XVI
[não revisado]
Jimin P.O.V
Minha cabeça estava como se vários elefante tivessem pisado em cima, e sambado por ao menos uma hora, olhei ao meu redor vendo Jungkook dirigindo, eu estava no banco da frente ao lado dele.
- Puta que pariu, minha cabeça. - Falei sentindo minha voz rouca. - Ainda tá de noite? Que horas são?
- Cinco e meia, vai amanhecer já já. - Jin falou atrás de mim.
- Minha nossa. - Senti o gosto amargo em minha boca, me arrepiando. - Que gosto horrível.
- Você vomitou duas vezes, mas o Jin lhe fez companhia. - Sidney falou me fazendo ficar totalmente vermelho de vergonha.
- Olha, eu vomitei uma vez somente, tome tento. - Jin respondeu fazendo careta. - Você quer água?
- Não, muito obrigada. - Falei olhando para o lado, Jungkook estava calado. - Você tá muito quieto, Jungkook.
- Deixa, ele tá com raiva porque me viu dançar com o Stuart. - Jin falou virando o rosto para a janela.
- O irmão da Jade? Que bonitinho, o Jungkook está com ciúmes. - Falei rindo fraco.
- Eu não estou com ciúmes, só que aquele pentelho tava dançando com as mãos na sua cintura, que coisa feia, você é muito novo para isso. - O Jeon parecia uma criança quase fazendo bico.
- Vamos falar então de você dançando eroticamente com Jimin? - Jin falou me fazendo quase engasgar com o ar.
- Bora trocar de assunto? A bebida da festa estava muito boa né? - Falei tentando não virar o centro da conversa.
- Eu e Jimin não dançamos eroticamente. - Jungkook falou com o cenho franzido.
- Meu Deus. - Coloquei a mão no rosto sentindo o mesmo ficar quente.
- Dançaram sim, parecia não estar no meio de várias pessoas. - Jin me olhou e apontou para mim. - Você, nem tente fugir do assunto não.
- Que assunto? Por Dios, ele só me ensinou a Dançar, Seokjin. - Jungkook parou o carro no sinal vermelho e virou para olhar Jin. - E chega dessa conversa.
O garoto cruzou os braços apenas fazendo uma cara feia.
Na verdade, quando dancei com jungkook no começo era super inocente, juro, mas quando senti suas mãos quentes apertarem minha cintura, foi como se eu tivesse saindo de órbita, tudo que meu cérebro fazia era ficar em vermelho.
- Chegamos, Jin, entrega a mochila de Jimin. - Jungkook fala.
O Kim me entrega minha mochila, logo beijei sua bochecha em despedida.
- Tchaul gente, obrigada. - Me despedí de Jungkook e Sid, logo saindo do carro.
Andei em passos leves até a entrada da minha casa escutando algumas vozes altas, franzi o cenho pegando a minha chave logo abrindo a porta. Fui até a sala de jantar dando de cara com dois branquelos gigantes.
- Meu Deus. - Falei fazendo todas as cabeça virarem em minha direção.
- Priminho! - Chiara foi a primeira a falar abrindo seus braços e correndo até mim, logo me apertando em um abraço não recíproco.
Ela era uns dois palmos maior do que eu, seus olhos eram de um tom tão azul que talvez perdessem para o céu no dia mais ensolarado, seus cabelos estavam com tinta branca, tornando seu visual mais único ainda.
- Solte o garoto Chiara, não vê que está deixando ele desconfortável? - Cosimo falou, fazendo sua irmã me soltar.
Cosimo era somente dois dedos mais alto que a irmã, porém ele era tão lindo que talvez sua altura fosse um charme, tudo em si parecia com sua irmã, menos o corpo, que era com certeza de alguém que malhava.
- Olá Jimin, muito tempo não? - Ele mostrou sua mão, com intenção de que eu a apertasse, o sotaque de ambos era notável.
- Poderia ter sido mais. - Falei quase em um sussurro e pego em sua mão sorrindo falso.
- A gente estava ajeitando a mesa para a merenda, aliás Jimin, qual motivo desse glitter todo? - Minha mãe pergunta me fazendo parar por alguns minutos pensando em como sair daquela situação.
Ainda bem que eu tinha curso em "cara de pau".
- O Jin tava testando umas maquiagens em mim, aí aproveitei e me arrumei para ele tirar umas fotos. - Falei sorrindo.
- Entendo, o pastor perguntou de você, estavam perguntando quando vai novamente para os cultos. - Mamãe falou me fazendo revirar os olhos.
- Minha nossa, isso não é hora de tentar me enlouquecer mamãe, vou tomar meu banho.
Sai da sala de jantar indo direto para meu quarto, que ao ter sua porta aberta me deu o cheiro privilegiado de um local que não recebe ar a tempos, e o mofo a qualquer momento tomaria de conta.
