[28] 좋은 night.

OI GENTEEEE!
Ansiosos pro capítulo de hoje?

Tem coisa boa, prometo! 😙
Quem viu spoiler na conta dos personagens lá no TT, já sabeeeeeeee, bjooooo!

⚠️ Este capítulo foi pouco revisado, perdão qualquer erro e qualquer coisa me avisem.

💚

💸

[JIMIN]

E sem querer, por um descuido e sem obter nenhum preparo antes, Jungkook descobriu que tinha uma irmã mais nova.

Ele olhava pra mim, esperando uma resposta.

— Jun, eu preciso te explicar uma coisa. — me aproximei mais dele no sofá, pegando em suas mãos. Ele abaixou a cabeça, raciocinando.

— Calma, uma irmã? — abriu um sorriso confuso e breve. — Eu realmente não entendi. Quem? Que irmã? — me encheu de questões.

— Posso te explicar? — Jungkook se manteve parado, olhando pra mim, como se sua mente estivesse todinha bagunçada e eu não duvidada disso.

Então, ele afirmou com a cabeça, permitindo.

— Eu descobri que você tem uma irmã. — disse, ele franziu as sobrancelhas. — E contei pros meninos primeiro porque precisava que você se recuperasse antes.

— Como assim você descobriu? Onde-

— Fui até a cadeia conversar com o Woosung.

— Você fez o quê?!

— Escuta, nada aconteceu, tá? Só tentei descobrir os motivos de ele ter feito tudo isso porque eu também fui enganado! — ele fechou os olhos, soltando o ar e negando com a cabeça. — E foi assim que ao invés disso, eu acabei descobrindo que você tem uma irmã mais nova.

— Calma, primeiro, você perdeu a noção? — a bronca veio, como eu imaginei. Jungkook falava sério comigo. — Jimin, qual foi a ideia que você pensou que tinha ao visitar aquele lugar-

— Foi bem rápido, eu só tentei-

— Não me diga que foi sozinho.

Demorei um pouco pra respondê-lo.
Seu olhar se manteve fixo contra mim.

— ... Era seguro.

— Seguro? Estando cara a cara com quem tentou me matar?! E que facilmente te mataria também?!

— Jeon, calma! — levantei as minhas mãos, na defensiva. — Eu tô inteiro, vivo e muito bem, não tô? Desculpa, eu fiquei muito magoado e cheio de raiva que nem pensei direito naquele dia. Eu nem estava comendo muito, o que esperava de mim em pura crise?!

— Sabe que isso me deixa muito triste, né? Eu não quero mais que pare de se alimentar desse jeito. Só não me diz que...

— Não, eu não bebi. — respondi, observando seus ombros relaxarem. — Confesso que deu vontade porque pareceu que tudo estava desmoronando, mas eu não coloquei um gole na boca.

Jungkook abaixou a cabeça, não pareceu mais bravo comigo e sim, aliviado.

Continuei preocupado justamente porque não gostaria que ele se preocupasse com mais nada.

— Desculpa...

— Tudo bem, você não pensou muito. — balançou a cabeça em concordância. — Eu também não sei o que seria capaz de fazer se fosse ao contrário.

— Não farei de novo. — sua mão veio em minha bochecha, acariciando brevemente antes de voltarmos ao assunto anterior.

— Ela é mais nova?

O assunto sobre a sua irmãzinha.

— Sim... — encolhi os ombros, sem saber direito como continuar. — Ela é uma criança. E o pior é que... Eu não me lembro direito, mas... — fiz um esforcinho. — Acho que já a vi com aquele cara nojento quando ainda nem sabia quem era ele de verdade. Não me lembro se era ele mesmo porque foi um momento muito breve no hospital, quando o Nam estava internado. Mas da criança, consigo me lembrar com mais detalhes.

— Com quem ela tá agora?

— Não sei se posso chamá-la assim, mas... Com a sua mãe.

Ele soltou o ar pela boca, desacreditado.

— Eu vou com vocês. — levantou. — Onde ela tá?

— Nem pensar, eu não vou deixar! — fiz o mesmo movimento, mantendo meu corpo de frente para o seu como uma barreira.

— Jimin, eu tô recuperado.

— Você que pensa, eu não vou deixar você ir depois de correr todo aquele risco sozinho.

— E onde você pensa que vai? — rebateu.

— Os dois estão presos, não tem mais perigo nenhum agora. Então, eu posso ir. E eu disse ao Nam que não deixaria você se envolver nisso.

— Por que esconderiam isso de mim? É a minha irmã. — desviou o olhar, ainda demonstrando confusão o suficiente. — Que eu nem... sequer sabia que tinha...

— Porque não queríamos que você se estressasse mais e mais, Jun... — me aproximei, tocando em seus braços. — Quero você sempre bem. Iríamos tentar resolver e logo te contar tudo.

— Qual seria o motivo de eu me estressar? Ela tá sendo maltratada também? — me questionou de repente.

Gostaria de ser sincero e respondê-lo que não sabia nada sobre isso ainda. Contudo, o meu silêncio predominou e eu senti um nó na minha garganta.

Jun abaixou seu olhar, fechando os olhinhos e pela maneira que observei, estava apenas tentando manter a calma.

E pensava, talvez com ainda mais coisas na mente turbulenta.

— Jun...

— Eu acho que vou dormir por agora. — decidiu, com a voz frágil, como se a qualquer momento pudesse chorar. — Posso dormir aqui?

— Claro, você pode dormir aqui e ficar aqui quando quiser! — permiti na hora, tentando olhar em seus olhos baixos. — Não quer comer nada antes? — ele negou.

Senti um puxãozinho no tecido do moletom que eu estava usando.

— Você vem comigo?

Jungkook estava parecendo um bebê.

Dessa forma, fomos pra cama, literalmente dormir. Mas no momento, estávamos um agarrado ao outro, um abraçando o outro e emboladinhos no cobertor.

Nosso gatinho, como sempre, ao nosso lado nos momentos complicados. Deitado ao meio quase em cima de nós, eu fazia carinho nele.

— Fico tão feliz que você tá aqui comigo de novo... Eu nem acredito... — fechei os olhos, sentindo o coraçãozinho de Jun bater bem.

— Eu tô. — murmurou, fazendo carinho no meu cabelo.

— Ei, tá tudo bem? — ergui a cabeça para vê-lo melhor e ele me encarou de volta, confirmando sem conseguir me convencer. — Não, não tá. É sobre a sua irmã ainda, né?

Quando seus olhares se desviaram, eu soube que sim. Era óbvio, até porquê, como ele iria deixar passar?

Jungkook tentou esconder a resposta quando a omitiu, e talvez eu até tenha respeitado a sua decisão quando me aconcheguei em seu peito novamente. Apertei seu corpo contra o meu.

— Ela deve estar bem, nós vamos ver a sua irmãzinha. A melhor coisa agora é saber que finalmente ela ficou livre daquele monstro.

— Como ele teve coragem? — logo, questionou baixinho. — Como ele teve coragem de ter outro filho depois do que tentou fazer comigo? E de tudo que fez? Da maneira que me assombrou?

— Ele está preso. E vai continuar porque merece.

— Espero que ele apodreça. — soltou, e eu senti o rancor em suas palavras. Comecei a dar carinho em suas costas. — Acredita que naquela vez em que eu quase fui preso injustamente, foi por culpa dele? Por conta das mentiras que implantou na cabeça da Jieun e facilmente ameaçou a garota só porque sabia que ela iria atrás de mim?

Disso, eu não sabia.
Mas eu confesso que sim, passou pela minha cabeça.

A garota não iria simplesmente surtar pra ter o Jungkook de volta tentando mandá-lo para a cadeia. Não era algo que fazia sentido, apesar de muito provavelmente acontecer.

— Eu não consigo nem imaginar o que ele pode ter tentado com a minha irmã.

Senti um aperto no coração. A sua preocupação refletia diretamente em mim.

— Ela vai ficar bem, amor... — disse, porque era algo em que eu acreditava fortemente. — Tenho certeza. Ele não deve ter conseguido nada, ela é muito pequena.

— Eu também era uma criança e mesmo assim, esse cara... — soltou o ar. Tive que intervir, encarando o seu rostinho um pouco pálido.

— Acabou, Jun. — tentei ser firme, dando um selinho em seus lábios a fim de acalmar os seus nervos. — O seu passado não existe mais. Ele não lhe pertence mais.

Jungkook apenas me escutava, com o olhar distante.

— Quando for a hora, nós vamos buscar a sua irmãzinha e eu também tenho certeza de que ela vai amar conhecer você. — tentei sorrir, o que fez ele sorrir instantaneamente como um efeito rapport*. — E não se preocupe, eu fico aqui com você. Os meninos irão, mas eu não quero que você vá e se lembre do seu passado assim.

— Eles... — hesitou, voltando a mirar seus olhinhos de jabuticaba nos meus. — Pretendem trazer ela aqui?

— Bom... Eu não sou a melhor pessoa pra explicar essas coisas pra você porque ainda precisamos entender como a justiça funciona e sabemos que ela pode não ser muito boa... — ser sincero, particularmente, era ótimo, até porque eu detestava mentiras.

Mas eu definitivamente não gostava de ver o olhar tristinho do meu amor.

— Maaas... — abri um sorriso leve. — Tenho certeza de que vai dar tudo certinho.

— Só acredito se nosso filho disser. — Jungkook abaixou a cabeça em direção ao Limão, que automaticamente também levantou.

José Limão miou e nós acabamos caindo na risada. Pronto, essa foi a sua resposta nua e crua.

— Ótimo, agora eu acredito!

💸

[NAMJOON]

Eu me senti como se estivesse realmente trabalhando na polícia. Não que não fosse uma leve e súbita vontade escondida há anos dentro de mim.

Estive com Jin o tempo todo, Hanna ficou um pouco com os meus pais dessa vez, antes de vir conosco. Amavam a garotinha também, o que me deu coragem pra tentar avisá-los de que eu era diferente de como eles pensavam.

Não fui tão direto, mas Seokjin esteve ao meu lado e eu pude ao menos dizê-los que estava tentando me descobrir.

Eles gostam de Jin, dos meninos. Perguntaram sobre o Jungkook, e eu disse que ele estava bem.

Agora, eu estava indo elevar a sua felicidade plena ainda mais. Queria que nenhuma ponta ficasse solta. Demorou anos, mas estava finalmente acontecendo de verdade.

Em frente à porta da casa de destino.
Parecia simples, em um bairro aparentemente sossegado, com as casas lado a lado, quase grudadas umas nas outras.

— É aqui mesmo? — Jin perguntou para Jennie, que estava a frente de tudo naquele momento.

Era claro que nunca nos colocaríamos dentro da moradinha de alguém sozinhos e sem a presença de uma autoridade.

— Isso. — afirmou. — O que é ótimo, já que eu recebi uma denúncia dois meses atrás de maus tratos nesse lugar.

— O quê?! — Jin se exaltou um pouco, me fazendo apertar levemente seu braço. Hanna ainda estava com a gente.

Ela veio justamente para encontrar a outra garotinha.

Não saberíamos lidar tão bem com o assunto se ela estivesse sozinha e consequentemente, escutando tudo. Portanto, enquanto colocaríamos o assunto na mesa com a mãe, Hanna brincaria com a futura amiguinha.

— Por coincidência ou destino, a vizinha fez a denúncia e virou minha cliente. Como ela está ausente e a mulher não respondeu os papéis da polícia que chegaram em sua casa, fui autorizada a ir diretamente. Ainda bem que me avisaram.

Em meio a conversa, continuamos esperando depois de tocarmos a campainha e bater na porta umas três vezes. Demorou alguns minutos até que alguém finalmente abrisse.

Uma mulher.

Em relação à aparência, infelizmente era impossível não assimilar com ele.

Principalmente por ser coreana como o filho, diferente do marido mestiço.

A mulher pareceu um pouco reclusa, cobrindo metade do corpo com ela atrás da porta.

