23 - quando você começa um novo ciclo

Oi torcedores dos
Wildcats, não esqueçam o votinho
por favor e leiam os avisos finais

Boa leitura.

#jikookbasquete

Park Jimin

🏀
Uma semana depois

Havia se passado uma semana desde a conversa que tive com meu tio em Busan, e também desde que encontrei o pai de Jungkook naquele hotel inteiramente por eventualidade. Durante esse tempo, o Jeon mais velho não se associou em nada que envolvesse Jungkook e, segundo ele, o homem evitou qualquer conversa por mais de cinco segundos e por conseguinte fugiu sem deixar seu filho dizer tudo o que queria.

Talvez tivesse vergonha do que ele havia falado em Busan, especialmente porque ele sabia que eu havia contado a Jungkook tudo o que havia ocorrido lá, mas ele não tinha escolha, Jungkook teria que conversar com ele o mais rápido possível, principalmente porque Park Jaehwan estava a caminho de Seul.

Os dias que se passaram foram o suficiente para que eu arrumasse tudo na minha antiga casa, e deixasse separado para a mudança que aconteceria em breve. Esse período foi o suficiente para que eu conhecesse melhor o irmão do meu pai, pois ele fazia questão de me ligar e conversar comigo durante a madrugada inteira, para me conte sobre a sua vida, seus hobbies, seus filhos, e também suas paixões, e isso incluía o Jeon Chae-won.

Jungkook dormiu ao meu lado por todo esse tempo se recusando a me deixar sozinho, ele aproveitou para me relatar seus planos sobre emancipação e a mudança para a casa de sua avó, coisa que verdadeiramente me surpreendeu. Ele estava mesmo determinado a abandonar todo o luxo e até mesmo os seus pais para ficar comigo, precisei de uns dias para digerir essa ideia, mas logo o abracei enquanto estávamos deitados para que soubesse que o apoiaria em qualquer decisão.

Nesse instante, estava ao lado de Seokjin e Yoongi que me ajudavam a enfardar as últimas coisas sem nenhuma paciência. Reclamando de dores nas costas e preguiça, coisa que era completamente corriqueiro todos os dias na escola. Hoje era o dia da mudança, e também o dia que Jungkook iria conversar com os seus pais, tinha absoluta convicção de que no fim do dia já teríamos resposta do que iria suceder daqui para frente, e ainda eram oito da manhã.

— Yoongi está arrumando isso igual ao cu dele — ouvi Seokjin protestar conforme encaixotavamos a louça. — Tira essa gata daqui antes que eu coloque ela dentro de uma caixa! — ele resmungou tendo o animalzinho mordendo seu dedão do pé parecendo entusiasmado. 

— Deixe minha filha aí, você está muito birrento hoje — Yoongi chegou à mesma conclusão que eu. — Posso saber o que o Namjoon fez? — ele cruzou os braços esperando que ele explicasse.

— Vou me mudar para o apartamento amanhã, e a ideia inicial era que fossemos juntos. Ficaria melhor em tal grau para mim, já que é próximo da faculdade que pretendo estudar, quanto para Yeonjun visto que a escola que vamos colocá-lo fica ao lado. contudo até agora ele não arrumou nada, está tudo bagunçado na casa dele e ele simplesmente não se mexe. Os pais dele sumiram a tempos, não dão as caras nem para saber como estão os filhos, então não tem nada que o prenda lá, será que ele não quer ir? — ele suspirou um tanto esgotado.

— Você mesmo disse que ele só faz as coisas em cima da hora, Jin, possivelmente ele comece a se organizar hoje a noite — tentei tranquilizá-lo. — Ou até mesmo amanhã na hora, você sabe que ele é doido por ti, não faz sentido ele desistir agora.

— Concordo — Yoongi afirmou.

Meu amigo deu os ombros e resolveu que não tocaria mais no assunto, acabamos deixando isso passar pois sabíamos que iria ser acertado em algum momento.

— Taehyung colocou o nome do cachorro de Yeontan — Yoongi comentou após um tempo em silêncio. — Ele é apegado a hidra, e passa o dia correndo de um lado para o outro, juro que vou enlouquecer.

— Você e Hoseok estão passando muito tempo na casa dele — comentei e o vi sorrir largo. — Estão morando lá e não me contaram?

— Não estamos, só ficamos bastante porque os pais dele vivem viajando e ele acaba ficando sozinho, mas quando estão lá, Taehyung vai para a minha casa.

— Vocês estão praticamente morando juntos, só que em casas diferentes — Seokjin comentou. — Quando não estão na casa do Taehyung, estão na sua casa. Quando não estão na sua casa, estão na do Hoseok, por deus, vocês têm três casas.

— É raro irmos para a casa de Hoseok, a família dele não sai tanto assim. E como sou o único que mora sozinho, a maioria das vezes estamos por lá.

— O pedido de namoro já veio? — perguntei curioso.

