[05] 나쁜 guy.
#JiminCoradinho
usem lá!!
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⚠️ Tem uma coisa importante nas notas finais, hein.
Sigam pra saber das fofocas:
@/BADTYPEJK e @/BADTYPEJM
além dos outros personagens.
⚠️ E GENTE!!! Agora tenho uma playlist da fanfic!!! 😼 vão na minha bio ou no meu tt!
Agora vamos lá, comentem que adoro ver as reações. 🥸
💚
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[JIMIN]
Jungkook parecia incrível. Não, ele estava ainda mais do que eu sequer esperaria. Diferente das suas roupas largadas, ainda usava preto, mas era um terno e uma calça social, estando de acordo com o tema da festa. Seus cabelos estavam ajeitados para o lado em um suposto gel, com as mechas coloridas em verde sobrepondo um pouco de boa parte da sua cor natural e certos fios quase caindo em sua testa.
— O que você faz aqui? — olhei para os lados, depois pra ele, me aproximando apenas um passo. E depois de ele colocar tudo que precisava — no caso, os doces — em seus bolsos fundos, respondeu.
— O aniversariante é meu amigo. Quero dizer, nós nos conhecemos o suficiente pra ele me convidar. — corrigiu. — E você?
— Ele também é meu amigo. E é mais íntimo do Tae, no caso.
— Uh, entendi... — assentiu. Eu desviei meu olhar para a mesa novamente quando senti o seu sobre mim. Me virei e me apoiei com as mãos nela.
Por que Taehyung me deixou sozinho logo agora?
E eu estou com essa roupa.
Bonita no meu corpo, mas que me deixava estranhamente envergonhado agora.
Tentando me distrair com os docinhos em minha frente, senti a aproximação de Jungkook. Ele estava perto. Quando virei meu rosto, era como se com mais um passo ele estivesse colado à mim.
Além de ser impressionante o fato de que ele sequer demonstrava timidez ou desviava seus olhares como eu fazia feito bobo.
— Está lindo, sabia disso? E essa cor vinho ou algo assim combinou muito bem com você. — ouvi de seus lábios rosados, me fazendo olhar pra eles mais do que eu gostaria. Voltei aos seus olhos grandinhos e olhei pra frente, aos doces na mesa novamente.
— Obrigado, você também tá legal. — dei de ombros, como se não desse a mínima.
A verdade era que eu estava me controlando pra não sair dali correndo. Quando ele se afastou, finalmente lhe encarei devagar, porém mais confortável, pegando no flagra um sorriso sacana de seu rosto logo após ter me elogiado. Ele estava flertando?
— Pensei que diria que eu estou lindo também. Fiquei todo arrumado pra nada, então. — cruzou os braços e recostou-se levemente na mesa atrás de si.
Caminhei e fui até sua frente com toda a coragem que eu tinha, com meus punhos fechados ao lado do meu corpo tenso. Respirei fundo.
— Eu não tenho o mesmo gosto que você, Jungkook. Sinto muito. — esclareci.
Tudo que vi foi seu cenho franzir em dúvida. Acho que ele não me entendeu bem.
— Olha, eu não gosto de homens, é isso que estou avisando caso-
Fui cortado por uma risadinha fina sua, tampando a boca com a mão tatuada. De repente, começou a tocar Bad Guy e tudo que eu pude imaginar naquele momento foi o quanto aquela música combinaria com ele.
— Acha que estou dando em cima de você, baixinho? — se aproximou de mim sem pudor, colocando as mãos no bolso da calça, fazendo com que nossas alturas pudessem até se diferenciar.
Não disse nada, observando ele fitar o meu rosto descaradamente. Coloquei minhas próprias mãos em frente a minha cintura, já que reagiria se ele decidisse aproximar-se de mim de forma repentina e injusta.
— Então... Eu quero dizer que está certo. — sorriu, com os dentinhos maiores da frente exibidos. — Estou dando em cima de você, Jimin.
Impossível. Isso não poderia estar acontecendo comigo. Não era bom, definitivamente era uma informação que eu preferia nunca ter escutado. E foi o que eu pensei: que não ouviria isso vindo de Jungkook.
Eu não gosto de caras como ele, essa festa seria uma das minhas oportunidades de achar alguma mulher pra mim ou até mesmo de tentar flertar — algo que eu não sabia fazer —, mas Jungkook bagunçou todos os meus planos neste exato momento enquanto expunha seus olhos afiados contra os meus tão confusos.
E no fim, eu nem sou tão bom assim pra alguém como ele.
Tudo que eu tenho de interessante é apenas... Dinheiro? É, acho que sim. Só.
De repente, eu ouço uma chuva intensa ao lado de fora. Jungkook se virou de imediato e nós dois avistamos todo o pessoal que estava no jardim entrar com a maior pressa possível.
— Entrem, entrem, irei fechar aqui! — Hoseok apareceu depressa, indo até a porta e mandando todos saírem da chuva com seu melhor sorriso. — Irei fechar a porta, não se preocupem!
— É sério que eles estão com medo de uma chuvinha? — Jungkook questionou na maior cara de pau, bufando e negando com a cabeça aquela situação. — É tão bom ficar debaixo da chuva, ainda mais sabendo que lá fora dá pra ouvir a música da casa, porém mais abafadinha. Deve ser relaxante.
— Do que você está falando? Ninguém quer se molhar e correr o risco de ficar todo desarrumado. Sem contar as roupas caras de marca que muitos estão usando, inclusive eu, e essas nem são minhas. — expliquei. Jungkook apenas revirou os olhos na minha frente.
— Essa é a preocupação dos riquinhos? — sorriu de canto, soltando um riso abafado. — Achei que a maior fosse em pegar um resfriado ou algo do tipo.
— Ah, sim, também tem isso... — lembrei, e realmente eu não pensaria nisso se ele não citasse.
— Você tem medo da chuva também?
— O que? Não, eu até gosto de ouvir pra dormir tranquilamente quando chove.
— Quer ir lá fora comigo? — perguntou, como se fosse uma coisa totalmente normal e nada perigosa.
— Ficou maluco? Olha essa chuva! — com indignação mas sem gritar, lhe lancei um olhar óbvio quanto a sua questão sem pé nem cabeça. — Além de que essa roupa é do Taehyungie. Se eu estragar ela, é capaz de ele ficar sem falar comigo.
— Oh, é? Ele faria isso? — levantou uma sobrancelha. Não entendi a sua expressão desta vez. Senti ele pegar em minha mão. — Então, vem, a chuva ficou até mais fraca. — me puxou com ele, sequer me deixando reclamar, passando entre algumas pessoas.
Eu queria pará-lo, mas não sabia como. Ao mesmo tempo, eu também queria experimentar do que ele gostava.
Me colei mais ao Jeon com a intenção de não sermos vistos tão facilmente, e lhe avistei abrindo a porta da frente da casa de Hoseok. A música estava alta e todo mundo estava de costas pra nós. Apertei sua mão e lhe repreendi com o olhar.
Meu coração ia explodir se continuasse batendo assim, tudo porque Jungkook estava segurando a minha mão com força.
Seu olhar foi como um "relaxa, sei o que estou fazendo", mas eu percebo muito bem seu jeito rebelde de agir. Então, ele abriu aquela porta o mínimo que conseguiu para passarmos um por vez e fechar rapidamente, soltando nossas mãos juntas que estavam apenas como um toque guia.
