Capítulo 97

Maddy P.O.V

  Saímos do evento e deixamos a emprensa com apenas nosso rastro de curiosidade. Fomos direto para o carro, o Shawn andava esquisito, como se estivesse nervoso com alguma coisa, tossia algumas vezes e ria sozinho.

— O que está acontecendo? — perguntei rindo também.

— Nada. — disse e travou o maxilar.

  Olhei para fora da janela e vi que acabávamos de chegar num sinal fechado. Tirei meus sapatos e subi meu vestido e logo estava por cima do Shawn.

— Maddy! — exclamou quando já me via beijando seu pescoço. — O sinal vai abrir, você precisa... MERDA! — apertei sua masculinidade.

— Tudo bem. — disse e voltei a me sentar no banco do passageiro.

  Poucos minutos depois senti uma mão massagear minha perna. Olhei de relance e vi que a mão do Shawn tomava um caminho para minha intimidade, logo cruzei as mesmas e o Shawn resmungou alguma coisa inaudível. Voltei a olhar para fora de janela.

— Quer comer alguma coisa? Podemos passar naquele restaurante novo ou comprar uns hambúrgueres e comermos em casa assistindo um filme, o que acha? — perguntou.

— Tanto faz. — disse ligando o rádio. Era mais um mix de várias músicas preferidas da semana.

— Maddy. — o olhei. — O que acha da gente... — tossiu. —, morarmos juntos? — perguntou me encarando.

  Eu queria levantar as mãos e dar glória ao senhor por ele ter tomado essa iniciativa. Um silêncio tomou conta enquanto eu engolia em seco tentando pensar. Logo ele parou em um estacionamento de uma hambugueria e me olhou, inclinando todo seu corpo em minha direção.

— Shawn... tem certeza disso? — perguntei.

  Por mais que nós não morássemos juntos ele passava a maior parte do dia comigo, seja na minha casa ou na dele. Somos vizinhos!

— Sim, olha. Podemos sei lá, comprar uma casa no lago, ou se preferir podemos morar em outra cidade, reconstruir tudo do zero. Eu, você, o Mark e o Dylan. Claro, você tem sua mãe e com toda certeza não vai deixá-lá no meio daqueles loucos. Nós levaríamos ela e seria bom porque ela poderia cuidar das crianças...

  O Shawn – literalmente –, falava sem parar, palavras seguidas de palavras que me enchiam a cabeça, e eu só conseguia olhá-lo com os olhos arregalados enquanto segurava um sorriso.

— Depois nós conversamos isso com mais calma, Shawn. — disse. Eu não queria ter sido grossa, mas aquilo pareceu ter decepcionado o Shawn. — Estou com fome, agora eu quero um daqueles Hambúrgueres. — disse. Logo o Shawn ligou o carro sem falar sequer uma palavra, fomos até o Drive Thru.

  Ele fez nossos pedidos e eles chegaram depois de alguns minutos, depois disso fomos direto para a casa dele, onde encontramos boa parte dos nossos amigos na rua, eles pareciam preocupados. O Aaron e a Cloe pareciam nos esperar na fachada, como se estivessem prestes a nos dar uma notícia horrível. Havia um carro da polícia e alguns agentes conversavam com o Aaron. O Shawn não parou em frente a casa, estávamos a quase um quarteirão deles.

— Shawn... — murmurei olhando para o mesmo.

— Eu preciso te contar uma coisa. Quando o Henry atirou em você e eu te levei ao hospital, depois de alguns dias te visitando uns enfermeiros me guiaram até o necrotério. — engoliu em seco. — O legista me mostrou um corpo e, ele era o da Elizabeth. Ela não morreu por causa de perda e sangue. Alguém a matou. — falou ainda sem me olhar no rosto, ele falava aquilo tão friamente que podia achar que ele era o culpado.

— O você tem com isso? — perguntei.

— Nada. — respondeu.

— Então por que tem policiais na sua casa? — voltei a perguntei.

— Não faço a mínima ideia. — disse levando uma de suas mãos ao queixo enquanto travava o maxilar

— O que está esperando? Vamos até lá e resolver isso. — disse me endireitando no assento.

— Eu tenho quase certeza que o Henry mandou matá-la. — disse olhando atráves do vidro fechado. — E eu também tenho quase certeza que ele vai fazer de tudo para pôr a culpa em mim.

  Sabia do que o Henry era capaz de fazer e do que não, mas nessa altura eu já não sabia distinguir o quê ele era. Ele realmente podia fazer com que o Shawn fosse culpado pela morte da Elizabeth, ele tinha sido, segundo o dito cujo, que ele fora o último a visitá-la. Quem iria hesitar com apenas essa prova e prendê-lo?

— Shawn. — toquei em sua outra mão que estava pousada em sua coxa. — Vamos sair de mais uma dessas, juntos, como todas as outras vezes. Eu prometo. — abri um sorriso de lado.

  Ele assentiu e voltou a ligar o carro agora fomos direto para a casa dele. Eu estava realmente com medo dele ser preso por uma coisa que não havia feito, e estava ainda com mais medo pelo Dylan. Ele precisa do Shawn mais do qualquer pessoa nessa vida.

  Logo o Shawn estacionou na garagem causando um olhar duvidoso vindo dos policiais. Fomos até a fachada da casa e a Cloe veio na minha direção.

— O que está acontecendo? — murmurei subindo os degraus.

  Ela parecia nervosa mais que todas que estavam ali. Eles me olhavam com indiferença como se eu tivesse feito algo horrvelmente mal e importuno. Em meio a eles estava minha mãe segurando o Dylan, o embalando enquanto caía algumas lágrimas de seus olhos. Eu não estava entendo simplesmente nada.

— Eles vinheram te buscar. — disse tocando mais ombros.

— Como assim me buscar? — perguntei com os olhos arregalados.

— Eles estão te acusando de ter matado o Jack. — disse a me encarou.

— Maddy Campbell? — olhei para trás vendo um dos policiais me encarar com uma expressão nada agradável. — Você está presa, tudo o que falar ou fazer será usado contra você no tribunal.

  Olhei para o Shawn na tentativa que ele pudesse fazer alguma coisa, mas o olhar que ele me lançou dizia o que eu nunca queria ouvir. Logo o policial me colocou contra a parede me algemando.

— NÃO ENCOSTA NELA! — gritou o Shawn vindo na minha direção.

— Quer fazer companhia a ela na cadeia? — perguntou o outro policial entrando na frente do Shawn.

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