— Não foi um pedido de namoro, foi mais um "vamos experimentar fazer dar certo''? Porém achei bonitinho, acho que vale a pena tentar antes de passar para o próximo nível.

— Concordo — Seokjin falou sorrindo. — E você, Jimin? Jungkook pediu?

— Ele brinca às vezes, mas acho que devemos persistir mais um pouco. Quero que quando o pedido chegar, nós estejamos livres para vivermos o que quiser.

— Fofo — Yoongi fingiu limpar as lágrimas. — E o Namjoon?

— Ele anda pisando em ovos — novamente ele deu os ombros. — Mas sei que ele me quer, não posso duvidar do que ele sente por mim.

— Exatamente, até porque isso é bem claro, ele só tem olhos pra você — falei conforme o via sorrir.

— Eu sei — ele respirou fundo voltando a me auxiliar com as embalagens. — Só espero que ele me fale isso logo.

Após nossa conversa o sossego se instalou e resolvemos dar continuidade com a mudança, as roupas foram separadas e tudo o que eu efetivamente precisava foi encaixotado. Agora era só dar adeus à vida antiga, e abrir os braços para a nova, tinha convicção que a saudade diminuiria e que a minha avó estava contente com a minha escolha.

E os meus pais igualmente.

Jeon Jungkook
🏀

A mansão estava silenciosa e o único estrondo que eu conseguia capturar era da mala sendo puxada pela escada conforme descia em passos lentos, o dia estava apenas no começo e eu tinha plena asserção de que a decisão que eu havia tomado não iria agradar os meus pais.

Deixei o objeto pesado próximo aos meus pés quando decidi tomar fôlego, e notei que no cômodo ao lado, sentado no sofá despojadamente, o meu pai tomava uma taça de vinho sem a participação da minha mãe. Coisa que eu já deveria esperar, afinal, ele não havia declarado a Jimin que iria se separar e iniciar um novo relacionamento? Ridículo, nem ao menos escondeu que aquele casamento havia sido uma grande mentira.

Hipócrita.

— Precisamos conversar — ouvi sua voz grave ecoar pela divisa da casa e revirei os olhos sabendo que não poderíamos mais esgueirar daquela conversa. Não havia contado os meus planos de ir residir com a minha avó, muito menos o lance da emancipação. Foda-se, ele não agia como o meu pai de qualquer forma.

— Sim, eu concordo — suspirei decidindo ir até onde ele estava, para findar com aquilo de uma vez, meus passos foram longos até abandonar na sala próximo a biblioteca, odiei o odor de álcool que ele emanava, mas não disse nada quando sentei no sofá cândido de frente a ele — Se estiver embriagado, deixa pra' próxima.

— Não estou — ele me olhou por longos segundos — Quem começa?

— Você.

— Tudo bem — ele virou a taça de vinho que estava em sua mão, e deixou a peça de vidro em cima da mesa de centro, antes de bater nas próprias coxas como encorajamento e começar a falar. — Quando eu e a sua mãe nos conhecemos não foi bem aquilo que esperava. Fizeram a minha cabeça em um convento que você sabe que o seu avô me colocou, para não dizer prendeu. Eu achava que eu iria encontrar com ela dentro da cabana que estávamos, no meio da floresta em um acampamento, e iríamos fazer amor para que pudesse nos consumar o noivado antes mesmo do próprio casório. Uma das freiras me contou que aquilo não era habitual, a fornicação é um pecado mortal, mas o meu pai havia pago bastante dinheiro para que todos ficassem calados até mesmo os pais dela. No entanto, eu chorei a noite inteira naquele dia.

— Chorou?

— Sim — ele engoliu árido apertando os dedos através da inquietação, coisa que eu também fazia às vezes — Eu não conseguia tocá-la, e aquilo me desencadeou uma crise de pânico. Achei que ela ia rir de mim, que ela iria me entregar para os meus pais dizendo que eu estava danificado, porém ela me abraçou a noite inteira e acalentou o meu choro sofrido, eu não chorava apenas por aquela circunstância forçada, mas também por ter sido tirado da pessoa que eu tanto amava — seus olhos encontraram os meus e ele procurava talvez alguma surpresa, mas eu já imaginava que ele tocaria naquele tópico — Naquela noite eu descobrir que a sua mãe estava mais propensa a ser a minha amiga, do que qualquer outra coisa. Eu estava absolutamente sozinho, não existia nem sequer um amigo com quem eu pudesse conversar, não existia saídas, escapatórias, rotas de subterfúgio, nada me tiraria de dentro daquele casamento forçado.

Ele segurou a garrafa de vinho que estava próximo a taça deixada anteriormente na plataforma de vidro, e começou a enchê-la com precaução, me deixando um tanto apreensivo.