- Puta que pariu, ninguém abre a porta desse quarto não? - Falei como se eu não trancasse o local a sete chaves, logo indo até a janela deixando o ar puro entrar.
Logo tirei meu sapatos sentindo meus dedos finalmente pararem de ser brutalmente apertados, em seguida tirei minha blusa olhando para a janela.
Se fosse outros tempos, minha janela estaria aberta, porém, sabendo que alguém iria vim até ela, Nicolas, com certeza.
E de repente, o filtro de felicidade que havia em meus olhos sumiu, e tudo virou azul.
Me levantando com muita dificuldade, fui até o banheiro e me olhei no espelho, deplorável, era como eu me sentia.
Eu não sabia o que estava acontecendo, mas estava acontecendo algo.
Cosimo P.O.V
Ser um aluno novo já era algo difícil, porém, ser o aluno novo, em um novo país, com novas pessoas e uma nova cultura, era algo mil vezes pior. Mesmo estando na casa de familiares, tudo era insuportável de difícil, ainda mais quando visivelmente os familiares se sentiam visivelmente incomodados com sua presença.
Se possível eu não estaria nem mesmo aqui, mamãe falava mal horrores de titia Hellen, dizia que ela era uma fanática religiosa, e que, provavelmente Jimin ser doente da cabeça, era culpa dela, claro, isso não é algo legal para se falar do sobrinho, mas mamãe nunca gostou de verdade do Jimin.
Quando Jimin foi internado, papai teve que quase força-la a ajudar o garoto, algo bem sem noção na verdade, mas eu nunca disse que minha mãe era a certa.
Talvez nem tenha uma pessoa certa.
- Você acha que vai ser muito ruim? - Chiara pergunta enquanto me olhava pentear meus cabelos de coloração branca.
- A gente não dorme direito a horas, vamos ter aula até quase de tarde, nosso primo nos odeia, e nosso inglês é horrível, acho que vai ser o melhor dia da minha vida. - Falei sarcástico vendo a garota finalmente desmanchar a cara de coitadinha que havia segurado dês de que chegou.
Ela queria que titia gostasse de nós logo de cara, então ficou todo o vôo tentando achar formas para nos entrosarmos, e acabou descobrindo da pior forma, que seu jeito não ajudava muito em fazer as pessoas gostarem de nós.
Ele era insuportável.
- Você quer que eu lhe receba afogando sua cabeça naquele vaso sanitário? - Aí estava, minha irmã sem nenhum filtro.
- Se isso fosse me matar e não me fazer ir pra escola, eu ficaria muito feliz na verdade. - Respondi sorrindo sarcásticamente para ela.
- Então é seu dia de sorte, estou quase fazendo isso.
- Você fica bem menos assustadora quando não força um sorriso, parece uma psicopata.
- Eu estou tentando fazer titia não ter raiva de nós como ela tem da mamãe.
- Ela so tem raiva da mamãe porque nossa mãe não acredita em Deus e é bruxa praticante.
- Eu acho que pode tá mais ligado a ela ser escrota.
- Não chame a mamãe de escrota.
- Cala a boca, eu sou mais velha.
- Vocês estão brigando? - Escuto a voz de nossa tia, me fazendo rapidamente olhar para a porta, percebendo automaticamente que estávamos falando em russo bem alto.
- Ah, não titia, é só a intonação do nosso idioma que parece que estamos brigando. - Chiara falou com um sorriso extremamente forçado.
- Ah, venham comer, está quase na hora do ônibus passar. - Ela falou fazendo que eu sorrisse.
- Já estamos indo. - Chiara falou, a mulher somente confirmou com a cabeça e saiu de nossas vistas.
- Comportados, ok? - Perguntei vendo minha gêmea baixinha somente confirmar.
Fomos até a sala de jantar nos sentando perto um do outro.
- Não, Jimin senta aí. - Jake, meu tio, falou comigo quando estava quase me sentando na cadeira ao seu lado.
- E ele não pode somente sentar em outra? - Perguntei levantando uma das sobrancelhas, já vendo Chiara me olhar de modo repreensivo.
- Não, ele tem toc, então se alguém sentar na cadeira dele tenha certeza, ele vai saber e não vai de jeito nenhum conseguir comer em outro local. - O homem continuou falando, me fazendo tentar não revirar os olhos, e apenas sentar na cadeira do lado.
Começamos a nos servi e comer, sem ao menos pensar na hora, até que já estava no momento de sair e Jimin não havia nem aparecido para merendar.
Quando faltava somente alguns minutos para sairmos, Jimin apareceu. A feição de Jimin estava totalmente diferente de como havíamos visto antes, parecia de alguém triste, não somente triste, mas havia algo que não consegui explicar.
- Vamos, se não iremos nos atrasar. - Ele falou fazendo titia franzir os cenhos.
- Você não irar comer? Não pode ficar de barriga vazia. - Ela perguntou.
