Capítulo 73

Shawn P.O.V

 Ao chegar em casa, tirei minha jaqueta e me joguei no sofá. Já havia passado um mês depois do nosso primeiro encontro, e esse foi mais outro de muitos anteriores.

  O que foi que eu fiz?

  Eu tenho uma puta certeza de que a Elizabeth vai uma hora usar aquilo contra mim, iria dizer aos meus amigos? Talvez, se as coisas ficassem feias ela iria abrir a boca para a mídia e acabaria com minha carreira de cantor? Claro, mas se ela envolvesse a Maddy? Eu acabaria com ela.

 Peguei meu celular e olhei as mensagens do grupo da Orgia. 

 Jhon adicionou Elizabeth ao grupo

Maddy saiu

Shawn adicionou Maddy ao grupo

Maddy saiu

Shawn adicionou Maddy ao grupo

Maddy saiu

Shawn adicionou Maddy ao grupo

Shawn: Maddy para.

Maddy: NÃO SHAWN, NÃO ME MANDA PARAR.

Elizabeth: Adoro ser o motivo da primeira briga do casal recém assumido.

Maddy: Cala a sua boca de merda.

Elizabeth: Você não me manda calar a boca sua vadia desgraçada. Eu sei onde você mora posso acabar com você em dois minutos.

Maddy: Então vem aqui sua cadela nojenta.

Elizabeth: Então vamos resolver isso como nos velhos tempos.

  Bloqueei o ecrã do meu celular e saí de casa atravessando a rua em direção a casa da Maddy. Esperei até ela sair de casa e a empurrei de volta fechando a porta.

— Mas o que...

— Você não vai brigar com ela. — disse.

— Você não é ninguém para dizer o que eu faço ou deixo de fazer, Mendes. Saia da minha frente. — falou.

— Não. — respondi.

 Ela suspirou.

— Shawn, sai da minha frente. — repetiu.

— Eu já disse que não.

— Isso não é um pedido, Shawn. — senti uma fúria vinda da sua voz.

— Olha, não sei qual ligação você tem com a Elizabeth — menti — , mas não vou deixar você ir lá fora e dar uma de ceifadora às 1:00 da madrugada.

— Então quer dizer que você andou pesquisando sobre mim... — falou.

— É, andei sim. — respondi sentindo um certo arrependimento.

  Um barulho de um freio brusco foi ecoado por toda vizinhança, juntamente de uma grave batida com, o que presumo ser a porta de um carro. Olhei para o rosto da Maddy e ela correu em direção a cozinha. 

  A porta do quintal.

  Corri atrás dela, mas foi inútil. A porta já estava escancarada e a mesma já estava encarando a Elizabeth com um olhar dilacerante. Fui na direção delas e eu já pude ver os meninos e as meninas saírem da casa em direção à calçada.

— Vamos parar com essa palhaçada! — exclamou a Cloe.

— Caralho, primeira briga do mês. — disse o Bruno. 

— Eu vou resolver isso. — disse indo na direção delas. Quando fiz menção de puxar a Maddy dali, ela simplesmente ergueu seu cotovelo e acertou bem no meu nariz. 

— Shawn. — ouvi a voz do Aaron. — Deixa a Maddy resolver isso, ela tem esse direito. Vem. — disse e me puxou.

Maddy P.O.V

 Nós duas parecíamos duas sedentas por sangue. Ela chegou mais perto de mim e tentou desferir um soco no meu pescoço, fui mais rápida e bloqueei seu soco com meu braço esquerdo e com o direito soquei sua barriga.

— Perdeu o jeito Elizabeth? Não era você a pessoa que mais sabia luta corpo a corpo? — debochei.

— Mesmo perdendo o jeito ou não, não matei minha filha. — disse com a mão na barriga.

  Fui até ela e a peguei pelo colarinho daquele suéter de pele falsa, e pressionei contra o capô do carro.

— Ela não teria morrido se você não tivesse colocado ela dentro daquele maldito carro com o Jack. — murmurei.

— Sempre procurando alguém para pôr a culpa dos seus próprios erros. — falou.

  Dei um soco em sua boca.

  Ela me encarou, riu com desdém e bateu sua testa contra minha, fazendo com que eu fosse para trás por impulso. Vi ela vir até mim e me dar uma joelhada na barriga. 

  Caída no chão, ela sorriu com um ar de glória. Então ela cometeu o erro de virar de costas. Levantei ainda cambaleando e puxei um tofo do seu cabelo oxigenado e chutei a lateral de um dos seus joelhos, disferi dois socos. Um em seu nariz e outro no seu pescoço, esse do pescoço, foi o único em toda a minha vida, o mais fraco soco que já dei. Eu ainda quero que ela respire e que seja capaz de responder minhas perguntas.

— MADDY CHEGA! — ouvi alguém gritar meu nome.

  Com a Elizabeth caída no chão, fiquei por cima dela e enrolei todo seu cabelo no meu pulso.

— MADDY NÃO! — alguém gritou quando tirei uma arma detrás das minhas costas.

  Apontei bem no meio do testa dela e a mesma arregalou os olhos quando viu a arma.

— Agora, responda minhas perguntas. — falei.

— Você não vai me matar. — disse. — Pessoas vão escutar os tiros e vão te denunciar para polícia. 

  Soltei uma gargalhada e pendi minha cabeça levemente.

— Ai ai. Querida, acorda. Essa arma tem silenciador e, sobre todos que provavelmente vão assistir sua morte. Eles são meus amigos, isso aqui é uma gangue. Acha mesmo que eles vão me denunciar para polícia sem que eles saiam ilesos? — balancei a cabeça. — Tão inteligente mais ao mesmo tempo tão burra. Você tem duas opções: ou responde minha pergunta ou morre.

— VAI SE FERRAR! — gritou e eu destravei bem devagar a arma.

— Tudo bem, aqui vai a pergunta. Trabalha com o Henry?

— Não vou falar nada. — respondeu.

— Ótimo. — disse. Aproveitei que ela estava com a boca aberta, ofegante e enfiei a arma na sua boca. — Agora me responda. Você trabalha com o Henry? — perguntei.

  Ela pareceu hesitar no começo, mas depois assentiu.

— Se continuar colaborando, você sai viva. Aqui vai mais uma, trabalha como treinadora dos novos recrutas? — negou. — Descarregamento de armas? — negou. — É uma assassina de pessoas que não pagaram as drogas no dia correto? — negou. — Então você é um dos "peixes pequenos"? — assentiu. Sorri. — Então eu vou tirar a arma, e você vai me dizer os outros dois nomes dos chefes que comandam o "castelo de vidro", com você e o Henry. — ela assentiu.

— Collen Victor e Arthur James. — respondeu.

— Você vai mandar um recado para eles, será bem breve. Diga que a ceifadora, está de volta. — disse e sai de cima dela.

— Naquele bar você não me matou, eu presenciei um massacre, mas você me deixou viva. Por quê? Por piedade? Ou por que não tinha coragem? — perguntou.

— Não se vanglorize por isso. Apenas não havia mais bala porque eu já tinha minha mira certeira. — apontei a arma para sua cabeça e sorri.

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