— Jeon Sohye? Bom dia! Prazer, me chamo Kim Jennie, sou advogada. — sorriu, simpática e certeira com a encarava firme, segurando seu tablet com capinha vermelha envolvido em seus braços colados na frente do corpo. — Esses são Kim Namjoon, Kim Seokjin e a filha dele, que vieram me acompanhar para um caso relacionado à senhora. Gostaria de lhe fazer algumas perguntas, podemos entrar?

Como primeira resposta, a olhou de cima à baixo, percebendo sua vestimenta formal e passando os olhos por mim, Jin e no fim, Hanna, que mexia no celular do pai.

— No, I don't speak korean... — começou a falar em inglês. — So... Sorry, I can't help you. Excuse me, I don't understand.*

Simplesmente iria fechar na nossa cara com aquele sotaque fajuto, mas imediatamente acabei sendo mais impulsivo ao avançar e segurar a porta com uma das mãos.

— But I do.* — falei a sua língua, se era assim que ela desejava. Ela arregalou o olhar.

Eu não iria deixá-la escapar.
Não nessa altura do campeonato e de tudo que provavelmente compactuou e fez com o próprio filho. Chegou a minha vez de me vingar por ele.

— You can talk to me, I can translate for them.*

— M-Mas... — fechou a boca na hora em que percebeu e levou sua mão à ela, pega no flagra. A cor fugiu-lhe do rosto.

— Ah, ótimo! — sorri, tomando distância. — Acho que falamos a mesma língua.

— Maravilha! — Jennie deu continuidade, entrando no jogo. — Recebi uma denúncia vizinha que me levou até este endereço, e eu recomendaria você cooperar.

— Olha, sinto muito, e-eu acho que não posso-

— Desculpe a pergunta, mas ela é necessária. A senhora é esposa de Jeon Sangwoo? — A Kim descruzou seus braços, deixando-a surpresa.

— Eu... — engoliu em seco. — Não sei do que se trata, me desculpe. E posso chamar a polícia se tentarem invadir dessa forma! — ameaçou, começando a se exaltar.

— Sou totalmente autorizada, e estou tentando contato de maneira tranquila. Não iremos prender a senhora, só queremos conversar. Será diferente caso não coopere.

— E precisam entrar na minha casa?!

— Queremos discutir tudo da melhor maneira. Prefere, então, que seja aqui? — Jennie era ligeira, as respostas saíam rápidas.

— Estou com a minha filha, não posso deixar que entrem! O que direi pra ela?! — mantinha-se nervosa, querendo nos expulsar dali o mais rápido possível.

— Eu também trouxe a minha. — logo, vi Jin tomar a frente, dando uns dois passos.

A mulher o notou melhor. Eu trouxe Hanna pra mim, protegendo-a ao meu lado enquanto ela simplesmente jogava, entretida no celular.

— Elas vão ficar seguras se estiverem brincando como duas crianças devem fazer. — completou.

Após seu suspiro, a Jeon abriu um pouco mais sua porta, como desejamos. Entramos.

Meus olhos caminharam pela sala, vendo desde os mofos das paredes quanto os quadros dos aproximadamente quatro móveis que também cercavam cada canto do cômodo. Um lugar nada acolhedor, muito menos luminoso o suficiente. A sala estreita e fria, com as paredes brancas machadas.

O engraçado era que em todos os móveis observados, haviam fotos do casal.
Somente em um, da filha.

Nenhum com a criança da qual eles decidiram abandonar.

Jennie se sentou calmamente no sofá, sabendo o que estava fazendo e colocando o tablet na mesa com a tela ligada.

— Pode ler aqui, por gentileza?

A Jeon sentou-se na poltrona e a arrastou até ficar em nossa frente. Eu e Jin nos sentamos lado a lado, eu fiquei na ponta, Hanna largou o celular e começou a estranhar ao seu redor.

— Mãe... — de repente, escutamos uma voz infantil se aproximando.

— Ah, garota... — a mãe revirou seus olhos. Ela se aproximou e encarou todos nós. — O que eu disse pra continuar no seu quarto?

— Jangmi-ah! — Hanna falou alto ao meu lado, e eu franzi o cenho.

— Oh, essa não é a garotinha que estava com o Woosung na sorv... — Jin parou imediatamente ao comentar baixo, me olhando na mesma hora, surpreso o suficiente. — Era ela o tempo todo!

— Hanna-ah! — a garotinha veio correndo, dando um abraço caloroso em Hanna. — Você me encontrou!

— Sim, vim pra brincar com você! — esperta, falou pra amiguinha.

— Woosung levou ela lá pra sorveteria uma vez e ficou dizendo que era a prima dele. — Jin me dizia, atento e por sorte, com a voz escondida atrás das risadas de Hanna e Jagmi. — Sério, o Jungkook literalmente já... — contou e soltou o ar, lembrando de tudo. Eu não me recordava disso, mas era muito provável que não estive presente nesse dia. — Eles já se encontraram, Nam. E conversaram, olharam um para o outro, tem noção disso?

Encarei as duas rindo uma com a outra.
Um pouco chocado com a informação.

— Jeon Jangmi! — sua mãe chamou a atenção, nos tirando de nossos pensamentos e a filha de sua diversão. — O que pensa que está fazendo?

Ela fez beicinho, abaixando a cabeça e parecendo sem opções de respostas em seu repertório.

— Por que não deixa ela brincar? Não é a mamãe dela? Somos amigas! — Hanna foi quem lhe respondeu, automaticamente fazendo a mulher se surpreender e Jin entrar em alerta.

— Hanna-ah, os modos! — ela olhou para o pai e cruzou os braços de nariz em pé, emburrada.

— É melhor as crianças irem brincar. — decidi dizer, tentando convencer a mulher nervosa.

— Filha, leve a sua amiguinha para o quarto, sim? Brinquem lá dentro. Sem bagunça. — começava mansa e terminava com a voz autoritária.

Pude rapidamente ver a garota pegando na mão de Hanna e levando-a pra fora dessa sala e longe da própria mãe.

Da qual não me pareceu querer ficar perto nem por mais um segundo.

Seokjin a seguiu com o olhar, quase se contorcendo no sofá para não perder a filha de vista até vê-la entrar no quarto.
Um pai preocupado.

— Do que se trata? — sem tanta paciência e ignorando a denúncia pelo tablet de Jennie, ela tomou o rumo da conversa. — É sobre o meu marido estar preso? Terei que ser presa como cúmplice?

— Deveria. — murmurei bem baixinho, sem que ela pudesse ouvir enquanto Jennie se preparava para responder com tamanha paciência.

Em compensação, quem escutou foi Jin, que me deu uma cotovelada.

— Bom, primeiramente eu gostaria de falar sobre a reclamação de vizinhos da senhora que alegaram maus tratos. Recebeu alguma reclamação do tipo?

— Maus tratos?! — surpreendeu-se, e a princípio, eu não soube exatamente do que se tratava a sua surpresa. Se isso era inadmissível, ou se ela havia sido descoberta. — Como? Quem? Me diz! Eu mal me mudei pra cá e eles querem me acusar dessa maneira?!

Pareceu realmente indignada.
Poderia trabalhar como atriz.

— A senhora trabalha?

— Atualmente sou desempregada. Meu marido fazia tudo, por quê?

— E como a sua filha-

— Olha, se vocês vieram aqui pra palpitar sobre a vida da minha filha enquanto o pai está preso, eu não tenho mais como permitir que continuem aqui! — se exaltou, firme.

— Senhora, com todo respeito, acho que ainda não me entendeu. — Jennie ajeitou a postura, de queixo levantado. — Recebi uma denúncia sobre você. Especificamente relacionando maus-tratos com a sua filha, onde ela reclama alto sobre a mãe e muita gente de fora escuta, além de sempre parecer com medo da sua presença, pelo que me contaram e eu pude relativamente perceber um pouco, sem julgar, digamos. E bom, também tenho uma outra coisa a dizer e é por conta disso que trouxe estas duas pessoas comigo.

— Ótimo, porque eu também gostaria de saber. Já não basta me acusarem dessas bobagens que eu não fiz sem nem sequer saberem a luta que eu passo no dia a dia, agora querem me trazer gente desconhecida! — cruzou os braços e as pernas, aguardando. Soltou uma risada. — Onde já se viu, minha própria filha ter medo de mim...

— Por que não confirma essa questão de ter medo ou não dos próprios pais, pensando no seu outro filho? — resolvi perguntar, sem mais delongas naquela conversa toda.

— Namjoon! — Jin praticamente sussurrou ao virar o rosto, me repreendendo, enquanto vi a mulher me encarar de olhos arregalados.

— O que foi que disse?

— Aqui, pra ser mais específica e rápida, já que as coisas tomaram esse rumo. — Jennie colocou calmamente o tablet na mesa com um conteúdo na tela que não seria ignorado desta vez.

Uma foto de Jungkook.
Eu a observei prender seus olhos ali, sem tocar.

— Conhece Jeon Jungkook?

— Não. — respondeu no mesmo segundo em que Jennie terminou a pergunta.

— Você é mesmo uma mãe de verdade? — eu não estava me aguentando, somente senti Seokjin acariciar discretamente as minhas costa.

— Quem são vocês?! — nos encarou um tanto assustada, ignorando a advogada por instantes.

Basicamente entrou em puro alerta ao descobrir o que de fato, viemos fazer aqui. Caso contrário, passaríamos despercebidos como desinteressantes.

— A família que cuidou do filho que você abandonou. — respondi.

— Eu não o abandonei, ele fugiu de casa! — sua face endureceu, me lançando um olhar raivoso.

— Ele literalmente foi expulso, como pode mentir nisso também?!

— Quem disse isso? Ele?! — riu nitidamente forçado. — Como acredita tanto nas coisas que aquele garotinho diz?

— Garotinho? — soltei o ar pela boca, me controlando. — Acho que você parou no tempo. O Jungkook não é mais um garotinho vulnerável.

— Eu fiquei sabendo. Sangwoo me disse que ele estava namorando um homem, isso faz algum sentido pra você? Ou ambos compactuam dos mesmos conceitos?

— Sabe que dizendo essas palavras também está cometendo um crime, sim? — Jennie me cortou antes que eu me descontrolasse nas palavras contra a irritante. — Sendo mais direta, como sustenta a sua filha? Ela recebe pensão?

— Pensão? Eu nunca nem larguei do meu marido! — rebateu. — E cuido muito bem da minha filha!

— E sobre os maus-tratos? O que diz sobre isso?

— Falsa acusação. — afirmou. — Nunca maltratei a Jangmi. Quer que eu a chame aqui pra comprovar?

— Ela ainda é uma criança.

— O que tem de mais? Hein? Ela é esperta pra idade dela.

Percebi o contrário. Aceitava tudo que a mãe dizia sem fazer uma sequer birra ou careta. Isso definitivamente não era sobre respeito.

— Senhora, se me permite dizer, o histórico do seu marido também não é dos melhores. — como uma ótima advogada, continuou direta ao ponto, séria. — Soube de alguns casos de abuso e maus-tratos com Jeon Jungkook, primeiro filho do casal antes de Jeon Jangmi. Ambos, que mesmo como pais, abusaram psicologicamente de uma criança que conviveram juntos até a fase de sua adolescência. Além de que, houveram tentativas de abuso sexual por parte de Jeon Sangwoo.

Senti um revirar no meu estômago.
Lembrar de Jungkook me contando a história e na sua primeira noite morando comigo, do quanto ele cresceu machucado, me levava à trilhões de pensamentos diferentes.

— Você não está dentro da minha casa pra dizer absurdos como este!

— Mas é a verdade, não é? — Jin se pronunciou, perdendo a paciência.

— Pois eu não direi nada sem a presença do meu advogado! — contestou e eu quis revirar os olhos, mas só pude ter ainda mais certeza de que ela era a pior mãe possível.

Estava basicamente consentindo com as acusações sobre ela e o marido em relação aos seus filhos. Seokjin se levantou do sofá com os punhos fechados.

— Kim Hanna! — chamou a filha, que veio correndo ainda com a mão segurando, desta vez, o pulso da amiguinha para trazê-la consigo sem entender nada.