- Eu compro algo nas máquinas da escola mamãe, o ônibus está perto de chegar, vamos logo tico e teco. - Ele disse me fazendo o olhar espantado.
"Ele havia nos chamado de tico e teco?"
Nós éramos russos mas não éramos caipiras que não sabiam o que é uma TV, sei muito bem o que é tico e teco, e não havia gostado nada daquele apelido.
-
Jin P.O.V
A escola estava lotada, cheia de alunos que eu nunca tinha visto na vida, gente de todo tipo de pais diferente, estava quase enlouquecendo.
- Olha alí, Jin, o Jimin! - Taehyung falou me puxando para perto de Jimin, que estava com duas pessoas gigantes ao seu lado, os dois muito brancos.
- Jimin! - Fui até ele logo pondo meu braço em volta do seu pescoço.
Mas ele não sorriu como sempre fazia ao me ver, ele ao menos esboçou alguma feição, ele estava completamente estranho, algo havia acontecido e eu não sabia o que era, seus olhos ao menos estavam brilhantes.
- Aconteceu alguma coisa? Você está estranho, Jimin-ssi. - Taehyung falou olhando fixamente o garoto.
- Estou, eh... Esses são meus primos que eu disse que iriam vim, Chiara e Cosimo. - Ele falou me fazendo olhar para eles.
- Prazer, eu sou o SeokJin, e esse é meu irmão, Taehyung. - Falei vendo Chiara sorrir animada.
- É um prazer conhecê-los. - A garota disse com o sotaque pesado.
- Você é muito bonita. - Tae falou com os olhos quase brilhantes.
- Obrigada garotinho. - Ela falou em seguida parecendo querer sorrir, porém, de um modo estranho.
- Você devia parar com isso, está parecendo uma psicopata. - Jimin falou com a voz arrastada, fazendo a sua prima voltar a ficar séria.
O sinal toca fazendo nos cinco nos olharmos
- Aula de cálculo avançado. - Falei vendo Jimin revirar os olhos.
- Droga! Química. - Ele falou parecendo chateado.
- Química. - Chiara falou olhando para o irmão, como se estivesse desesperada para que a aula dele fosse a mesma.
- Não mesmo, educação física. - Ele falou vendo a irmã arregalar os olhos assustada.
- Bem eu sou do nono ano, então vocês não iriam mesmo está na minha sala. - Tae falou dando de ombros.
Jimin P.O.V
Meus olhos passavam por toda a escola lotada, tudo parecia que estava em câmera lenta, nada real para mim.
- Primo, você está bem? - Chiara perguntou me olhando com uma feição preocupada, era a primeira vez que não via seu rosto forçando alguma expressão.
- Estou, eu só... Não sei, acho que preciso ir ao banheiro. - Falei me sentando na cadeira e pondo a mochila no chão, vendo minha prima sentar na cadeira do lado.
- Licença, eu sento aí. - Olhei para cima vendo Jade com uma saia quase micro e um gloss na mão, enquanto mascava um chiclete de cheiro forte e enjoento.
- Perdão? - Chiara disse com uma das sobrancelhas levantadas.
- Isso mesmo deportada, cai fora. - Jade inflou seu peito balançando um pouco a cabeça.
Jade era estadunidense, para ser mais específica, do Texas, porém, sua família era metade mexicana, então toda a cultura latina corría em seu sangue, e naquele momento dava para se ver bem.
O que Jade não esperava, era que mesmo com um salto que a deixava minimamente alta, Chiara era uma russa de um metro e setenta e pouco centímetros, que amava esfregar o rosto de qualquer um na parede. A russa se levantou mostrando ser bem mais alta que Jade, que arregalou um pouco os olhos, mas não se deixou abalar pela altura de minha prima.
- Nossa, mas vocês são chatas em, Jade, essa é a Chiara, minha prima lembra? - Falei vendo Jade finalmente se desarmar sorrindo animada.
- Meu Deus, ela é a russa? Eu pensei que não viriam para cá! - Jade falou pondo um sorriso nos lábios, logo sentando na mesa de Chiara. - Seu cabelo é lindo!
- E você parece falsa. - Minha prima disse levantando uma das sobrancelhas.
- Relaxa, ela é assim com todo mundo. - Falei, Chiara deu de ombros ajeitando seus longos cabelos brancos.
- Aliás Jimin, amanhã é teu aniversário, o que deveríamos fazer? - Jade diz animada me fazendo somente revirar os olhos.
- Eu não ligo muito, na verdade, talvez eu só saia com Jin e seus irmãos por conta do aniversário de Jungkook ser no mesmo dia que o meu. - Falei vendo Jade quase por seus olhos para fora e segurar minhas mãos com um pouco de dificuldade, já que sua bunda ocupava o lugar onde deviam está o caderno da minha prima.
