Capítulo 110

Shawn P.O.V

  O som do "bip" me era familiar, quantas vezes eu não estava em um hospital? As luzes fluorescentes estavam bem acima da minha cabeça o que fez meus olhos lutarem para não abrirem de uma só vez. Tentei focar em algum ponto do quarto branco que não fosse as luzes.

  Vi a Lydia sentada perto da janela de cabeça baixa, provavelmente dormindo.

— Lydia — chamei rouco, queria que minha voz tivesse saído com mais firmeza. A mesma levantou em um instante e veio rápido na minha direção.

— Graças à Deus, Shawn – falou colocando as duas mãos no peito e uma expressão de alívio tomou conta de seu rosto. — A Maddy não me perdoaria se eu saísse um minuto do seu lado.

  Senti meu rosto ficar rígido. Por um momento eu esqueci que a Maddy também sangrava enquanto estávamos vindo para o hospital.

— Onde a Maddy está? — perguntei fazendo menção de ficar sentado, mas logo desisti quando senti uma dor logo abaixo de minhas costelas direita.

— Ei, nem ouse levantar. Vou chamar um médico. — antes que ela pudesse se distanciar, segurei o seu pulso.

— Me diga onde ela está. — olhei nervoso para mesma.

— Ela está na sala de parto. A little "confusão" resolveu respirar ar puro logo agora. Enquanto estavam tirando a bala do ombro da Maddy, a bolsa estourou.

— Há quanto tempo ela está na sala de parto? — disse agora realmente tentando levantar. A Lydia me forçou a ficar na cama, mas logo a distanciei de mim.

— Uns 20 minutos. Vou chamar um médico. — falou antes que eu pudesse impedi-la.

Maddy P.O.V

  Não sabia o que mais doía. A cirurgia no meu ombro que a anestesia não fazia mais efeito ou ter que fazer mais força, que era uma coisa que eu estava lutando para ter.

  Me culpava por não pensar na minha filha e sim em como estava o Shawn. A Cloe estava comigo, o que fez com que eu não me sentisse totalmente sozinha.

— Garanto que dessa vai ser a última. No três, está bem? — disse a médica sentada no meio das minhas pernas. Deus como eu havia esquecido que aquilo doía tanto? — 1... 2... 3! — coloquei toda força que me restava ali e eu podia jurar que desmaiaria.

  Eu estava cansada psicologicamente e principalmente fisicamente. Escutei um grunhido e logo ele se tornando um choro agudo e escandaloso. Eu só precisava vê-la, tudo bem se eu desmaiasse depois.

1 mês depois 

  As coisas pareciam se estabilizar e eu me sentia finalmente livre. Não sabia quando ou onde havia me sentido assim depois de tantos anos "presa".

  O Dylan e o Mark haviam voltado do Brasil e, a Margot e Beatrice logo se identificaram como babás de todo momento principalmente do Dylan e da Stormie.

  O Shawn cumpriu sua promesa de fechar todas as plataformas e deixar todas as coisas para trás. Ele estava mais presente depois de todo aquele tempo trancado no escritório planejando uma vingança contra o Henry. Aos poucos ele também voltou a fazer shows. Disse que iria dedicar total atenção a sua carreira e a nós.

  Depois de muito protestar, o Shawn decidiu que ficaríamos na mesma casa, moraríamos juntos agora, e me dei conta quando vi que o closet dele não cabia mais nada. A Cloe e o Aaron se mudaram, queriam mais privacidade, mas ela deixara bem claro que queria de todas as formas engravidar, o que o pessoal da casa não deixava que eles praticassem muito. Todo o resto do pessoal se mudou para minha casa, era menor e o Shawn falou que não abriria mão do tudo que ele havia feito no quintal da casa dele para deixar para os garotos, e foi assim que me mudei para casa do Shawn.

  Respirei fundo depois que fechei a porta do quarto do Mark e dei uma olhada na Stormie que se mexeu no berço, mas logo voltou ao seu estado de sonolência.

  Stormie realmente foi um bom nome dado a situação de como ela tivera nascido.

  Já estava muito tarde, então desci as escadas e fui até o escritório do Shawn, onde o mesmo discutia com alguém no telefone de quando deveria publicar o seu quarto álbum. Ele estava de costas enquanto olhava para a rua pela janela e com uma das mãos na cintura. Dei batidas na porta antes de entrar e me sentar na sua cadeira, afundei na mesma enquanto ele passava seus olhos sobre meu corpo. Lhe lancei o mesmo olhar malicioso e coloquei uma das minhas unhas entre os dentes cruzando minhas pernas.

— Andrew, adorei essa data, sim, mesmo. Vai ser ótimo. Agora, eu preciso ir. — disse antes de me encarar de novo e desligar o telefone o colocando na mesa de mogno.

