Capítulo 69
Maddy P.O.V
Duas semana haviam se passado, pareciam meses desde do meu beijo com o Shawn, desde então tentava manter uma relação amigável com ele, tentava também manter nossas bocas bem longe uma da outra evitando de sentir aquela sensação de novo. A sensação de borboletas andantes pelo meu estômago. Havíamos nos aproximado bastante também, durante o dia o Shawn trabalhava e quase todas as noites nos víamos. A Lydia fazia questão de chamá-lo para vir jantar com a gente e o Mark se animava. Ele parecia mais disposto a fazer as coisas desde que o Shawn havia chegado, percebia que ele estava mais comunicativo e extrovertido. Fazia quatro dias que o Shawn havia viajado à trabalho, tirei esses dias para pensar muito em relação a nós dois....
Pedi para que o táxi parasse na frente do prédio da revista Vogue. Eles queriam alguém para sair na capa da revista. Seria um grande salto na minha carreira, eu sabia disso. Colocava o trabalho acima de qualquer sentimento relacionado ao Shawn, mantinha meus pensamentos em um lugar bem longe... não me permitia pensar nele da forma que eu tanto queria. Desci do carro e passei pela recepção em direção ao elevador. Olhei a hora no meu celular e vi que já eram 17:30.
Vi o Fêlix mexer no celular sentado numas poltronas na enorme recepção, sai do elevador e fui ao seu encontro.
— Até que enfim. — disse.
— Desculpa pelo atraso o trânsito de New York é um caos . — falei.
— Vamos logo. A sua sorte é que a reunião com a Anna Wintour só começa daqui a cinco minutos. — disse e entramos no elevador.
Chegamos ao andar principal e fomos direto a sala de reuniões. Entramos na sala e todos já estavam lá, só faltava eu e o Fêlix.
— Ótimo. — disse a Anna. — Todos já estão aqui então vamos logo com isso. Oh! Primeiramente, seja bem-vinda Maddy Campbell, espero que esta sua estadia aqui em Nova York seja ótima, ainda mais porque você vai posar para uma das maiores revistas do mundo. — sorriu.
— Muito obrigada. — devolvi com um sorriso simpático.
— Bem, todos nós sabemos que já estamos na estação da primavera e o tema deste mês será este, quero ver o que vocês fizeram. – disse a Anna e voltou a sentar na sua cadeira.
Uma mulher levantou da cadeira do meu lado e foi até a frente da sala e ligou uma TV e mostrou as diversas peças de roupas na qual eu iria vestir.
E assim seguiu o resto da reunião, com pessoas levantando e indo até lá mostrar o que tinham feito em relação ao tema.
— Enfim, e mais uma vez vocês não me decepcionaram em relação a nada, muito pelo contrário. Vocês me surpreendem a cada tema. Bem, eu quero que vocês façam um bom trabalho pela milésima vez. E Srta. Campbell, obrigado por aceitar nosso convite. Vamos estourar as bancas de New York mais uma vez. — disse e todos aplaudiram e vários assovios foram ouvidos pela sala. — OK, ok, sabemos que muito trabalho foi dedicado a isso agora vamos dar continuidade...
[...]
Depois que a reunião terminou, me deram um papel e entreguei ele ao Fêlix. Peguei meu casaco atrás da cadeira e o coloquei. Não via a hora de chegar no hotel e tirar aquele vestido preto que ia um pouco mais acima do joelho e aqueles sapatos apertados.
— Você me surpreendeu com sua roupa hoje. — disse o Fêlix quando estávamos indo em direção ao elevador.
— Muito obrigada, Fê.
— Se eu não fosse gay eu te pegava, mas o Shawn faz isso maravilhosamente bem. Mas que pena que você não vê ele há quatro dias. — disse como se não fosse óbvio.
— Obrigado de novo. — falei.
— A Maddy, qual é? Você tem que aproveitar um pouco mais a vida, pelo amor. Você tem um belo corpo.
— Está insinuando que devo me prostituir? — perguntei.
