Capítulo 60

 Maddy P.O.V

  Às vezes eu penso em fazer igual ao Shawn, fingir que morri e depois de um tempo voltar como se nada tivesse acontecido.

— MADDYYYYY! — conheceria aquele grito de qualquer lugar...

  Ela realmente conseguiu me tirar dos meus profundos devaneios.

— Oi. — disse sem nenhum pingo de empolgação.

  Estávamos sentadas no sofá da sala onde não havia ninguém além de nós duas. O Shawn e o Aaron levaram o Mark para dar uma volta, minha mãe, o Henry e a Lydia foram buscar minha avó numa fazenda próxima a outra cidade, e o Fêlix tinha ido fazer o jantar. 

— Você não está com raiva de mim, está? — perguntou.

— Só um pouco chateada. — disse.

— Desculpa. — murmurou. 

— Tudo bem. — disse.

— Eu tava aqui pensando se você e o Shawn estavam...

— Não, não está acontecendo nada entre a gente se é isso que você quer saber, ok? — disse. — Me responde uma coisa? — assentiu. — Há quanto tempo você sabia que o Shawn estava vivo?

— Desde o primeiro mês que ele sumiu. — disse e baixou a cabeça com culpa.

— Hm...

  Levantei e fui até a lareira onde havia um quadro com uma foto minha, da Lydia e do meu avô, cruzei os braços e encolhi os ombros.

— Eu sou a culpada pela morte do meu avô. — murmurei.

— Maddy, você sabe que isso não é verdade.

— Se eu não tivesse voltado para Malibu, se eu parasse de tentar me proteger, talvez ele ainda podia estar vivo, aproveitando o pouco de tempo de vida que ele tinha...

— Olha eu sei que tudo que está acontecendo é uma tremenda droga, mas pensa no Mark. Ele precisa de você agora, como uma mãe...

  Peguei um jarro e joguei na parede.

— A VERDADE É QUE EU ESTOU CANSADA DESSA MERDA, ESTOU CANSADA DE SER A PORRA DE UMA BOA PESSOA TENTANDO CONSERTAR AS COISAS, MAS SÓ FAÇO FODER MAIS AINDA LEVANDO TODO MUNDO JUNTO PARA O BURACO! — chutei a poltrona. — EU QUERO ACABAR COM O HENRY E TODA AQUELA FANTASIA DE CASTELO DE VIDRO. — gritei.

— MADDY! PARA, VOCÊ ESTÁ PARECENDO UMA MALUCA FAZENDO ISSO! — gritou a Cloe.

  Fui até minha bolsa e virei a mesma de cabeça para baixo. Espalhei todo que tinha sobre o chão até achar um maço de cigarro. Peguei-o e fui para o jardim.

— Maddy Campbell, me dá esse maço de cigarro agora! — exigiu a Cloe.

  Coloquei um cigarro nos lábios e acendi o mesmo puxando todo o ar que pude até chegar nos meus pulmões, logo o gosto amargo estava na minha boca o suficiente para sentir tudo igual a quando tinha 16 anos de idade.

— Maddy, me entrega o cigarro, por favor. Eu estou te pedindo por favor. — disse com a mão esticada. 

— Não. — disse e dei outra tragada.

— Você me prometeu que se daria outra chance, a chance de se perdoar e deixar qualquer vício da vida passada para trás. — falou.

— É assim que você chama? Vida passada? — ri — Pois então, eu quero ela de volta. — disse.

Shawn P.O.V

— Descobri quem está sendo o grande chefe do castelo de vidro do Jack, pago a primeira e a segunda rodada de cerveja se você acertar. — disse o Aaron. 

— A Elizabeth? — perguntei o que fez o Aaron dar uma gargalhada.

— Ela só quer saber de pênis, pênis e mais pênis. Sem foda não existe Elizabeth e, ela é tapada demais para comandar tanta gente assim. — disse. — Sem ofensas Shawn.

— Tanto faz. — disse e olhei para o Mark que brincava com algumas crianças no parque.

— Olha eu andei investigando e descobri que o "castelo de vidro" é comandado por três pessoas. Uma delas mulher.

— Quero nomes, Aaron. — disse.