- Você disse que amanhã é o aniversário do Jungkook? Por qual motivo não me contou antes? Eu preciso pensar em algo para dar a ele. - Ela falou olhando para cima. - Deus, se eu conseguir sentar naquele homem eu juro que vou no acampamento da igreja com Yuto.
- Você vai levar uma surra do Jin, isso sim, garota ele não é estadounidense não, e outra, ele tem um irmão latino, pra você apanhar é dois palitos.
- Eu também sou latina querido, quer dizer, eu não sei mais falar muito bem espanhol, e a maior parte da minha família vem do Texas, mas mesmo assim, acho que consigo lidar com um pequeno irmão. - A garota dos olhos azuis e cabelos castanhos disse.
Tentei não prestar atenção mais na garota ou em qualquer investida dela sobre Jungkook, já estava ficando sem paciência e com muita dor de cabeça, e sua voz enjoativa não ajudava em nada.
- Não é mesmo, Jimin? - Escutei alguém me chamando, fazendo-me me olhar Chiara.
- Desculpe? - Falei voltando a realidade.
- A classe, tem muitas pessoas de países diferentes.
- Ah! Deve ser porque eles falam inglês, normalmente os intercambistas que são fluentes em inglês ficam em salas mistas.
- Eles ganharam adesivo com a bandeira do país, por que não tenho também? - Chiara me olhou com o cenho franzido.
- Você não pegou, mas não se preocupe, vocês serão obrigados a fazer um clube para o país que vinheram, aí você pega seu adesivo de bandeira. - Digo com um sorriso sarcástico.
- Você tá mais azedo que o normal, Jimin, tá tudo bem? - Jade fala me fazendo olhar para ela.
Não, na verdade não estava tudo bem, talvez o tanto de droga que usei não tenha se dado bem com meus remédios, ou as bebidas de procedência duvidosa que tomei, ou até mesmo minha mente que parecia está jogando contra mim, me fazendo lembrar direto da dança com jungkook, e o quanto sou um merda por ter feito aquilo quando a família de Nicolas estavam em um luto sem fim.
- Só estou com dor de cabeça. - Falei fazendo a garota somente dar de ombros me olhando quase preocupada.
- Bom dia, gente, e bem vindos aos alunos novos. - O professor de química disse pondo sua bolsa em cima da mesa.
-
- Olha, Jimin! - Chiara apareceu com uma pequena bandeira da Rússia em suas mãos, me fazendo pensar como ela havia conseguido aquilo.
- Você realmente foi atrás de uma bandeira. - Jade disse com um sorriso.
- Havia acabado às que ficam na blusa, então peguei essa, e eu entrei no clube dos russos. - Ela disse, pela primeira vez com um sorriso verdadeiro.
- A escola obriga a gente a entrar, na verdade. - Cosimo apareceu atrás da irmã com os braços cruzados.
- E também vocês são obrigados a fazer ao menos uma reunião na semana. - Acrescentei vendo o garoto desanimar mais.
- Vocês também não tem um clube? - Chiara pergunta olhando para mim e Jade.
- A gente depois fica com um de vocês, igual um um bixinho de estimação. - Falei com um sorriso sarcástico.
- Para disso Jimin, não é bem assim, a gente em algum momento recebe uma dupla para ajudar no resto do ano, a direção diz que somos "ajudantes do bem", mas eu acho super brega, prefiro como colocamos. - Jade fala.
- E como vocês chamam? - Cosimo pergunta com uma de suas sobrancelhas levantada.
- Ajudantes dos imigrantes. - Ela fala me fazendo rir fraco por um momento.
- Isso é terrível. - Jin apareceu derepente me fazendo grudar nele, quase como se o garoto fosse um ímã e eu um pequeno ferro.
- O que é terrível? - Perguntei abraçando o braço alheio.
- Eu achei um clube dos coreanos, acho que devíamos fazer uma petição para eles voltarem a Coréia. - O Kim disse me fazendo rir.
- Já é difícil com somente três dentro da escola, imagine com mais. - Falei vendo ele confirmar em desespero com a cabeça.
- Que drama, o que pode acontecer de ruim? - Chiara diz me fazendo pensar em ao menos cinquenta coisas de ruim que podiam acontecer.
- Não sei se você sabe, mas coreanos normalmente fazem um bullying fodido, as vezes podem ser piores que americanos. - Jin disse me fazendo quase arrepiar, odiava a palavra "bullying".
- Você convive com um irmão latino, se eles tiverem coragem de fazer algo contigo eu mudo de nome. - Jade disse escorando em Jin.
Não sei em que momento, mas parecia que éramos todos amigos que não tinham problemas uns com os outros, Jin, pela primeira vez, não tentava matar Jade, que também não tentava arrumar briga nem comigo ou com Chiara, eu estava tratando meus primos bem, e eles não estavam em uma briga horrível entre si.
Parecíamos um grupo de amigos normais.
