Capítulo XXVIII

Hey, com muita honra e orgulho, anuncio que estamos no penúltimo capítulo desta história.

Sim, quem diria que eu chegaria numa história de quase trinta capítulos e com um bom enredo? Nunca imaginei que chegaria a isso.

Portanto, arrumaremos a nossas bagagens e pegaremos nossas tralhas e em breve, estaremos em uma nova aventura.

Ah... Antes que eu me esqueça, gracias por ter lido até aqui ❤ Gracias a ti.

Desejo a vocês, uma boa leitura

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Um dia triste e sombrio finalmente amanheceu no bairro monótono de Noah. Onde o frio e a neve dominava toda a região, fazendo com que o clima de natal ficasse bem vivo. Porém, o nosso capítulo de hoje se concentra em um jovem rapaz de 25 anos que está deitado em sua cama, onde não conseguiu dormir nem sequer um pouquinho. O rapaz se encontra acordado desde o dia em que fora preso, fazendo dele agora, um completo zumbi. Ele tentara várias vezes se animar, porém, não conseguia e sempre se lembrava de Peggy ou Elena, além disso, Zinavoy se julgava dizendo que ele fora o culpado de tudo, até mesmo da morte de Peggy. Mas na verdade, ele apenas esqueceu ela. Segundo eu, o autor desta história.

O jovem havia se levantado e por conta da falta de sono, tentou – algumas vezes – cair no sono. Mas falhava com bastante frequência. Não havia comunicado à ninguém sobre a partida de Elena, por isso, nenhum dos seus amigos visitaram ele naquele dia. Mais tarde, estava deitado sobre o chão da sala e observava o teto, até que sentiu um pouco de sono e cochilou.


“Noah andava rapidamente pela rua, em direção a jovem que estava de costas e com uma certa felicidade, o doutor finalmente chegou ao lado dela. Suponho que você já saiba quem é. Se você disse Elena, você acertou. Era ela, a bailarina espanhola de Barcelona. Com um grande sorriso, ele a abraçou, porém, ela recusou.

— O que houve querida? — Noah perguntou confuso. — O que estás acontecendo?

Ela desfez o sorriso do rosto e  encarou os seus olhos.

— Desculpe Noah! Não posso te abraçar! — Ela deu um passo para trás. — Não posso!

Noah ficou confuso.

— Mas porque? Não pode? Porquê?

As questões dele eram muitas, mas havia uma única resposta.

— Você mentiu para mim! — Elena disse. — Você mentiu para mim.

Noah abaixou a cabeça.

— Desculpe, Noah! — Ela deu outro passo para trás. — Não posso ficar com você! Perdoe-me.

O doutor levantou a cabeça com os olhos marejados.

— Adeus!

Segundos depois, Elena virou-se de costas para ele e seguiu caminhando calmamente. Enquanto o doutor, chorava e chorava. Porém, ela mais alguns passos e logo – assim como uma fumaça – desapareceu, deixando o doutor aos prantos.”

Ele acabou despertando bruscamente sentando-se no chão. Noah suava bastante e sua respiração era muito ofegante, levou a mão na testa e fechou os olhos. Recordou-se do sonho e sussurrou o nome de Elena. Certamente, ele ainda continuava apaixonado por ela, mas ela havia deixado o mesmo por conta da mentira que ele não contou para a mesma. Depois de se acalmar mais um pouco, ele deitou-se de costas e fitou o teto. Aparentando estar muito longe em seus próprios pensamentos. Até que se lembrou da sua vida em Liverpool, recordou-se do consultório, da enfermeira Jessop, do teatro Berkshire, onde vira Elena pela primeira vez e percebeu que antes de conhecer a bailarina, a sua vida era completamente tediosa. Até que ele ouviu três batidas na porta, com uma certa cautela, ele levantou-se calmamente e seguiu até a porta, olhou pelo olho mágico e logo abriu a mesma. Se deparando com Stanley do outro da mesma.

— Olá Noah! Como estás? — Stan sorriu. — Onde está Elena?

Houve alguns segundos de silêncio, até que Stan percebeu que os olhos de Noah estavam cheios de lágrimas e o doutor abraçou o jovem. Que não entendeu nada.