— Até agora só sei do principal, Henryki Sveedia.

— Mas que porra de nome é esse? — gargalhei.

— Bastante conhecido como Henry Sveedia. Mais uma pergunta Shawn?

— Mas ele é o marido da Maddy...

— Ele já tinha a Maddy como alvo há muito tempo, a Interpol está atrás dele há mais de 6 anos e ninguém sabia dele até então. Descobri também que ele tinha informantes em quase 5 das nossas plataformas e também descobri que ele está usando a Maddy para matar você, serviço que segundo ele, não foi bem feito pelos comparsas do Jack.

— Se quer algo bem feito faça com suas próprias mãos. — murmurei. — Como descobriu isso tudo? — perguntei.

— Nada que uma boa tortura e uma ameaça de uma bala na testa não resolva. — sorriu. — Ele viaja a cada 15 dias com os outros dois comandantes para reuniões em todo mundo. Tanto faz ele está hoje no Canadá, como que amanhã ele está na Venezuela. — arfou como se tivesse fracassado.

— Ele deve seguir algum tipo de cronograma. — disse.

— Mas ele segue. — disse — Eu vou passar uma lista de todos os lugares que ele vai. AH! Quase esqueci, ele está tentando criar um tipo de pontos, como o que nós temos.

— Ele está tentando criar plataformas?

— Corrigindo, castelos de vidro.

— Eu não vou deixar isso acontecer. Precisamos de informações. — disse.

— Shawn a gente precisa de informantes lá dentro, isso vai demorar bastante...

— Não se ele já estiver lá. — sorri.

— Elizabeth... — murmurou.

— Repasse as informações para todos, exatamente todos. Ele pode ter gente em qualquer lugar, lembra que a Elizabeth dormiu com o Issac para ter informações sobre a gente?

— Pobre Issac...

— Ele com toda certeza deve ter ainda o número dela, caso contrário consiga, preciso marcar um encontro com ela.

— Shawn, só não se apaixona de novo, é sério você bêbado é um porre. — disse.

— É sim um encontro de negócios. — disse e ri. — Mark! — o chamei. — Hora de ir. 

Maddy P.O.V

  Com a maquiagem pesada, o vestido preto decotado e que marcava todas as minhas curvas e um belo salto desci as escadas e dei de cara com todos me encarando. Revirei meus olhos, fui até a porta, mas fui barraca pelo Henry.

— Aonde pensa que vai? — mumurrou.

  Dei de ombros.

— Sabe que eu também não sei. — sorri. — Agora, largue meu braço ou quer que todos vejam quem você realmente é. — fiz bico. Vi o seu maxilar contrair e sua mão soltar meu braço.

— Você, vai pagar por isso. — disse.

— Eu pago. — disse já do lado de fora da casa. — Quando eu voltar doidona. — sorri.

[...]

  Cheguei a uma das boates mais famosas de Portugal, era a mais que eu frequentava quando mais nova. Parei na frente da portaria e fiz ceninha.

— Ora, ora, ora se não é Maddy Campbell.

— Oi para você também Garry.

— Está de volta a cidade para curtir? — perguntou.

— Se isso envolve enterrar meu avô então sim. — sorri.

— Entra logo, careta. — disse.

  O som estava muito alto, bem mais que o normal, ou era porque eu tinha ido a uma balada fazia muito tempo? Lembro de ter ido um dia depois do casamento da Cloe. Fui até o balcão e pedi um shot de vodka pura, pedi algumas outras e depois fui para pista de dança, estava tocando Dangerous Woman da Ariana Grande. Vi que o Barman seguia meus passos com o olhar, ele era bonito, não podia negar. Olhos azuis, ombros largos e os bíceps pediam mais espaço naquela camiseta. O vi trocar de lugar com outro Barman, seu turno havia acabado, nada do que só relaxar. 

  Virei de costas quando notei que ele vinha em minha direção, continuei a rebolar e logo senti mãos na minha cintura pressionando minha bunda contra sua ereção. Senti suspiros no meu pescoço, ele está começando a ficar excitado. Continuei naquela mesma posição até olhar para trás dando de cara com o Shawn. Tentei me soltar, mas o mesmo continuou a segurar minha cintura com mais força dessa vez.

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