  Observei ele se inclinar na minha direção e apoiar os braços em cada lado da cadeira enquanto soltava um suspiro me encarando. Tirei um cacho que caía sobre sua testa e passei minha mão no seu rosto.

— As crianças já foram dormir? — perguntou se aproximando da minha orelha. Senti seu nariz roçar um ponto sensível do meu pescoço e um beijo ser depositado no mesmo lugar.

— Uhum. — balbuciei enquanto me proporcionava sentir cada toque seu.

  O Shawn me puxou da cadeira delicamente. Sem soltar meu pulso, o mesmo sentou na cadeira e me puxou de volta, fazendo com que eu sentasse no seu colo colocando cada perna minha para cada lado de sua cintura. No mesmo instante que sentei no seu colo, o Shawn inclinou seu rosto tocando minha testa com a sua e logo esmagando seus lábios contra os meus. Aquela sensação era – de maneira literal –, arrebatadora. Eu podia sentir meu estômago dar cambalhotas, milhares em questão de segundos. Era ávido e quente, mas ao mesmo tempo cheio de ternura e delicadeza. Eu amava o fato do Shawn conseguir equilibrar o prazer com a simplicidade do toque.

  O mesmo subia a mão lentamente na lateral da minha perna passando para baixo da saia do meu vestido e encontrado a barra da minha calcinha. Me apertando mais contra si com a outra mão que circundava minha cintura. Ele subiu mais seu toque chegando nas minhas costelas direita e deu um leve aperto na minha cintura do lado esquerdo.

  Sem deixar que meus lábios escapassem dos seus, ele tirou o braço que circundava minha cintura e passou para minha nuca, puxando meu rosto ainda mais para perto do seu. Logo desceu a mesma mão roçando meu braço e entrando com ela dentro do meu vestido. Mordi seu lábio inferior e o Shawn pediu para explorar a minha boca. Passei meus braços ao redor do seu pescoço e elevei meu tronco para sentar mais perto de sua intimidade. O Shawn gemeu e logo senti a minha calcinha ser enrolada entre seus dedos.

— Impaciente, Shawn? — perguntei com um sorriso malicioso. Ele devolveu meu sorriso com um olhar ardente e se levantou da cadeira e por impulso enrolei minhas pernas ao redor de sua cintura.

  Ele me colocou sobre a mesa de mogno e apertou minha coxa com força para mostrar que realmente estava impaciente. Senti finalmente seus dedos tatearem novamente a bainha da minha calcinha e puxá-la para baixo com destreza. Concentrei cada terminação nervosa minha a sentir as pontas dos dedos do Shawn deslizarem pela minhas pernas. Fechei meus olhos e inclinei minha cabeça para trás ao saber o que viria depois disso.

  Agarrei os fios de seu cabelo e cedi a fraqueza dos meus braços e me deitei sobre a mesa derrubando papéis e um copo de wisky. O Shawn levantou sua cabeça brevemente do meio das minhas pernas para ver o que eu havia derrubado e logo voltou ao que fazia. Conti um gemido alto mordendo a pele das costas da minha mão. Senti suas mãos apertarem minha cintura tão forte que achei que fosse quebrar.

  Minhas pernas fraquejaram me fazendo puxar o cabelo do Shawn com força enquanto sentia uma onda de eletricidade passar pelo meu corpo. Observei ele fazer uma trilha de beijos pela lateral do meu corpo enquanto subia delicadamente meu vestido removendo-o rapidamente. Deixei que tirasse meu sutiã e que beijasse meus seios. Fechei novamente meus olhos ao sentir seus lábios na curva do meu pescoço e suspirei chamando atenção do mesmo.

  O Shawn me olhou malicioso e me beijou me puxando para ficar sentada na mesa. Aproveitando que suas mãos estavam acupadas dentro do meu cabelo, abri a fivela do seu cinto e desabotoei seu jeans o puxando para baixo com ajuda dos meus pés. Passei as unhas na sua cintura exposta e brinquei com sua pele acima da bainha de sua boxe antes de puxá-la para baixo.

  O Shawn notou que agora eu estava impaciente e tirou minhas mãos do seu alcance para que parasse de tirar suas roupas. Ele segurava meus pulsos enquanto me beijava com força. Com um movimento rápido, ele colocou ele meus braços para trás fazendo com que seus dedos servissem de amarras. Ele se afastou da minha boca e ofeguei. Enquanto ele me encarava, disse:

— Impaciente, Maddy?

Com um sorriso de desdém, ameacei:

— Juro que quando soltar minhas mãos cada parte do seu corpo ficará vermelha.

— Me mostre sua fúria. — falou soltando minhas mãos e logo segurou meu queixo com força mordendo meu lábio inferior.