— Jangmi-ah, vem aqui com a mamãe. — a pegou de Hanna, trazendo-a para si e colocando seu corpo pequeno na sua frente com tudo. Senti que viria uma chantagem ou qualquer coisa do tipo que fosse bem da laia deles. — Não tentem separar uma filha de uma mãe. Nossa presença é essencial.

— Talvez. — Jin revidou. — Hanna nunca precisou de uma.

Jeon Sohye levantou as sobrancelhas, convencendo a si mesma sobre estar certa.

Narcisista.

— Tem tanta certeza? Uma criança com os dois pais presentes faz diferença, sabia?

— Não quando eles a maltratam! — exaltou-se, fechando os punhos ao que iria dar mais um passo. Rápido, me levantei e coloquei o meu braço em sua frente.

Jin entendeu o sinal, pensando duas vezes e sabendo também que Hanna não tinha nenhuma necessidade de ver uma cena sua de tamanha fúria depois da provocação que escutou.

— Espero que você confesse as coisas que fez e que principalmente o que seu marido, Jeon Sangwoo, um criminoso, fez. — Jennie deu a deixa, levantando-se do sofá por último.

— Que tipo de advogada é você? Acusando o meu marido-

— Ele está preso, senhora. Espero que lembre-se sempre disso. — aumentou um pouco o seu tom, aparentemente tão sem paciência quanto nós, mas mantendo a classe. — E agora, poderá também ser julgado pelo crime de... — ia jogar tudo pra fora, mas seu olhar foi direto à criança colada ao corpo da mãe propositalmente posicionada ali para que não lhe culpássemos de mais nada.

Dos crimes que ela, com certeza, consentiu.
Fora os cometidos.

Jennie aproximou-se da mulher e falou baixo, dando a deixa para ir embora, disfarçadamente ao seu lado:

— Ele ainda será julgado pelo crime de pedofilia.

Para a nossa satisfação, Jennie a deixou em choque. Logo, tentou resmungar algo, mas apenas vi a advogada dar as costas e passar na nossa frente, fazendo com que a seguíssemos logo em seguida e ninguém mais desse ouvidos para aquela mulher.

Na porta, saindo da casa por livre e espontânea vontade, ouvimos passos apressados.

— Hanna-ah! — era Jeon Jangmi vindo correndo. Deu um abraço de despedida nela. — Desculpa a minha mamãe mandar você ir embora, eu não queria... Pode passar um recadinho?

— Recadinho? — Hanna questionou, colocando o dedinho na cabeça, pensativa.

— Jeon Jangmi! — sua mãe lhe chamou. A pequena tentou se apressar, cochichando algo no ouvido da amiga.

Assim, ela entrou e fez questão de fechar a porta, apressada. Soltei um riso quando Hanna deu de ombros e seguiu conosco.

Mas no fundo, me senti preocupado.
Era nítido o medo no olhar de Jangmi.

No caminho de volta, Jennie nos informou sobre o início do processo, e descobrimos que teríamos uma missão:

Fazer Jungkook depôr.

Jennie dirigiu em seu carro chique e nos levou pra casa devidamente, sendo eu primeiro, parando na frente do prédio. Lhe dei um aceno breve e um sorriso, o mesmo para Jin. Gostaria de mais com ele, porém, Hanna ainda não sabia de nada.

— Namu Oppa! — foi ela quem me chamou no momento em que abri a porta no banco da frente. Quase me contorci ao virar para prestar atenção nela.

— Sim, princesa?

— Jangmi-ah disse pra que eu desse um recado pro titio Jun. — contou, e eu não imaginei o que seria aquele cochicho. Pensei ser algo bobo, mas que agora, fazia sentido.

Jennie também virou o corpo no banco, curiosa. Provavelmente nem Jin esperou por isso, ao que cruzou seu olhar com o meu naquele mesmo instante.

— Que recado, filha?

— Que ela quer ver ele de novo. Ela disse que aaaaama ouvir a voz dele cantando e que eles tem os olhos redondos parecidos. Dei risada, lembrando em como os olhos do titio Jun são fofos e engraçados! — gargalhou, simplesmente nos dizendo tudo aquilo como se não fosse nada.

Senti um aperto no coração.
Mas não era um aperto ruim.

E sim porque eles iriam se encontrar novamente.

Respondendo de maneira menos agressiva e modificada para a garota esperta que criou os seus próprios questionamentos após revelar tudo aquilo para nós, eu mandei tudo para o Jimin momentos depois.

Consequentemente, como Jungkook soube de tudo muito cedo, talvez receberia o recado.

💸

[JIMIN]

No dia seguinte, acordei e tomei um belo café gostosinho com o Jun bem cedinho.

Recebi uma ligação de Namjoon, me dizendo que iriam começar com todo o processo em relação a irmãzinha de Jungkook, me mantendo informado.

Não fazia ideia de como, mas não comentei com o Jun, queria protegê-lo de tanto estresse.

Naquele momento, eu estava me arrumando.

Eu e Jungkook iríamos ao parque de diversões que combinamos, a famosa Lotte World, aproveitando que no dia seguinte, os nossos compromissos voltariam com tudo.

No meu caso, eu teria uma reunião de trabalho. Como eu estava fora ultimamente por conta do terror que aconteceu nas nossas vidas, era necessário me manter informado.

— Uau. — Jungkook entrou no meu quarto e sentou na cama com tudo, de braços cruzados enquanto me analisava de costas. Eu estava me vendo no espelho.

— Acha que eu deveria cortar o cabelo?

— Não, você tá lindo. Por quê? Quer cortar?

Dei de ombros, me virando pra ele.

— Eu tô bonito assim?

— Preciso dizer o quanto fica cada dia mais lindo, loirinho?

— Tá, vou relevar seus elogios excessivos porque estou animadinho pra ir no parque. — voltei a me analisar no espelho do guarda-roupa, arrumando a minha calça.

— Elogios excessivos não, fatos.

Por fim, se levantou e deu um tapinha na minha bunda. Levei de graça.

Eu até resmungaria, mas Jungkook me abraçou por trás, envolvendo os seus braços no meu corpinho, observando no espelho os nossos corpos se enrolarem quase em um nózinho.

Jungkook arrastou a gola da minha camisa para o lado e fez um caminho de beijos em meu ombro até chegar no meu pescoço, o que me fez soltar uma risadinha com as cócegas que senti.

— Não quero perder muito tempo, vamos lá logo antes que aquele lugar se encha de filas. — avisei.

— Sim, senhor. — fez o que mandei, afastando-se.

Não posso mentir, queria que ele continuasse a ficar agarradinho assim comigo por mais tempo. Ou o dia todinho...

Chegando lá, corri pra primeira coisa que eu queria fazer. Me senti uma criancinha entusiasmada com as luzes, com tudo.

— O que é isso? — Jungkook parou ao meu lado. Rapidamente, coloquei uma tiarinha de sapo em sua cabeça.

— Tiaras de casal! — voltei minha atenção para a vendedora da lojinha. — Eu vou querer duas!

— Mas aí eu ter que usar essa caramba aqui agora? — apontou para a sua própria cabeça. Ri e afirmei com a cabeça.

— O dia todo. Eu também vou usar, olha! — peguei o outro idêntico, colocando em mim. Então, vi ele abrir um sorriso grande.

— Certo, se isso te faz sorrir desse jeito lindo, eu uso até uma melancia na cabeça. — gargalhei.

— Ficou fofinho. — mexi na sua tiarinha, ficando na ponta do pé.

Passei o meu cartão para pagar a moça e peguei as duas para nós dois usarmos o dia todinho, enquanto nos divertiríamos.

— Qual brinquedo quer ir primeiro?

— Hum... Não sei ainda...

— Já sei! Porra, sim! — exaltou-se de repente, até me assustei. Apontou e eu automaticamente segui o seu dedo. Fechei a minha expressão no momento em que vi. — Aquele barco radical. Ali, bora!

Ah, não...

Em um passe de mágica, Jungkook ficou mais animado do que eu. Passou direto por mim para ir no brinquedo desejado, pegando na minha mão.

Só que eu não saí do lugar.

Ele virou pra mim na hora.

— Não, Jungkookie...

— O quê? Por quê? — se aproximou, sem compreender.

— Olha aquilo! É muito rápido e muito alto...

— Foda pra caralho, não? Deve dar mó frio na barriga. Nem é tão rápido assim!

— Claro, dá frio na barriga e aproveita pra tirar a sua alma do corpo também, né?!

— Amor... — riu, não se aguentando muito. — É sério que você tá com medo de um brinquedinho mixuruca?

— Mixuruca? — fiquei de boca aberta.

— Sim, não chega nem perto de um que eu fui com o Nam uma vez em outro parque, o bagulho era insano, voava, sei lá, rodava a gente e o pessoal ficava até de cabeça pra baixo. — só ao me contar, senti desespero. — Namjoon passou mal, mas eu repeti a ida umas três vezes.

Pobre Namjoon.
O que teve que passar com esse sujeito radical, não é brincadeira.

— Acontece que você é corajoso pra essas coisas, já eu não sou. Quer me matar de ansiedade? E o medo do brinquedo quebrar e eu morrer?

— Coradinho, qual é... — enlaçou seus braços em volta do meu corpinho, abraçando-o e ainda olhando em meus olhinhos. — Nada vai acontecer com você. Eu te protejo.

— Mas... É que... Não é melhor deixar esse por último? Assim, talvez eu tome coragem. — eu sabia que provavelmente não, mas precisava encarar.

— Então, pra onde o meu amor quer ir primeiro?

— Aquele carrossel fofinho. — apontei, e ao ver, Jungkook voltou a olhar pra mim com a mesma cara que fiz quando ele falou do tal barco radical.

— Sério?

Sorri largo.

— O que eu não faço por você? — se distanciou somente pra pegar na minha mãozinha. — Tá bom, vamos no carrossel.

Nunca vou me esquecer desse dia. Foi a primeira vez que nos divertimos juntos tão ingenuamente em um parque de diversões, principalmente depois de todo o caos que envolveu a nossa história. Caos atrás de caos.

Caos que tiveram os seus ciclos finalizados.

Tiramos fotos, gravamos vídeos pra deixar tudo guardado na galeria, passeamos e compramos lembrancinhas, indo em brinquedos dos tranquilos até os razoáveis.

Por fim, fomos sim, no brinquedo maluco que o Jungkook tanto queria.

Eu nunca gritei tanto em toda a minha vida.
Morri de medo, quase entrei em pânico quando aquilo subia para ir de um lado para o outro, mas toda vez que eu fechava os olhos, Jun percebia o quão assustado eu estava e me apertava contra ele.

O dia foi perfeito.
Tudo, tudinho.

— Falando sério agora, achei caro pra caralho esse espeto do cão. — dizia o meu namorado, em relação ao dogkebi* que comíamos.

— Mas é gostoso, não é? — mordi, enquanto caminhávamos pelo parque. O castelo bonitão ficava logo atrás.

— Sim. — admitiu. — Tirou fotos o suficiente? Quer que eu tire mais?

— Nah, tiramos muuuitas. — riu. — Tá ótimo por hoje!

— E o que vai fazer amanhã?

— Amanhã vou pro trabalho, esqueceu? Tenho reunião, inclusive.

— Ah, pode crer. Em compensação, eu também vou pra empresa. Estamos correndo mais com o videoclipe e cancelamos a viagem pra Califórnia.

— Oh, sério?! — o encarei surpreso. — Por quê?

— Estamos gostando dos resultados caseiros, o bagulho tá profissional, vai achando. — soava todo orgulhoso. — Quem me conhece, sabe que eu me arrisco.

— Eu percebi, alguns videos de prévia seus estão virais.

— Porra, nem me fale.

— Ai, esse meu namorado famoso... — facilmente me gabaria por isso sempre. Principalmente por ele ser talentoso. — Oh, lembrei...

Era pra eu ter conversado sobre isso bem antes com ele, mas os pensamentos só me pegaram agorinha.

— Jun, você... — parei de caminhar, virando o meu corpo pra ele. Jungkook fez o mesmo, mas continuou a morder o salgado.

Como eu perguntaria isso?
Melhor, como eu entraria no assunto?