— Só para o Shawn. — respondeu. — Vamos para balada? — perguntou.
— Obrigada, mas vou direto para o hotel. — falei quando chegamos até a recepção.
A secretária nos deu cartões e disse que era um tipo de ter acesso fácil até o andar onde aconteceria as sessões de fotos.
— Você vai ter que posar com as mãos no peito pelada. — disse o Fêlix lendo o papel.
— Isso não é um problema. — falei enquanto um segurança abria a porta de saída.
— Nos encontramos no hotel. — disse o Fê indo para um caminho diferente do meu, o vi entrar em um táxi e ir embora.
Preferi ir andando e quem sabe parar em alguma confeitaria. Olhei para cima e vi o céu nublado, provavelmente uma chuva ótima cairia. Andava um pouco desnorteada olhando para as coisas belíssimas de NY, senti algo gelado cair em cima de mim e foi aí que me toquei que tinha esbarrado em alguém.
— Oh meu... Maddy? — olhei para cima e vi o Shawn.
— Você anda me perseguindo ou algo parecido? — perguntei olhando o meu vestido. — Sua sorte é que meu vestido é preto e quase não dá para ver. — falei.
— Me desculpa, não se preocupa. É apenas água. — assenti. — O que faz aqui? — perguntou.
— Vim pelo mesmo motivo que você, à trabalho. — disse e comecei a andar. Olhei para trás e vi o Shawn vir na minha direção.
— Maddy, espera. — disse e tentou acompanhar meus passos passando por entre as pessoas. — Por que está andando tão depressa? — perguntou. — Parece até que está fugindo de mim...
— Eu estou com pressa. — disse.
— E onde vai? — perguntou finalmente do meu lado.
— Você não tem medo de andar por aqui sem ser reconhecido por um enxame de fãs sedentas? — perguntei. — E respondendo a sua pergunta, eu estou morrendo de fome. — disse.
— Não eu não tenho medo de andar pelas ruas e ser reconhecido, acontece isso várias vezes, como agora. — respondeu e eu segui o seu olhar onde três garotas vinham na nossa direção.
Não sei porque diabos esperei ele terminar de tirar fotos e dar autógrafos as meninas.
— A propósito, eu estava indo comer um Hambúrgue ou sei lá, quer vir comigo?
— Estou evitando comer coisas gordurosas. — menti.
— Você está mentindo, há quatro dias você estava com um pote de sorvete e um saco de salgadinho, e ontem o Fêlix postou uma foto de você no Twitter devorando uma pizza. — disse.
O olhei com uma puta vontade de dar um soco nele e muito mais no Fêlix.
— Tudo bem, eu aceito. — disse revirando meus olhos. — Acho melhor pegarmos um táxi antes que mais pessoas te reconheçam. — assentiu.
Chegamos a conclusão que iríamos ao McDonalds e depois andaríamos pela Times Square. Eu tinha achado a ideia legal, não protestei, nem mesmo pelo fato de ter que acordar cedo para ir para as sessões de fotos na Vogue amanhã.
— Chegamos. — falou o Shawn me tirando dos meus devaneios.
Saímos do carro e entramos no restaurante.
— O que será que as pessoas daqui estão pensando sobre você nesse exato momento? — disse e fomos até o final do restaurante e sentamos lá.
— Bom, eu não ligo para opinião delas, e você? — perguntei.
— Talvez. Eu vou fazer nossos pedidos. — disse indo até o balcão.
— Mas eu ainda não decidi o que eu iria comer... — murmurei inutilmente.
Peguei meu celular e vi as mensagens do grupo da Orgia, passei os olhos por elas, mas sem vontade de lê-las. Pouco tempo depois o Shawn chegou com nossos pedidos e sentou na minha frente.
Senti o meu celular vibrar em cima do meu colo e olhei a notificação.
O Henry sabe que você está atrás dele. Talvez ele passe mais alguns dias na Flórida e depois vá para o Canadá, passarei todas as informações melhor depois.
— Merda. — murmurei e coloquei as mãos na cabeça.