— Vamos para o quarto de hóspedes aqui embaixo. — disse antes dele me pegar nos braços fazendo com que eu enrolasse minhas pernas na sua cintura de novo.

  Afastei seu cabelo e voltei a beijá-lo enquanto íamos para o quarto. Ele fechou a porta com os pés e logo estávamos deitados na cama de dossel. Me perguntei brevemente de quem havia sido aquele quarto antes de me mudar para cá, perguntaria ao Shawn mais tarde. Coloquei minhas mãos por baixo da sua camisa e como prometido, arranhei suas costas logo passando para o abdômen. Senti quando ele contraiu o abdômen, me encarando com com as sobrancelhas franzidas e o maxilar retesado. Dei um sorriso do tipo "eu avisei", e o empurrei ficando por cima do mesmo. Ele tirou sua camisa com certa agressividade e ficamos na mesma posição que estávamos quando sentados na cadeira de seu escritório.

  Me juntei mais ao seu corpo enquanto friccionava nossas intimidades e senti sua masculinidade rígida, escutei um "porra" sair da sua boca e logo voltou a me beijar.

— Shawn eu... eu já estou impaciente... — murmurei quando senti uma mordida leve no meu pescoço num ponto logo abaixo da minha bochecha. 

— Você está no comando. — ele inverteu nossas posições e tirou sua boxe com um movimento rápido.

  Observei enquanto ele passeava com ambas as mãos sobre minhas pernas, traçando círculos, dando leves apertos, beijos, mordidas e quando chegou perto da minha intimidade, ele sorriu me olhando nos olhos e vi suas orbes brilharem no quarto escuro. Puxei um dos seus braços indicando que eu realmente estava sem paciência, mas ele queria fazer com que eu esperasse e isso estava me torturando. Ele se aproximava lentamente enquanto fazia questão de não desviar seus olhos dos meus.

  Agora seus braços se encontravam acima da minha cabeça fazendo com que seu abdômen esculpido por Míron antes mesmo de criar Discóbolo, refletisse a luz da lua que transbordava pelas janelas altas do quarto. Se o Shawn fosse o Zeus, eu só teria que rezar para que Hera não me punisse mais tarde por dormir com seu marido.

  Com o Shawn sobre mim, enrolei minhas pernas no seu quadril e puxei sua intimidade para tocar na minha. O mesmo entendeu que era a hora para parar de brincadeiras. Senti o melhor prazer carnal enquanto nossos corpos se transformavam em apenas um. Os movimentos do Shawn eram hábeis, de forma que me faziam gemer a cada segundo. Puxei seu corpo ainda mais contra o meu na intenção de não deixar nenhum espaço possível entre nós. Sua cabeça estava encaixada na curva da minha clavícula enquando o escutava ofegar e a sussurrar meu nome diversas vezes.

  Eu queria mais, precisava de mais. Ele sabia disso. Ele não poderia me negar isso.

  Minhas unhas arranhavam suas costas, ombros, nuca, abdômen e tateavam todo o corpo do Shawn na busca de mais. Ele se afastou do meu pescoço e me encarou. Procurando minhas mãos, ele as entrelaçou com as dele e voltou a colocá-las sobre minha cabeça. Gemi alto quando o mesmo passou de ágil a passivo à afável e assíduo. Espremi os lábios na intenção de abafar um grito e eu sabia que estava quase lá. Ele já estava quase lá.

  O toque era tudo que me fazia sentir aquele momento. Era o toque do Shawn que me fazia sentir aquele momento. Não era apenas prazer, eram os toques e mais acima dos toques eram os sentimentos que me faziam revirar os olhos e a ofegar quando fazíamos amor. Eu não apenas amava o Shawn, eu estava embaraçosamente  apaixonada por aquele homem.

  Eu o encarei, destinada a atingir meu clímas olhando nos seus olhos. A nossa conexão era além da carne. Ele entendia que eu queria aquilo e era aquilo que ele iria me dar. Ele sorriu mostrando os dentes alinhados e me beijou enquanto sentíamos o fastígio do prazer passar por nossos corpos.

  Observei o mesmo se afastar e enrolar um lençol na cintura. Ele voltou a sorrir e abriu a porta do quarto.

— Espere aqui, eu já volto. — assenti e me dirigi ao banheiro para tomar uma ducha e aliviar meu corpo do ardor que sentia.

  Enrolada na toalha deixei o banheiro e procurei meu vestido no meio daquele emaranhado de lençóis. Após encontrar e vestir o mesmo, o Shawn havia voltado com o cabelo molhado e com apenas uma calça moletom. Ele escondia algo entre suas mãos que se encontravam atrás de suas costas. Estreitei os olhos e fui de vagar na sua direção.

— O que está aprontando, Shawn? — passei meus braços ao redor da sua cintura e tateando suas mãos na intenção de descobrir o que era.