Comecei a sentir uns pingos em minha camisa, e quando me virei para Jungkook, ele já estava caminhando no meio do jardim pra rua vazia. Eu, sem saber o porquê, ri e corri até o homem.
— Você é doido mesmo! — afirmei, parando atrás de si e lhe observando virar-se pra mim. A chuva não estava realmente muito forte agora, mas caía descontroladamente em minhas roupas e em meu cabelo penteado.
Ele sorriu, levando sua mão ao seu cabelo e o bagunçando rapidamente, deixando-o cair um pouco em seus olhos.
Um remix de Still Don't Know My Name com Feel Something que Taehyung me apresentou uma vez, começou a tocar dentro da casa de Hoseok. E agora, era como se eu o observasse em câmera lenta.
— Espera um pouco. — retirou seu próprio terno, ficando apenas com a camisa social branca que esteve por baixo. Jungkook se aproximou de mim no meio daquela chuva como se não fosse nada e rodeou a vestimenta em meus ombros, colocando-a sobre eles. — É pra você realmente não pegar um resfriado. Eu sou difícil de ficar doente.
— Não era necessário fazer isso... — resmunguei baixo, olhando para os meus próprios pés porque Jungkook estava bem na minha frente. — Obrigado.
— Quer ir pra um lugar mais tranquilo? — perguntou e eu pensei. Eu nem conheço ele tanto assim pra aceitar tão facilmente.
— Pra onde? Não posso confiar em você do nada. — respondi, sério. Passei a mão no cabelo molhado, sentindo que provavelmente, eu já estava péssimo. Ele riu.
— Eu fui super útil pra você esses dias e é essa a resposta que eu recebo? — levantou as sobrancelhas, sorrindo indignado. Eu abracei meu próprio corpo enquanto puxava seu terno em volta de mim, cobrindo meus braços.
— Mas pra onde vamos?
— Ali. — esticou o braço e apontou para o lado, segui com o olhar para um balanço de dois lugares no jardim de Hoseok, em um canto não muito distante de nós. Havia uma cobertura nele, portanto não nos molharíamos. — Coloque a roupa, não precisa ficar com receio assim. — e enfim, vesti seu terno preto aquecido por cima da minha camisa.
Fiquei admirado, o jardim era muito bonito. Provavelmente ele tenha o aprimorado desde a última vez que vim, há um bom tempo atrás.
Quando olhei pra Jungkook novamente, ele sorria. Meus olhos entregavam tudo, era óbvio que eu não ia negar, então ele começou a caminhar para o balanço.
Me sentei ao seu lado, no canto contrário ao dele para que ficássemos pelo menos afastados em uma distância favorável, pra minha própria segurança e controle também. Respirei fundo, com o meu corpo inclinadinho pra frente, segurando a borda do balanço com as minhas mãos em cada lado das minhas pernas. Meus pés somente tocavam o chão totalmente se eu estivesse assim.
Jungkook estava largado de sua melhor forma, com as costas recostadas na madeira e a cabeça jogada para trás. Suas pernas estavam um pouco abertas, e sem querer, fiz uma observação: a calça ficava apertada nele também e consequentemente suas coxas ficavam enormes. Nossa, o que ele comia e o quanto treinava?
Subi mais o olhar devagar e percebi a camisa social úmida, e em boa parte transparente por ser branca, fina.
Olhei pra frente, admirando a chuva. Eu definitivamente não posso ficar fitando o corpo de outro homem.
O barulho era agradável, junto da música e as poucas vozes vindas da casa. Além de que, era uma visão bonita do jardim do aniversariante, e a sensação de estar aqui me deixava mais relaxado com tudo à minha volta.
Alguns minutinhos se passaram até que eu ouço a voz mais rouquinha de novo.
— Quer algum doce? Eu tenho eles aqui. — me virei um pouco pra ele, e Jungkook me encarava.
— Não... Qualquer coisa, eu entro lá e pego alguns pra mim. — disse, sincero. Ele assentiu, dando de ombros.
— Mudou sua visão sobre a chuva agora?
— Eu nunca odiei a chuva, eu só não costumo ficar debaixo dela.
— Entendi. — olhou pra frente, apoiando o braço em cima das costas do balanço, deixando sua mão solta pra arrumar alguns de seus fios rapidamente. Também decidi recostar meu corpo, indo para trás e fazendo com que meus pés não estivessem mais no chão por pouco.
Novamente, senti como se os olhos de alguém passeassem sobre mim. E eu nem precisaria citar a pessoa.
— Perdeu algo? — questionei, engolindo seco sem olhar pro lado para encará-lo de volta. Jungkook riu.
— Não, só estive me perguntando uma coisa.
— O que? — lhe encarei, curioso.
— Você já se apaixonou por alguém?
Aquilo me pegou de surpresa. Então, sendo verdadeiro e deixando pra trás que ele poderia falar alguma gracinha depois da minha resposta, eu assenti.
— Já. E você?
— Também. — suspirou, ainda olhando pra mim.
— Ah... Por quem? — eu sabia que estava me metendo demais, mas era a minha forma de puxar assunto. E de conhecê-lo.
— Uma pessoa aí. — olhou pra frente. — Na real, eu nem sei se me apaixonei de verdade ou se foi só uma besteirinha da cabeça de uma criança.
— Foi na infância? — assentiu com a cabeça e eu compreendi, continuando, ainda fitando seu rosto: — Hum... Mas se você pensou nessa pessoa, no caso a outra criança, quer dizer que nunca a esqueceu de fato.
— Eu gostaria de esquecer. Tudo. — rebateu, sério. Que clima. — Enfim. — se endireitou no balanço e virou-se mais pra mim, com aquela cara de curiosidade. — E por quem o senhor Park Jimin se apaixonou?
— Ah... Eu? — me senti desconcertado, pensando no que poderia dizer quando estiquei as pernas e olhei meus próprios pés pra disfarçar. — Só por umas duas garotas e é....
Eu não menti totalmente.
Realmente, havia sido por duas pessoas.
Me apaixonei na infância também, mas foi por um garoto. E no ensino médio, por outro garoto, mas somente por um mês bobo até eu cair na real que o sentimento era bem idiota.
Um clima estranho fez presença novamente.
— Parece que seu melhor amigo vem aí... — disse, foi quando eu levantei meu rosto pra ver o que estava em minha frente.
Taehyung estava vindo na minha direção, com a chuva caindo sobre a sua roupa brilhosa, batendo com os pés firmes no chão até mim e os punhos fechados aos lados do corpo.
— Tae? — arregalei um pouco os meus olhos e me endireitei, sem levantar do balanço. Ele não parecia muito feliz.
— Você estava aqui esse tempo todo, então?! Nessa chuva, mesmo depois do Hobi ter fechado toda a casa pra ninguém se molhar?! — começou a falar alto, parando na minha frente, ainda sendo molhado pela chuva meio termo. — Eu rodei a porra daquela festa inteira pra você estar aqui com... — parou no instante em que viu Jungkook. Com isso, eu me levantei, querendo me explicar.
— Sabe quem é ele, não sabe? Eu te falei, é o Jungkook que esteve conversando comigo esses dias, ele-
— Eu fiquei preocupado com você. — franziu o cenho, agora olhando pra mim com raiva. — Por que nem sequer me avisou que ele estava aqui também?
— Eu só soube disso hoje! Nem ele sabia que eu viria ou que eu conhecia o Hoseok.