— Depois de alguns dias naquele inferno que me colocaram, a sua mãe decidiu casar-se comigo mesmo sabendo de tudo sobre a minha história. Ela poderia ter me desprezado e exposto a realidade para os pais dela. Que eu estava apaixonado por um homem e que o meu pai havia me prendido com estranhos, esperando que existisse uma cura milagrosa para os meus sentimentos. Todavia ela não fez, ao invés disso me ouviu chorar todas as noites durante um ano inteiro, sem me sentenciar, sem me chamar de fraco, sem fazer piadas em relação ao que eu sentia, sem me discriminar, ela definitivamente foi a minha amiga — um sorriso sem humor brotou em seus lábios — E então nos casamos prometendo um ao outro fidelidade, respeito, companheirismo, tudo que ela merecia por ter aberto mão de sua felicidade para viver presa em um casamento que todos sabiam que não ia dar certo. Ela me pediu somente uma coisa em troca..

— O quê? — esperei ansioso a resposta.

— Ela me pediu para que se um dia eu viesse a reencontrar o meu amor do passado, tentasse novamente e não o deixasse escapar. contudo, que fosse franco e contasse para ela, porque ela não queria se sentir responsável por uma separação que não a dizia respeito.

— Ela se culpou no passado?

— Sim, mas não foi culpa dela — ele foi rápido em defendê-la — Passei anos dizendo para ela que a culpa foi inteiramente minha, que desistir fácil demais, que me consentir viver em meio a uma família que só queria me demolir. Não a sua avó que jamais chegou a apoiar diretamente às condições onde seu avô me destratava, mas ela também nunca chegou a fazer nada para me salvar, e é por isso que eu guardo tanto rancor em relação aos dois.

— E o Park Jaehwan?

— Durante bom tempo procurei saber sobre a sua vida, na época não existia recursos como internet, celular, portanto volta e meia eu pagava algum detetive, buscava algum parente que pudesse dar notícias, mas chegou um momento em que tudo parou. Foi quando a sua mãe ficou grávida de você.

— Eu fui o maior desacerto da sua vida, estou sabendo — tentei não soar tão ressentido, mas não funcionou.

— Não fale assim, deixe eu terminar — ele não negou e eu revirei os olhos me acomodando melhor no sofá — Na noite em que nos deitamos juntos pela primeira ocasião, nós estávamos bêbados, ela havia me contado que também estava apaixonada por alguém quando foi forçada a se casar comigo, então gargalhamos como se aquilo fosse uma piada. Rimos abundantemente das nossas próprias dores, e no fim do dia, acabamos na cama nos arrependendo na manhã seguinte — ele pegou a bebida em mãos e tomou uma grande porção, voltando a atenção para mim — Eu pedi desculpas e ela também, juramos que não iria mais acontecer e não aconteceu. Mas aí dois meses depois começaram os enjôos, os vômitos frequentes e as azias que nenhum médico conseguia controlar.

— Eu no útero: mó' paz — brinquei o vendo sorrir pela primeira vez na existência.

— O exame indicou que ela estava grávida e no mesmo instante a surpresa nos invadiu. Seu avô que ainda estava vivo ficou extasiado com a notícia, sua avó nem se fala, ela é louca por você até hoje. Sua mãe demorou a aceitar aquele fato, mas logo começou os preparativos para sua chegada, coisa que eu também fiz, até descobrir que você era um menino.

— Eu sou ainda, né? — bufei pela sua fala.

— Não me corrija — ele grunhiu e voltou a falar um tanto mais rude — Não era novidade que eu queria uma menina, já havia falado para todos que eu tinha convicção que seria. E quando recebi a notícia, a primeira coisa que senti foi instabilidade por saber e ter plena certeza de que eu não seria um bom pai. Eu sei que parece cômico o fato de que eu conseguiria se fosse uma garota, mas um garoto? Ah, sim, você seria como uma lembrança constante de quem eu jamais poderia ser. Prometi que tentaria, e tentei, cuidei de você com afeto, ternura, e sua mãe sabe disso, temos inúmeros álbuns de família que mostram isso. Mas aí, você foi crescendo, foi pedindo bonecas e vestidos, foi querendo brincar com meninas e não com seus amiguinhos, foi começando a dar pinta exageradamente e eu-

— Velho, eu era uma criança!

— Uma criança gay, Jungkook, ou você acha que eu comecei a gostar do Park Jaehwan do nada? Eu sempre soube que eu gostava de meninos! Desde a minha pré adolescência eu tinha certeza disso!

Me calei defronte de sua afirmação pois sabia que não era hora de contrariar, e eu estava curioso para saber o resto, deixei com que ele continuasse.

— A partir daquele acontecimento eu não fui eu mesmo, deixei a raiva me alcançar e fiquei o máximo possível fora de casa. Foi quando contratamos babás e a maioria das vezes que estávamos juntos, eu escondia os seus brinquedos, deixando você jogando bola ou outro esporte que eu julgasse certo para você. Não me orgulho disso, admito, estou aqui para te relatar isso se é a realidade que você quer.

