Capítulo 106

Maddy P.O.V

  Faltavam exatamente três dias para os garotos colocarem o plano em ação e eu não me sentia tão nervosa assim há muito tempo. Não parava de pensar nas coisas negativas que poderiam acontecer, mas eu também não queria que o Shawn pensasse assim. Eu queria passar estar altruísta e motivada a continuar a fazer isso. Em relação a estar motivada, não me faltava coisas para fazer com que o Henry pagasse.

  Desci encontrando eles, a Cloe e a Lydia no escritório do Shawn. Eles repassavam o plano enquanto eu ficava no batente da porta só escutando.

— Eu quero no máximo trinta homens nas redondezas do rio armados e vinte escondidos nas copas das árvores e arbustos. Não quero que matem os polícias, apenas os dopem. — vi o Shawn se levantar da cadeira e se apoiar com as mãos espalmadas sobre a mesa. — Issac e a Cloe vão ficar responsáveis pelas câmeras de segurança. — cruzei os braços franzi o cenho.

  Achei que eu e o Issac ficaríamos responsáveis pelas câmeras.

  Eles estavam de pé e de costas para mim, fazendo com que nem mesmo o Shawn me visse.

  Me aproximei e fiquei num canto escuro perto da estante de livros. Agora podia ver as coisas mais claras.

— Há muitas portas. — vi o Bruno olhar a planta do hospital abandonado.

— Sim, é por isso que os mesmos homens das copas das árvores e arbustos vão instalar sensores de movimentos e pequenas bombas caso se precisarmos sair em emergência. — concordaram.

— Espero que tudo dê certo. — disse o Issac.

— Ok, mas e a Maddy? — perguntou a Lydia.

  Ainda bem que não tive que abrir a boca.

— O que quer dizer com isso Lydia? — perguntou o Shawn levantando seus olhos a ela.

— Eu ainda topo aquela ideia do Aaron. — falou a Lydia cruzando os braços.

— É perigoso demais. — falou a Cloe.

— Uma pessoa sentasata aqui. — disse o Shawn.

— Shawn, nem mesmo você sabe se ele vai está naquele hospital. Se marcássemos para que eles se encontrem lá, seria mais fácil matá-lo.

— Eu. Não. Vou. Colocá-la. Lá. Dentro. — disse o Shawn pausadamente.

— Não precisa colocá-la lá dentro, todos nós sabemos que ele viaja as custas dos outros integrantes e que esse comercialização de crianças não está dando tanto dinheiro para ele. Como também sabemos que as contas bancárias dele estão todas trancadas, nenhuma possibilidade de entrada ou saída de dinheiro. — vi o Shawn passar a mão pelo rosto, impaciente. — Poderíamos dobrar o número de atiradores nas copas das árvores e arbustos se as coisas saíssem do controle. Ofericiamos dinheiro e a Maddy iria até lá entregá-lo.

— O Henry não é burro, se oferecermos dinheiro, ele irá dobrar no número de policias no local. — disse o Bruno.

— Sim, mas temos pessoas suficientes para cobrir isso. — disse a Lydia.

  A Cloe lançou um olhar decisivo ao Shawn.

  Ela estava de acordo com a Lydia.

— E se ele machucar a Maddy? — perguntou a olhando. — Ela está grávida Lydia...

— Shawn, quando você começou a liderar essa gangue você disse que tomaria decisões que todos tivessem de acordo e cara, a maioria vence. — falou o Holland dando de ombros.

— Não quando se trata de uma pessoa que você ama e ainda por cima grávida, não.

— Shawn... — relutou a Lydia.

— Não, merda! — bateu as mãos espalmadas na mesa de madeira.

  Nessa altura do campeonato ninguém faria com que o Shawn mudasse de ideia.

  Sai do escritório sem que ninguém me visse.