— Olhe só pra você, tá pouco se lixando pra roupa que eu te emprestei com tanto carinho pra você ficar bonito e muito menos em ter me esperado na festa enquanto esteve seguro, né? Preferiu se arriscar.
— O que? — dessa vez, demonstrei a minha indignação. — Era pra eu ficar plantado que nem um idiota lá enquanto você dava em cima dos amiguinhos do cara que você me apresentou?
— Não fale assim! — aumentou seu tom, irritado. — E se algo tivesse acontecido com você?!
— Você acha que eu sou uma criança agora?! Acha que eu tenho que viver sob a sua proteção sendo que eu até mesmo sou o mais velho daqui?! — também estive falando alto consigo. Certamente nós entramos em uma briga sem ao menos percebermos. Eu estava irritado, assim como Taehyung.
— Caralho, você é um mal agradecido mesmo, por que-
— Com licença... — Jungkook interrompeu a fala do Kim, levantando o indicador e também endireitando-se no balanço. Nós dois o encaramos. — Vocês dois estão se molhando muito, não acham melhor sentarem pra conversar? — assim que sugeriu, foi mais para o lado, ficando bem no cantinho pra que houvesse mais espaço. — Eu posso ficar aqui em silêncio ou sei lá, mas se quiserem eu também posso dar o fora.
— Me desculpa, cara, eu nem te conheço e não quero que tenha uma impressão errada sobre mim, o Jimin é apenas ingênuo demais pra entender certas coisas. — explicava, mais calmo e ao mesmo tempo ainda irritado enquanto falava com o moreno. Aquelas palavras foram a gota d'água.
— Por que você diz tudo isso como se fosse uma verdade absoluta? E como se eu nem estivesse aqui pra rebater? — questionei, fazendo com que ele me encarasse novamente. Acredito que eu estava mais angustiado do que bravo. Minhas emoções estavam aflorando e pior, meu coração acelerava, enquanto a chuva caía sobre as minhas vestimentas. — Eu posso me cuidar sozinho sem você.
— Tem certeza disso? — e foi simplesmente essa pergunta que me fez pirar. Não literalmente, mas me calou pra que eu não lhe rebatesse mais e tomasse a melhor decisão no momento.
— Eu vou embora dessa merda. — passei por ele, trombando meu ombro com o seu e segurando o meu próprio choro idiota.
Tudo que ouvi foi ele me chamando pelo meu nome, eu não ligava mais. Nem sequer poderia voltar pra minha casa também.
Eu simplesmente ignorei toda e qualquer situação à minha volta como a festa, o aniversário, tudo. Não cumprimentei Hoseok, muito menos achava que Taehyung me esperaria pra fazer isto. Apenas saí andando em passos largos e nervosos pra fora daquele jardim e daquele local.
Não quero chorar.
Não chore, Jimin.
Você não pode.
Eu nem sabia qual caminho eu estava percorrendo naquela rua, virando a esquina da casa e seguindo pelo vazio, o que me acalmava por não me preocupar tanto com as pessoas fofocando sobre mim. Comecei a ir mais devagar.
De repente, começo a ouvir passos rápidos até mim, e como eu não estava absolutamente nada longe, apenas dando a volta na casa pra poder ir pra qualquer lugar que não fosse lá ou a minha casa que também não era longe, me virei preparado para despachar Taehyung da minha cola ou eu enlouqueceria mais.
— Eu não quero conversar com você agora, Taehyungie! — aumentei meu tom drasticamente e vi um Jungkook dar alguns passos pra trás ao levantar um pouco as mãos em rendição.
— Calma, sou só eu.
— Ah... — suspirei, colocando a mão no cabelo e o jogando para trás, mas ele estava totalmente molhado, eu deveria estar na minha pior aparência agora. — Desculpa. — dei as costas, começando a andar de novo. Jungkook correu até a minha frente, me fazendo parar.
— Podemos conversar? Pra onde você tá indo? E se você se perder? — dizia. — Seu amigo... Acabou me dizendo pra ir atrás de você, porque com toda certeza, se fosse ele, você iria dispensá-lo.
— Ele pensa que eu sou uma criança. — falei, fazendo um bico sem sequer me importar, olhando pra qualquer lugar que não fosse seu rosto. — Olha, eu vou te devolver o casaco e assim-
— Não. — me impediu antes mesmo que eu insinuasse tirá-lo. — Pode ficar, por enquanto.
— É sério, se veio até aqui pra pegar de volta, eu-
A chuva apertou. Muito. As gotas caíam com força em mim agora e em Jungkook também, nos fazendo perceber que definitivamente esse não era o tipo de chuva interessante da qual presenciamos momentos antes.
— Merda, é melhor você vir. — pegou no meu pulso, me levando pra algum lugar, correndo, eu apenas me deixei levar.
Ah, não.
Eu não queria voltar pra lá.
Voltamos pra frente da casa, mas desta vez, nem adentramos o local, Jungkook apenas me levou até o outro lado da rua, onde havia um carro preto e aparentemente bonito. Não era um dos mais novos, mas ainda pareceu atual.
— Entra no carro. — praticamente mandou, tirando as chaves do bolso e desativando as travas das portas, rapidamente abrindo a sua enquanto eu contornava o carro depressa, entrando também antes que ficássemos ainda mais encharcados.
Já dentro do veículo, recuperamos nosso fôlego do desespero.
— Caralho, o tempo ficou pior. — reclamou, um pouco irritado. Eu observei ao meu redor, curioso enquanto também me recuperava.
— Tem um espelho por aqui além desse focado nos bancos de trás?
— Quê? — virou o rosto pra mim. — Espelho? – assenti com a cabeça. — Ah, no mesmo lugar que tem em praticamente todo carro, abre aí em cima. — apontou, me fazendo ter certeza que na abinha de cima haveria um espelhinho assim que eu a puxasse.
— Desculpa, é que seu carro é um pouco diferente... — comecei a me observar dos olhos pra cima, meu cabelo estava terrível.
— Eu não sou rico que nem você, seu príncipezinho de castelo. — rebateu, eu lhe encarei e mostrei a língua.
— Não estou te julgando por isso, babaca. — revirei os olhos, voltando a tentar arrumar o meu cabelo.
— Pra quê ficar preocupado com isso aí? Tá bonito até molhadinho. — afirmou, e pareceu ser sincero. Até que, ele riu e eu o fitei. — Desculpa, essa fala foi bem pornográfica.
— Credo. — fechei o espelhinho e cruzei os braços, recostando as costas no banco enquanto escutava a chuva forte, mas bem abafada pelo carro todo fechado.
— Se me disser que não assiste pornô, eu vou ter que concordar com o seu amigo sobre você ainda ser uma criança. — dizia, eu arregalei os olhos. — Se bem que até as crianças estão conhecendo essa porcaria hoje em dia.
— Mas que tipo de assunto é esse?! — o encarei, me arrependendo totalmente de ter feito essa ação ao vê-lo da forma que o vi. Ele riu.
Jungkook também estava recostado no banco, como se descansasse, o peito subindo e descendo fracamente, com a postura um pouco mais folgada e com a cabeça também encostada, todo molhado de chuva, a camisa branca mostrando praticamente todo o seu peitoral e abdômen pela transparência. Pior de tudo: ele olhava diretamente pra mim com um sorriso de lado não proposital, apenas tirando sarro da minha reação. Seu piercing no meio do lábio inferior também chamava a minha atenção fortemente. Sua tatuagem no pescoço...