— Continue — resmunguei cruzando as pernas.

— Quando você chegou na pré-adolescência a transformação foi nítida, passou a andar com Taehyung, Namjoon e Hoseok, e aí eu pensei que não precisava mais me incomodar com as coisas que eu notava quando você era mais novo. então, você surge com o basquete parecendo que adivinhava as coisas que me irritavam.

— Fiquei sabendo que o teu carinha lá é dono de um time de basquete famoso no Japão, mó' daora — pisquei para o velho e ele ficou de cara amarrada como se fosse me assassinar.

— Eu estou tentando te contar tudo, Jungkook.

— Não quero saber disso aí, quero saber da minha vida, não entende? O que isso tudo tem a ver com o fato de que você foi um puta pai egoísta do caralho? Ter inveja do seu próprio filho é o cúmulo da imundice.

— Eu sei — ele resmungou voltando a tomar o conteúdo da taça — Não estou aqui para me martirizar ou nada disso, sei que você está chateado e está na sua razão, porém eu queria que você soubesse que até agora eu fui um puta pai egoísta do caralho porque tudo que eu amava foi tirado de mim. Não só o Jaehwan, mas a minha liberdade, as minhas próprias vontades, até mesmo os meus medos eu não tinha direito de sentir, como poderia ser um bom pai dessa forma? Eu nunca aprendi como ser pai porque o meu pai não era aquilo que eu julgava certo.

— E fez o mesmo comigo — relembrei.

— Fiz, droga! — ele ficou de pé deixando a taça na mesa — Me desculpe!

— Nossa — minha boca se abriu em surpresa — Quase acreditei que esse teatro inteiro não era somente para voltar com o Park, e dizer que você fez o que ele pediu!

— Mas que droga, Jungkook, o que você quer para me perdoar? Eu sei que errei, mas eu estou tentando reparar as coisas.

— Onde está a mamãe? — minha pergunta o surpreendeu.

— Na casa dos seus avós maternos, ela pediu uns dias para se acostumar com a ideia do divórcio.

— Ela te ama? — o vi fechar os olhos buscando possivelmente a resposta, mas eu sabia qual era de qualquer maneira.

— Nosso casamento não foi um casamento feliz, foi apenas negócios — ele voltou a se sentar, se jogando no sofá. Vestia pela primeira vez na vida uma roupa que não era algo parecido com um terno — Ela ama você, por mim, ela só sente pena.

O silêncio se instalou por alguns bons segundos e meus olhos varreram por alguns instantes o cômodo onde nós estávamos. Eu tentava focar no assunto inicial que era minha emancipação e a minha ida para casa da minha avó. Minha cabeça trabalhava em prol do perdão, comecei a pensar em como eu me sentiria se o Jimin fosse realmente arrancado de mim da forma que ele pretendia fazer, eu me tornaria uma pessoa ruim por isso? A resposta era clara.

— Eu entendo a sua dor e respeito isso — comecei a falar tendo a sua atenção sobre mim — Mas você tem noção do quanto eu precisei de você? — seus olhos se estreitaram e ele abriu a boca para falar algo, mas eu fui mais rápido — Tem noção do quanto eu quis um pai presente, do quanto eu me senti perdido quando descobri que gostava de um garoto? Você me ensinou que isso era errado, me ensinou a me sentir sujo somente com esse pensamento.

— Eu sei — o levou ambas as mãos ao rosto parecendo atordoado — Eu sinto muito por isso, eu estava sendo o maior hipócrita de todos os tempos.

— E agora eu devo te perdoar e fingir que nada aconteceu? — minha voz saiu mais quebrada do que eu gostaria — Dezenove anos de solidão, deveria desculpar isso em cinco minutos? — ele voltou a me olhar angustiado e aquilo só me fez sentir mais raiva — Eu posso pressentir que essa sua atuação é apenas para impressionar o Jaehwan, você não vai me enganar!

— O que eu posso fazer para provar que eu decidi mudar? — seus olhos brilharam de uma forma confusa e eu pude jurar que ele estava prestes a chorar — Diga, Jungkook, o que você quer?

— Ser livre — fiquei de pé e apertei os punhos, buscava coragem para fazer o que a minha avó pediu — Quero ser emancipado, e também, estou anunciando que vou morar com a minha avó. Não estou pedindo autorização, estou avisando apenas por consideração. Dê-me isso e eu desapareço da sua vida, sem mais conversa.

— É isso que você quer? — ele se arrumou no sofá com uma fisionomia indecifrável.

— Sim, é — sorri sem humor e ele balançou a cabeça em concordância.

— Tudo bem, vou conversar com a sua mãe e entramos em contato com a sua avó para acertar os detalhes.

— Ótimo — sorri vitorioso e comecei a andar até a escada onde havia deixado minha mala, pude ouvir passos atrás de mim e soube que ele me seguia pelo caminho — Já conversamos, não precisa me levar até a porta.