— Eu te disse que faríamos você e a sua irmã se encontrarem, sim?

Jungkook tornou-se mais atento, agitando levemente a cabeça em um "sim", apertando os lábios.

— Namjoon e Jin foram conhecê-la. E ver como estava a situação... — Jeon pareceu entrar em alerta, como se as anteninhas ligassem. Curioso também, sendo mais específico.

— O que eles disseram? Ela tá bem?

— Ela está morando com a mãe. — Jun suavizou a expressão, mas não me pareceu muito feliz.

— Pelo menos tá bem cuidada?

— Namjoon me disse que sim, mas que suspeita. Jennie foi com eles porque aproveitou uma queixa de algum vizinho sobre maus tratos.

— Maus tratos com a filha?!

— Pelo que eu entendi...

— Cara, de novo?! — soltou o ar, incrédulo. Negou com a cabeça, sem crer. — Inacreditável, como uma pessoa pode não evoluir e reproduzir toda a merda novamente?!

— Existem pessoas assim no mundo, não temos muito o que fazer... — levei minha mãozinha ao seu braço e acariciei, acalmando-o. — E Namjoon me pediu pra que eu passasse um recado da sua irmã.

— Um recado? — franziu o cenho. — Espera, ela me conhece? Sabe que tem um irmão?

— Vocês dois se conhecem. — contei. — Ela se chama Jeon Jangmi. Jin disse ao Nam que você falou com ela na sorveteria e que ela te entregou uma foto, dizendo que gostava de você cantando. Ela e a Hanna são amiguinhas. Isso aconteceu?

Depois de me escutar, Jungkook desviou o olhar e me pareceu estar passando um filme em sua mente. Seus ombros caíram, o ar saiu pela sua boca e o reconhecimento despontou no seu rosto, como se agora, fizesse mais sentido.

— Jangmi... — calmamente levou a mão à boca. Jungkook estava surpreso. — Ela...

— Lembra dela?

— Sim! Eu... — respondeu, convicto mas ainda assim, contorcendo o rosto aparentemente tentando lembrar de mais detalhes. — Ela havia me dito que o pai dela guardava aquela foto que ela me mostrou. Então, era... Aquele idiota?

Apesar de não ter estado presente quando aconteceu e quando se encontraram sem intenção, senti um aperto.

— Caralho, como eu não percebi no momento em que ele disse ser o meu primo? Aquele baristinha literalmente disse na minha cara naquele dia que ela era a prima dele!

— Mas antes não tinha mesmo como você saber, você sequer sabia que ele era seu primo ainda, Jun.

— E quando você me contou que eu tinha uma irmã, eu já sabia que ele era, Jimin. Esse é o ponto, eu nem juntei as peças.

— Como iria quando acabou de descobrir uma irmã? Quem é que pensaria direito? Isso não é culpa sua. Não me diga que vai se cul-

— Não vou. — respirou fundo. — Tá tudo bem, eu só... Porra, nem passou pela minha cabeça.

Seus olhinhos pareceram perdidinhos.

— Namjoon disse que os olhos de vocês dois são idênticos...

Ele me encarou como um cachorrinho perdido dessa vez. Apesar de parecer fofo, eu sabia que ele estava extremamente sentimental por conta da sua irmãzinha.

— Precisamos tirar ela das mãos daquela mulher.

— Jungkook, você sabe que não é bem assim.

— O quê? Vão deixar uma criança com ela depois de tudo que esses dois aprontaram comigo? Que ela repita todo o processo e destrua o psicológico da minha irmã batendo nela?!

— Mas pra isso dar certo... — aumentei meu tom de voz um tantinho, apenas sobrepondo o seu e praticamente o cortando assim que terminou de falar, não lhe permitindo adicionar mais nada. Continuei: — A sua ajuda vai ser necessária.

— Eu tenho que fazer alguma coisa? Como-

— Tem que depôr contra aquela mulher. Contar a sua história e o seu medo de que ela se repita com uma nova criança inocente. Exatamente tudo que me disse agora. — expliquei.

Ele abaixou a cabeça, pensando.
Jungkook não esperava por isso, era nítido.

— Isso não acabou ainda? — me olhou, um pouco decepcionado. — Mesmo com aquele cara preso, ainda tem mais? Tenho mesmo que cuidar dos vestígios que esse canalha deixou? Vestígios que são literalmente as merdas que ele fez e a mulher ignorante que deixou de sobra?

— Jun, eu entendo se não quiser, eu entendo, você sabe que sim! — me aproximei mais dele, tentando acalmá-lo. Acariciei a sua bochecha, com os meus olhos fixos nos seus. — Então, pode se sentir livre pra dizer que não quer participar disso e só observar de longe.

— Eu quero salvar a minha irmã. — disse, logo após. — Eu realmente quero salvar ela daquelas pessoas e daquele mundo escuro, Jimin.

— Amor... — me senti de mãos atadas, mas aproveitei pra segurar as suas. — Esquece isso se for te fazer mal, eu só quero ver o seu rostinho feliz pra sempre...

— Não vai me fazer mal, eu realmente preciso tirar ela dali. — correspondeu, me apertando contra si. Ele precisava de um abraço agora. E foi o que eu fiz, mesmo Jungkookie dando continuidade: — Eu falo, sabe? Eu posso falar tudo que quiserem ouvir de mim sobre o meu passado, não tem problema, não me afeta mais.

— Não mesmo? — receoso, me afastei um pouco e olhei pra ele.

— Nunca mais. — reforçou. — A única coisa que me afeta nesse momento é pensar que ela pode estar sofrendo também ou pior.

— Você vai ser um irmão incrível. — as palavras acabaram saindo.

— Posso tentar. Ela vai acabar precisando de outro responsável, por isso fico pensando com quem vão deixar a minha irmã se prenderem aquela mulher depois de tudo que compactou no passado e provavelmente agora.

— Pensa em ficar com ela? É um processo que pode demorar, mesmo que dê tudo certo-

— Sim. — respondeu, sem pensar tanto. Mas continuou sem tanta confiança: — Talvez. Eu acho que posso cuidar dela.

Pensei um pouco ao ouvir essa resposta.
Foi aí, que...

— Eu também posso. — afirmei, ainda agarrado nele e encarando o seu rostinho. E disse, com todas as letras: — Podemos cuidar dela juntos.

💸

Hoje era dia de reunião. Esperei Jungkook chegar da empresa no apartamento pra que eu pudesse lembrá-lo mais uma vez. Tentei distrair sua mente de todo o assunto sobre a sua irmã.

A questão foi que ele voltou bem mais rápido do que eu esperava.

Fui direto pra sala quando ouvi a sua chegada.

— O que foi? — caminhei até ele, estranhando um tiquinho. — Voltou?

— Sim, acabei nem indo. Achei melhor avisar antes. — logo, me fitou de cima à baixo.

Na verdade, mais especificamente a minha roupa. Blusa preta de gola alta e uma calça social também na cor preta. Franziu o cenho.

— Você ia assim?

— Ué... — também reparei na minha própria roupa. — Sim? Ficou feio?

— Não acha que deveria adicionar mais alguma roupa aí? — desta vez, colocou as mãos na própria cintura. Fiquei surpreso até demais.

— Como assim, endoidou? Eu tô completamente vestido! Dos pés a cabeça! — tive que me analisar de novo.

— Essa blusa fica muito apertada em você, dá pra ver seu piercing daqui. — dizia, sério, cerrando os olhos para o foco que queria. — Fora que você fica perfeito de preto.

— Oh, é mesmo? — em compensação, eu não havia reparado na blusa mais apertadinha, mas decidi provocá-lo de volta por pura boa vontade. Ele não se incomodaria ao me ver usar qualquer coisa, eu sabia que era provocação. E de bônus, ele particularmente morria de ciúmes dos meus piercings. — E o que tem?

Segurei a minha risadinha ao começar a notar sua postura mudar.

— Amor, tipo... — se aproximou, e na minha cabeça estava um: "lá vem".

Deixei ele falar, levantando as sobrancelhas e cruzando os braços. Mordi o lábio conforme via ele perto de mim, com vontade de tascar-lhe um belo beijo.

Sem que eu fosse rápido o suficiente pra pegar no flagra, Jungkook simplesmente levou seus dedos ao meu piercing no peito cobertinho pela blusa. Em reflexo, tirei sua mão dali.

— Ei!

— Não percebe que fica extremamente gostoso com essa blusa apertada? — suas mãos vieram até as minhas curvas. — E acentua essa sua cinturinha linda...

— Hum, entendi... — sorri travesso, colocando meus braços em cima de seus ombros. — Por isso não quer que eu saia assim? Só você pode me achar gostoso? Ou ficar tocando desse jeito em mim?

— Cadê aquele loiro bonzinho que mal dizia coisas de duplo sentido?

— Eu sempre fui ele, você só se tornou a minha má influência. Satisfeito? — ainda com a malícia em minha expressão, juntei meus lábios aos seus, devagarinho.

Mas com uma sincera vontade...
A qual infelizmente não poderia ser saciada no momento por motivos meio óbvios.

Jungkook pareceu não entender a situação, simplesmente me empurrando subitamente contra a parede com a boca colada na minha. Seus dedos alcançaram o meu piercing novamente.

— Não, Jun... — separei-nos, mas sendo mais específico, acabei dificultando ainda mais ao virar os nossos corpos e o dele ser aquele que ficou com as costas contra a parede do meu apartamento. — Precisamos parar, depois continuamos.

Mesmo desejando, resolvi me afastar.

— Poxa, amor, eu queria tanto... — ele segurou minha mão, me impedindo de ir e quase me implorando pra ficar ali com ele.

— Eu também... — fiz beicinho. — Mas temos coisas importantes pra fazermos hoje... — mordi meu lábio, morrendo de vontade, mas eu iria me atrasar e provavelmente ele também. E isso só prolongaria o processo.

— Você é mau. — me largou, ficando bravinho. Eu ri, indo até o sofá e pegando o meu jaleco branquinho. Ele observou tudo no mesmo lugar, se ajeitando. — Espera, puta merda, que burro!

Virei o rosto sem entender, ele empurrou os cabelos para trás.

— Agora eu entendi, você vai colocar isso, né?

— Sim. — ajeitei o jaleco em mim, colocando-o em meu corpo e automaticamente cobrindo toda a roupa de baixo. — Por quê? Pensou mesmo que eu iria daquele jeitinho?

— Tinha me esquecido. — coçou atrás da cabeça, pego no pulo.

— Quando vai parar de ser tão ciumento, hein, Limãozinho? — cruzei os braços e cheguei perto dele. — Ainda não tem certeza de que esse corpinho aqui só você pode tocar?

— Foi mal, pô, pensei-

Dei risada, inclinando o corpo para frente.
Ele levou à serio, parando de imediato.

— Eu gosto, bobinho. — abracei-o envolvendo meus bracinhos em seus ombros somente para dá-lo um selinho em seus lábios. Ele me encarou ainda sério e fofo. — Adoro os seus olhinhos.

— Os seus são mais lindos. — rebateu. — Pensei que ia reclamar do meu ciúmes.

— E quando foi que eu reclamei? — quis rir. — Ai, esse Limãozinho...

Distanciei nossos corpos e fui até o meu quarto pegar a bolsa que levava todos os dias pra ir.

— Bom, agora, terei que ir, Limãozinho. — voltei até ele. — Você também não tem que se apressar?

— Ah! Na real, eu ia te perguntar mais uma coisa. — recordou-se, enquanto pegou no celular e digitou algo. Parou, me encarando. — Topa ir direto pro estúdio depois do trabalho?

— Ahn? — arregalei um pouco os olhinhos, segurando a bolsa grande no ombro.

— Eu levo você pro trabalho, neném. — a pegou, segurando pra mim. — Mas sobre as gravações, que horas você sai da reunião?

— A reunião é daqui a pouco, por isso tô indo mais cedo, mas acredito que hoje chegarei mais tarde... — pensei. — É, provavelmente de noite.

— Então, melhor, você quer me assistir algum dia desses? Já que meu namorado lindo não aceitou o meu convite sincero pra ser meu parceiro no videoclipe... — mostrou-se decepcionado com uma decisão que eu nem sequer tomei.