Tudo nele chamava.
Desviei rápido e comecei a tentar secar meu próprio rosto, dando batidinhas com as costas da mão e com um pouco do terno de Jungkook que era maior do que eu e meus braços. Ele notou.
— Sabe quanto custou essa roupa, engraçadinho?
— E a minha? Você sabe? Quer dizer, a do Taehyung que eu tô usando. — bufei, olhando para a janela cheia de gotas.
— Uh, irritadinho. — disse. — É normal vocês dois brigarem? — questionou, fazendo-me encarar seu rosto e dar um suspiro.
— Não. Mas eu me sinto cheio de ser tratado como alguém que precisa de cuidados e proteção.
— Todo mundo precisa disso de certa forma, Jimin. — disse, endireitando-se no banco. — E também é uma forma de ele demonstrar preocupação por você.
— Acha mesmo? — queria sentir a sua sinceridade comigo, e eu realmente achei que ela sairia quando ele abriu a boca pra me responder. Mas, diferente do que eu pensei, parece que ele notou algo repentinamente e sua expressão natural mudou totalmente.
— Na verdade, ele foi um insensível. — e com tão pouco pra finalmente estar consolado, ouço suas palavras duras como se mudasse da água pro vinho. — Caindo na real, retiro o que disse, acho que ele tá muito preocupado com a sua vida sendo que você já tem idade pra decidir o que quer fazer e o que não quer. Melhor rever essa amizade, hein.
De um modo, Jungkook tinha razão. Ele não estava mentindo, eu tinha a minha própria vida pra cuidar e não precisava — muito menos queria — que alguém comandasse os meus passos.
Eu só precisava respirar.
— Ah, esse carro é tão apertado. — resmunguei, querendo mudar de assunto e também sendo verdadeiro. Jungkook me olhou incrédulo quando o notei.
— Olha como você fala do meu carrinho! — levantou as sobrancelhas, inclusive seu piercing notável que minimamente se mexia. — Sabe o quanto eu tive que trabalhar pra ter ele nas minhas mãos? — colocou uma das mãos no volante com força e apertou, o que me fez ter total foco naquela ação.
As veias de seu braço ficavam aparentes, ele arregaçou as mangas e voltou para a posição com a mão no volante, dizendo algo sobre seu amado carro que eu não entendia mais por me sentir vidrado em seus dedos longos.
— Jimin? — me chamou, quando saí do meu transe e lhe encarei nos olhos. Ele pareceu confuso e ao mesmo tempo, desconfiado.
— Ah, o q-que? — pisquei várias vezes. Burrice.
— Por que tá tão vermelho? — perguntou, foi quando coloquei as mãos nas minhas próprias bochechas quentinhas. Ele soltou uma risada curta. — Daqui a pouco vai ficar da cor da sua camisa. Inclusive, ela continua meio encharcada, não vai te fazer mal? Deixa eu ver. — se inclinou pra perto e talvez sem perceber, pousou uma de suas mãos grandes no tecido da camisa, mais precisamente na minha costela indo para o abdômen.
Eu arregalei meus olhos e ele me encarou, percebendo e ficando em silêncio, mas sem se desencostar de mim.
Aquele momento foi o primeiro momento em que eu não quis correr. Somente olhar pra ele fazia com que eu me sentisse calmo, nas nuvens. Era uma boa sensação, mesmo que me causasse um pouco de ansiedade, mas era aí que estava: não era uma ansiedade ruim.
Eu ouvia a sua respiração e ele a minha, enquanto nos encarávamos por certos segundos e quase por um minuto inteiro. Eu sentia ele analisar todos os detalhes do meu rosto da mesma forma que eu fazia com o seu.
Percebi seu olhar descer pra minha boca, fazendo com que ele lambesse seus lábios rápido. Será que era o efeito do gloss labial que deixava minha boca mais bonita? Que viagem, Jimin.
Não poderia ser só eu que sentia o clima, né?
Como num passe de mágica, ele retirou a mão de mim e voltou, de frente e reto no seu lugar.
Então, seu celular começou a tocar no suportezinho colado ao seu carro.
"Sana amiga/ficante".
— Ah, merda... — soltou, olhando pra mim simultaneamente e desligando a chamada logo em seguida. Eu estranhei, óbvio.
— Não era você quem disse que nem se lembrava da última vez que beijou alguém?
— Mas eu disse a verdade, a Sana é uma das minhas melhores amigas! — explicou, realmente desesperado por isso. Não compreendi muito onde ele queria chegar, mas lhe ouvi. — Ela... — pareceu pensar ou tentar recordar. — Me protege das outras mulheres piradas, por isso que nós nos chamamos de ficantes, pra caso alguma garota se interessar por mim e eu não a quiser, eu mostrar o contato dela. É piada interna, sabe?
— Entendi. — comprimi os lábios e ainda consegui sentir o restinho do gloss duradouro do Tae. — Não preciso das suas explicações. — dei de ombros.
— Certo... — assentiu, balançando a cabeça. — Enfim... Você vai voltar pra casa do seu amigo?
— Não sei se eu quero agora. Tô pensando nas coisas que me disse. — fiz um bico, olhando para o outro lado e juntando as minhas mãos em cima das coxas apertadas pela calça.
— Quer ir pra minha? — eu o olhei na hora. — Digo, é do meu amigo também, eu moro com ele mas-
— Eu nem sei se você é um psicopata. — respondi. — Muito menos seu amigo.
— Não somos, tá legal? E só porque estou interessado em você, não significa que vou fazer de tudo pra me aproveitar. Não encostarei um dedo em você da forma que pensa, até porque você me deixou claro que não curte o que eu tenho. — disse.
— Quê? Como assim o que você te-
— O pau que tenho entre as pernas, é isso que eu quis dizer. — me cortou, sendo grosseiro com as palavras e eu novamente senti meu rosto esquentando. — Meu mini Jeon. Na verdade, ele não é tão mini assim, se quer saber.
— Eu não quero saber nada! — rebati.
— Nem os centímetros?
— Mas que coisa, Jungkook! Não! — me assustei, o que fez ele gargalhar alto. — Isso não tem graça, idiota!
— Achou mesmo que eu diria pra você sobre o meu precioso? Tsc. Imagine você mesmo, eu hein. — debochou, olhando para a janela do seu lado.
E sem querer, digo de verdade: sem querer mesmo, desci meu olhar para o seu baixo ventre, por curiosidade e tolice da minha parte, focando no meio de suas pernas abertas sem vergonha.
Quando, então, desviei rápido quando ele olhou pra mim de novo, antes que ele me pegasse observando o seu... amiguinho.
Como o Taehyung tinha coragem e conseguia? Eu nem sequer imagino como seria fazer aquela coisa com outro homem. Quer dizer, não que meu melhor amigo já não houvesse me mandado alguns pornôs gays, e de vários e interessantes estilos diferentes, mas é que eu não me imaginava assim. Não fazia ideia do que fazer se realmente me envolvesse com um cara e chegássemos naquela altura do relacionamento.
— Vamos esperar a chuva parar um pouco, pelo jeito ela não vai demorar muito. Depois, eu posso levar você de volta pra festa ou pra onde você quiser. — afirmou, comum. Apenas assenti, não ousando dizer mais nada.
Eu estava quente.