— Jimin pediu para que eu te dissesse uma coisa — meus passos pararam antes que pudesse de fato chegar até meus pertences, fechei as mãos em punho, odiava me sentir frágil daquela forma — Posso falar?

— Fale.

— Ele sabia que você provavelmente ficaria chateado comigo e sairia da forma que está saindo agora, então ele me pediu para te recordar, que ele te deu uma segunda chance de mudar — apertei o olhos com força sabendo que aquilo era a mais pura verdade — "Diga-o que por mais que as pessoas a nossa volta dissesse que era errado e que ele jamais mudaria, eu não retrocedi. Sabia que ele era capaz de tal mudança, e arrisquei quando ninguém mais acreditou. Talvez ele demore um pouco para perdoar, mas o lembre que o perdão ele é construído aos poucos, e eu estarei ao lado dele para ajudá-lo nesse caminho" — ele finalizou, fazendo com que eu me virasse subitamente.

— Ele disse isso no hotel?

— Sim, antes que eu pudesse ir embora.

Suspirei um tanto atordoado e passei ambas as mãos no rosto tentando absorver o que foi dito, Jimin era o único que poderia odiar o meu pai mais do que eu, mas ele parecia propício ao perdão.

— Ele parece mais com o tio, do que eu imaginava — seus olhos estavam fixos no chão e ele parecia tentar lidar com a situação — Eu verdadeiramente estou sendo sincero em relação as minhas desculpas, não é porque quero impressionar o Jaehwan, eu só refleti bastante nesses últimos dias a ponto de não conseguir dormir à noite. Eu revivi todos esses anos em minha memória tentando encontrar uma forma de dizer que sinto muito, mas descobri que não existe uma forma correta de fazer isso, então apenas estou sendo franco.

— Se eu te absolver, o que vou ganhar com isso? — pisquei duro quando notei que as lágrimas queriam me inundar — Vai me entupir de dinheiro como sempre faz? Isso não paga a sua ausência!

— Serei um pai melhor — ele se aproximou e me segurou pelos ombros um tanto atormentado visto que seus olhos estavam dilatados — Deixe-me tentar de novo, eu prometo que tentarei fazer tudo da forma correta.

— Não prometa o que não pode cumprir!

— Eu posso fazer isso, Jungkook, eu só preciso que confie em mim.

Suas mãos tremiam um pouco conforme ele me segurava acanhado, temia que pudesse efetivamente estar falando a verdade, mas aquilo era angustiante demais para poder acreditar. Confiar em alguém que passou a vida inteira me tratando como lixo era deveras improvável, quase impossível, quais as chances dele estar realmente falando a verdade? Não tinha como saber.

— Sabia que Chanyeol me drogou?

— O quê? — seus olhos dobraram de tamanho e ele deu dois passos para trás parecendo efetivamente perplexo.

— Ele entrou aqui dentro com a sua ajuda, e colocou algo no meu suco. Quando acordei, estava desorientado e sonolento, me sentindo pesado e cansado. Descobri depois que ele fez isso para tirar fotos nossas enquanto eu dormia, fez vídeos e deitou sem roupa comigo na cama porque sabia que Jimin estava chegando e nos pegaria.

— Ele pegou vocês?

— Sim — dei os ombros parecendo alheio — Ele não acreditou em mim de início, mas sabia que não era algo que eu faria.

— Ele acreditou em você.. — Chaewon apertou os olhos parecendo confuso, eu também ficaria se soubesse de toda aquela história bizarra — O que ele fez com as fotos e vídeos?

— Divulgou na escola, você não soube? Estou admirado, você sabe de tudo incessantemente. Ele tentou me envergonhar, mas aquilo não fez nem cócegas. Jimin acreditava em mim, e não era ele que iria fazer aquilo mudar.

— Isso é crime — ele resmungou um pouco bravo.

— Sim, eu sei. Não me surpreende você ter se aproximado dele, parabéns pela performance bosta, não deu certo.

— Eu não tive nada a ver com isso, Jungkook — ele se defendeu parecendo revoltado pela acusação — Estava viajando e ele me ligou pedindo acesso livre a casa, então eu perguntei o que ele iria fazer e ele não quis contar. Claro, agora entendo a razão, mas disse que faria você se separar de Jimin, então eu apenas concordei. Não sabia que ele iria tão longe dessa forma, não autorizei ele te dopar, isso é extremo demais.

— Ele é apaixonado por mim, segundo fontes. Você achou que ele iria me separar do Jimin, e depois? — minha pergunta o chocou — Iria ter que lidar com ele do mesmo jeito, qual o sentido? Taemin estava com ele o tempo inteiro nessa merda toda, sabe a vontade que eu senti de te socar? Passei noites tentando compreender o porquê de você não me deixar em paz!

