Capítulo 34
Shawn P.O.V
As vezes observava a Maddy fazer as coisas dela, quando comia, quando vai arrumar suas coisas, quando mexe no celular ou quando dorme, sempre serena. Ela teve ter passado por muitas coisas ruins antes de chegar aonde está agora.
— SHAWN! — gritou da sala. — EU ESTOU COM FOME!
— SE VOCÊ TIVESSE ME AJUDADO APOSTO QUE JÁ ESTARÍAMOS COMENDO! — gritei de volta.
— Incompetente. — disse entrando na cozinha.
— Preguiçosa. — revidei.
— Lerdo. — disse.
— Você é ruim de cama. — disse colocando um prato na sua frente.
— Obrigada por tirar minhas dúvidas. — disse levando um pedaço de pão à boca.
— Beijos para você, meu amor. — disse com ironia.
— Falsidade detectada com sucesso. — falou e caímos na gargalhada.
Estávamos tendo uma conversa muito boa até que seu celular começar a tocar. Ela saiu da cozinha me pedindo desculpas, assenti e deixei que ela fosse.
— Ótimo, Shawn, ótimo. — disse a mim mesmo e peguei os pratos colocando na pia. Senti duas mãos nas minhas costas e logo depois uma leve massagem nos meus ombros.
— Gosta? — perguntou.
— Muito. — me virei ficando de frente a ela. — Quem ligou? — perguntei segurando sua cintura.
— A Cloe, queria saber aonde estávamos, você não disse a ninguém que viríamos para cá?
— Só ao Aaron e ao Nash.
— Achei que você não estivesse mais falando com o Nash. — comentou.
— Por quê?
— Talvez você tenha tido um ataque de ciúmes, e tivesse dado uns socos na cara do Nash por ter me beijado, o que eu achei super desnecessário.
— Você não tem que achar nada Maddy Campbell. Vamos a alguma lanchonete?
— Mas acabamos de comer.
— Eu quero milkshake.
— Está bom, vou me arrumar então. — disse saindo da cozinha.
[...]
Depois de trinta longos minutos ela apareceu na sala.
— Quer saber? Não quero mais tomar milkshake. — disse deitando no sófa.
— COMO ASSIM VOCÊ NÃO QUER MAIS TOMAR MILKSHAKE?! AGORA VOCÊ VAI SIM! NÃO ME ARRUMEI PARA NADA. — gritou.
— Ui, ficou bravinha. — disse puxando ela para um abraço. — Vamos. — disse pegando as chaves do carro.
Fomos até um parque onde a Maddy queria ir de todo jeito em um balanço.
— Eu vou no balanço e você não vai me impedir, entendeu? — disse sentando no balanço.
— Maddy, as crianças querem ir nele. — disse tentando puxá-la dali.
— Está falando de mim? Eu sou uma criança, daddy. — disse pondo o dedo indicador na boca. — Empurra para mim?
Balancei ela até ela falar chega de tanto rir.
— Vamos que eu quero meu milkshake. — disse puxando o braço dela.
Maddy P.O.V
— Não, espera. Olha o sol está se pondo... — disse olhando na direção dele.
— Eu percebi que você gosta de ver o pôr do sol, por quê? — perguntou me pegando desprevenida.
Por que todas as vezes que ia buscar minha filha na casa dos meus avós eu ia até o parque, comprava uma pipoca para ela e assistíamos o pôr do sol, todos os dias...
— Me trás lembranças boas. — sorri vendo o sol se esconder nas nuvens laranjas, roxas e rosas.
Senti algumas lágrimas nas minhas bochechas e esqueci por um segundo que tudo a minha volta existia.
— Vamos? — propus depois que senti minhas lágrimas secarem.
Shawn me ajudou a levantar e não soltou uma de minhas mãos. Fomos até um lanchonete onde o Shawn pediu um hambúrguer com um milkshake de chocolate para ele e eu só pedi um milkshake de marango com um muffin com gotas de chocolate.
[...]
— Quando você vai fazer a próxima turnê? — perguntei limpando o canto da minha boca com um guardanapo.
— Não sei. — disse cabisbaixo. — Você vai mesmo embora? — vi um certo brilho de súplica nos seus olhos.
— Sim. — disse o encarando, era doloroso.
— Tudo bem. — disse me puxando para perto em uma abraço apertado. Não protestei apenas fechei os olhos e deixei que ele me apertasse o máximo que conseguisse.