E isso me incomodava porque eu não podia fazer absolutamente nada, ainda com as mãos juntas e olhando pela janela, às vezes pra frente, mas me envergonhando cada vez mais daquele silêncio impiedoso. Meio silêncio, na verdade, afinal havia o barulho da chuva, mas também estava sumindo.
— Céus, tô começando a ficar com agonia dessa roupa molhada. — Jungkook soltou, resmungando ao observar sua própria vestimenta. Eu, em um passe rápido, comecei a retirar o terno de mim, me inclinando um pouco pra frente, talvez assim seja melhor. — Por que você-
— Use, eu não estou com frio e minha camisa não ficou tão molhada quanto a sua. — já com a veste nas minhas mãos, estendi ao mais novo, que ainda me fitava com a expressão fechada. — É sério.
— Certo. — assentiu, vendo o terno não tão molhado que por dentro parecia melhor, e realmente estava. Ele se ajeitou no banco, ficando com o corpo agora mais retinho por algum motivo. — Segure o terno, eu vou usá-lo. Só um instante.
Tudo bem, eu segurei a sua roupa no meu colo, esperando que ele a pedisse de volta. Não estava entendendo nada a princípio, porque era só ele pegar e colocar o terno normalmente.
Então, Jungkook começou a desabotoar sua camisa.
— O q-que você pensa que tá fazendo? — acabei gaguejando, mas foi sutil, assustado e surpreso ao mesmo tempo com a cena que estava observando. Jungkook me olhou antes de continuar, parando ainda no terceiro botão.
— Essa camisa já era, me sinto incomodado. Vou ficar somente de terno. — respondeu, simples, sem saber o que estava causando. Céus, ele iria ficar sem roupa na minha frente!
— É melhor não, sabe? — tentei persuadi-lo, pensando em outra forma enquanto seus dedos trabalhavam no livramento daquela camisa social. — O que acha de colocar o terno por cima ou então-
— Relaxa, eu sei o que eu tô fazendo, coradinho. — puxei quase todo o ar que havia naquele carro fechado e quente quando o fitei desabotoando o último botão.
Ok, eu perdi tudo, agora tenho que me virar.
Me encostei no banco novamente e olhei pro outro lado, inclusive pra baixo, afinal se eu olhasse diretamente pra janela eu facilmente veria o reflexo de um Jungkook sem camisa. Ele realmente a tirou, porque eu ouvi o barulho e deduzi que estivesse a retirando sem pressa.
— Pronto, agora sim. — disse, possivelmente jogando a vestimenta molhada nos bancos de trás, se o que eu escutei estava correto. Acabei nem lembrando que estava com seu terno em mãos, principalmente que estava apertando o tecido entre meus dedos curtos.
Tudo porque eu queria, sim, olhar.
— Jimin...? — me chamou. O que eu faço? — Aconteceu alguma coisa?
Eu tenho que me virar, mas eu não posso. Quer dizer, eu não quero. Na verdade, não é questão de querer, e sim de... Merda, eu nem sei mais raciocinar.
— Não, e-eu-
— Era só me dar o terno. — de repente, eu sinto uma de suas mãos tocar a minha e agarrar o tecido, assim como sinto a sua aproximação. Em um reflexo, acabei virando pra si e lhe vendo na minha frente. Eu travei.
Acontece que ele também parou onde estava, assim que olhou nos meus olhos.
Estávamos na mesma posição de alguns minutinhos vergonhosos atrás, perto, a diferença é que essa era a pior situação.
Jungkook estava sem camisa e a minha falta de senso me fazia encarar esse fato em detalhes. Mesmo com ele me encarando também, passei meus olhares pelo seu peitoral e abdômen, era como se ele malhasse bem por estar tudo tão perfeitinho, e as tatuagens em seu braço apoiado no seu terno — consequentemente na minha coxa, porque a vestimenta ainda estava em meu colo — deixava tudo mais... Atraente. Eu queria poder tocar, uma única vez.
O carro estava quente demais pro meu gosto.
— Ei. — ele levantou meu rosto com dois de seus dedos longos em meu queixo, e assim eu voltei pra realidade. — Você tá me secando na cara dura, é isso mesmo, coradinho?
Eu estava ferrado.
Ou fodido, como queiram.
— N-Não, é q-que-
— O que, hein? — levantou meu rosto mais um pouco, então vi seu olhar mudar e descer pelo meu pescoço. Jungkook não parecia mais tão indiferente, agora...
Me olhava como se eu fosse algum tipo de presa ou alguém que fosse fazer qualquer coisa a comando dele.
— Não sabe o que me dizer? Como você vai me explicar isso quando me deixou claro que não gosta do que eu tenho entre as pernas, bebê? — eu acabei respirando pesado, e por culpa do meu lapso de falta de vergonha na cara, não respondi. — Então era tudo mentira?
— Eu n-não gosto de homens. — decidi tomar coragem, pegando seu pulso e afastando seu toque em meu queixo. — Fiquei admirado em como v-você tem um corpo bonito, só isso. — torcia pra que eu não houvesse falado tudo rápido demais, desviando o olhar. Jungkook tombou a cabeça pro lado e sorriu, sacana como sempre.
— Que estranho. É só isso mesmo? Não parece. — disse, e eu o encarei. Acredite logo antes que eu exploda, que ódio. — Só achou o meu corpo bonito mas ficou vermelho e gaguejou pra me responder? Parece tão nervoso...
Por que você tinha que reparar tanto? Cafajeste sem noção e sem limites do caramba.
— Eu não costumo elogiar homens, só isso, será que dá pra parar de me questionar tanto?! — fiquei um pouco irritado, querendo me livrar dessa situação o mais depressa possível, mas Jeon não facilitava.
— Oh, que bravinho. — debochado. — Fica lindo assim, sabia? Será que eu devo te tirar mais do sério?
— Eu que deveria saber como te tirar do sério pra você parar de gracinhas comigo. — falei firme, quando ele rebateu.
— Não recomendo me deixar bravo, pequeno. — disse. Comprimi meus olhos o fitando.
Como seria fazê-lo se sentir assim?
— Pequeno? Pequeno é o seu... — aumentei meu tom, mas Jungkook me cortou com seu indicador sobre os meus lábios, o que me fez parar. Ele negou com a cabeça devagar.
— Eu também não recomendo me desafiar e me fazer te provar o contrário, mas olha que eu faço, hm? Já que parece querer tanto comprovar. Tsc. — afastou-se, agora puxando seu terno preto e me permitindo respirar melhor, porque havia prendido a respiração por um instante.
Também fiquei curioso pra sua reação quanto às minhas provocações para deixá-lo irritado.
De volta ao normal, respirei fundo, olhando pra frente e tentando não observá-lo colocando a vestimenta e também a fechando como deveria.
— Jimin. — disse, me fazendo encará-lo. — Acabei de me lembrar que tenho que esperar meu amigo porque moro com ele, além de precisar ter uma conversa com o aniversariante. Então provavelmente vou ficar mais um pouco na festa, por isso não posso tirar essa maldita roupa ainda. — virou-se mais pra mim, já vestido do seu jeito inacabado, olhando pros bancos de trás por um segundo antes de voltar a olhar pra mim. — Eu tenho um moletom guardado lá atrás, em cima do porta-malas. Quer usar? Sua camisa também tá molhada.
— Ah, eu... A chuva vai parar logo, não se preocupe com... — errado, a chuva havia piorado novamente. Estava mais forte. Apertei os olhos fechados, me crucificando mentalmente por estar nesta situação.
