Capítulo 63
Shawn P.OV
— EU DEVERIA TER ATIRADO NELE, PODERIA TER FEITO ALGUMA COISA! — gritei.
— Ei, Shawn a Maddy é forte, ela vai sair dessa, eu garanto a você. Sei que você achou que deveria ter feito mais, que você poderia ter feito mais. Você fez o que achou melhor. O Henry precisa dela e você sabe disso. — disse a Lydia. — Tenta descansar, depois resolvemos isso... – disse.
Eu não iria conseguir descansar sabendo que a Maddy estava lá fora com alguém que poderia matá-la a qualquer momento.
— Eu vou ficar aqui até você acalmar os nervos. — disse e sentou na ponta da cama.
Bufei e sentei numa poltrona perto da cama.
A Lydia parecia saber de alguma coisa, sua expressão estava amena e sem nenhuma preocupação se quer...
— Do que você sabe? — perguntei a encarando.
— Do que você está falando?
— Você não parece estar preocupada. — disse.
— Muito pelo contrário, eu estou. Mas não consigo tirar minha cabeça de outra coisa... enfim. O Henry não pode matar a Maddy e mesmo se pudesse, não iria, ele precisa dela. Ele tem medo, medo de morrer. Ele sabe que enquanto você estiver perto da Maddy ele terá problemas, por isso ele quer distanciar você dela, com isso ele passa a achar que você está na palma da mão dele. — disse.
Sabe, talvez a Lydia estivesse certa, talvez eu não amasse a Maddy e passasse a amar os momentos que tinha vivido com ela. Mas com o passar do tempo percebi que ela estava errada. Porque quando amamos os momentos começamos a amar a fonte deles. Eu não podia dizer que amava a Maddy, como também não posso dizer que não tive tempo de pensar, eu estaria mentindo. Eu tive cinco anos para pensar no que sentia pela Maddy e se era recíproco. Lembrei do primeiro racha que a vi correr ou quando defendeu a depressão com unhas e dentes, ela é forte, me peguei rindo.
— Do que está rindo? — perguntou.
— Lembrei de algumas coisas sobre a Maddy. — disse e parei de rir quando lembrei que precisava achá-la. — Onde está sua mãe? — perguntei.
— Ela acabou ficando na fazenda com a vovó e mudaram o funeral para casa do irmão do vovô.
— E o Mark?
— Está dormindo. — respondeu.
— Lydia, você parece estar cansada, vai descansar. — vi a mesma abrir a boca e antes que ela pudesse falar alguma coisa disse: — Não precisa me mandar dormir, você sabe que eu só vou conseguir dormir enquanto a Maddy não voltar para casa.
Ela maneou a cabeça e saiu do quarto.
Tomei um banho rápido e desci para pegar uma caneca de café e voltei arrastando a poltrona para frente da janela. Sentei na mesma e fiquei olhando fixamente na direção da entrada da casa. Ouvi batidas na porta e mandei entrar. Era o Aaron, ele parecia chateado.
— O que foi? A Cloe te expulsou da cama porque ela descobriu que você ronca demais? — perguntei sarcástico. Ele bufou e puxou a outra poltrona para perto da janela também.
— Foi porque eu estava escutando a conversa de você e a Lydia por trás da porta. Mentira, eu não estou conseguindo dormir mesmo. — disse. — E você? Parece que está esperando alguém.
— E estou. — disse ainda com os olhos vidrados na entrada da casa. — Eu não entendo como a Maddy conseguiu viver esses cinco anos com o Henry. Eu... argh. Eu fico bravo com ela porque se ela fosse esperta o suficiente ela já teria pedido divórcio...
— Mas ela pediu, ele que ameaçou ela. Agora ela entrou com o divórcio definitivo.
Ficamos vários minutos num silencio ensurdecedor até que o Aaron resolveu quebrá-lo.
— Você deveria ser menos cabeça dura com ela. — opinou.
— Não é só com ela que eu sou assim, você sabe disso.
— Esqueci de dizer que também quando falam dela, como por exemplo agora. Suas bochechas ficam coradas e se eu te conheço bem você vai bufar e revirar os olhos me repreendendo. — disse e fiz o que ele disse e depois rimos.
Continuamos a conversar sobre coisas aleatórias e babaquices, até que olhei de relance para a jardim da frente e vi uma silhueta cambalear. Levantei as pressas e o Aaron me seguiu perguntando porque que eu andava tão rápido.
Andei com passos longos até o Henry e lhe dei um soco no rosto.
— CADÊ ELA? — perguntei.
— Ei Shawn, calma. — disse o Aaron.
— FALA ONDE ELA ESTÁ. — peguei-o pelo colarinho e o encostando numa árvore.
— Eu não sei. — disse.
— Shawn, ele está machucado. — falou o Aaron.
— Por mim ele morre agora. — disse.
— EU NÃO SEI ONDE ELA ESTÁ, OK? ELA ME DEU UM TIRO E DOIS SOCOS NO ROSTO! — disse e o soltei.
Senti cutucadas e olhei para trás vendo o Aaron me chamar com uma cara de deboche.
— Me procurando, Shawn? — disse a Maddy.
Virei para o Henry e disse:
— Te dou quinze minutos para arrumar as suas coisas e cair fora daqui. — disse olhando meu relógio. — Começando de agora.
Maddy P.OV
O Shawn parecia furioso vindo em minha direção.
— Onde estava esse tempo todo? — perguntou. — E por onde entrou?
— Dormindo, e entrei pela porta detrás. — disse.
Ele passou as mãos sobre os cabelos e por trás dele já podia ver os pequenos raios de sol. O Aaron entrou deixando eu e o Shawn sozinhos naquele clima tenso.
— Sabe, você poderia ter dado um "alô" de que já tinha chegado em casa e bem. — disse.
— E você quem é para que eu tenha que dar satisfações? — perguntei.
— Não seja fria e nem faça piadinhas...
— EU FRIA?! DESDE DO AEROPORTO QUE VOCÊ NEM SEQUER OLHA PARA MIM DIREITO E EU SOU A FRIA? — disse.
— SE VOCÊ NÃO TIVESSE IDO EMBORA DA CASA DOS PAIS DA CLOE COM SEU QUERIDO MARIDINHO TALVEZ ISSO NÃO TERIA ACONTECIDO. — falou.
— Ciúmes? Isso é ridículo vindo de você, Peter. — disse.
— As coisas poderiam ter sido diferentes. — murmurou.
— Muita coisa poderia ter sido diferente, mas não foi. — disse.
— Sabe qual foi meu maior erro? — disse e apontou o dedo no meu rosto. — Não ter te dado um pé na bunda logo na primeira transa.
Dei um tapa no seu rosto. Vi o maxilar do mesmo travar, na altura do campeonato eu já estava chorando.
— VOCÊ NÃO TEM ESSE DIREITO. — gritei.
— Descul...
— Não, não me venha com desculpas. Suas palavras já foram ditas e eu já ouvi o suficiente para saber o que realmente sinto por você. — disse. — ÓDIO. — gritei e dei vários socos no seu peito, o mesmo segurou meus pulsos e me encarou.
— Terminou? — perguntou.
— Você ainda não viu nada. — disse e entrei de volta na casa onde encontrei o Henry descendo as escadas. — Eu ainda mato você. — disse.
Ele segurou meu pulso e disse:
— Você era aquela que todos capangas do Jack chamavam de ceifadora...
— É, e você se meteu onde não devia. — puxei meu pulso de volta e terminei de subir as escadas.
Hi guys! EU ESTOU ADORANDO MADDY VINGATIVA AAAAAAA, e vocês?
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