— Oras, mas eu não disse nada, Jun!

— Justamente por isso, agora eles já arranjaram uma atriz e fizemos as cenas com ela. — deu de ombros. — Só uns ajustes aqui e ali e fim.

— Eram muitas cenas?

— Não, são só algumas pra dar sentido pra música e tal. — disse, e levantou as sobrancelhas ao se inclinar pra mim, falando bem perto. — Ela é famosinha, confesso.

— Quem é? — me mantive focado, curioso.

— Te apresento no dia. Aposto que já se deparou com ela em algum dorama que você gosta.

— Mentira, sério?! E o que ela vai ser no clipe?

— Minha namorada.

Foi como se a minha alma alegre e espontânea tivesse voado do corpo.

— Relaxa, basicamente sou eu tentando reconquistar ela todos os dias com os meus charmes.

Dei um soco em seu braço.
Ele resmungou.

— Até que horas vai essa gravação toda?

— Ficou bravinho, foi? — sorriu, levantei meu punho pra dá-lo novamente e ele segurou na hora ainda no ar, sem tirar aquele sorrisinho malandro do rosto. — O dia todo praticamente, preciso terminar as vozes e vou ficar com eles pra ajudar na edição também. Acertamos que o videoclipe sai semana que vem, vai até ser divulgado hoje.

— Acha que eu não acompanho? Já sei de tudo, meu querido. — endireitei a postura, sentindo-me o maioral. — E eu vou. É claro que eu vou, quero ver como vai ficar tudo pessoalmente!

— Perfeito, baixinho, só me confirma quando vai poder. — acariciou minha bochecha e eu bati em seu braço. — Pô, que agressividade é essa hoje, Coradinho?!

— Baixinho é o seu-

— Olha o palavrão... Tsc. — me interrompeu, levantando o indicador pra mim, cheio de gracinhas. — Esqueceu que tem que ser mais carinhoso comigo? Eu fui atingido cruelmente.

— Para de lembrar disso! — comecei a ficar emburrado de verdade. Ele fez biquinho e veio pra cima de mim.

— Oh, meu bebê... — me deu beijinhos por todo o rosto. Tive que deixar, eu também não resistia a nada do que ele fazia. — Tá bom, desculpa, desculpa...

E lá estávamos nós, como se ninguém fosse nos achar malucos em cima da moto na rua. Agarrei Jungkook com um de meus braços e o outro levantei ao ar, sentindo o ventinho.

Dizem que tudo acontece por acaso.
Mas gostaria de adicionar um novo pensamento:

O acaso, poderia ser como nos encontraríamos na vida. Digo, eu sei que nos encontraríamos, mas poderia ser em qualquer lugar, em qualquer situação ou circunstância.

Mas o nosso amor, não aconteceu por acaso.
O Jun e o Joo sempre foram um do outro.

💸

Meu Limãozinho 💚💏
| cadê você neném 😰😢😭😩😡

Calma!!! |
Vou sair do trabalho daqui a pouco! |

Meu Limãozinho 💚💏
| que saudade... 😮‍💨

Saudade do quê? |
Acabamos de nos ver 🤣🤣🤣 |

Meu Limãozinho 💚💏
| Ixi, eu nunca disse que era saudade de se ver, meu amor lindo

E o que é? |

Meu Limãozinho 💚💏
| 😈🫵🏻🍑🍆

NOSSA JEON TCHAU PQ VC É ASSIM?!! |

Desliguei a tela do celular e comecei a rir. Estava no escritório e estava louco pra contar que aquele escritório era meu de agora em diante.

Em que momento eu finalmente realizei o sonho de trabalhar como veterinário, de trabalhar com o que eu queria desde o começo?

Se passaram alguns dias depois do aniversário de Jun e do nosso passeio memorável no parquinho de diversões, e estava tudo bem.

Na realidade, estávamos fazendo nossos devidos trabalhos e nos encontrando quase todos os dias, porém, mais brevemente do que esperávamos.

Eu arrumei as minhas coisinhas, respondi as mensagens de Namjoon sobre a irmãzinha de Jungkook, e saber que provavelmente ele teria que enfrentar toda a sua história novamente, me dava um embrulhinho no estômago.

Mas eu sabia que Jun havia se fortalecido muito mais agora.

Recebi uma ligação.
Era o próprio.

— Sim? — peguei a minha bolsa um pouquinho pesada, prestes a sair da sala e me despedir do pessoal.

Desce, tô aqui te esperando.

— Espera, você tá aqui embaixo?! — abri a porta.

Sim, Coradinho.

— Park? — olhei para o lado e vi um dos nossos veterinários mais novos da empresa. Ele se aproximava, mas parou de imediato ao que viu o celular. — Oh, desculpe, você está no telefone.

— Tudo bem, só um minutinho. — pedi para o garoto incrivelmente mais alto do que eu mesmo que mais novo. — Jun, já estou descendo, beijo.

— Já vai embora? — perguntou, assim que desliguei.

— Isso, vou sim. Meu namorado está me esperando.

— Ah, ele está?! — animou-se, mas perdeu a emoção toda em questão de segundos, encolhendo os ombros. — Era sobre isso que eu queria falar com você antes, mas achei que seria um pouco invasivo...

Fiquei um pouco sem graça, primeiramente porque a minha confiança nas pessoas não era a mesma de antes.

— Pode falar. O que foi?

— É que na verdade, eu meio que acompanho o seu namorado nas redes sociais. Tô ansioso pra ouvir o debut dele. — abriu um sorriso genuíno. Oh, agora eu entendi. Era um fã. Ele apertou a pasta que segurava contra si, retraído. — Ele está bem? Soube pela empresa que ele tinha sofrido um acidente.

— Ah, sim, está sim! — afirmei. — Foi apenas um susto, não se preocupe.

— Que alívio! Só queria que passasse o recado de que admiro muito a voz dele e estarei esperando ansiosamente pelo clipe e pela música.

— Mas é claro que eu passo! Ele vai amar saber disso. De verdade. — sorri de imediato, orgulhoso do meu namoradinho.

— Obrigado, Jim... Digo, Park! Desculpa! — ele corrigiu, achando que havia cometido o maior erro da vida. Eu ri.

— Fica tranquilo, pode me chamar de Jimin.

— Obrigado, Jimin! — vi a felicidade estampada em seu rosto. Ele fechou um dos punhos e o levantou, me desejando força: — Fighting! A música vai estourar nas paradas musicais! Até mais!

Ele acenou, ainda um pouco tímido e foi embora, me fazendo uma leve reverência e passando por mim. Tive que sentir o meu coração quentinho pelo meu namorado, afinal, ele estava apenas no começo de sua carreira.

Jungkook estava literalmente em frente ao prédio. Eu me aproximei da moto assim que o reconheci de longe com o celular na mão e sem capacete, chamando a atenção sendo estiloso do jeito que geralmente era.

— Por que parou aqui? Tá todo mundo olhando pra gente! — me aproximei o suficiente pra que só ele pudesse ouvir e imediatamente peguei o outro capacete.

— Olhando o quê? Nada, fica tranquilo. — me deu um beijinho na bochecha repentinamente. Encarei-o com repreensão.

— Vamos logo!

— Por que a pressa? Tá com vergonha? — Jun tombou um pouquinho a cabeça para o lado e observou bem o meu rostinho, provavelmente analisando as minhas bochechas. — Uau, você fica lindo com esses óculos redondinhos. Por que nunca me mostrou?

Oh, não. Eu esqueci completamente de retirá-los quando saí do trabalho.
Abaixei a cabeça instantaneamente.

— A-Ah, eu uso pro trabalho, só. Não é nem obrigatório, é mais pra enxergar de perto. O meu olho mais claro é sensível, você sabe. — expliquei. Em seguida, o encarei, vendo a sua visão ainda direcionada em mim. — Podemos ir?

— Ficou fofo pra caralho... — disse. — Deu mais vontade de te beijar, sabia?

— Jungkook, vamos! — tirei o óculos e coloquei-o pendurado na gola alta da blusa apenas pela pressa, desviando o olhar e de imediato e seguindo para o banco de trás.

Me sentei na sua moto e coloquei o capacete. Escutei uma risadinha sua.

Chegando na Big Hit, descemos e caminhamos de mãos dadas até a entrada. Antes disso, fui questionado:

— Vem cá, de quem era aquela voz masculina na ligação? — me encarou de cenho franzido e eu parei de andar, recordando-me da situação rapidinho.

— Nossa, verdade! Era um dos veterinários novatos, ele terminou a faculdade há pouco tempo, pelo que sei.

— E por que esse papagaio te chamou do nada?

— Jungkook, vai me deixar terminar? Olha como você fala das pessoas! — lhe repreendi. — Ele é seu fã, veio me falar de você!

— ... Meu fã? — arrumou a postura, sentindo-se desconcertado após quase falar mal do garoto sem nem ouvir tudo. Pigarreou. — É mesmo, é?

Tsc, tsc... — neguei com a cabeça, ele me olhou arrependido. — Que péssimo ídolo.

— Oras, e eu tenho bola de cristal agora? — deu de ombros, tentando se justificar. — Só tenho duas que não preveem o futuro.

— Meu pai amado... — abaixei a cabeça e cobri o rosto com uma das mãos, rindo.

— O que ele falou?

— Tá curioso? — o encarei e levantei as sobrancelhas duas vezes seguidinhas.

— Lógico. — continuei em silêncio, com um sorriso debochado. — Porra, foi mal, chamei o maluco de papagaio sem querer. O que ele disse sobre mim?

— Ele disse que está torcendo por você. Primeiro, perguntou se você está bem depois da nota que a empresa deu sobre o "acidente". — fiz aspas. — E depois, disse que está esperando pelo lançamento do seu videoclipe, pelo seu debut. Disse que acompanha você nas redes sociais.

— Caralho... — vi um sorriso abrir-se minimamente em seus lábios. — E como ele sabe que eu sou seu namorado?

— Todo mundo sabe, eu contei. — sorri amarelo, fechando os olhinhos.

— Como é que é?

— Eu gosto de me gabar sobre o meu namorado.

— E sai falando de mim pra todo mundo?

— Uhum. Ainda por cima, sempre que você me liga, eu te chamo de Jun. É o seu nome artístico, afinal.

— E as pessoas interesseiras?

— Eu posso lidar com elas. Acabei aprendendo sobre amizades depois de quebrar a cara com você sabe quem. — calmamente disse.

— Sei, aquele filho da puta. — mas Jungkook não era tão calmo quanto eu. Portanto, mudei o rumo do assunto.

— Ok, chega, vamos entrar, tá de noite mas você ainda tem trabalhos pra finalizar e é bom fazer isso o mais rapidinho possivel! — segurei em sua mão e entrelacei os nossos dedinhos, finalmente entrando no local. — Comeu?

— Comi, e nunca mais reclamo de comida nenhuma depois daquelas gororobas cor de bosta do hospital.

— Como é mal agradecido...

— Eles literalmente devem pegar um punhado de comida e macetar tudo junto pra virar uma meleca. — comentava, e eu continuei rindo.

💸

Jungkook estava na última gravação da sua voz.
E eu, comendo algumas batatas fritas.

A atriz que gravou com ele foi embora bem mais cedo do que eu esperava. Eu quase tive um surto quando a reconheci de My Name, e vendo o quão simpática ela era ao vivo. Me senti todo quando ela elogiou os meus olhinhos antes de ir.

Eu estava começando a achar minha heterocromia bem bonitinha.

Agora, eu estava mais tranquilo.
Antes, fiquei impressionado quando ouvi a música. Em choque, mesmo esperando de tudo vindo do meu namorado.

Não só pelo fato de que era uma música chiclete, gostosa de ouvir e pela voz dele estar perfeita no encaixe, e sim porque...

— Terminamos! — o produtor finalizou, e Jun levantou seus braços pra cima em um finalmente.

Bati palminhas, sorrindo orgulhoso do meu namorado gatinho saindo do estúdio de gravação. O pessoal começou a arrumar e guardar tudo que precisavam para fechar.