— Pelo jeito, vai ficar assim até amanhã. — disse, dando de ombros. — Faz assim, você tá com seu celular, correto? — assenti. — Liga pro seu amigo ou manda uma mensagem dizendo que eu vou te levar de volta pra casa dele, e então você espera ele lá e eu volto pra festa, certo?
— Tá, tudo bem. — achei uma boa ideia, eu realmente não queria mais me encharcar. Além de que, me arrependia de ter tido pouco cuidado com as vestimentas do meu melhor amigo, afinal ele prezava demais suas roupas de marca, mesmo que pudesse comprar outras facilmente.
— Ok, tire a camisa que eu vou pegar o moletom aqui. — se preparou para ir pegá-lo nos bancos de trás, mas eu dei um sobressalto no meu banco e lhe impedi.
— Espera... Tirar a camisa?!
— Sim. — afirmou, simples. — Faça como eu, assim pode ficar quentinho no moletom e não vai pegar um resfriado ou sei lá.
Nunca.
Eu não ficava sem uma camiseta comum nem na frente do meu melhor amigo direito, imagine na frente de Jungkook.
Não que ele fosse tão importante, mas a minha vergonha e a falta de autoestima eram maiores.
Eu realmente teria que fazer isso?
Ele sorriu, sacana.
— Quer que eu tire pra você?
— Nem em sonho. — respondi. — E eu também não vou tirar minha camisa na sua frente.
— Eu me viro, prometo não olhar, irritadinho. — revirou os olhos após soltar uma risadinha. Olhei pra frente com uma cara emburrada e de braços cruzados, ouvindo Jungkook ir pegar seu moletom como havia dito. — Aqui. — jogou em mim.
— Vire. — mandei, e ele realmente fez, virando um pouco seu corpo para o meu lado contrário. — Mudei de ideia, vou me trocar aqui atrás. — disse, Jungkook me observou indo até os bancos de trás do carro como um raio. Ele riu.
Acha que eu sou bobo por não saber que teria o meu reflexo na janela?
Fiquei atrás do seu banco e comecei a desabotoar minha camisa, enquanto vi sua mão pegar o celular no suportezinho que havia no carro, deduzindo que ele estaria mexendo nele agora. Ótimo, não se importe comigo, por favor, Jungkook.
Quando terminei de colocar seu moletom preto e quentinho por dentro, meu Deus, foi uma chuva de seu perfume totalmente docinho — o que não condizia nada com o seu jeito. Mas era tão bom que eu poderia ficar vestido nele por um dia inteiro.
De alguma forma, havia sentido falta desse cheiro desde a minha crise em que ele esteve comigo.
— Vou mandar uma mensagem pro Tae agora. — disse, voltando ao meu lugar na frente por mais que fosse complicado naquele carro apertado.
O bom de eu ser consideravelmente pequeno é que a minha dificuldade nestas situações eram mínimas.
— Certo, ficou bom em você? — sua atenção veio à mim. Peguei meu celular pra digitar.
— Grande, né? Mas tá tudo bem, ficou sim. — ri, descontraído, escrevendo para o Tete. Seu moletom conseguia chegar até a metade das minhas coxas bem cobertinhas com a calça.
— Combina com você. — o encarei, percebendo que seu olhar ainda estava em mim por todo esse momento. — Enfim. — desviou, colocando as mãos no volante. — Quer saber? Eu falo com o meu amigo depois, que tal ir comer comigo rapidinho?
— Comer? — questionei, guardando meu celular e me endireitando no banco da melhor forma. Fiquei curioso. — Mas onde?
— Eu conheço uma lanchonete aqui perto, que tal um lámen, hein? — levantou as sobrancelhas, realmente interessado.
Pontos de interrogações subiram em minha cabeça e pareceu notável.
— Um o quê? — foi somente fazer esta pergunta que vi Jungkook dar um sobressalto, parecendo realmente confuso ou talvez, inconformado.
— Você não sabe o que é lámen? Miojo gostoso com um toque ou muita pimenta? — eu neguei com a cabeça, agora quem está confuso sou eu. — Mas qual é o ser humano e ainda mais coreano que não... — respirou fundo antes de continuar. — Tá, você nasceu rico e pelo jeito sem comidas cotidianas, entendi tudo.
Minha mente estava em um imenso bug.
— É agora que eu vou ser obrigado a te levar pra comer isso. — disse, ligando o carro. Me assustei um pouco, por não estar esperando que ele fosse tão rápido.
— Espera, mas eu nem disse que aceito!
— Jimin, você precisa provar lámen. — disse, com convicção. Começou a dirigir na chuva fraca, mas que não terminaria tão cedo. — É rápido, eu prometo.
Apenas assenti, curioso.
O caminho até o suposto lugar que Jungkook me levava foi em silêncio, estive matutando todas as coisas que acabaram de acontecer e também a minha situação com Taehyung, que somente me respondeu com um "ok". E eu sabia que ele estava magoado, assim como eu me sentia da mesma forma.
[JUNGKOOK]
Era impressionante o fato de alguém nunca ter provado isso um dia. Mesmo que não tenha gostado, pelo menos provou. Mas Jimin não, ele conseguia ser diferente até em algo desse tipo. Ricos definitivamente não eram totalmente assim, mas Jimin era.
Exclusivo até demais.
— É aqui? — sua pergunta curiosa veio aos meus ouvidos quando parei na frente do pequeno lugar.
— Exato, vamos entrar enquanto a chuva tá fraca. — saí do carro e fechei a porta, observando Jimin fazer o mesmo e correr até mim, parando na calçada coberta.
— Meu cabelo tá feio? — perguntou, tentando ajeitar os fios úmidos. Sorri com sua preocupação boba e neguei com a cabeça, sincero. — Então... A gente vai entrar? — olhou pro lado, para dentro do estabelecimento com praticamente ninguém dentro, receoso.
— Sim. Bem vindo ao meu mundo. — ri. Segui e Jimin vinha encolhido atrás de mim, como se fosse o lugar mais esquisito e assustador do mundo. Parei no atendimento para finalmente pedir a comida.
Foi somente me dispersar de Jimin por um segundo, que assim que peço a nossa comida, me deparo com ele ainda um pouco atrás de mim, olhando em volta como se fosse um bicho do mato. Que vergonha, céus.
Ele viveu a vida toda dentro da própria casa, sem conhecer o mundo exterior? Porque não é possível.
— Vamos sentar, pelo amor de Deus... — neguei com a cabeça, indo até a última mesa curta do local, no cantinho. Jimin veio comigo e sentou-se na minha frente depois de olhar bem seu assento na cadeira nem tão confortável.
— Dessa vez, eu que vou pagar. — disse, decidido. — Isso é pelo sorvete que você me pagou naquela sorveteria bonitinha.
— Por mim, tudo bem. — dei de ombros porque já contava com isso mesmo. Eu nem trouxe dinheiro e ele tem de sobra, no fim nem precisei apelar.
— Esse lugar tem cheiro de coisas gordurosas. — foi sincero até demais, falando quase como um sussurro pra mim. Eu joguei minha cabeça pra trás e soltei um riso. — Tô falando sério, você vem aqui frequentemente?
— Não aqui, mas em lugares parecidos. Olha, eu amo comidas gordurosas se quer saber. — afirmei. Jimin fez uma cara de nojo, portanto me inclinei um pouco e o fitei bem. — E eu não suporto aqueles cinco grãos de comidinhas ruins no prato que vocês comem.