E então sem perceber estávamos andando pela escola, os cinco quase grudados em uma conversa civilizada, com um sorriso no rosto.
- Então era por isso todo aquele glitter? Você estava em uma festa? - Cosimo falou com um sotaque arrastado.
- Não era somente "uma festa", era minha festa, oficialmente eleita a melhor festa do ano. - Jade falou com um grande sorriso. - Vocês podiam ter vindo alguns dias antes, assim iriam.
- Não podíamos, o vôo dado pela escola tinha o dia certinho. - Chiara falou olhando para a texana. - Deve ter sido bem legal, na Rússia a gente não ia a muitas festas.
- Como assim não? - Perguntei com o cenho franzido. - Aqui é quase regra ter ao menos uma festa por mês e você ir.
- Nós ficávamos a maior parte do tempo estudando, acho que só fomos em uma ano passado, e acho que aquilo não pode ser considerado festa.
Olhei quase incrédulo para a garota.
- Minha nossa, vocês vivem em uma realidade alternativa. - Jade fala parecendo espantada.
- Jimin! Jimin! Jimin! Olha o que eu tenho aqui. - Kendall apareceu pulando encima de mim.
- Meu Deus garota, o que aconteceu? - Falei olhando para ela assustado, em seguida, me desgrudando de Jin e Jade.
A garota sem mais nem menos puxa de sua jaqueta um pequeno saco com pó branco em sua mão, cocaína, com certeza.
- Caralho, você é louca? A gente tá no meio de várias pessoas! - Peguei rápido a substância da mão dela pondo em meu bolso.
- Tinha que ser, garota você quer ser expulsa e ainda nos levar? - Jade fala com o cenho franzido.
- Relaxa, ninguém vai falar. - Kendall revira os olhos.
- A escola tá cheia de novatos que ao menos sabem que é proibido falar sobre essas coisas, você tá muito confiante. - Jin sussurrou.
- O que era isso? - Todos que antes estavam na conversa, e até quem não estava vira o rosto para Cosimo.
- Era... Um pó mágico? - Jade tenta me fazendo dar um leve tapa em minha própria testa.
- Só se for dos que cheira. - Chiara fala quase em um sussurro fazendo Seokjin rir.
- Meu Deus, isso era cocaína? - O russo deixa os olhos arregalados, logo olhando para mim como se fosse a pessoa mais inocente do mundo, seu rosto foi mudando para um sorriso. - Posso usar?
- Cosimo! - Sua irmã e Jin falaram ao mesmo tempo, o fazendo virar seu rosto para o encontro de ambos.
- O quê? Eu tô nos Estados Unidos, tenho que viver.
- Não assim, garoto, droga é coisa séria. - Jin falou dando um leve tapa no braço do russo.
- Aí! Eu sei, mas tá tudo bem, eu não sou fraco não. - Disse ele e quando esfregava o braço, local em que Jin tia dado o tapa.
- Você não vai se drogar não, tá ficando louco? Вы прожили в США какое-то время и уже с ума сошли?(Ficou um pouco nos Estados Unidos e já está doido?) - Chiara falou, com certeza em russo, fazendo o irmão bufar fraco.
- Olha, eu já sou bem grandinho e outra- - Antes do garoto terminar sua fala, um barulho fino e desafinado saiu das caixas de som, fazendo todos virarem rápido procurando as mesmas.
"Caros alunos, como estão nesta linda manhã? Sejam todos bem vindos ao nosso novo ano letivo, aqueles que já estavam na nossa amada escola ano passado já sabem o que fazer, mas aos novatos, hoje iremos dar uma ficha para vocês, onde estará os dados da sua dupla para o resto do ano letivo. Aos alunos que querem fazer alguma atividade esse ano, eu espero que se inscrevam rápido, grande parte dos clubes e dos esportes tem menos de dez vagas. Aos garotos que querem fazer o teste para o time de futebol, amanhã terá o começo das preparações, boa sorte. Eu sou Kayla Duphyn e essa foi a rádio da Escola Estadual de Corning, Vai Águias!"
A escola por alguns segundos ficou quieta, mas logo vozes voltaram a ser escutadas.
- Kayla voltou a ser da rádio? Pensei que a diretora tinha tirado ela. - Jade foi a primeira a falar, com uma de suas sobrancelhas arqueadas.
- Ao que parece, sim, porém não sei se será por muito tempo, esse é o último ano dela aqui, você sabe como a diretora Hunter é, com certeza ela só voltou a rádio para ensinar um novo aluno a como ser igual a ela, já que não estudará mais aqui próximo ano. - Falei pondo minhas mãos nos bolsos da minha calça.
Eu não sei como, mas todos daquela escola sempre arranjaram um jeito de nós fazer trabalhar de algum modo para eles, como se lá fosse uma grande fábrica onde os mais antigos ensinavam a conduzir os novatos.