— O que houve? — perguntou o Shawn.
— Mensagem do Fê. — menti.
— Hum.
Comecei a comer e eu não esperava para jogar o guardanapo de papel sujo na cara do Shawn.
— O que acha? — falei fazendo dois furos com palitos de dente no guardanapo e coloquei grudado no meu peito.
— O que isso significa? — perguntou.
— Essa é a logomarca da minha empresa fictícia. — disse e ri.
— Está ótimo. — riu. — Vamos? — assenti.
O Shawn foi pagar a conta enquanto eu o esperava fora do restaurante.
— Temos compainha. — falei.
— Fãs? — neguei. — Droga. — disse quando ele percebeu para onde eu estava olhando.
— Paparazzis são sempre bem-vindos. — disse saindo do beco para onde ele tinha me arrastado.
Olhei para o Shawn que me olhava com uma expressão estranha.
— Qual é? Eles são pessoas, não monstros. — disse. — Vamos logo Shawn, eu quero ver sua cara feia estampada nos Outdoors da Times Square. — falei.
Ele veio até mim e pegamos um táxi até chegarmos lá. Sai do carro e meus olhos doeram um pouco por causa de algumas luzes ofuscantes em alguns dos pontos da Times, eu gostava da mistura de cores que ela proporcionava, era tão mágico. Vi realmente um Outdoor do Shawn por causa do seu novo álbum.
— Uau. — falei. — In My Blood. — li o nome da nova música do Shawn que havia saído hoje.
Por estar à noite parecia que a Times Square ganhava vida de uma forma tão complexa...
— Vamos comprar sorvete e sentar em algum lugar. — falei. — Dessa vez eu pago os sorvetes.
— Nem pensar. — disse o Shawn.
— Você já pagou os Hambúrguers, minha vez.
Fomos até uma barraquinha de sorvete e pedimos um de chocolate e outro de baunilha.
— Aquele não é o Fêlix? — perguntou o Shawn.
— Nem vem com essa de "olha o passarinho ali", eu olho e você paga os sorvetes. — disse dando quatro dólars ao homem.
— Sua namorada é esperta. — disse o vendedor.
— Ela não é minha namorada. — respondeu o Shawn. — Pelo menos ainda não sabe.
Paguei os nossos sorvetes e dei obrigado.
— Funcionava com a Anne o truque dos pássaros. — disse quando lhe entreguei os sorvetes.
— Tenho que admitir, sua comparação é extraordinária. — disse indo em direção a um banquinho próximo.
— Falando nela, eu terminei. — disse quase num sussurro.
— Que pena. — disse tentando parecer comovida, mas por dentro eu estava ATÉ QUE ENFIM MEU BOM DEUS!!!
— Não estava dando certo, nenhum dos dois se interessavam.
— Ela parecia interessada em você desde que nós estávamos junt... — parei antes que eu pudesse terminar a frase.
Shawn P.O.V
— Quando estávamos o quê? — perguntei.
A vi olhar para cima e cruzar as pernas.
— Juntos? — disse.
— É, quando estávamos juntos. — falou.
Era estranho imaginar a Maddy com outra pessoa, assim como me imaginar sem ela. Não terminei com a Anne por causa de interesse, mas por causa dela. Era ela que mexia comigo de uma forma tão significante e intensa. Não, eu não tinha desistido das plataformas ainda, mas iria, como também não desisti de tê-la comigo. Mas uma coisa estava certa, eu não queria mais machucar as pessoas que eu amava, eu a amava.
[...]
Senti pingos de chuva caírem nos meus braços e a Maddy falar algum xingamento. Logo os pingos ficaram mais grossos até que vimos algumas pessoas indo se esconder embaixo das marguises das lojas. Corremos em meio as pessoas desgovernadas para chamar um táxi e disse que iríamos para minha casa, a Maddy relutou, mas acabou por ir.
— Onde fica o hotel que você está hospedada? — perguntei pagando o táxi, mas a chuva grossa e com trovões continuava.