— Quer ver o sol nascer? — perguntou me olhando. Ele parecia entusiasmado então apenas concordei.

  Deixei que me guiasse até nosso quarto e logo depois estávamos na nossa varanda. A vista dali era incrível. Nossa casa era afastada do centro tumultuado que era Toronto. As árvores estavam começando a ficar das cores vermelho, amarelo e laranja dando tchau ao verão e as boas-vindas ao outuno. O céu estava uma mistura de cores. Azul se encontrava mais acima, restos de uma noite fria. Um roxo acolhia rente ao rosa, que logo um laranja se esparramava num tom dourado onde podíamos ver a circunferência do sol. O clima a nossa volta já estava começando a ficar frio, mas ainda sim, estava confortável.

  O quintal lá embaixo me lembrou de quando dançamos One, do Ed Sheeran na primeira festa que o Shawn havia dado nessa casa, até mesmo o deque na borda da piscina me levou de volta ao dia que o Shawn havia me lavado até lá sobre seus ombros. Agora o camarachão de madeira estava adornado com plantas trepadeiras e observei alguns botões de flores. O Shawn me abraçou por trás e descansou sua cabeça no meu ombro. Respirei fundo e inclinei a minha cabeça fechando os olhos na intenção de sentir a brisa acariciar meu rosto e cabelos. Passamos longos minutos assim até vermos que o sol havia parado de se esconder.

— Case-se comigo, Maddyson. — disse o Shawn, simples assim com um tom grave e decidido do que estava pedindo.

  Me virei pra ele o encarando. Ele estava ali, com os cabelos agora úmidos, com um cacho caindo sobre sua testa e segurando minhas duas mãos com uma força que estava passando tanta confiança e felicidade que eu era incapaz de não perceber. Enquanto seus olhos estavam me analisando em busca de algum sinal que ele pudesse distinguir entre "sim" ou "não". Naquele momento eu soube que era o Shawn. Esse tempo todo era o Shawn. Ele estava lá quando eu precisei, quando ele precisou, eu também estava. Estávamos ali um para o outro e estaríamos ali um para o outro até o fim das nossas vidas. Foi o Shawn que viu meus piores momentos e meu pior lado, assim como eu vira os dele. Vimos ambos os passados um do outro e vivemos um inferno nas nossas vidas, tentaríamos construir um futuro e ali estava o presente, me olhando enquanto esperava uma resposta de três letras. Sorri assentindo abobadamente enquanto sentia minha vista ficar embaçada.

— Isso é um sim? — sorriu se aproximando de mim. Ri e assenti novamente.

— Sim, Shawn. Isso é sim. Eu aceito me casar com você, mesmo que você tenha feito uma afirmação ao contrário de uma pergunta. — ele segurou firme ninha contura enquanto passei meus braços ao redor do seu pescoço. Encostando sua testa contra minha, declarou:

— Eu prometo, com todo meu ser e coração que farei você a mulher mais feliz de todo esse mundo. Eu amarei você até meus últimos dias e irei dar o meu máximo para ser merecedor do seu amor. — ele se afastou e me mostrou o que estava escondendo esse tempo todo nas suas mãos.

  Era uma caixa de veludo cor azul-marinho. Dentro dele havia um anel prata com uma esmeralda em formato de gota adornada por pequenos diamantes. O mesmo era trançado, onde podia se ver uma parte lisa de prata e a outra ainda adornada com mais diamantes.

— Eu guardei esse anel faz um bom tempo, acho que um ano ou até mais que isso um pouco. — desviei minha atenção do anel e o encarei. — Eu o levei comigo quando fomos atrás do Henry e passei um bom tempo olhando para ele. Um pensamento passava pela minha cabeça: "Eu preciso pedi-la em casamento, não posso morrer ainda". Estava assustado com o dilema "Shawn Mendes sempre volta" não dar certo. Eu nunca havia sentido tanto medo em toda minha vida quando a vi sangrando e então eu pensei "Eu preciso pedi-la em casamento, não posso deixá-la morrer ainda". — riu me encarando de volta. — Eu vou fazer isso decentemente — falou antes de se ajoelhar com uma perna na minha frente e se apoiar na outra outra. — Maddyson Campbell, aceitar ser minha esposa?

  Eu vi o mesmo brilho nos olhos dele de quando havia o provacado na casa de verão dos pais da Cloe em Miami. De quando havia chamado ele de Shawnie e tê-lo visto pagar o preço da Cloe por ter feito um raxa comigo. O brilho provocante, avassalador e que faria qualquer mulher em sua sã consciência cair diante de seus pés, mas ele estava caído sobre os meus, e mais uma vez, eu havia me apaixonado por ele.

— Eu aceito ser sua esposa, Shawn. E aceitaria mais mil vezes se fosse necessário.

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