Eu me levantei, e apesar de ver o Jun frequentemente, estávamos nos tornando pessoas um tanto ocupadas nos últimos dias.

Entretanto, não sei bem se esse era o verdadeiro motivo de eu ter lhe achado tão, mas tão atraente e desconcertante do nada ao vê-lo simplesmente pegar uma garrafa de água em cima de uma mesinha qualquer e beber.

Me deu uns negócios internos.

— Que horas são? — perguntou, antes de beber tudo.

— Ah, são... — retornei ao meu consciente por segundos, pegando no meu celular. — Caramba! Onze horas da noite!

— Já?! — também se assustou. — Porra, foi produtivo. — riu. — Um momento, amor, vou me despedir do pessoal e vamos embora. — assenti, e ele me deu um beijinho. Pisquei algumas vezes como se eu estivesse...

Tímido? Sério? Por quê?
Minhas bochechas esquentaram.

Acho que indiretamente entendi o que aquele rubor todo significava.

Tesão! Ni-ti-da-men-te! — era Taehyung do outro lado da linha.

Foi o que ouvi após Jun me trazer para o meu apartamento e eu atualizar Taehyung de tudo, ficando sozinho.

Definitivamente é abstinência de sexo. Quantos dias vocês estão sem transar?

— Para de bobagem, talvez seja só o meu namorado ficando mais atraente agora que está finalmente seguindo o sonho dele. — ainda bobo pelas conquistas do Jun, suspirei, enquanto fazia um cafézinho.

Que porra do caralho, vai ser romântico essas horas?! — revirei os olhos. — Admite que é vontade de dar! Quantos dias?

— Quase uma semana. — pensei melhor. — Não, nossa, verdade, fora os dias que ele ficou no hospital! Meu Deus, faz tanto tempo assim?

— Eita, porra! Achei que isso nunca aconteceria com vocês dois porque parecem dois animais no cio!

Bobo, só ficamos ocupados nos últimos dias, mas e se não for nada disso?

Então, é um pressentimento de que algo vai acontecer?

— Nossa, isso não! De novo, jamais!

Me diz o que é, então, sabidão das ideias.

Tá, eu confesso que fiquei todo mexido quando vi ele gravando aquele clipe, com aquela roupa justa nele por causa dos treinos que ele anda fazendo... — disse. — Bom, claro que, é nítido que ele só fica cada vez mais atraente pra mim. Eu amo muito ele, demais mesmo, sinto vontade de abraçar e beijar ele toda vez que o vejo, algo que nunca mudou desde o começo, mas parece que esses dias, essa vontade só aumentou.

Hum, tem mais alguma coisa a dizer?

— Mas e você? Não tem nada a dizer sobre isso?

Quer que eu diga o quê? Que você só tá amando ele cada dia mais? Isso é óbvio! Mas e aí? O que mais?

Mordi o lábio, pensando em algo.

— Sabe, teve um momentinho hoje além daquele que eu te contei sobre após a gravação dele e tudo mais... — comecei, e já sabia o que Taehyung diria depois que eu lhe contasse. — Quando o Jun me buscou hoje no trabalho, quando o vi de longe, já me deu um friozinho na barriga e eu pensei que fosse vergonha por algumas pessoas estarem olhando. Só que ele me viu com o novo óculos que comprei, que eu peguei só pra usar no trabalho e não cometer erros, sabe? Mas ele disse que eu estava fofo, que tinha mais vontade de me beijar e... Eu achei que estava acostumado com essas investidas dele, e até sinto que sim, só que... Acho que me senti diferente, eu diria? Vários pensamentos vieram na minha mente.

Relatos pecaminosos do fofinho e que de inocente não tem nada, vulgo Park Jimin! — brincou, de primeiro momento. — Jimin, isso é muito tesão acumuladooooo! É saudadeeee de contatooooo! Pega esse homeeeeeem!

— Taehyung, você nunca muda! — soltei uma risada. — Mas será?

— É só liberar o que realmente tá sentindo agora em relação a isso. Acha que eu não percebi? Você sabe o que quer, só não quer admitir. Conheço as suas falas disfarçadas!

Percebi, naquele instante, que deixei o café pronto de lado pra fofocar com Taehyung.

— E se eu disser que... — mordi o lábio com um pouco mais de força agora, me apoiando de costas na bancada, um tantinho encolhido ao pensar. — Nem acredito que diria uma frase dessas, mas...

Silêncio.
Decidi continuar.

— Eu quero tanto dar pra ele... Até cansar.

Que Jimin é esse?! Eu vou ter que fazer um chá de comemoração!

— M-Mas calma! — tentei contornar as minhas palavras, colocando uma mechinha de cabelo atrás da orelha, com vergonha. — O Jungkook deve ficar cansado, ontem mesmo ele veio pra cá pra dormir no meu apartamento e simplesmente capotou na cama.

Aham, e esse é o mesmo Jungkook que eu conheço?

— Pra você ver. — ri mais. — Ele disse hoje que tá com saudade disso, mas vai saber.

Pois eu duvido que ele não sinta a mesma coisa, mas você também anda trabalhando bastante. Ele pode pensar o mesmo sobre o namorado dele. — falou, confiante. — Ai, ai, esse Jimin safado só renova o vocabulário. E que história é essa de óculos? Seu melhor amigo exige uma foto!

— Abre a câmera, vou te mostrar agorinha!

Fui para o quarto e peguei o óculos meio redondinho em cima das roupas que joguei na cama antes de ir tomar um banhozinho. Aceitei a transferência da chamada de voz para a chamada de vídeo e logo vi o carão do Taehyung, agora comendo um pedaço de pizza.

Vai, cadê?

Coloquei-o em meu rosto depois de jogar as roupas de qualquer jeito dentro do meu guarda-roupa. Sentei na cama e mostrei.

Tete semicerrou os olhos e aproximou mais o celular de sua face, tentando ver bem.

Puts, tu rejuvenesceu uns dez anos. Tá parecendo um adolescente! — comentou.

— Que exagero! — revirei os olhos.

Mas que fofura, viu, agora eu entendo o Jungkook. Tsc.

— Você acha que eu fico bonitinho? — comecei a virar o meu rosto de um lado para o outro cuidadosamente.

Fica extremamente lindo!

— E você, bebê? O que achou? — Limão subiu na cama e eu perguntei pra ele também. Passou direto por mim, dando as costas. Fiz uma careta de reprovação, levando aquele comportamento pro coração automaticamente. — Me achou feio, foi?! Folgado, era só falar!

— Ele tá falando com o gato! É brincadeira, isso? — gargalhou. — Amigo, aceite que tudo em você fica-

A minha campainha tocou.

— Caramba, uma hora da manhã? — vi no celular. Taehyung entrou em alerta e eu em surpresa.

Chama o Jungkook agora. Eu vou até sua casa também se for preciso, mas vê quem é primeiro.

Tae, dá pra parar de ser paranóico? — falei mais baixo, me levantando e indo até a sala.

Direto pra porta, ouvindo a campainha tocar mais uma vez e a minha ligação ainda intacta com Taehyung, decidimos manter o silêncio.

Olhei direto no olhinho mágico.

, quem era essa hora da noite, né?

— Adivinha? — comentei com Taehyung, alargando um sorrisão no rosto e abrindo a porta.

— Boa noite, príncipe. Será que este humilde homem pode entrar neste castelo? — Kookie apareceu na minha frente segurando uma mochila, sorrindo pra mim também.

Ih, caramba, entendi tudo, vou desligar que o bagulho vai ferver. Uma boa noite! — meu melhor amigo literalmente desligou no mesmo instante.

— Oh, calma-

É, o folgado desligou.

— Tava conversando com o Tae?

— Sim, batendo um papinho. — abri mais a minha porta e dei espaço pra que ele pudesse entrar, meio sem graça pela conversa que estive tendo antes.

— Que cheiro gostoso. Fez café? — tirou os sapatos e passou por mim. Eu estava me sentindo estranho de novo, inalando seu perfume forte.

— Fiz. Quer um pouquinho? — tranquei a porta devidamente. Ele seguiu o corredorzinho e colocou a mochila no chão, ao lado do sofá.

— Nada, tô cheio de tanto comer hoje.

— Eu também! Eles dão bastante comida. — ri. Jungkook veio pra mais perto de mim, com as mãos dentro dos bolsos da calça.

Já não bastava ele usar somente uma regata branca, mostrando os braços bonitos e as tatuagens que eu tanto era apaixonado desde o primeiro momento. Era muita coisa pra mim naquela hora da madrugada.

— Estranho... Não vai me perguntar os motivos de eu ter vindo momentos depois de ter te trazido aqui e ido embora? — se mostrou desconfiado.

— Deveria? Você sempre vem pro meu apartamento do nada. — fiz graça. Ele riu, e eu senti suas mãos pegarem a minha cintura.

Me arrepiei.

— Decidi dormir aqui hoje também, fiquei com saudade, não aguentei. E sabe por que eu trouxe essa mochila? — continuou, só que falando mais baixo... — Quero ficar uns dias com o meu hyung.

— Não me chama assim...

— Hyung. — sussurrou e eu coloquei o indicador na frente da sua boca.

— Para. — ele tentou morder meu dedinho, mas fui mais rápido ao tirá-lo de sua vista.

— Você gosta. Fica todo cheio de vergonha.

— E como tem tanta certeza de que eu iria deixar você dormir aqui todos esses dias?

— Ah, então é assim? — surpreso, abriu mais um sorrisinho. — Engraçado, na real, não entendi uma coisa em específico.

— O quê?

— Por que as suas bochechas estão tão vermelhinhas, hm? Isso antes de eu te chamar de hyung, porque ficaram mais.

— Estão?! — acho que me senti ainda mais envergonhado.

— Coradinho, Coradinho... — negou com a cabeça. Portanto, ao me ver desviar o olhar, ele levou seu indicador ao meu queixo e levantou meu rostinho. — O que eu poderia ser capaz de fazer vendo você com as bochechas tão coradas e usando esse óculos que te deixa extremamente fofo? Sabe que eu não tenho sanidade alguma com o meu hyung sendo uma gracinha.

— Jun... — pronunciei com um biquinho, na minha mente estava: "se entrega de uma vez". Não desviei mais os meus olhos dos dele.

— Pode dizer.

— Tô com saudade.

Eu admiti, e ele automaticamente me entendeu.

— Do mesmo que eu?

— Sim.

Ele me beijou.
Na hora.

Sem aviso prévio, simplesmente segurou nas minhas coxas e me fez subir em seu colo, deixando com que eu agarrasse seu quadril com as minhas pernas.

Ele me levou direto pro corredor, ainda me beijando muito, enroscando as nossas línguas e nos aproveitando dos lábios um do outro. Também não queria uma mínima separação, estava cheio de desejo.

Mesmo com o quarto escuro, ele me colocou na cama e manteve-se em cima de mim, apertando a minha cintura nua, com o meu pijama de botõezinhos um pouco levantado pelas suas mãos.

— Eu também senti saudade de tocar e de beijar esse corpinho lindo. — beijou minha bochecha, e depois a lateral do meu pescoço. Ele se afastou pra tirar a camisa.

— Imagine eu... — acariciei seu abdômen com a cicatriz, sentindo uma tristezinha momentânea.

Jungkook acompanhou os meus movimentos, antes de vir aos meus lábios de novo.

— Fica tão fofo, mas esse óculos vai atrapalhar... — mais um beijo. — Apesar de me deu vontade de te agarrar a todo momento em que te vi com ele.

— E por que não fez isso?

— Ficamos tão ocupados. O tempo não deixou, ou queria que eu te agarrasse na frente das pessoas? — sorriu.

— Pode tirando o cavalinho da chuva, é um fetiche seu me querer assim em público, por acaso? — perguntei, provocando-o. Jungkook desabotoava a minha blusa.

— Quem sabe... — retirou os meus óculos com cuidado e colocou no móvel ao lado.

Jun voltou a colar os seus lábios nos meus, retirando a minha blusa e a jogando no chão, assim como a sua camisa.