— Agora, do outro lado da cidade. — respondeu um pouco mais alto por causa do barulho.
Andei até a fachada do prédio e abri a porta, dei passagem a Maddy e a mesma entrou com suas vestimentas pingando. Fomos até o elevador.
— Sr. Mendes. — chamou o porteiro. — O elevador está em manutenção, acho melhor o senhor ir pelas escadas.
— Obrigada por avisar, Jonas. — disse.
A Maddy parecia raivosa por sua maquiagem estar borrada e toda molhada. Puxei seu pulso e fomos até o saída de emergência.
— Quem chegar primeiro ganha chocolate, pipoca e filme. — falei.
— Mas não vai dar certo. — disse.
— Como assim? — falei nos primeiros degraus.
— Acontece que você vai ficar assistindo filme do meu lado enquanto EU como chocolate e pipoca. — disse dando ênfase em uma das palavras.
— Convencida você, não acha?. — debochei.
— Vamos lá então. — disse e passou no meu lado subindo as escadas rápido.
Fui atrás dela o mais rápido que conseguia subir as escadas. A ouvia gargalhar. Era gostoso ouvir a risada da pessoa que você gosta, principalmente quando você é o motivo.
Ela estava uns dois lances de escadas na minha frente, então resolvi apressar a minha corrida até chegar a ela, não demorou muito. Por mais que ela fosse rápida, o sedentarismo não deixava ela ir muito longe...
— Opa, acho que alguém vai ficar para trás em? — debochei de novo.
Continuei a subir até não ouvir mais a Maddy correr e sim um grito. Olhei para baixo e a mesma segurava o pé esquerdo, desci as escadas e perguntei se estava tudo bem.
— Consegue andar? — perguntei.
— Não sei. — disse.
Levantei ela e a coloquei no meu colo e subi as escadas mais devagar agora.
Coloquei-a quase na frente da porta do apartamento e percebi que ela estava andando normal, tarde demais. Ela já tinha chegado na porta e tinha batido como havíamos combinado.
— Quero meu chocolate e minha pipoca. — disse e colocou os saltos.
— Você é manipuladora para cacete. — disse abrindo a porta.
Maddy P.O.V
— Tem certeza de que esse apartamento é seu? — perguntei passando os olhos pela sala sofisticada.
— Por que não seria? — perguntei.
— Está muito arrumadinho para ser seu. — disse.
— Talvez eu possa pagar uma empregada, o que acha? — perguntou e notei uma certa ironia naquilo.
— Você é muito engraçadinho. — falei.
— Você não gosta muito de visitas aqui. — disse vendo o tamanho do apartamento.
— Não necessariamente, eu venho para NY para escrever e na maioria das vezes ficar um pouco sozinho. — falou. — Eu vou te mostrar onde é o banheiro e logo levo uma toalha e roupas limpas para você. — assenti.
Ele me levou até o único quarto do apartamento e disse que voltava em alguns minutos, assenti e fechei a porta do banheiro. O apartamento não era grande como imaginava, era pequeno, aconchegante, sofisticado... o estilo Shawn. Me despi colocando meu vestido molhado em um canto e os sapatos do outro, entrei debaixo do chuveiro e deixei a água quente cair sob minhas costas. Gostava daquela sensação. Ouvi a porta sendo aberta depois fechada rapidamente. Terminei de tomar banho minutos depois da porta ser fechada. Peguei a toalha deixada pelo Shawn e logo depois a roupa. Era uma camisa enorme e uma calça de moletom. Sorri ao imaginar o Shawn vestido com essa roupa.
Saí do banheiro e o Shawn estava fazendo pipoca na cozinha.
– Você está todo molhado. – ri vendo a casa com um monte de mini poças de água. – Você pode ir tomar banho, eu termino aqui. – assentiu e encheu a mão com pipocas e me lançou uma piscadela. Revirei os olhos.
[...]
O Shawn chegou na cozinha e me olhava com quem queria tirar pedaço, eu gostava da sensação de ser desafiada. Era algo extremamente perturbador.