— Stan, ela foi embora e me deixou! — ele se afastou do rapaz em lágrimas. — Eu não consigo superar isso! Porquê? Porquê ela foi embora e me deixou? Porquê?

Em seguida, Noah caiu em choro e foi abraçado por Stanley, que decidiu entrar e tentar acalmar o doutor. Já dentro de casa, o rapaz decide fazer um chá para o doutor e assim se fez. O jovem Talmage pediu para que Zinavoy explicasse tudo e então, depois de algumas palavras e lágrimas, Stan acabou tendo uma única solução para ele superar a partida da espanhola.

— Noah, você precisa esquecer ela e de todos os seus problemas! — O rapaz encarou o doutor a sua frente. — Você precisa ficar longe de tudo que te lembra de Elena! De tudo mesmo!

Noah pensou e pensou.

— Mas como? Como irei fazer isso?

— Meu pai tem uma propriedade no final dessa rua. Sabe aquela casa no alto da colina no fim da rua? — Stan indagou e Noah assentiu. — É de meu pai, como ele já partiu, eu posso lhe emprestar a mesma para você descansar de tudo o que passou. Está bem?

— Está bem. Mas quem cuidará de minha casa?

Stan sorriu.

— Eu posso cuidar dela! — Stanley respondeu. — Portanto, arrume as suas malas e amanhã eu estarei vindo lhe buscar. Certo?

— Certo!

O rapaz mais novo assentiu.

[...]


O dia estava radiante, o sol reinava no alto do céu e a temperatura estava excelente para fazer um piquenique no parque. Enquanto isso, na casa do jovem Zinavoy, o mesmo – com uma certa tristeza – se despede do lar que abrigou ele por alguns dias. Com apenas uma única mala nas mãos, ele observa bem a residência e diz adeus. Em seguida, o táxi em que se encontra Stanley chega e estaciona em frente a residência, onde Noah entrou e eles segue rumando o final da rua, onde há uma bela casa em que o doutor poderá descansar.

— Creio que você irá gostar, Noah! — Stan disse com um sorriso no rosto. — Há um belo jardim florido, móveis em perfeito estado e uma bela vista do bairro.

Noah abriu um sorriso fraco.

— Assim eu espero, Stan!

Em seguida, o táxi deixa a rua pavimentada e segue calmamente pela estrada de terra. O automóvel segue subindo a colina e terá o destino no topo da mesma, que logo chegou e parou. Com calma e tranquilidade, Noah desceu e observou todo o local, até que levou os seus olhos ao portão principal da casa. Com receio, deu um passo a frente, observou e observou, depois virou-se em direção ao jovem Talmage. Em seguida, o táxi fez uma manobra e se retirou rapidamente dali, deixando apenas o doutor e o jovem ali.

— Então, chegamos! — Ele sorriu. — Esta será a sua nova morada por alguns dias, até que você tenha descansado o bastante. Está bem?

Noah assentiu.

— Agora vamos!

Em seguida, eles atravessaram o portão e um belo jardim se mostrou, havia flores bem cuidadas e de diversas cores, mas na maioria eram brancas, vermelhas e amarelas. Além das flores, borboletas se mostravam com bastante frequência, incluindo até mesmo, algumas lagartinhas que estavam comendo algumas folhas de um arbusto, além de umas que se encontravam no gramado. Além de tudo isso, havia alguns flocos de neve pousados em todos os lugares, fazendo aquilo ser um lugar muito mágico e lindo. Aquilo era um perfeito paraíso de descanso para Noah. O doutor observou aquele jardim com o mesmo sorriso fraco que havia aparecido alguns segundos antes, logo depois, levou os olhos até a casa, que aparentava estar velha e caindo aos pedaços.

— Essa casa tem quantos anos, Stan?

O rapaz pensou e pensou.

— Segundo o meu pai, ela tem cerca de 50 anos. — Stanley olhou para a casa. — Fora construída quando ele tinha cinco anos!

Noah assentiu.

— Mas não precisa se preocupar, ela está em perfeito estado e não há traças!

— Está bem!

Stanley sorriu novamente.

— Agora vamos entrar! — ele convidou. — Preciso lhe mostrar o resto da casa e do quintal!