— Jungkook, eu não sei mais o que você quer que eu diga. Eu te disse que estava sendo mesquinho e hipócrita, me desculpe.

— Te desculpo e depois? — falei mais alto o fazendo recuar um pouco — Vamos sentar à mesa e comer juntos como uma família feliz de comercial de margarina? Eu ainda vou ser bissexual! Eu ainda vou gostar do Jimin, eu ainda vou deitar com ele, namorar com ele, casar com ele e ter uma vida feliz com direito a filhos e cachorros, o que você vai fazer em relação a isso, hum? Vai me mandar para longe?

— Não, eu não vou — senti o peso na sua voz e ele de fato parecia cansado — Eu vou estar fazendo o mesmo com o Jaehwan.

— E a minha mãe? — grunhi enraivecido — Você feliz e ela na merda?

— Ela estava na merda comigo, você não entende? Parece que estamos em círculos, Jungkook. Sua mãe está melhor sem mim!

— Pois eu também! — respondi grosso deixando-o notar a minha chateação — Vou embora e não ouse ir atrás de mim, a melhor coisa que você faz é trazer o Park para morar aqui com você, assim ele também pode deixar eu e o Jimin em paz.

— Não vai morar com ele, Jeon, nem terminaram o ensino médio ainda. Termine os estudos e fique com a sua avó, as coisas irão se ajustar aos poucos.

— Foda-se, isso não é da sua conta. Eu encontrei o meu próprio tempo, papai.

Segui até a minha mala que estava atrás de mim e dei passos até que estivesse fora daquele lugar onde passei toda a minha existência, foi difícil quando peguei o táxi e deixei a casa sem olhar para trás, mas eu me sentia mais vivo do que nunca. Me sentia livre apesar de que as palavras dele rondavam a minha mente, ninguém mentira tão bem, não é? Ele verdadeiramente estava determinado a mudar?

Meus pensamentos foram tomados pelo barulho do SMS que havia recebido naquele momento, e não fiquei admirado quando vi quem era, apenas sorri, me sentindo encorajado a prosseguir.

Meu doce 😻:

Acabei de chegar no apartamento do Jaehwan e estamos arrumando tudo bonitinho, sei que hoje é um dia de mudanças para nós dois, então queria que soubesse que tenho muito orgulho de você. Não sei como serão os nossos dias daqui para frente, mas sei que ficará tudo bem se estivermos juntos. Eu te amo, meu Jungkook. Para sempre, seu doce. ❤️ 11:30am.

Park Jimin
🏀


Passava das quatro horas da tarde quando eu e o meu tio terminando de organizar tudo no apartamento, ele se sentou no sofá — ao meu lado — e colocou uma lata de refrigerante na minha frente, eu recebi agradecendo em seguida e o silêncio se apossou do cômodo nos deixando um pouco desconfortáveis.

Ele havia recebido uma ligação do pai do Jungkook a poucas horas pedindo para encontrá-lo, segundo ele, estava tudo resolvido com o seu filho. O divórcio iria sair alguns dias, ele estava sozinho na mansão, e tudo parecia bem por hora, coisa que eu não acreditava nem por um segundo.

Jungkook não havia me respondido mais cedo, não havia oferecido vestígio de vida e muito menos me ligado, coisa que não era corriqueiro. Eu sabia que ele precisava de tempo depois de descobrir que haviam conversado e também, para se acomodar na casa de sua avó, mas aquele silêncio todo estava me deixando receoso e não havia nada que eu pudesse fazer.

Abri a lata de refrigerante e tomei um gole generoso tentando descobrir o que iria fazer para encontrá-lo, óbvio que eu não iria aparecer do nada na casa da avó dele que eu nem conhecia, mas se não tivesse outro jeito o plano seria precisamente esse.

— Está tudo bem? — a voz do meu tio me tirou dos meus devaneios.

— Estou preocupado com o Jungkook, ele ainda não ligou — suspirei um tanto frustrado.

— Imaginei que ele apareceria hoje por aqui, quero muito conhecê-lo.

— Também gostaria — sorri limitado com sua confissão — Mas acho que não seria adequado agora, o casamento dos pais dele acabou e o senhor..

— É setenta por cento responsável — ele completou — Eu sei.

Park Jaehwan parecia um tanto triste com isso e era de se esperar que ficasse assim. Queria poder dizer que ele não tinha culpa e que o amor não se escolhe, mas eu tinha certeza de que ele já sabia disso, todavia ainda assim, uma separação era muito dolorosa.

— Você acha que ele vai me abominar? — sua pergunta me fez olhá-lo imediatamente — O seu namorado, no caso.

— Ele ainda não é meu namorado — respondi sentindo minhas bochechas arderem — Mas eu acredito que a raiva dele não seja direcionada a você, Jungkook passou por muita coisa sozinho e é por isso que estou preocupado.