Seus dedos agora, trabalharam em tirar a minha calça, sentindo ela deslizar pelas minhas coxas, até que a sensação evaporasse completamente.

— Pra ser sincero, amor... — sua boca foi parar pertinho do meu ouvido, enquanto os seus dedos passeavam pela minha coxa.

Meus olhos se mantinham fechados e os meus arrepios frenéticos.

— Vim aqui pra cumprir com a minha música...

Minha mente estava nublada.

— Sete dias na semana, o que você acha?

Meus olhos se abriram, e se fosse possível, meus arrepios aumentaram. Nossos olhos acabaram se encontrando, Jeon aguardava a minha resposta com a cara de safado que me torturava.

— Aquela música é literalmente você, Jungkook.

— Sim, falando sobre o meu namorado. — mordi o lábio inferior, mas ele fez questão de assistir e logo em seguida, aproximar seu rosto e também morder ele mesmo o meu lábio, puxando-o levemente antes de soltar. — Sobre o quanto eu quero mostrar o meu amor por ele durante sete dias na semana.

— Transando?

— Errado, quem você pensa que eu sou? E meu Jiminzinho gosta de dizer em outras palavras, não? — fez uma carinha de cínico que só. — O certo é: "fazendo amorzinho".

— A música diz outra coisa...

— Claro, eu nunca disse que queria fazer o certo. Esse pode ser, mas eu não quero. — abriu um sorrisinho de canto. — Foder você é mais gostoso.

Abri a boca um pouco surpreso, apesar de sentir uma palpitação com a confissão que eu nem deveria me surpreender, justamente por conhecê-lo muito bem.

Ele soltou uma leve risada com a minha reação, voltando a beijar a minha boquinha.

Tive uma ideia melhor pra começar, empurrei um pouquinho Jungkook de cima de mim e consequentemente afastei os seus lábios dos meus.

Sem entender, ele provavelmente aguardou alguma fala minha ou incômodo, mas tudo que eu fiz foi sair debaixo dele.

— O que foi? — perguntou, ao me ver pegando em sua mão e o levando pra fora da cama.

Coloquei Jungkook contra a minha parede.

Em seguida, peguei o controle das luzinhas do quarto e deixei ele todinho na luz vermelha.

— Pronto. Agora, quero fazer uma coisinha porque senti saudades e deu vontade. — me aproximei e lhe dei um beijo, demorando um pouquinho pra me desfazer simplesmente por estar viciado em beijá-lo.

— E o que você quer fazer, meu bem?

Respondendo à sua pergunta, agachei e me coloquei de joelhos em sua frente. Jun me seguia com os olhos, quase me devorando só com eles, pra ser sincero. E eu segui com o meu objetivo, pegando na barra de sua calça e descendo ela junto com a roupa íntima.

— Impressionante... — disse, levando seus dedos aos meus cabelos.

Minha mão foi de encontro diretamente com o seu membro, rígido e pedindo pra que fosse estimulado. Eu a movimentei, e olhei pra cima, encontrando os olhos de Jungkookie.

Ele colocou a mão em meu queixo e me fez olhar bem pra ele, mordi o lábio inferior e o assisti abrir aquele sorriso pecaminoso.

— Sabe que nessa posição eu consigo foder sua boquinha sem dificuldades, né? — senti a sua fala como um aviso.

Somente concordei com a cabeça, excitado demais pra pronunciar uma palavrinha.

Ainda o masturbando, sua mão voltou ao meu cabelo, e eu aproveitei a deixa pra passar a língua milimetricamente no seu comprimento.

Senti um aperto em meus fios.
Queria provocar mais, sem de fato, começar.

Lambi de novo, roçando os lábios devagar. Eu sabia que Jungkook não era de ter tamanha paciência principalmente nessas horas, pois parecia mais como uma leve tortura, e é por isso que eu continuei.

Ouvi o seu arfar quando ameacei chupá-lo, somente colocando o comecinho na boca e tirando.

— Jimin, você tá de brincadeira... — soltou, eu sorri maliciosamente. Entretanto, tive meu rosto novamente erguido por ele. — Para de gracinha ou eu não pego leve com você.

— Não? — imediatamente eu sorri, provocando-o pela última vez e pior ainda, passando a língua na pele sensível enquanto literalmente olhava em seus olhos escuros e penetrantes.

— Santinho do caralho... Isso não passa de uma mentira. — soltou meu rostinho, umedecendo os próprios lábios.

— Com você, eu nunca fui, sabe muito bem disso, amorzinho...

— Porra, a próxima vez que você me chamar assim com essa carinha-

Parou de imediato no momento em que lhe peguei de surpresa, o colocando quase todo dentro da minha boca propositalmente.

— Ahh, nossa... — seu abdômen contraiu e ele gemeu baixo, enquanto o chupava lento e o mais fundo que eu conseguia naquele primeiro momento.

Era muito bom quando ele estava assim, na palma da minha mão também.

Eu me aproveitava do que podia, deixando os barulhinhos tomarem conta do meu quarto, lambendo e bagunçando tudo com a minha própria saliva, tendo um objetivo em mente.

— Isso... — dessa vez, ele apertou seus dedos contra o meu cabelo e empurrou a minha cabeça.

Senti-o na minha garganta.

Eu nem segurava mais, deixei com que, além das minhas tentativas de dá-lo prazer por conta própria, Jungkook começou a estocar contra a minha boca. Quase engasguei.

Ele pegava no meu cabelo e puxava, tirando a minha boca do seu membro e formando fios de saliva, empurando-me com tudo novamente, enquanto gemia e eu adorava ouví-lo, satisfazê-lo.

Foi ficando mais rápido conforme as suas investidas e as minhas, e por mais maluco que pareça, Jungkook já me parecia bem longe. Ele tentou parar pra não gozar tão rápido, mas eu não ajudei em nada, apenas continuei a chupar, lamber e vê-lo reagir.

Foi quando ele gozou na minha boca e boa parte em meu rosto também.

— Caralho, não é possível... — um pouco ofegante e com seus olhos fechados, a cabeça recostada na parede, Jungkook recuperava as energias.

Que tinha de sobra, isso eu sabia muito bem.

E vendo assim de baixo, que visão.
O corpo dele era uma obra de arte.

A partir do momento em que ele abaixou a cabeça e me pegou sorrindo, lambendo os lábios, pude decretar que aquele foi o meu fim.

Jungkook se inclinou até mim e me levantou com tudo, me jogando na cama. Vindo pra cima de mim, automaticamente me virou de costas, não dizendo mais nada, apenas levantando o meu quadril e me deixando de quatro pra ele.

— Jun-

— Calado. — me deu um tapa forte na nádega. Senti como se fosse dentro de mim, me dando um frio no baixo ventre. — Pretendo te foder até você dizer chega.

Tudo bem, mas eu não garantia nada.

Esperando ansiosamente e sem vergonha alguma disso mais, não conseguia ver nada, somente sentir.

E o que eu senti me deu um choque no meu corpo todinho.

Sua língua dentro de mim.

Eu mal consegui gemer direito, fechei os meus olhos e a minha respiração parou de funcionar normalmente, quase me engasgando com a minha própria saliva.

— Amor... a-amor... — ele me abriu mais, continuando a lubrificar o músculo em meu íntimo.

Quando acabou, eu me senti vazio, mas não havia tempo pra respirar. Jungkook colocou seus dois dedos. Meus olhos lacrimejaram.

— O quê? Já vai chegar no limite também, neném? — perguntou, me dando mais um tapa e quase me fazendo perder a sustentação dos meus braços. Meu rostinho estava quase contra o travesseiro.

Mais um tapa.
Ele aderiu quando percebeu que eu também me excitava com isso.

— Responde.

— N-Não vou. — quase uma mentira, falei apenas por falar. Tentei me controlar.

— Foi a saudade do nosso sexo, amor. — dizia, enquanto seus dedos aceleravam. — Acho que alguém tá se viciando demais...

— Não s-só eu, seu... — não continuei, sentindo ele parar de imediato e tirar os dedos de dentro de mim. Ofeguei.

— Seu o quê?

— N-Nada.

— Diz.

— Safado, p-pervertido. — falei mais baixo.

— É? — recebi o tapa.

Mas esse, de todos, foi o mais dolorido.
Pressionei os olhos com força e senti a minha pele sensível arder automaticamente.

Senti uma breve carícia do próprio no lugar onde bateu logo após.

Foi muito bom.
E apesar de ele estar bem ciente de que eu também usufruía desse fetiche, mesmo assim, mesmo ameaçando não ter cuidado nenhum comigo, ele tinha.

Jungkook era extremamente carinhoso comigo.
A maior prova vinha depois do sexo.

Imerso aos meus pensamentos mais malucos e a dorzinha que eu sentia no bumbum, Jungkook segurou o meu quadril com firmeza após se preparar, sempre trazendo mais preservativos consigo, sabendo que eu também tinha.

Acabei dando razão ao que Taehyung dizia sobre nós dois.

Ajeitou-se e entrou com força dentro de mim, me tirando um gemido consideravelmente alto.

— Droga... Nunca vou me cansar de dizer que é uma delícia te ouvir... — se moveu uma vezinha só, estocando forte de novo e ficando.

Ele ajeitava o quadril minimamente, atingindo o fundo e tocando em meu membro até o momento esquecidinho. Jeon começou a me masturbar ainda parado, com o seu comprimento todinho dentro de mim.

Algumas lágrimas desceram.
E eu nem precisava dizer do que elas eram.
Pois eram puramente...

Finalmente, Jungkook movimentou e chocou nossos quadris, repetidas vezes.

Até parar e sair, pegando na minha cinturinha e me guiando pra ficar em cima dele, enquanto ajeitava seu corpo sentando-se na cama.

Eu sentei nele, de costas. Ele tinha a visão das minhas costas, a tatuagem e o meu quadril subindo e descendo.

Pareceu amar.
Senti os seus dedos caminharem das minhas costas para baixo...

Sentei forte, realizando o meu desejo dos últimos dias de dar pra esse homem até não aguentar mais, apoiando as mãos nas suas coxas.

Eu cheguei ao meu limite, estremecendo.
E acho que sujei o meu quarto instantaneamente.

Parei por um momento, tentando recuperar as minhas próprias forças e sentindo uma baita sensibilidade pra continuar, atingido totalmente, além da ardência que ficou em uma das minhas nádegas.

— Parece que alguém também não suportou tanto assim. Que tesão acumulado foi esse, amorzinho... — seu corpo chegou pertinho do meu atrás, mesmo comigo ainda sentindo-o dentro de mim. — Se queria tanto, era só me pedir.

Jun beijou meu ombro e subiu ao pescoço, chegando na orelha e deixando uma leve mordida. Senti seus braços engolirem a minha cintura e a sua mão ir direto para o meu membro.

— Ainda tá excitado, neném? O que mais quer que eu faça? — deixou mais um beijo no meu pescoço.

— Uhn... Jun... — manhei, ele me estimulava devagarinho. Era delicioso, eu estava tão sensível.

— Quero que vire pra mim, tô louco pra ver esse seu rostinho.

Sem tantas forças assim e sentindo o meu corpinho levemente tremer, ao que ele se afastou, eu saí, sentindo ele deslizar pra fora e soltando um gemido preso, me virando pra ele como mandou.

— Que posição linda. — levou seu corpo para trás, apoiando os cotovelos na cama. — Tão linda quanto assistir você costas. Agora, senta.

— Mais?

— Mais. — respondeu, certeiro. — Quer parar?

— N-Não. — nem foi preciso dizer mais nada.

Resolvi, mesmo recuperando a minha energia, ajeitá-lo pra entrar dentro de mim novamente e me sentei devagar.

— Ahh... — sua cabeça tombou para trás, satisfeito.

— Goo... — chamei-o, após subir e descer umas duas vezes seguidas e sentir meu corpo todo se retrair. Ele voltou a olhar pra mim, vendo o meu beicinho.

E entendeu na hora.

Jungkook me pegou e me colocou na cama, ficando no comando de novo.