— O que? Eu como bastante! E são comidas deliciosas! — indignado, fez um bico enorme pra pestanejar. Acabei rindo de suas atitudes, colocando meu cabelo todo pra trás e cruzando meus braços em seguida, recostando-me na cadeira.
Logo, o lámen veio pronto no molho, em um recipiente grande. A mesma atendente simpática que conversei colocou-o no meio da nossa mesa, junto com água. Observei Park franzir o cenho, com uma cara nada boa que eu realmente esperava que a mulher não estivesse vendo.
— Vocês querem mais alguma coisa? — perguntou, sorrindo bonito para nós.
— Não, obrigado. — respondi, após ver Park negar com a cabeça pra mim.
A moça assentiu, mas pareceu querer dizer mais alguma coisa. Ela olhou pra mim, mordendo o lábio inferior de nervosismo e sorrindo ao mesmo tempo.
Será que ela estava interessada em mim também?
Fiquei com uma postura bonita na cadeira, colocando os cotovelos na mesa, esperando que ela falasse alguma coisa. Chequei que ela era realmente bonita, então não seria uma tentativa ruim de flerte, muito menos um desperdício.
— Eu queria perguntar... Vocês dois são amigos? — com as mãos juntas na frente do quadril, olhou para nós dois simultaneamente. Tímida.
— Sim, pois? — a encarei com um olhar sugestivo. É claro que eu passaria meu número pra ela.
Então, ela virou-se para o Jimin, que no caso estava perdido o tempo todo.
— Você... É solteiro? Eu fiquei te encarando por um tempo e queria saber se poderia me dar o seu número... — disse, e eu arregalei os olhos desacreditado. Park me encarou por um momento, também surpreso, e novamente olhou pra mulher de cabelos escuros até seus ombros.
— Ah, eu...
— Não. — interrompi. Como assim ele, e não eu? A mulher me olhou assustada. — Ele não pode.
— Jungkook?! — Jimin também me encarou, agora de cenho franzido.
— O que? Eu falei algo de errado? — me fiz de desentendido, ainda indignado com o que acabei de presenciar. Jimin abriu a boca pra reclamar e eu já sentia a discussão vir antecipadamente, mas dessa vez, nós fomos interrompidos.
— Bem, eu tenho que ir... Desculpe. — a mulher apertou as próprias mãos e saiu de perto, dando um sorriso amarelo ao dar um passo para trás antes de dar as costas.
— Mas... — Jimin a seguiu com o olhar, logo me encarando furioso outra vez. — Você tem algum tipo de problema comigo, seu emo panaca?!
— Emo? — ri, desacreditado. — Oras, eu tô dando em cima de você e pretendo não deixar nenhuma outra pessoa tomar o meu lugar. — dei a melhor desculpa, dando de ombros e lhe deixando sem palavras. — Vai, melhor nós comermos.
Comecei a pegar lámen pra mim, com fome e querendo me esquecer do episódio anterior, se é que fazia sentido. Coloquei em meu pote pequeno uma quantia boa, em seguida olhei pra Park, que observava curioso a comida enquanto nada estava em seu potinho.
— O que eu faço? Eu pego? — questionou. Revirei os olhos.
— É óbvio, príncipe de castelo. — afirmei, sem muita paciência. Lhe notei ir lento ao pegar o miojo, praticamente não pegando absolutamente nada. — Esquece, deixa comigo.
E foi assim que eu decidi pegar pra ele e colocar em seu pote uma quantidade certa para que, ao menos, provasse. Na verdade, seria impossível ele não gostar. Nem mesmo adicionei tanta pimenta, afinal não sabia nada sobre seus gostos.
Que ele goste, amém. Porque se não, só me faltava isso pra bater a minha cota de impaciência nessse fingimento todo que serei pago por fazer.
— Agora, coma. — disse, e antes mesmo de comer o meu, continuei o olhando ao esperar sua reação. Que pelo amor de Deus, deveria ser ótima.
Ele finalmente fez a primeira prova. Mastigou, enquanto respirei fundo pela sua avaliação. Até que ele olha de olhos arregalados pra mim e leva a mão na frente dos lábios.
— Nossa, é realmente bom! — afirmou, animado, voltando ao seu prato rapidinho. Somente assenti com a cabeça.
Me senti muito aéreo naquele momento, lhe observando comer aquilo com tanta euforia. Ele literalmente nunca provou um simples lámen? É algo muito comum pra todos por aqui.
Ah é, ele é um príncipe sofisticado e protegido pelos pais. Condizia bem com a sua falta de conhecimento nos costumes alheios.
Hum, com a sua beleza também.
Acabei sorrindo bem pouquinho, quase sem notar, com a cena.
Eu era uma pessoa muito ruim?
Acho que sim.
Definitivamente ele merecia um cara legal, algum dia.
— Você não vai comer? O seu vai esfriar. — disse, enquanto me encarava brevemente antes de voltar a pegar mais. — E eu vou acabar comendo tudo. — riu, fiz o mesmo.
Um pouco mais tarde, terminamos de comer e eu fiquei respondendo algumas mensagens de Namjoon no meu celular, quando Jimin me chamou.
— Jungkook... O Tae deve ter ido pra casa. Quando ele se sente chateado, ele só quer ficar em casa. Eu duvido que o Tae tenha ficado lá por mais tempo. — eu o olhei, percebendo sua expressão desapontada. — E eu tenho que ir também...
— Ah, entendo. — assenti, suspirando e guardando meu celular no bolso. — Eu te levo, lembra?
Jimin assentiu, levantando-se e seguindo comigo até a bancada onde havia a mulher que pediu seu número antes. Eu fui atrás, desejando que ele não me fizesse passar nenhum tipo de vergonha.
— Custou quanto? — de repente, endireitou a postura triste e pareceu bem diferente ao falar com ela, sem receios como quando havia chegado. Não foi nada muito caro, então pra ele seria como dinheiro passando batido. — Aliás... Eu posso passar o meu número, sim.
Espera. Oi?
Encarei seu rosto ao meu lado, de olhos arregalados e inconformado com a atitude repentina. Assim que olhei para a mulher, vi um sorriso tímido alargar seus lábios e fiquei ainda mais desacreditado. Meu olhar pulou no loiro novamente.
— Jimin-
— Aqui, o meu celular. — a voz feminina me interrompeu, me fazendo apenas observar a entrega do aparelho nas mãos do loiro e a bela cena em que Jimin simplesmente digitava no celular da garota.
— Prontinho. — sorriu e a devolveu, mas aquela sua expressão era literalmente de puro flerte. Ele estava flertando mesmo com ela? — Me mande uma mensagem, estarei esperando. — piscou de um olho, eu continuei intacto ao vê-lo colocar as mãos nos bolsos enquanto ela o agradecia. — Vamos, Jungkook-ssi.
Jungkook-ssi?!
Quando saímos do estabelecimento, vi Jimin ir direto ao carro rápido, entrando. Fiz o mesmo, olhando para o seu rosto assim que nos fechei.
— O que diabos foi isso? — questionei, ele me olhou provavelmente arrependido. — Pareceu realmente um riquinho metido, e eu um mero súdito.
— Desculpa, veio na mente na hora, eu precisava. — sua ingenuidade voltou, ele pressionou os próprios olhos e balançou a cabeça negativamente. — Eu definitivamente não sei fazer isso... — era como se estivesse falando a última frase mais para si mesmo agora.
