- Vem! Vou te por na cama, chega de bebidas por hoje. - Bella me mostrou sua mão para que eu pudesse apoiar, mas eu fui forte e usei toda minha energia para andar sozinha até o quarto, não ia dar o gosto para ela, eu podia muito bem me virar sozinha.

- Eu cansei de você Bella.

- Eu sei. - disse uma Bella cansada de brigar ao meu lado.

Eu estava a passos lentos e senti o corpo de Bella ao meu lado, perto demais, já estava no quarto quando resolvi acelerar o passo e tropecei nas minhas próprias pernas, Bella me seguro, mas foi tarde demais e ambas caímos na cama. Bella estava em cima de mim e sua respiração estava alta, nós nos encaramos e ela pegou um cacho do meu cabelo para acariciar,existia uma energia estática no toque dela depositando doses de leves choques pela minha pele e meu cabelo e meu braço se arrepiou com seu toque.

- Eu sinto muito. - O hálito de vinho da sua boca marejou meus olhos e eu me senti perdida nos olhos dela que agora estavam negros.

- Para de dizer isso. - sussurrei.

- Eu não quero nem pensar em como te machuquei, passo o dia te protegendo de tudo e todos e acabei te machucando mais que qualquer um.

- Nem foi tão assim. - comecei a dizer, mas então não sei o que deu em mim eu agarrei os cabelos úmidos de Bella e a beijei com um desespero agonizante e ela correspondeu segurando minha cintura e aprofundando ainda mais nosso beijo.

Bella deslizou uma mão para baixo do meu shorts de dormir e acariciou meus cabelos com a outra, eu senti um arrepio percorrer meu corpo e ela deve ter percebido porque parou de me beijar para me olhar.

- Você quer isso? - disse ela com a voz embargada.

- Cala a boca. - eu a puxei para mais perto e ela deu uma gargalhada enquanto se aproximava do meu ouvido, então pude sentir lufadas de ar na minha orelha me deixando ainda mais mole. Ela percebeu o efeito que isso causou e então beijou devagar minha orelha passando a língua de cima até embaixo pelo contorno. Ela abandonou a orelha jogando leves lufadas de ar fazendo eu me contorcer em excitação e me deixando vulnerável, seguiu com a boca para o meu pescoço e o beijou com pausas tão longas que eu sofria a cada pausa. Bella se levantou de repente de cima de mim e eu a olhei com pesar.

- Calma, só vou tirar sua blusa, ela está atrapalhando. - ela disse com um sorriso no rosto.

Eu levantei minhas costas da cama para ajudá-la a tirar minha blusa enquanto uma excitação bagunçava meus sentimentos dentro de mim. Eu queria muito ela e isso me espantou mais do que eu esperava.

- O que você está pensando? - Bella perguntou enquanto tirava minha blusa muito devagar.

- Em como a sua blusa também está atrapalhando. - sussurrei muito timidamente.

Bella sorriu e tirou sua camiseta larga com seu sorriso malicioso e incrivelmente apaixonante. Eu nunca tive um relacionamento de verdade, então minhas experiências eram ridículas, tive apenas um namorado e quase nunca íamos para cama e quando íamos era um tédio. Bella por outro lado sabia exatamente o que estava fazendo e sabia exatamente o que eu parecia querer também, como se meu corpo conversasse com ela me deixando de lado apenas para admirar as sensações.

Bella encostou sua boca nos meus cabelos e respirou forte para sentir meu cheiro.

- Você tem um cheiro bom. - Seu corpo colou no meu e eu senti um fogo subir por todo o corpo e me desnortear.