— Deveria falar com ele ainda hoje, sabe? Convidá-lo para sair, tomar um sorvete, ir ao cinema. Aproveitem a liberdade de vocês — ele me encorajou deixando a latinha de refrigerante em cima da mesa de centro, só para segurar a minha mão enquanto falava  — Eu sei que quer dar espaço, eu entendo. Mas neste momento não é bom que ele fique sozinho, faça-o sorrir, se sentir vivo. Você é o único que pode fazer isso, porque ele te ama, e esse é o sentimento mais belo que existe — sua mão apertou a minha e eu sorri permitindo-me relaxar pela primeira vez no dia — Não entendo a ligação que temos desde quando nos vimos, mas sempre vejo o seu pai em você e tenho certeza que isso é algo que ele te diria, minnie. Tenho orgulho de você e da sua coragem, você é um garoto bom e não está sozinho. Jungkook precisa de você agora, espere algumas horas e deixe a noite cair. Será bom para você também, suas semanas foram complicadas e estar com ele te fará bem, você verá.

— Vai se encontrar com o Jeon? — minha pergunta fez ele sorrir.

— Será a primeira vez que eu me sentirei confortável com ele, já que ele está oficialmente sozinho.

— Quer que eu durma fora? — ele negou rapidamente — Posso ficar no Yoongi, ou com o Seokjin hyung..

— Irei encontrá-lo na casa dele e não aqui — ele refutou — Você pode trazer o Jungkook para cá no fim da noite, talvez eu durma por lá.

— Você acredita mesmo na mudança dele, não é? — vi seu sorriso morrer aos poucos, e logo ele soltou o ar parecendo amuado.

— Preciso acreditar nisso porque eu ainda o amo Jimin. Assim como você acreditou no Jungkook, eu acredito que ele possa sim mudar e ter uma segunda chance. Todos merecem isso. Nós conversamos e ele sabe que eu estou disposto a tentar novamente, porém dessa vez eu não quero mentiras e muito menos falsidade.

— Se passaram anos e você ainda.. quer dizer, faz um bom tempo — pisquei um tanto desordenado e ele sorriu grande deixando os olhos formarem dois risquinhos igual a mim.

— O amor nunca morre, sobrinho.

E eu tinha certeza que era verdade, pois eu queria que o meu amor por Jungkook durasse perpetuamente.

[...]

Quando anoiteceu, o meu tio saiu para seu encontro me deixando sozinho no meio do nosso novo apartamento. Jungkook ainda não havia dado as caras e nem respondido as minhas mensagens, o que me deixava integralmente preocupado.

Me joguei no sofá após tomar banho e liguei a tv na tentativa frágil de me distrair, mas dos dez pensamentos que tinha, nove eram sobre Jungkook e aquilo não estava me ajudando a ficar calmo.

Por isso me assustei quando ouvi a campainha tocando e logo me levantei no susto, imaginava que deveria ser Jaehwan que esqueceu alguma coisa, então não me dei ao trabalho de vestir uma camisa e fui usando apenas uma bermuda leve. Meu cabelo ainda estava um tanto molhado mas o clima estava agradável, por isso segurei a maçaneta de vez e logo comecei a falar..

— Esqueceu alguma coisa-

— Oi meu doce — seu sorriso colossal me atingiu em cheio.

— Jungkook? — franzir o cenho notando que ele estava sem camisa e totalmente suado — Onde você estava enfiado? Eu fiquei preocupado!

— Treinando — ele deu os ombros ainda sorrindo — Esqueceu que eu jogo basquete, lindo? — o capitão lançou uma piscadela e se aproximou de mim, deixando um beijo na minha testa e entrando sem cerimônias.

— Jeon Jungkook, isso na sua sobrancelha é um piercing? — fechei a porta e me virei notando que ele estava parado me olhando com os braços cruzados frente ao corpo.

— Sim, gostou? Segundo fontes, estou uma delícia.

— Posso saber que fontes são essas? — cruzei os braços também e o vi dar alguns passos para frente até que estivesse mais próximo — Não me venha com esse seu olhar sedutor, estou falando sério aqui.

— Está com ciúmes, meu bem? Ora, não precisa dessas coisas. Eu amo você, e você sabe disso.

Seu sorriso cafajeste e sua sobrancelha arqueada me deixavam com borboletas no estômago, seus braços tatuados completamente fechados e serendipity próximo a sua clavícula, me atraia como o inferno e ele sabia bem disso.

— Não é ciúmes, só estou curioso.. — revirei os olhos e quebrei a distância que faltava, minhas mãos seguraram em seus braços fortes e ele foi rápido em ceder espaço me segurando pela cintura — Realmente está um grande gostoso.

— Gostoso e seu, não sei quem é mais sortudo.

Sorri, deixando com que ele me abraçasse, meu corpo frio pelo banho recente me fez sentir uma sensação gostosa pelo calor que ele emanava. Não me importei em tê-lo em meus braços, sabia que aqui era o melhor lugar para ele estar.