Em seguida, eles adentraram na casa, empurraram a porta de madeira e adentraram no cômodo escuro e frio. Era a sala de estar, um cômodo muito simples, tinha uma poltrona, um sofá de dois lugares, uma estante com alguns livros velhos e uma lareira. Stanley acendeu um lampião e decidiu acender também a lareira – pois estava começando a esfriar. O jovem Talmage levou o doutor para outro cômodo na parte de cima da casa, onde havia um quarto simples, que tinha uma cama perto da janela, um armário de roupas e uma cômoda perto da cama. Depois, eles seguiram para a cozinha, onde tinha um fogão e um aquecedor – sinal de que lá fazia bastante frio. Alguns minutos depois, eles voltaram para a sala, onde se sentaram um na poltrona e outro no sofá.

— Esta casa é realmente um belíssimo lugar de descanso, Stan! — Noah sorriu. — Espero poder descansar em paz aqui.

— Não se preocupe, Noah! — Stanley disse. — Aqui você não será incomodado com ninguém. Pode fazer o que quiser aqui, pois ninguém irá lhe incomodar!

— Está bem!

Stanley sorriu.

— Bom, deixe-me ir ou pegarei essa tempestade de neve que se aproxima. — Talmage se levantou da poltrona. — Noah, tenha um ótimo descanso e daqui a dez dias, eu virei te visitar. Certo?

— Certo. Obrigado Stan!

— Não há de quê, Zina! — Stanley seguiu em direção a porta. — Até daqui a dez dias.

— Até!

Stan se retirou rapidamente dali. O doutor britânico se viu agora sozinho naquela casa, caminhou em direção a lareira e esfregou suas mãos uma na outra, a fim de esquentar as mesmas. Depois, ele retirou a sua roupa e decidiu tomar um banho, logo após, vestiu uma roupa bem quente e desfez a mala, onde colocou as roupas no armário. Já havia anoitecido, quando Noah fez uma sopa bem quente e tomou a mesma, logo depois, seguiu até a janela do seu quarto e observou as luzes das casas do bairro, onde tentou não se recordar de Elena. Ele acabou falhando.

A fim de esquecer a espanhola, ele deitou-se na cama e pegou o seu livro que se chamava “A Criatura dos Sonhos”. Passou alguns minutos lendo a obra de Carroll e quando estava na página de número dez, os seus olhos começaram a ficar pesados e ele cochilou.


“Noah estava deitado na cama, quando sentiu algo sentando-se ao seu lado. Ele abriu os olhos e lá estava ela, parada em sua frente e tinha um sorriso fraco no rosto. Ela era Elena, que com uma vestimenta de anjo apareceu para o doutor britânico. Ele levantou-se e ela também. Olhou no fundo dos olhos dela e sorriu fraco.

— Você está bem, Noah?

— Estou bem. — Ele estranhou. — Mas porque perguntou?

Elena desfez o sorriso do rosto e abaixou o olhar para as mãos dele. Não se sabe como aquilo veio parar ali, mas na mão da espanhola tinha um pequeno espelho.

— Olhe para as suas mãos!

Ele olhou e encarou as mesmas, elas pareciam estar pobres e sua pele aparentava desmanchar.

— O que está acontecendo com minhas mãos? — Noah perguntou assustado.

— Eu não sei. — Ela esboçou uma expressão de assustada. — Mas olhe o seu rosto.

Elena entregou o espelho para o doutor, com um certo receio e medo, ele levou o espelho até uma altura em que era possível ver o seu rosto. Quando viu, ele tomou um susto, pois o seu rosto não tinha mais expressão e nem se quer pele, ele havia virado uma completa caveira e um grito fora efeituado por Noah.”


Noah despertou bruscamente, ele estava completamente ofegante e suava bastante. Sentou-se sobre a cama e começou a desabotoar os botões da camisa em desespero, retirou a mesma e encarou o seu peitoral e abdômen. Onde certificou-se de que também não havia sido corroído junto com a pele. Soltou um suspiro de alívio e deitou de volta na cama, onde fitou o teto por alguns minutos. Depois, ele seguiu até a janela, onde ficou observando as luzes das casas do bairro.

Porém, Noah descobriu de que havia pegado algum tipo de resfriado e logo sentiu o seu nariz ficar entupido, além de uma leve dor de cabeça. Não se passava das quatro e meia da manhã, quando Noah viu a neve cair novamente sobre o jardim florido – porém, estava começando a ficar triste e sombrio.

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