- Vocês lembra da Maya? - Kendall pergunta fazendo eu e Jade balançar a cabeça em confirmação. - Ela foi pega no dormitório da faculdade transando com dois garotos, a colega de quarto dela denunciou.
- Que horror, como vocês ficam sabendo dessas loucuras? - Jin pergunta fazendo careta.
- Eu tenho ouvidos por todos os lados. - Kendall fala dando de ombros.
- Você é muito é dá fofoqueira. - Jade disse apertando os lábios.
- Olha aqui, você não venha- -Antes de Jade acabar sua fala o sinal da escola soa como um gatilho para nossos ouvidos, gatilho de que teremos que voltar as aulas para sermos mais ainda enlouquecidos.
Meus olhos foram em direção ao pequeno grupo, os gêmeos que antes estavam longes um do outro, já estavam grudados, demonstrando que a próxima aula deles seria junta.
- Eu vou para sala antes que eu seja expulso de classe sem ao menos ter entrado nela. - Jin disse andando para longe de nós.
Com uma rápida despedida saio em busca da minha sala, dessa vez, sem nenhum dos meus amigos junto a mim, minha aula seria diferente da deles.
-
Meus olhos voavam sem perceber, juntamente com minha cabeça que trazia junto a si vozes, vozes que eu sabia o que significava, a droga estava fazendo efeito, porém, em vez de me fazer parar de pensar, estava me fazendo pensar mais.
Eu estava enlouquecendo.
Certeza que estava a beira da loucura, que cada traço de minha mente me pregava uma peça, uma das mais teatrais e loucas possíveis.
Olhava para os lados vendo não somente ilusões, como atrações.
- As drogas vão te matar, baixinho. - Eu reconhecia aquela voz, aquele apelido, aquele jeito. Olhei para minha janela vendo Nicolas com suas calças moletom e sua blusa de capuz preto, com uma estampa escrita "Rio de Janeiro".
- Nicolas. - Minha voz quase não sai, estava por um fio, minhas mãos tremiam junto do chão que parecia um arco-íris de tão colorido.
Engoli o choro que estava em minha garganta indo lentamente de encontro com ele, de encontro com seus belos olhos pretos, sua pele bronzeada, seu sotaque quase imperceptível, e seu nenhum cheiro.
Era uma alucinação, eu sabia daquilo.
Minhas mãos tocaram em seu rosto, e o sorriso em seus lábios foi como o gatilho que eu precisava para me derramar em lágrimas.
- Eu não quero que morra por mim Jimin, não morra por mim. - Suas mãos foram para minha bochecha as apertando e deixando nossos rostos juntos.
- Eu não consigo, eu não consigo sem você, eu quero ficar aqui para sempre, por favor, Nicolas, por favor, me leva com você. - Eu sussurrava, cada palavra saindo dos meus lábios como a maior confissão do mundo, o maior segredo que alguém poderia guardar, as palavras mais pesadas que alguém poderia dizer para outra.
- Jimin, eu te amo demais, e por te amar de mais eu quero que viva, respire por mim, sorria por mim, ame por mim, sinta por mim, fique aqui, por mim.
Meu coração batia forte, minhas mãos tremiam e gelavam, mesmo assim, elas suavam como alguém que estava com um calor infernal.
Num piscar de olhos, tudo sumiu, meu quarto sumiu, as cores sumiram, minha felicidade sumiu, Nicolas sumiu.
Eu estava sozinho, no banheiro do meu quarto, havia sangue, sangue em todos os lugares, eu não podia respirar, minhas pernas e pulsos tinham cortes, eram profundos, e naquele momento eu deixei somente cada sentimento me engolir como uma onda.
Jungkook P.O.V
- E então tivemos aulas de matemática avançada, acredita que o primo de Jimin é um gênio? - Taehyung falou de modo entusiasmado, quase como os áudios que eu colocava em velocidade máxima para poder poupar meu tempo.
- E são estranhos, eles são tão branco que dá para ver as veias de seus corpos, porém são legais. - Jin falou com um livro em suas mãos, com certeza estava relendo um de seus romances chatos e banais.
- E além de prestar atenção nos primos de Jimin, vocês aprenderam algo? - Perguntei enquanto digitava alguns números sobre a quantidade de drogas que eu continha, para poder fazer as contas de quando eu devia reabastecer.
- Deveríamos aprender algo mais? Aí! - Assim que Tae acabou de falar, levou um tapa meu em sua nuca. - Estou brincando, eu aprendi modelos atômicos, matéria e energia.
- E você aprendeu alguma coisa com isso? - O Kim mais velho perguntou como se já soubesse a resposta.
- Olha aqui, o que você quer falando de mim? Estavam hoje falando mal de uma garota que faz parte da rádio.
- Eu não ao estava falando mal, os meninos que estavam ressaltando coisas sobre ela.
- Pelo menos eu não fico me atracando mais a Jade por aí, qualquer coisinha vocês ficam parecendo dois gatos brigando.