— Como foi o seu dia? — seus lábios deixaram um beijo molhado em meu pescoço — Estava louco para sentir seu cheiro.

— Foi cansativo e tranquilo, mas eu soube que o seu foi bem mais agitado.. — tentei soar o mais despreocupado possível, mas ele me olhou de imediato com um semblante confuso.

— Como soube?

— Meu tio — subi as minhas mãos pelos seus ombros e as enrosquei em seu pescoço — Está tudo bem? Como foi com o seu pai?

— Ele se desculpou e disse que estava tentando mudar, só que.. — ele pausou parecendo inseguro — Foi tão repentino.

— A sua mudança também, Jungkookie, e ainda assim, eu acreditei que você faria a coisa certa — deixei um selar rápido em seus lábios e ele sorriu me apertando mais contra seu corpo.

— Eu sei, e eu te amo ainda mais por isso — ele retribuiu o beijo, tão rápido quanto o que eu havia dado — Mas as situações são diferentes.

— Eu sei — o puxei para mim e novamente o abracei sabendo que ele precisava de tempo, descansei meu queixo em seu ombro e seus braços me apertaram ainda mais — Não me deixe sem notícias, eu quase bati na casa da sua avó.

— Jura? — sua risadinha frouxa me fez sorrir — Queria muito ter visto isso.

— Ei! Eu sou o destemido do relacionamento, você se cagava inteiro perto da minha avó!

— Calúnia — ele deixou uma mordida no meu ombro e eu bati em seu braço deixando um sorriso escapar — Eu sempre fui confiante, você sabe, bonito e gostoso assim, impossível não ser.

— Realmente.. — murmurei baixinho de propósito e ele tencionou o meu corpo para cima, fazendo-me enroscar as pernas em sua cintura. Suas mãos encaixaram na minha bunda e seus olhos buscaram os meus — Que mania feia de me colocar no colo, Jeon galinha Jungkook, é fetiche?

— Não posso ser galinha, quando sou seu — ele se virou comigo nos braços e caminhou em meio a sala parecendo procurar algo — Agora diga-me senhor certinho, onde fica o aposento nessa bagaça?

— Posso saber o que vai fazer comigo, capitão?

— Estava pensando em… — ele parou próximo ao sofá com seu semblante pensativo e me olhou por um breve instante — Chupar o seu pau até você gozar na minha boca, é estímulo suficiente para você dizer onde fica, doçura?

— Hum.. — levei a mão ao queixo e me fiz de desentendido — Talvez, Jeon, mas preciso de uma amostra grátis. Você sabe, só acredito sentindo.

— Gosto de você atrevido assim — ele beijou o meu peitoral exposto e passou os lábios delicadamente até estar próximo o suficiente do meu mamilo — Se eu passar a língua aqui, o que acontece?

— Bom.. — mordi o lábio pela ansiedade — Você vai chupar e meu corpo vai se arrepiar inteiro, e aí, minha virilha vai pinicar até que o meu pau esteja duro roçando no seu estômago.

— Ahn, entendi — ele sorriu ainda com a boca na minha pele, seu ar quente me deixava excitado e a ideia de tê-lo inaugurando a minha nova cama me fazia me submeter completamente — Estava nos seus planos dormir comigo hoje, senhor Park? Não estou vendo o seu tio por aqui..

— Ele saiu — passei as mãos pelo seu cabelo os colocando para trás — E sim, estava nos meus planos. Queria te levar ao cinema hoje, ou sair para comer alguma coisa.

— Ou poderíamos deitar na sua cama e foder a noite inteira sem intervalo, depois, comeríamos porcaria e veríamos algum filme aleatório na tv.. — sua língua tocou em minha derme e foi lentamente até a minha pele rosada e sensível, deixando uma mordida no bico durinho que se arrepiava — Diga sim, eu sei que você quer.

Joguei a cabeça para trás quando senti seus braços me empurrarem um pouquinho para baixo a fim de me fazer sentir seu membro rijo próximo a minha bunda, foi inevitável gemer baixinho quando ele sugou meu mamilo violentamente fazendo uma corrente de prazer tomar o meu corpo inteiro.

— Jungkookie.. não seja assim, preciso saber se você está bem e-

— Me faça sentir bem, amor, eu preciso de você..

Seus olhos buscaram os meus e eu deixei um beijo na ponta do seu nariz, minhas mãos acariciaram as suas bochechas e ele permanecia sério deixando seus olhos brilhantes falarem mais que palavras.

— Segunda porta à direita no corredor — sussurrei rente aos seus lábios — Me leva para a cama, Jeon.

Ele sorriu e não tardou a caminhar comigo no colo até estarmos de frente ao meu quarto.

🏀

hey hey you you

cheguei mais cedo do que o previsto, como estão?

Basquete está quase batendo 300k e eu vou preparar alguma coisa até lá, obrigada por toda a assistência e até breve.

Love u

❤️

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