— Você não acha que não é um pouco arriscado? Quero dizer, em o Jack te achar?
— Sim, mas tenho minhas habilidades.
— Quer ir à mais algum lugar? — perguntei baixinho.
— Quero andar um pouco. — disse e deixou 40 dólares em cima da mesa.
Ofereci minha mão a ele que pegou com um sorriso fraco. Demos algumas voltas pelo parque, entramos em algumas lojas e saímos sem nada. Até que decidimos voltar para o carro. Escutei um assobio, mas nem eu e nem o Shawn ligamos, continuamos a caminhar até que aquilo começou a ficar mais desconfortável.
— Olha que gatinha. — disse um cara que estava debaixo da marquise de uma loja já fechada. — Ei bro, olha a bixinha que está andando com a vadia? — disse tocando no seu colega ao lado.
Via os músculos do maxilar do Shawn se contraindo a cada xingamento que eles nos dirigiam. Apertava a mão do Shawn para que continuássemos a andar.
— Shawn, não. — sussurrei quando vi ele bufar.
— Olha a bunda dessa vadia, bro. — disse o cara que aparentava ser mais velho.
— Ei, bixinha. Você curte uma buceta ou uma piroca? — perguntou o seu comparsa.
Era tarde demais, não conseguia fazer nada além de observar.
— Sabe o que eu curto? — perguntou o Shawn segurando o seu colarinho. — A minha mão na sua cara, quer saber como eu faço?
— Shawn, deixa eles. — disse segurando seu braço.
— Experimenta chamar ela de vadia de novo. — ameaçou.
— Vai fazer o quê? Bixinha.
O Shawn fez nada mais, nada menos do que um belo soco na jugular do atrevido, o mesmo caiu no chão atordoado. O seu comparsa deu um soco na boca do Shawn que cambaleou um pouco, mas voltou a sua posição desferindo um soco no outro cara, o mesmo desviou o soco do Shawn puxando uma faca do bolso da sua jaqueta, o que me fez empurrar o Shawn fazendo com que nós dois caíssemos no chão. Shawn logo levantou e os dois continuaram a briga.
— Porra! — murmurei.
Como posso classificar uma facada? Ardia, doía e sangrava. Pus minha mão de lado da minha cintura e puxei a faca fazendo mais sangre jorrar. Tirei minha jaqueta e enrolei ela na cintura antes que o Shawn pudesse ver.
— Você está bem? — perguntou o Shawn me levantando.
— Sim. — disse me apoiando em seu ombro.
— Vem. — me colocou no seu colo.
— Você não está nada legal. — disse colocando o dedo próximo a sua boca.
— Você já esteve melhor. — disse me fazendo rir, o que fez meu ferimento latejar.
O Shawn fez uma expressão de preocupado e apressou seu passo até o carro. Ele me colocou no banco e pediu para que eu tirasse a jaqueta. Seria patético insistir em não tirar, já estava óbvio, a jaqueta estava com uma enorme mancha de sangue.
— Que merda, Maddy! — disse abrindo o porta luvas.
— Eu estou bem... — murmurei.
— Para de dizer que você está bem, porque você não está. — disse levantando a minha blusa. — A faca não foi muito longe, mas o corte está feio. — disse depois de analisar o meu ferimento.
— Você jura? — disse com ironia.
— Não é hora para brincadeira. — disse sério. Vi suas mãos tremerem enquanto ele limpava o sangue.
— Você está tremendo. — disse. — Achei que já tivesse feito isso antes.
— É, eu já fiz em mim, não em outra pessoa. — disse colocando minha jaqueta e pedindo que eu pressionasse o máximo que eu conseguisse.
[...]
Pouco tempo depois estávamos em casa, onde o Shawn fazia uma mini cirurgia em mim na cama. Ele franzia a testa, contraia o maxilar e balançava a cabeça de dois em dois minutos.
— Eu devia está fazendo isso em mim. — disse se culpando.
— A culpa não é sua. — disse segurando sua mão.
— SIM É MINHA CULPA! — gritou cortando a linha da agulha.
Ele pegou seu celular e discou um número, levando o mesmo a orelha.
— Aaron! Quero que você veja como a minha família está. Eles nós acharam. — olhou para mim antes de desligar.
— Eles quem? — perguntei.
— Bebe isso. — disse pegando um comprimido colocando ele na minha boca. — Analgésico, bebe logo. — me deu o copo.
Pouco tempo depois apaguei vendo apenas o semblante do Shawn me encarando.
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