Capítulo 41
Shawn P.O.V
Achei que ficando na casa dos meus pais em Miami na "companhia" da Maddy faria alguma diferença, mas não fez, até porque eu não podia ver ela assim como ela não poderia me ver. Já posso ver as manchetes nos jornais.
"Shawn Mendes, "morto" até voltar na casa de seus pais dizendo que precisava de um tempo, ou seja, 5 anos".
Patético.
Esses dois dias foram os piores que nesses últimos 5 anos. POXA ELA ESTAVA A MENOS DE 10 METROS DE DISTÂNCIA DE MIM!
Esperava até que todos fossem dormir para que eu fosse a cozinha ou até o jardim.
— Desistiu de ficar na cama? — perguntou o Nash colocando uns salgadinhos na boca.
— Sim. — respondi sentando do seu lado. — O Jack me disse que ele era um de vários, e isso está me deixando desconfortável.
— Olha as paranóias. — disse dando pausa no vídeo game.
— E se a gangue que ele construiu esse tempo todo tiver se expandido? E se esses anos que a gente estava atrás de um, ele poderia ter recrutado milhares? E se o Jack se sacrificou para deixar que os "peixes pequenos" pudessem comandar aquele império?
— Então significa que o que fizemos esse tempo todo foi por água à baixo, ou seja, a Maddy e todos que nós conhecemos ainda correm perigo.
Maddy P.O.V
Esses dois dias que passamos em Miami foi ótimo, nunca pensei que pudesse me divertir de novo como fazia antes.
Estava sedenta por um racha.
— Eu preciso dormir. — disse o Mark esfregando seus olhos.
— Não esqueça de escovar os dentes. — disse quando ele chegou no topo da escada.
Olhei o relógio e vi que já passavam das 22:00, fui até a lavanderia e coloquei algumas roupas da viagem na máquina. Tomei um banho rápido e desci para comer alguns biscoitos. A porta foi aberta revelando o Henry, fiquei um tempo observando ele até que ele virou para mim e apontou seu dedo na minha direção. Ele estava há 4 metros de distância de mim e eu já podia sentir o cheiro de álcool pairar sobre a sala.
— De novo não. — murmurei pulando por cima do sofá. Tropecei nos meus próprios pés subindo as escadas e cheguei no quarto do Mark o mais rápido possível. Tranquei a porta e comecei a balançar o Mark.
— Mark, querido, acorda. — vi ele esfregar seus olhos e perguntar porque eu estava chorando. — Está tudo bem, vai para o armário. — disse tirando a coberta de cima dele. Eu peguei seu travesseiro e sua coberta colocando tudo no armário.
— Maddy, não! — gritou quando eu tranquei o mesmo.
— Eu já volto, vai ser como da outra vez. — disse num tom que pudesse tranquilizá-lo.
— MADDY SUA VIDIA, ABRA AGORA! — gritou o Henry batendo na porta.
Peguei o taco de basebol do Mark que estava em baixo da cama e me preparei em frente a porta.
— SAI DAQUI HENRY! — gritei na tentativa de parecer intimidadora.
Suspirei aliviada ao ouvir o barulho de suas botas na direção do nosso quarto, ouvi o clique da chave na porta depois de ter suspirado em alívio, a luz do luar entrava pela janela e refletia na maçaneta, e foi aí que eu vi que mais uma vez eu fracassaria. Com um movimento a porta foi aperta num solavanco.
O Henry me olhava furioso e eu podia ver seu peito arfar.
— Se você encostar em mim eu juro que eu bato esse taco de basebol na sua cabeça. — disse sentindo minhas mãos trêmulas.
— Não, você não vai. — disse e com um só movimento ele tirou o taco das minhas mãos me deixando sem defesa. Henry pegou meu cabelo e me levou até o nosso quarto me jogando na cama.
— NÃO! — gritei tentando tirar ele de cima de mim.
— Se você for boazinha prometo que também serei. — falou tirando seu cinto. — Ótimo dia para ir dormir de camisola, Maddy. — disse rasgando a mesma.
— SOCORRO! — gritei vendo a janela aberta.
Henry colocou a mão na minha boca e consegui morder seus dedos.
— DESGRAÇADA! — gritou de dor.
— ESTÁ FALANDO DA SUA MÃE? — gritei.
Ele me deu um tapa no rosto e senti um gosto metálico no canto da minha boca. Ele mordeu meu seio me fazendo choramingar. Logo ele tirou sua calça e eu não parava de me debater. Henry rasgou minha calcinha colocando com toda força seu membro na minha intimidade.
— PARA! — gritei batendo em seu peito.
Ele me colocou de bruços e continuou com seus movimentos rápidos, dolorosos e nada prazerosos. Senti várias lágrimas quentes escorrerem nas minhas bochechas. O seu gemido se misturava com meus grunhidos de dor. Ele batia no meu corpo como se eu fosse um objeto e eu não podia fazer exatamente nada, suas ameaças contra o Mark era o que me mantinha presa a ele. Pouco tempo depois senti um líquido quente escorrer no meio das minhas pernas e sabia que ele tinha chegado ao seu ápice. Ele saiu de cima de mim pegando suas roupas e foi embora do quarto me deixando sozinha com meu corpo dolorido.
[...]
Estava decidida do que iria fazer naquela manhã. A primeira coisa que fiz ao levantar foi abrir o armário para o Mark.
— Mark, amor, acorda. — disse balançando o mesmo.
— Maddy, ele não te bateu né? — perguntou.
Agradeci mentalmente as cortinas grossas e escuras que cobriam a janela.
— Não, eu não deixei. — menti. — Vem, vamos para cama. — peguei o mesmo nos meus braços. O pequeno tocou sem querer em um dos meus hematomas cobertos pelo suéter me fazendo soltar um longo suspiro. — Dorme um pouco mais. — disse dando-lhe um beijo na testa.
Sai do quarto rapidamente e fui até a cozinha fazer um café, quando a porta da sala foi aberta em um estrondo. O Henry passou por ela e me preparei para mais uma surra, ele foi até a cozinha fez um café para ele e se sentou do meu lado no balcão.
— Maddy, olha eu...
— Eu quero divórcio. — disse ríspida.
Ele ficou um bom tempo girando a caneca de café e disse:
— Não, você não quer.
— E saia o mais rápido possível da minha casa. — disse ainda sem olhar para ele.
— Se eu sair, vou ter que te matar. — disse e engoli em seco.
— Ai que medo. — disse bebericando meu café.
— Você adora provocar...
— Claro que sim! Esse é meu forte. – disse.
— Vamos ver se o Jack aceita esse tipo de provocação.
— O que disse? — perguntei quase deixando o café sair pelo meu nariz.
— Garota esperta. Essa frase te traz alguma recordação? Aposto que sim. — disse indo até a gaveta de talheres tirando de lá uma faca. — Pobre Shawn, morreu ao tentar te proteger. Que desperdício. Achei que você não ia descobrir tão cedo, mas eu subestimei sua inteligência. Agora aqui vai algumas regras que você vai ter que seguir por bem ou por mal. Cada ação gera uma reação, ou seja, tente sair da linha e será punida. Essas marcas no seu corpo não é nada comparado ao que eu vou fazer com você. Somos um de vários. — disse antes de cravar a faca no balcão de madeira.
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