  Subi as escadas e fui até o meu quarto. Entrei no closet e peguei uma caixa onde eu havia colocado tudo que me lebrava da minha antiga vida com o Henry. Peguei meu velho celular e disquei seu número.

Nossa! Você demorou para retornar a minha mensagem.

— E você retornou bem cedo. — tranquei a porta do quarto e fui até o banheiro.

Não engulo ameaças tão fáceis.

— O que quer? — perguntei enquilibrando o celular contra meu ombro e minha bochecha enquanto desabotoava meu vestido. — É dinheiro? — um minuto de silêncio. – Eu posso te dar isso, quanto quer?

20 milhões

— Eu não tenho tudo isso. — falei cruzando os braços e observei minha barriga no espelho.

O Shawn tem.

— Vamos deixá-lo fora desse assunto. — toquei minha barriga e senti um chute no lado esquerdo, sorri.

Quanto você tem?

— Para agora, 5 milhões.

Sem acordo.

— Então você fica sem dinheiro. — peguei o roupão e o coloquei.

Tudo bem. — bufou do outro lado da linha.

— Onde nos encontramos? — perguntei olhando pela janela.

  Os meninos e a Cloe voltaram para casa e vi a Lydia entrar no seu carro e dar partida.

— Não pode ser um lugar público. — disse lembrando da mídia que havia causado por causa do Shawn.

  Escutei barulhos vindos da escada e andei rápido até o banheiro abrindo a torneira do chuveiro.

No antigo hospital de psiquiatria daqui há três dias. Não ouse levar seu namoradinho de merda. — desliguei.

— Maddy? — escutei o Shawn dar batidas na porta.

  Andei até o closet e guardei o celular de volta.

— Maddy, destranca a porta. — arrumei meu cabelo em um coque e abri a porta.

— Algum problema? — perguntei cruzando os braços.

  A primeira coisa que eu notei foram as bochechas vermelhas do Shawn. Ele só ficava assim por dois motivos, fazendo exercícios físicos ou quando alguém o alterava.

— Será que eu posso levar minha namorada para passar a noite em um lugar legal e também levá-la para jantar? — perguntou me empurrando para dentro do quarto.

  Assenti enquanto passava levemente meus braços por trás do pescoço do Shawn o trazendo para mais perto de mim.

— Com que está preocupado? — perguntei.

— Com tudo. — suspirou.

— Aonde vamos? — perguntei tentando mudar de assunto.

— Surpresa. — revirei os olhos. — Você odeia surpresas, eu sei, mas eu garanto que é boa.

  O Shawn me deixou terminar meu suposto banho depois de dois longos beijos. Faziam quatro meses que não havíamos transado e isso me matava. O Shawn resolveu dar um tempo quando viu que eu começava a cansar rápido e o quanto em algumas vezes eu me sentia desconfortável e, sempre que estava quase acontecendo, ele simplesmente parava. Isso me irritava muito.

  Último mês, último mês...

[...]

  Nós havíamos ido jantar em restaurante de comidas altamente gordurosas e pesadas em todos os sentidos, mas eu me sentia bem, muito bem. A Cloe provavelmente me mataria se me visse comendo todas essas coisas.

  Depois demos algumas voltas na remota cidade de Toronto, fomos a um jogo de hóquei, onde o time da casa estava ganhando e o Shawn parecia animado. Eu não entendia muito bem de hóquei, mas se o Shawn estava feliz eu também estava.

  Eu não queria pensar nas coisas que poderiam acontecer daqui há três dias, o Shawn estava comigo e as crianças estão seguras, isso é a única coisa que importa.

Hi guys! Eu quero dizer que finalmente estamos na reta final de Bad Reputation. Desde já eu quero agradecer a todos vocês que leram essa fanfic e que eu nunca achei que ela iria para frente, de verdade. Agora eu peço que vocês leiam Perfect Wrong, eu garanto que vocês vão gostar e que ela tem quase o mesmo enredo da Bad Repupation.

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