Fomos até a sala e o Shawn colocou um filme qualquer, olhei para fora da janela e vi que a chuva continuava sem dar trégua.
— Eu preciso ligar para o Fêlix e pedir para que ele traga um táxi até aqui. — disse quando o filme havia terminado.
— Se quiser pode dormir aqui. — sugeriu.
— Eu acho melhor não. — disse.
— Qual é, amanhã eu te acordo cedo e te levo no hotel onde você está. Prometo. — disse.
— Tudo bem. — disse depois de termos passados mais de vinte minutos discutindo.
— Tem um sofá no quarto, eu fico com ele e você dorme na cama. — assenti.
O Shawn colocou em um canal qualquer e ficou rindo sozinho.
— Você tem sérios problemas. — disse.
— Só achei engraçado.
— Vai fazer mais de dez minutos que você está rindo sozinho. — disse.
— Eu gosto. — falou.
— De rir sozinho?
— Não, da sua compainha. — disse.
— Somos amigos, eu também gosto da sua compainha.
— Maddy... — disse e ficou de frente para mim. — Olha... nós dois sabemos que não somos amigos, e você não sabe o quanto me dói quando fala isso. Eu não quero mais olhar para você e imaginar inúmeras coisa, sei que você está pensando sobre sexo mais não é esse o ponto. Só preciso que me responda uma coisa. Gosta de mim da mesma forma quando nos conhecemos? — disse me encarando.
— Shawn...
— Sim ou não.
— Sim, mas isso foi há cinco anos. Não somos mais aqueles garotos de antes, amadurecemos, fomos por caminhos distintos, e vivemos agora num mundo diferente. — disse sentindo meus olhos marejarem. — Conhecemos outras pessoas e nos permitimos gostar delas novamente. Shawn, quando eu falei que era para você seguir em frente, eu realmente queria que você encontrasse alguém que te amasse, mesmo se esse alguém fosse a Anne. — sorri. — Mas agora eu estou vendo que não adiantou de nada...
— Não, não adiantou. Eu, por um breve momento achei que gostava de mim da mesma forma que eu gostava de você, mas gostar não era o suficiente para mim. Controle. Era isso que eu não tinha sobre mim mesmo, o que aconteceu? Te amei, mesmo dizendo a mim mesmo de que aquilo seria burrice amar uma pessoa como você, rodeada de pessoas e a fama lá em cima...
— Você me ama? – o interrompi.
Ele pareceu protestar abrindo a boca e a fechando sem falar nenhuma palavra.
– É, eu te amo. Eu não consigo mais esconder essa droga mesm...
O beijei. Eu não conseguia distinguir meus próprios sentimentos. Alguém me amava, alguém realmente me amava e eu esse tempo todo estava me enganando... como eu fui tão burra...
O gosto era salgado e eu não sabia se as lágrimas eram minhas ou dele. As borboletas puseram a ficar mais intensas que o normal, e eu sabia o que viria depois desse beijo. Três palavrinhas que dizia a mim que não existia de forma alguma. O Shawn se afastou e me olhou. Ele me olhou de uma forma que nunca havia me olhado antes. Alívio. Abri minha boca, minha garganta estava travada, minhas mãos estavam suando e minhas pernas tremiam de uma forma que não conseguia contê-las.
— Eu te amo, Shawn. — disse.
O clima não estava mais tenso ou desconfortável, me dei conta de que só precisava dizer aquilo para que eu pudesse sentir que eu realmente o amava. Nossa! EU O AMO, MEU DEUS EU O AMO. Quero dizer, nunca pensei que eu amasse tanto uma pessoa assim...
Ele enrolou uma mecha do meu cabelo na ponta do seu dedo e me puxou para beijá-lo de novo. Eu precisava senti-lo de novo...