Ela voltou a me beijar e agora era mais forte, mais quente, mais necessitado. Ela desceu novamente no meu pescoço e parou nos meus seios o abocanhando com uma vontade absoluta e então ela retraiu sua boca até puxar o meu mamilo e me fazer gemer com aquela dor leve e prazerosa, ela foi até o outro seio e fez a mesma coisa só que por mais tempo e meus mamilos ficaram muito sensíveis e doloridos, quando ela parou e desceu até meu umbigo, eu senti ondas de prazer com o vento batendo nos meus seios de tão sensíveis que ficaram ela rodeou meu umbigo deixando-o molhado e tirou meu shorts com uma técnica impressionante. Bella me deu vários beijos leves na virilha e então eu senti sua língua passear através do meu clitóris e meu corpo arqueou em resposta ao seu toque repentino. Sua língua era ágil e habilidosa e tocava em lugares que eu jamais imaginara causar tanto prazer. Eu senti um calor desumano e parecia insuportável de agüentar, então eu arqueei de novo e minhas pernas tremeram em resposta do orgasmo que se formava, meus músculos se retraíram e meus olhos giraram em sua orbitas quando as ondas de prazer pareciam ficar insustentáveis e começarem a se tornar uma leve dor eu senti elas diminuírem até uma leve sensação de prazer com um cansaço descomunal que jamais tinha sentido em toda minha vida. Eu não tinha notado, mas estive com minhas unhas fincadas no ombro de Bella o tempo todo e de repente uma vergonha absurda invadiu minha mente e eu coloquei as mãos no rosto.

- Que foi? - disse Bella com uma voz doce que eu nunca tinha ouvido antes.

- Nada. Eu só. - eu abanei a cabeça e fiquei em silêncio, então senti a língua da Bella no mesmo lugar novamente, eu me retrai com o choque que deu.

- Não Bella, por favor, de novo não. - disse choramingando, eu realmente não aguentaria outra dessas.

Bella não se importou em me escutar, ela segurou forte minhas pernas e recomeçou com sua língua calma e lentamente quase como uma tortura e eu já não tinha mais capacidade de impedi-la.

Acordei com o sol no rosto, um cheiro de café recém passado e pão fresco, eu nunca acordava com o sol no rosto era estranho quando algo fugia da rotina logo de manhã, alguém mexera na cortina? Com tantas pessoas invadindo meu apartamento eu não duvidaria. Me mexi na cama para sentar e senti uma leve pontada de dor nas pernas, com a dor a nuvem que bloqueava minha mente de funcionar se dissipou e uma terrível compreensão explodiu em minha mente.

Bella!

A noite anterior invadiu meus pensamentos e me fez torcer com todas as forças que Bella já tivesse ido embora, eu tomei o resto de coragem que me sobrara e fui para a cozinha fazer a vistoria da casa, o que obviamente foi uma péssima ideia.

- Bom dia flor do dia. - Bella estava colocando o café da manhã na mesa e parecia incrível, se não fosse pelo fato dela estar ali esperando que algo saísse da minha boca.

- Bom dia! - resmunguei me sentando na cadeira mais próxima de onde eu viera.

- Uau! Você parece mal humorada. Quer café? - Bella colocou café em uma caneca e deixou a minha frente antes que eu pudesse responder algo.

- Uau! Você parece feliz pela manhã, que milagre ocorreu, parece uma espécie de "se eu fosse você"? - resmunguei.

Bella me encarou respondendo a pergunta com os olhos, me fazendo arrepender de tê-la feito no mesmo instante.

- O que quer fazer a respeito? - Bella se inclinou para tomar café da sua caneca sem tirar os olhos de mim com toda sua nova voz sexy, bom pelo menos era nova para mim.

- Quero chamar Júlia e Luana para começarmos o quanto antes.

- Talvez não seja uma boa ideia.

- Isso nunca foi problema para você.

Bella engasgou com o café derramando por toda sua camiseta larga e começou a se limpar com a toalha de mesa.

- Acho que não estamos falando da mesma coisa.

- Do que acha que estamos falando Bella?

- Das atividades de hoje, - Bella me encarava como se eu fosse responde-la com os olhos, então a encarei em dúvida antes dela continuar, - que obviamente envolvem a Júlia e a Luana. - Bella parecia falar em câmera lenta e eu estava quase jogando minha caneca na cabeça dela para ver se voltava a funcionar.

- Quero achar a localização do mapa que achamos ontem.

- O Mapa, claro!

- O mapa - repeti com uma ruga de interrogação.

- E o Zeke?

- O que tem ele?

- Não quer que ele vá?

- Não sei Bella, ele pareceu bem transtornado da última vez, preciso de informações se tiver alguém no local e o Ezequiel é do tipo que atira primeiro e pergunta depois.

Talvez. - disse Bella pensativa enquanto pegava o celular em cima da mesa para ligar para alguém.

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