Ele continuou o trabalho, abrindo as minhas pernas e segurando-as para terminar de vez, indo e vindo mais forte, escutando o som de nossos gemidos tão satisfatórios dentro daquele quarto e sequer nos importando caso ouçam.

O último choque um tanto violento de nossos quadris fez com que eu sentisse esvaziar-me completamente. Jungkook gozou, eu também, mesmo tão sensível. Agora, muito cansado. Esgotado.

Jungkook se afastou e caiu ao meu lado de barriga pra cima. Respiramos.
Fechei os olhos, com o corpo virado pra ele.

— Você tem pomada? — ele perguntou repentinamente.

— Hum... — minha voz até saía arrastada, me recuperando mais um tiquinho. — Acho que alguma no banheiro...

— Já volto.

Somente assenti, vendo ele sair da cama e voltando pro meu cochilinho. Me senti bem, apesar de cansado. Sinceramente, fazer amorzinho é algo que exige energia.

Não deu nem dois minutinhos e eu senti a sua movimentação. Abri os olhinhos e enxerguei Jungkook se aproximando de mim.

Tinha um paninho molhado e uma pomada na mão. Primeiro, ele se agachou ao lado da cama e segurou meu rosto, limpando-o.

Em seguida, ele levantou, segurou as minhas pernas e sentou na cama, colocando-as em cima de si e puxando o meu corpo pra baixo. Assim, continuei deitado de lado, mas agora de costas pra ele e com o quadril em cima de suas pernas.

— O que vai fazer? — curioso, despertei um pouco, encarando-o pelo ombro.

— Cuidar de você. — vi ele segurar uma pomadinha de machucados, colocando um pouco nos dedos. — Nisso aqui eu passei do ponto, desculpa.

— Não, não passou. — ri um pouquinho, sentindo o geladinho na pele enquanto ele passava gentilmente na vermelhidão. — Eu deixei.

— Eu sei, mas não quero te machucar. Isso eu não gosto. — disse, sincero. O namorado mais fofo do mundo. — Acho que arranhou sua pele um pouco, é impressão? Ah, merda, eu bati muito forte. Tá ardendo ainda?

— Um pouco, mas passa, amor.

— Hum. — observei ele atento ao passar a pomada, cuidando do que ele mesmo aprontou.

Saí da posição e tirei seus toques cuidadosos pra poder me locomover e sentar em suas pernas, abraçando-o com os braços por cima de seus ombros enquanto olhei em seus olhinhos.

— Eu nem terminei de passar. — disse, me tirando uma risada.

— Deixa, vai sarar. — lhe dei um beijinho. — Te amo.

— Eu também te amo, minha preciosidade pequenininha. — seu narizinho tocou o meu, me dando mais um selinho.

— Quantos apelidos você tem? — ele riu.

— Gosto de te chamar carinhosamente.

— Gosto de ouvir. — rebati, sorrindo. — E você não me machuca, amorzinho, não precisa se preocupar assim. Sei que quando eu não gostar, é só eu te dizer que você para na hora.

— Sempre.

— É por isso que eu nunca quero me separar de você.

— Não tem nem chance disso acontecer, Coradinho. — disse.

Juras de amor repentinas e em tons baixinhos como se só existissem nós dois.

— Promete ficar comigo pra sempre?

— Eu prometo. Já não morri só pra te atormentar mais um pouco. — eu o dei um empurrãozinho. Riu. — Tô brincando, nunca mais falo disso.

— Sem graça. — gargalhou mais com a minha reação.

— Eu poderia passar o dia todo olhando pro seu corpo lindo, mas é melhor colocar a minha camiseta, vai ficar com frio. — começou a procurá-la no chão com seus olhos.

— Jun, então...

— Sim? — continuou, olhando pra um lado e para o outro. — Pra onde foi que caralhos eu joguei a minha blusa?

Decidi perguntar de vez:

— Por que não vem morar junto comigo?

Seus olhos voltaram aos meus de imediato, junto com a expressão séria em seu rosto.

Comprimi o lábio de nervosismo e ansiedade, sem desviar os nossos olhares.

— Sim, eu... — por conta da ansiedade, comecei a jorrar palavras rápido demais: — Eu sei que você ama morar com o Nam, vocês tem uma história gigantesca juntos e por conta disso resolveram dividir o apartamento, e sim, lá é importante pra você, mas eu meio que pensei-

— Já tô aqui. — me cortou, sério. Parei com tudo que estava falando. — É só eu trazer o restante das minhas coisas.

— ... É sério?

— Jimin, o que você pensou que eu estava insinuando quando eu disse que só tiraria esse anel que você me deu de aniversário, quando tivesse que trocar por um de noivado?

Fiquei sem palavras, na verdade.

— Mais cedo ou mais tarde, iríamos acabar morando juntos. — comentou. — E é óbvio que eu quero morar com você. Realmente quero acordar todos os dias e ver você. Começar uma nova história.

— Jun... — fiz bico, um que ele aproveitou e mordeu.

— Você é a coisinha mais linda do mundo.

— Te amo, te amo, te amo... — abracei o meu namorado, apoiando meu rosto em seu ombro e sentindo o seu perfume ainda presente.

— Eu também te amo e te amo, neném.

— Muito.

— Muito ferrado sou eu que vou ficar se o meu amigo aqui embaixo subir de novo. — afirmou, estragando o clima romântico.

— Jungkook, como você pensa em besteira até nesses momentos?! — o questionei, lhe encarando com indignação, apesar de querer genuinamente rir.

— Oras, você acha que eu sou de ferro?!

— Deveria se controlar!

— Ah, claro, me controlar com nós dois aqui peladões enquanto eu tenho você sentado no meu colo, é isso?! — revirei os olhos e decidi não entrar na suas brincadeirinhas, saindo de cima dele.

Só que eu não esperava que quando eu ficasse de pé e desse um passo, eu me desequilibrasse.

Jungkook segurou a minha cintura, ficando de pé atrás de mim.

— Ia cair de cara no chão só de pirraça. — riu e me deixou sentadinho na cama. Quis bater nele.

Ele pegou a sua camisa e jogou pra mim, assim, pude colocá-la.

— Deixa eu tomar banho primeiro ou não economizamos nenhuma energia do nosso corpo se continuarmos assim. — concordei. — Bora deixar pros próximos dias.

— Pros próximos dias? — balancei os meus pézinhos no ar enquanto ele foi atrás de uma toalha no banheiro.

— Sete dias na semana, meu amor.

— Você é doido, isso sim! — ele riu. — Só sei que temos que limpar esse chão agora, nossa... — reparei.

Você. Não fui eu que saí jogando esperma pro alto. — disse, na cara de pau. Abri minha boca em surpresa e rapidamente ataquei um travesseiro com força em sua direção.

— Idiota! — vi ele rindo mais da minha pessoinha, ignorei. — Mudando de assunto de novo, sabe o que eu fiz quando visitei o mentiroso do Woosung?

— Achei que não queria mais entrar nesse assunto. — parou na minha frente com a toalha na cintura, sexy. Bom, enfim! — O que você fez?

— Eu chamei ele de babaca do caralho. — dei de ombros, Jungkook arregalou os olhos.

— Como é que é?!

— Babaca do caralho. Ele e aquele outro velho idiota do tio dele. — sorri, dizendo como se não fosse nada.

— É o meu Jimin mesmo? — manteve a surpresa. Soltou o ar, ainda impressionado. — Você só me surpreende.

— Que bom! — levantei e agarrei seu pescoço, deixando meus bracinhos em volta dele e sorrindo feito bobo.

— Meu amorzinho falando palavrão assim, que pecado... — negou com a cabeça, e eu só dei uma risadinha. — Mas não quero que faça mais isso, por favor. Não se coloque mais em perigo desse jeito.

— Não pretende ir lá também, né?

— Visitar aqueles seres que nem de humanos podem ser chamados? Nem pensar.

— Mas você sabe que...

— É, sim. — abraçou a minha cinturinha e soltou um suspiro. — Eu vou ter que dar de cara com aquela mulher.

— Goo, você consegue. — passei a mão em sua bochechinha. — Acha que vai ser muito difícil? Porque eu posso ficar do seu lado a todo momento se precisar.

— Relaxa, eu me viro. A minha mã... Digo, essa mulher não me dá medo, e a cara dela virou um borrão na minha mente depois de tantos anos, eu tava era feliz sem lembrar. — deu um beijinho na ponta do meu narizinho. — Tá com sono?

Me assustei.

— Meu Deus, que horas são?! — decidi procurar o meu celular, mas ele provavelmente nem no quarto estava.

— Deve ser quase umas três da manhã. Ou até pode ter passado. — afirmou. — Mas você tá com sono?

Eu encarei ele e fiz uma careta, franzindo o nariz.
Neguei com a cabeça.

— Amanhã você acorda cedo?

— Ficarei com o turno da tarde. Caso não, eu nem estaria acordado aquela hora que você chegou. — brinquei. — E você?

— Tenho que estar na empresa às nove horas da manhã. — piscou de um olho pra mim.

— O quê?! Então, você tem que dormir! — ele se aproximou, negando.

— Que tal assistirmos os dramas românticos que você gosta?

— Tá tentando me convencer, né? — o olhei desconfiado e tirei uma risada sua na hora.

— Poxa, amor! — abraçou a minha cintura e distribuiu beijinhos pelo meu rosto.

— Tudo bem, tudo bem, podemos assistir! — deixei. — Sabia que eu ganhei um escritório só pra mim?

— Sério? Parabéns, príncipe! Posso visitar e testar o lugar com você?

— Claro que... — pensei. — Testar? Como assim?

— Nada, tô só zoando. — particularmente não entendi. — Qualquer dia, vou lá te ver.

— Ok, vou ver se tem alguma coisa pra petiscar na cozinha! — saí do quarto rapidamente, indo para o outro cômodo.

O meu café ainda estava lá, coitado.
Escutei seus passos atrás de mim.

— Jun, quer um cafézinho? — perguntei. — Nem está mais tão quentinho, mas eu acho que dá pra beber.

A nossa madrugada foi tranquila, depois de matar a saudade, claramente.

Assistimos uns três episódios de dorama e Jungkook foi quem dormiu primeiro, deitando no meu ombro.

O engraçado era acabarmos dormindo no sofá, porque eu estava morrendo de preguiça e não conseguiria sustentar o Jun até o quarto jamais.

No outro dia, estava terminando de ajeitar o meu jaleco no corpo para ir trabalhar durante a tarde, quando Jungkook me mandou uma mensagem.

Meu Limãozinho 💚💏
| Postei uma foto bacana com a equipe que me ajudou na dança, figurino, clipe e tal!
| veja, tem uma surpresa pra você rssss
| postei uma minha tbm

Eu tenho até medo. |
Mas vou ver! KKKKKKK |
E estou indo pro trabalho agora! 🥰 |

Meu Limãozinho 💚💏
| que bom meu neném
| agora vai lá ver 😁😁😁😁
| e me diz se gostou meu coradinho precioso rs

Fui fazer o que ele mandou.
Ele aprontou, eu tenho certeza absoluta.

Entrei na rede social, e a primeira publicação que me apareceu foi a dele.

Lindo, meu namorado é muuuuito lindo.
O mais bonito de todos naquela foto.
Passei pro lado, a segunda foto era...

— Que camisa é essa?! — pensei alto, botando os dedos na tela e aproximando a foto.

Milhares de curtidas.
O Limãozinho não tem jeito mesmo...










[Anotação diária: Jimin]

QUERO UM NAMORADO COMO ELEEEE

Da série: tenho uma ideia, escrevo de qualquer jeito pra depois lembrar, não julguem 😭⬇️⬇️

!!!E CLARO, MUITO OBRIGADA, BATEMOS 100K  (além dos nossos 1M) 😭😭😭💚💚

Fico tristinha ao pensar que a fanfic está chegando ao fim, não tenho uma >certeza< de em qual capítulo termina (meus personagens tem vida própria e criam os acontecimentos do nada, eu só escrevo, enfim!!), mas eu prometo sempre trazer histórias boas pra vocês, e que vocês fiquem até o fim de Bad Type comigo! 🤞🏻

Vejo vocês na próxima, beijo beijo! 💋💚

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