Capítulo 25
Shawn P.O.V
Eu realmente estou muito puto com o Jack, sabia que ele era capaz de qualquer coisa para ter o poder. Quero dar um basta nisso. A vida da Maddy esta mais uma vez em risco por causa da minha burrice.
— Precisaremos sair da cidade para podermos pegar a estrada de terra. — disse o Aaron me tirando dos meus devaneios.
— Como Issac conseguiu rastreá-los?
— Um dos que estão com o Jack ligou o celular para facilitar o processo, e estávamos de olho naquela área depois que você mandou pegar as armas na fazenda da Sra. Santos. Ficamos vasculhando caso se a polícia aparecesse e BOM. Uma ligação foi feita naquela área, conseguimos ver para quem era a ligação. Foi feita para Jonas Coller.
— Jonas Coller, é dele que o Holland e o Philips tanto falavam? A atirador nota dez? — assentiu.
— Sabemos que você tira ele de fichinha. — sorri com desdém do seu elogio e me dirigi para meu quarto.
Tomei uma banho um pouco demorado. Coloquei uma causa jeans preta, uma camisa preta e minha jaqueta de couro preta. Preciso me esconder durante a noite, nada mais nada menos do que um preto básico.
Fui até o quarto da Aaliyah e pedi para que não me esperasse para o jantar. Esses dias o Mark estava hospedado em minha casa, sobre minha proteção. Ele não tem pais, muito menos alguém que se importe com ele.
— Você vai buscar a Maddy, não vai? — perguntou uma pequena silhueta no final do corredor.
Me aproximei me agachando do pequeno.
— Sim, eu vou Mark. — respondi.
— E se você não voltar? — perguntou cabisbaixo.
— Eu vou voltar, Shawn Mendes sempre volta. — sorri tentando apaziguar a situação.
Ele sorriu e logo me deu um abraço.
— Boa sorte. — sussurrou em meu ouvido.
— Obrigado. — sussurrei de volta.
Ele voltou para o quarto e logo pegou seus carrinhos recém comprados, até parece que o mundo não estava caindo a sua volta.
Sabia que a Maddy e o Mark não estavam seguros comigo, preciso afastá-los de mim, afastá-los de tudo que me envolva. Mesmo eu a salvando estarei sacrificando o que eu e ela tivemos. A decisão foi tomada. Mandaria a Maddy ir embora e deixaria o Mark com meus amigos em Berlim. Ela e ele estariam seguros até um de nós morrer, vai parecer meio dramático, mas eu preciso acabar com tudo que o Jack construiu para me derrubar, até mesmo ele. Já era tarde quando decidimos sair de casa.
— Não deixe que o Aaron se machuque.
A Cloe surgiu da escuridão da sala agarrando meu braço. Sabia dos riscos que eu estava colocando ele, valeria à pena tirar o Aaron da Cloe?
— Ele não vai. — disse.
Essa era a resposta para duas perguntas, ela ainda estava com medo. Vi seus olhos marejados e ela soltou meu braço.
— Traga a Maddy de volta. — disse rouca, assenti e sai pegando a chaves do meu carro.
O plano é o seguinte: meus homens vão se separar, uns vão vir comigo e os outros vão atrás dos capangas do Jack, eles vão vasculhar a área e vão se preparar nas copas das árvores caso a situação saia do controle. Vou soltar um papo com o Jack para enfraquecer o lado da sua corda até que eles me dêem o sinal.
Encontrei o Aaron fumando um cigarro em cima do capô do carro.
— Vamos nessa! — exclamou.
— Você não vai. — disse ríspido.
— O quê? Claro que eu vou!
— Olha, você tem a Cloe. Não quero chegar aqui ou qualquer outra pessoa do nosso grupo e diga a ela que você está morto. E o que eu tenho? A coisa que mais me preocupa é o Mark e a Aaliyah, cuide deles. Por mim, por favor. Se por acaso eu não voltar.
— Ei! A gente está junto cara! — protestou.
— Aaron, se o Jack sair de lá vivo ele vai querer vir atrás da Aaliyah e do Mark. A Allison é uma bomba relógio, se eu voltar ela ficará do meu lado e se o Jack vinher até aqui, ela ficará do lado dele. Se eu ou a Maddy não voltarmos quero que você tire eles dessa casa o mais rápido possível, entendeu? Garanto a você que ele vai sobreviver e eu também, essa briga continuará e você vai ver quem vencerá.
Maddy P.O.V
Maldita viagem, maldita viagem, maldita viagem! Repetia para mim mesma para que aquela raiva passasse. Queria tanto que o que o Jack estivesse dizendo fosse mentira, que o Shawn não vinhesse aqui. Pedia com todas as minhas forças que aquilo fosse mentira. Queria que o Shawn fosse feliz sim, mas com a pessoa certa – não sou eu, está bem? A Allison ou até mesmo a Anne. Ele sempre vive rodeado de mulheres, há de encontrar alguma que o mereça.
A escuridão tomava conta da cabana, e só uma vela ficava no meio da mesa. Meu olhar se fixava no buraco que entrava a luz do sol que batia em meu rosto. Via pontinhos brancos.
— Estrelas. — disse a mim mesma.
Apesar que eu esteja disposta e ficar aqui nesse casebre no lugar do Shawn, me perguntava como seria a reação do Mark.
— Ele não tem culpa. — disse o Jack beberigando seu café.
— Quem? — perguntei olhando para ele.
— O Mark. — disse como se tivesse lido meus pensamentos.
— Por quê? — perguntei desinteressada.
— Pelos pais desmiolados que teve, sabe? Ele merece coisas melhores, um futuro promissor e uma vida ao lado de gente competente.
— Qual é o seu plano Jack? Matar o Shawn, me fazer de refém ou pegar o Mark? — ri ao imaginar uma atitude ridícula. — Vai me forçar a casar com você? — ri do pensamento mais uma vez.
— Garota esperta! — exclamou.
— Você está brincando, não é? — retirei aquele sorriso do meu rosto sem mais nem menos.
— Claro que não. Você será minha e teremos vários filhos.
— Seu doente! — exclamei. — Nunca terei outro filho seu.
— Acha mesmo que o Shawn vai ficar com você quando souber do seu passado? Uma filha que morreu num acidente de carro. Você tentou me matar. Você era minha. A historinha com a Anne foi verdade sim. Precisava de alguém que fosse de outro grupo mais forte que o meu, quando cheguei ao poder... deixei você de mãos atadas, sem nada onde se apoiar.
— NÃO FALE ASSIM DELA SEU DESGRAÇADO! — gritei me debatendo na cadeira.
Jack se aproximou de mim, disposto a me dar outro tapa, o soco do Carl ainda doía, mas não tanto quanto a vergonha que eu sentia. Barulhos de buzinas chamaram minha atenção e nós dois olhamos para a janela. Ele lançou um sorriso malicioso e desatou as amarras das minhas mãos.
— Não! — gritei.
— Vem. — disse apertando o meu braço.
Saímos e luzes de faróis me fizeram por as mãos em meus olhos. Não sei quantos dias exatamente se passaram sem que eu pudesse ver a luz do sol.
— Diga que não é o Shawn. — supliquei ao Jack.
— Garota esperta. — sussurrou.
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