- Pelo menos eu não fico a aula toda fingindo que tô estudando, tanto que meu caderno está limpo.
- Pelo menos eu- -
- Chega! Dios mío, vocês são terríveis, não conseguem ser irmãos comportados. - Falei já estressado com a pequena discussão que nascia alí, juntamente com a tela que brilhava em meus olhos e já me trazia uma dor irritante na cabeça. - Vamos passear.
- Agora? Mas você não quer está descansando para amanhã? - Jin perguntou com a testa se enrugando.
- Por qual motivo eu deveria estar descansado amanhã? - O olhei vendo em sua face uma expressão de extremo espanto.
- O seu aniversário e o de Jimin, oras, você não lembrava, Kookie? - Tae fixou seus olhos em mim.
- Oh, eu não lembrava disso. - Era verdade, eu não estava lembrando nem quem eu era naquele momento.
Quando eu estava trabalhando não lembrava ao menos se estava vivo ou não, sempre ficava aéreo do mundo, não via ao menos as horas passarem.
Na verdade dês de que me pediram para encontrar o filho do responsável por matar meu melhor amigo, quase não dormia mais, aquilo estava me fazendo morrer a cada hora numa cadeira indo atrás do infeliz.
- Nos não viemos para Corning só por sua vingança idiota, Jungkook, viemos para tentar ter a vida mais normal, eu não vou sair de novo de um país e deixar todos que amo por sua causa. - Jin falou, dessa vez parecendo sério.
- Eu sei, eu juro que vocês não vão mais se preocupar com isso, deixem tudo comigo, sem preocupações, sorvete por minha conta, que tal? - Falei tentando ao menos suborna os garotos.
- Só se Jimin e os primos dele forem junto! - Tae disse animado me fazendo quase sorrir.
- Tudo bem, os amigos de vocês pode vim. - disse por vencido vendo os garotos festejarem indo para seus quartos.
Passei minhas mãos em meu rosto cansado, olhei para os lados pela primeira vez vendo algo que não era a estrema luminosidade da tela do meu notebook, fechei a tampa do mesmo e me alonguei na cadeira, esticando meus braços para o alto, logo um grito é escutado do quarto com certeza de Taehyung.
- Eu ja falei para vocês pararem de brigar!
- Jungkook! Pega as chaves, a gente precisa ir pra casa do Jimin, rápido! - Seokjin estava gritando e em prantos, aquilo me arrepiou.
Ver meu irmão desesperado me assustou até o último fio de cabelo, logo em seguida, atrás dele, vinha Tae com seu rosto também cheio de lágrimas, já vermelhos. Me levantei de solavanco indo até Seokjin segurando seu rosto para mim, parecia que ele estava com dificuldade de respirar e aquilo me fazia sentir a falta do ar também.
- O que aconteceu Jin? Me diz! - Tentei ficar calmo, não só por meus irmãos, mas por mim, na maioria das vezes eu não sentia nada.
Já matei pessoas, muitas, não posso mentir, já me meti em uma guerra de tiros, já torturei pessoas, mas em nenhum momento demonstrei emoções, para mim era coisas banais, sem sentimentos, porém, ao ver meus irmãos em completo desespero meu mundo parou, nada podia fazer meu sangue ficar mais quente do que já estava.
- O Jimin! - Jin tenta falar soluçando mais ainda. - Os primos de Jimin encontraram ele no banheiro.
Eu não quis ao menos saber o resto, peguei as minhas chaves em cima do balcão e corri para o carro sem ao menos ver se os garotos estavam me seguindo, porém ao escutar a porta batendo eu vi que estavam.
Era perceptível que Jimin era alguém muito frágil emocionalmente e psicologicamente, ele era uma bomba relógio prestes a explodir, esse pensamento só se tornou mais forte no dia que fui ao seu resgate com os garotos. Eu liguei a o carro e com toda a velocidade que conseguia comecei a dirigir.
- Vocês conseguem ver se ele tem batimento? - Jin falava ao telefone com alguém.
- Não Jin, não estamos sentindo nada, meu Deus é muito sangue! - Uma voz feminina é escutada por mim e nao reconhecida, com certeza a prima de Jimin, ela parecia desesperada, estava aos berros.
- Titia não atende, e muito menos o titio. - A voz grave de seu irmão se fez presente. - Cadê o caralho dessa ambulância?
- Eu preciso que vocês me digam se Jimin está com a coloração normal. - Falei alto para que eles escutassem.
- Não, ele está muito pálido, a gente tentou estancar os cortes, mas são muito fundos. - O garoto diz. - Jimin, pelo amor de Deus, Jimin não faz isso com a gente caralho, a gente combinou de festejar seu aniversário lembra? A gente combinou de tá junto seu moleque!
Choro e grito, eu somente escutava isso, e então eu sou novamente o garotinho que havia perdido a mãe e estava vendo o pai chorar em desespero.