Coloquei minhas mãos por debaixo de sua camisa e arranhei suas costas de leve, o Shawn me colocou contra parede e me olhou com um sorriso malicioso e fez uma linha de beijo pelo meu pescoço. Ele se aproximou o máximo que conseguiu me fazendo soltar um suspiro entre os dentes. O Shawn segurou minha cintura e enrolei minhas pernas na sua cintura. Logo estávamos indo até o quarto onde o Shawn fechou a porta quando entramos. Ele me deitou na cama com leveza, com medo de que eu quebrasse. Eu estava pronta para destruir qualquer tipo de controle. Busquei tirar minha própria camisa ficando apenas de sutiã. O Shawn tirou a sua e voltou a ficar sobre mim. Era impressionante que em qualquer ponto do meu corpo onde o Shawn tocava, despertava um tipo de estimulo diferente de todos os outros que já havia sentido.
Rolei sobre a cama e fiquei por cima dele, o mesmo me encarava com sede do que estávamos próximos a fazer. O beijei até sentir sua ereção contra minha intimidade. Minha mão deslizava com uma certa facilidade sobre seu corpo forte. Desci com uma trilha de leves beijos até seu abdômen, dei-lhe pequenas mordidas o que arrancou um gemido baixo do Shawn. Pude perceber a ousadia no seu olhar e um brilho de escuridão quando me puxou para junto de si, ficando por cima de mim novamente. Ele tirou a minha calça me deixando só de roupas íntimas.
— Você é insana. — murmurou antes de mordiscar meu lóbulo.
O Shawn me puxou fazendo com que eu sentasse em seu colo, e retirou meu sutiã olhando nos meus olhos, como se estivesse fazendo algo de errado e que preferisse esconder. Sorri ao perceber que ele tinha travado o que queria fazer e mordi meu lábio inferior. Puxei seu pescoço e o beijei de novo. Chega de enrolação. Tirei sua calça o deixando só de cueca, depois pensei bem e tirei sua cueca também. Então o Shawn se deitou sobre mim e toda vez que ele tentava me tocar eu me esquivava, estava brincando com aquilo e o Shawn parecia impotente.
— Chega de brincadeiras. — disse segurando minha cintura e tirando minha calcinha com uma certa agressividade.
Sentia o ar preso em meus pulmões na medida que o Shawn se deitava sobre mim. Seu queixo permanecia erguido e junto com ele a mesma ousadia que eu havia visto antes. Gemi, mas não de dor, mas pela certeza de que ele havia perdido o controle. Rolamos sobre a cama, bocas se exploraram e corpos se tocaram. Estocadas lentas e prazerosas. O Shawn me pertencia, mesmo se fosse só ali, mas me pertencia assim como eu o pertencia...
Havia desejado tanto isso, sonhando com o que haveria depois da porta firmemente trancada, minha própria porta.
Shawn P.O.V
Nunca havia sentido tanto desejo como agora. Era algo super novo e contraditório. Murmurava palavras doces e gentis na tentativa de deixá-la excitada e acabei por perceber que ela fazia aquilo melhor que eu. Tocá-la era algo difícil. Mas sabia seu ponto fraco.
— Shawn... — murmurou meu nome. — Eu quero você... — suas mãos tocaram meu corpo, procuram e acharam. — Você dentro de mim.
O poder e orgulho dominava ambos e a competição de quem chegaria primeiro ao ápice havia se encerrado. Me posicionei mais próximo a ela e coloquei seus braços acima da sua cabeça. Eu queria olhá-la enquanto a penetrava com certa força, saber se não sentia nenhum tipo de desconforto, foi inútil. Ela parecia brincar enquanto sorria e mordia o lábio inferior, aumentei a velocidade e a força das estocadas até que senti unhas sendo gravadas nas minha costas, ela havia puxado suas mãos de volta. Queria olhá-la até chegar ao seu ápice.
Um grito agudo e um pedido de súplica vindo dela, era como dar-lhe a chave para o meu segredo mais obscuro. E pela primeira vez eu não fiz sexo nem muito menos transei com ela, havíamos feito amor da maneira mais genuína que conseguimos, foi verdadeiro e eu soube que fora a maior loucura que eu já havia feito.
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