— Não sabe fazer o quê? Flertar? Porque vi você fazendo isso nitidamente. — me pronunciei. Jimin me encarou de imediato.
— Deu certo? Eu fui bom nisso? — perguntou. Franzi o cenho.
— Mas que porra? Você realmente nunca nem ficou com ninguém?! — aquilo havia virado uma festa de questionamentos. O loiro suavizou a expressão curiosa pra uma que eu não sabia identificar muito bem, mas não parecia muito feliz. Ele desviou o olhar pra baixo, talvez contido.
Eu falei merda.
Suspirei.
— Desculpa, não quis ser grosseiro. — pedi, encarando sua face virada pra frente, sem fazer questão de voltar a me encarar. — Eu falo muita besteira, tá ligado, né?
— É, eu tô. — respondeu, sem reação, cruzando os braços. — Me leva pra casa logo.
— Não fica bravo comigo. — disse, tentando me mostrar o mais bonzinho possível. — Jimin... — manhei, levando meus dedos até a sua bochecha para tocá-lo. Em reflexo, ele afastou a minha mão com um tapa.
— Por que tá me tocando?! — ficou irritado, desta vez me encarando, sério.
— Tudo bem, já estou ligando o carro. — e realmente o fiz, apenas evitando discutir com o novo conquistador. Ele continuou calado. — Só me diga pra onde ir.
E não houve mais conversas durante toda a viagem, somente deixei músicas aleatórias tocando.
Talvez Jimin estivesse realmente afetado com o que eu havia lhe dito, ou quem sabe poderia estar pensando no seu melhor amigo e na discussão que tiveram. Ou até mesmo, na garota que acabou de flertar na cara dura.
Eu preferia não perguntar.
— Entregue. — chegamos em frente à mansão de Kim Taehyung. Tentei não ficar totalmente admirado com a visão esplêndida, apenas para não dar uma impressão muito nítida de que eu puramente me interessava por grana.
— Obrigado, Jungkook. — o olhei, vendo que devagar, ele também me encarou. — Por ter passado um tempo comigo e pela comida.
— Mas foi você quem pagou. — rebati, e ouvi a sua risada, junto a um sorriso grande em seu rosto. Sorri com a cena. No mínimo, fofo. — Tô brincando, te deixar vestido nesse moletom é o meu agradecimento.
— Você é um chato, sabia? — me instigou, e eu levantei as sobrancelhas.
— Ah, é? Imagine você, então. — ele riu, de novo. — Mas olha que eu gosto.
E sim, era definitivamente melhor vê-lo sorrir do que tendo aquele tipo de pânico que estranhamente presenciei uma vez.
— Enfim, até algum outro dia. Até porque eu tenho que te entregar o moletom. — deu de ombros, parecendo sem saber o que dizer direito.
— Não tem problema se quiser tirar ele aqui mesmo, eu adoraria ver. — tentei, lhe fazendo rir mais.
— Mantenha-se calado. — levantou o indicador pra mim, sendo autoritário por um segundo em meio à risada. — Oh, é mesmo, a chuva finalmente parou. — olhou pela janela e eu fiz o mesmo, concordando. Ouvi o som da porta se abrir.
— Até, Park. — lhe dei um sorriso de canto. Jimin assentiu e deu mais uma risadinha rápida por algum motivo, fechando a porta.
Observei ele seguir pra casa do melhor amigo, que até o momento, sendo bem sincero, ainda não havia me mostrado nenhum tipo de má influência pra ele. Na verdade, tudo que aquele cara realmente demonstrou foi uma tremenda preocupação.
Tudo bem que Park Jimin já era literalmente um adulto de vinte e seis anos. Mas quem foi que disse que idade define maturidade? Sei lá, eu mesmo nem trabalho fixo consigo.
Além de ser um puta babaca ganancioso e ter plena consciência disso. Pior, gostar disso.
Fui pro meu apartamento rapidinho, saindo do meu carro e guardando a chave no bolso. Assim que me virei, havia alguém acenando pra mim e vindo em minha direção.
E eu não fazia ideia de quem era.
— Jungkook? — disse, abrindo um sorriso extremamente simpático. — Gostou da festa do Hobi? Eu nem te vi mais por lá, te procurei por um tempinho.
— Eu... Te conheço? — fiz uma expressão confusa e ele percebeu, lembrando-se na mesma hora.
— É verdade, você quase nunca fala com ninguém de lá mas... Eu sou o carinha que serve as bebidas, algumas vezes você vinha reclamar comigo. — riu. — E você pode não me reconhecer agora porque eu normalmente não uso aquele cabelo todo penteado pra trás, somente no trabalho.
Realmente, ele era o barman do lugar onde eu frequentava para cantar. Estava diferente, com o cabelo bagunçado e espalhado propositalmente. Sem chance, o cara brilhava e seu estilo era incrível também, não era como o meu, mas assimilava-se.
— Woosung? — reconheci, sorrindo para ele da mesma forma.
— Isso. — levantou o joinha pra mim. — Enfim, é uma coincidência eu te encontrar por aqui, eu estava no Hoseok há pouco tempo mas fui embora, coloquei uma roupa mais a minha cara porque não curto muito essas sociais. E você? Vai voltar pra festa?
— Não, meu amigo já deve ter chegado em casa. Inclusive, é aqui que eu moro. — disse, Woosung ficou surpreso, compreendendo.
— Então... Eu não falei com você assim que te vi na festa porque... — colocou as mãos nos bolsos, um pouco contido. — Você estava com o Jimin...
— Você conhece o Jimin? — agora quem estava surpreso, era eu, demonstrando isso rapidamente. Ele assentiu.
— É uma longa história, na verdade. — sorriu torto, continuando sem delongas. — Não era a hora certa de chegar em vocês dois e falar diretamente com ele.
Eu definitivamente não estava entendendo nada.
— Jungkook, eu sei que você pode ser uma pessoa muito difícil, mas... Poderia me fazer um único favor? — sua expressão mudou, receoso e ainda inseguro. — Você é bem conhecido pelas garotas e é o mais experiente nesse tipo de coisa, portanto eu precisava tentar.
— Ah, claro, eu acho. — dei de ombros. — É algo comigo? Com o Jimin? Hoseok?
— Jimin. — respondeu, sem demorar nenhum segundo. — Eu queria que me ajudasse a conseguir um encontro com o Jimin.
[Anotação diária: Jungkook]
Demorei mas desculpa!!! 🥸 eu tava toda atrasada com várias coisas!!!
⚠️ AGORA, eu queria falar uma coisita rapidão, hehe. Quero dizer que sei o quanto o Jungkook da fanfic é beeeem... Como podemos dizer? Enfim, vocês sabem, um BAD GUY KKKKK. Mas eu queria relembrar que ele passa por um p*ta aprendizado/evolução, assim como todos os personagens da história. Ele pode parecer bem mau caráter, mas ele não sabe lidar com absolutamente nada, MUITO MENOS com os sentimentos de alguém, por isso acha que todo mundo é como uma porta (reparem que nem uma crise de ansiedade ele sabe o que é). E vocês vão ver só o que vai rolar... 🤫
Sigam os bebês no tt e me sigam também!
Amo vocês que me acompanham aqui, e também espero que não me abandonem!
Obrigada mesmo pelos 7k de view! Ainda espero que essa fanfic possa crescer bastante, então compartilha aí com alguém please!
💚💚💚💚💚
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