- A gente tá chegando, por favor, por favor, fiquem na linha. - A voz de Tae tremia, eu conseguia ouvir.
Após passar por três sinais vermelhos sem me importar com nada havíamos chegado na casa de Jimin, saí do carro com ele ligado e dei as chaves para Jin.
- Eu vou entrar de uma vez com Jimin no carro, eu não quero que nenhum dos dois vá, assim que eu entrar com ele você vai posar fundo nesse carro e dirigir o mais rápido que puder, eu juro que não vou brigar com você Seokjin, você vai dirigir se puder até conseguir só ver as pessoas como vulto.
Sem dá tempo para nenhum dos dois reclamarem do meu pedido deles ficarem no carro, corro para dentro da casa de Jimin que estava destrancada, com um peso desgraçado em minhas pernas subo o mais rápido possível a procura do quarto do Jimin, seguindo os gritos e os choros.
Tudo parecia lento, como um filme na parte em que você descobre que o personagem principal havia morrido, como em um livro onde o principal encontra sua amada morta, como uma droga forte que te faz virar outra pessoa, como eu, tendo sentimentos de medo pela primeira vez.
Meus olhos foram para a porta de dentro do quarto de Jimin, onde eu vi um garoto de cabelos brancos no chão, de joelhos, com a testa no chão e as mãos ensanguentadas, ele parecia rezar, estava chorando como Jin e Tae chorava antes.
Meus passos pesados foram para mais perto da porta vendo com certeza sua irmã que estava com as mãos no rosto de Jimin, no mesmo estado em que seu gêmeo estava.
O banheiro parecia um assassinato, tinha sangue derramado pelo chão branco como a neve, os irmãos tinham sangue em suas mãos, garota tinha um pouco até na ponta de seus cabelos, e então Jimin, no chão, estava pálido, seus pulsos tinham cortes fundos, suas pernas pareciam piores, ele estava banhado a sangue, sem ao menos pensar duas vezes peguei uma camisa qualquer que estava no chão e rasguei começando a amarrar os cortes em suas pernas e coxas, em seguida peguei o garoto em meus braços, ele estava gelado, como um morto.
- Caralho, angelito, o que você fez? - Falei em um sussurro, meus olhos queriam encher de lágrimas, porém não podia, não conseguia me dar ao luxo de sofrer no momento.
Com toda a rapidez que podia corri até meu carro com o par de irmãos atrás de mim, Tae e Jin já estavam no banco da frente, e olharam a cena espantados, como se fossem chorar mais, os gêmeos entraram no carro e coloquei as pernas de Jimin em cima da deles, logo pondo em seguida sua cabeça em meu colo.
- Meu Deus, meu Deus! - Tae pegava no rosto de Jimin olhando desesperado para mim. - Ele tá vivo, não é? Me diz Jeon Jungkook!
- Tae, tenha calma, eu preciso que vocês se acalmem, a gente já vai resolver isso, os médicos vão ajudar. - Falei ao ver Jin correndo a toda velocidade com o carro, somente escutado buzinadas atrás de nós, como sinal de que estávamos errados.
- Eu não posso perder outra pessoa Jungkook! Eu não vou aguentar, de novo não. - Jin falou parecendo está desta vez com raiva, mesmo as lágrimas ainda descendo de seu rosto.
Em menos de cinco minutos já estávamos na emergência, os gêmeos saíram gritando por médicos e por macas, enquanto Tae e Jin me ajudavam a tirar o garoto do carro. Já em meus braços meus passos foram em busca de entrar no hospital, logo sendo recebido por médicos e enfermeiros com uma maca, eles tiraram o Collins de meus braços e o levaram, logo fui atrás, não podia deixa-lo sozinho.
- Sobre o paciente? - Uma médica perguntou ainda correndo do lado dele cortando a blusa que estava amarrado em seus cortes.
- Jimin Collins, 16 anos, ele toma remédios para problemas psicológicos, eu não lembro o nome de nenhum. - Falei com a mão no rosto do garoto. - Eu sou só um amigo da família, a gente tá tentando entrar em contato com os pais dele, mas qualquer coisa, a mais cara que for e que ele precise, por favor, façam, eu pago tudo, tudo mesmo.
- Paciente com cortes fundos, provavelmente feitos com uma lâmina, precisamos fazer uma reanimação volêmica intravenosa, preparem o quarto de cirurgia, precisaremos fechar esses cortes. - Um médico alto falou, logo uma mulher chegou com uma máquina pondo o aparelho no dedo de Jimin.
- Cinquenta e nove BPM, respiração fraca. - Uma outra mulher apareceu vendo a pequena máquina.
- Doutor, a sala já está sendo pronta, precisamos levar o- - Meus olhos vão direto para a voz já conhecida.
Era a mãe de Jimin paralisada vendo o filho quase morto.
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