Capítulo 101
Shawn P.O.V
Terminei de colocar a bagagem na mala do carro e fechei a mesma. Olhei para porta de relance e vi a Maddy se aproximar.
— Fiz de tudo para que não acordasse, mas é impossível. — disse olhando o meu relógio de pulso, 4:30 A.M
— Você nunca vai viajar sem que eu veja, Shawn. Você é péssimo em manter as coisas em silêncio. — riu.
— Falei com o Aaron e a Cloe, eles vão ficar de olho em você. — disse puxando a cintura da mesma para mais perto.
Vi a mesma revivar os olhos e logo depois suspirar.
— Não preciso de babá, não acha que estou grandinha demais? — perguntou.
— Acho, mas sempre é bom prevenir e, querendo ou não, você está grávida, o que me preocupa muito mais. — avisei.
— Tenha uma boa viajem e um bom show. — falou e logo a abrecei.
— Se cuida. — disse e logo depositei um beijo no meio de sua testa. — Daqui a dois dias estou de volta. Eu te amo.— falei antes de entrar no carro e dar a partida.
Olhei pelo retrovisor e vi a mesma ainda parada de braços cruzados enquanto me olhava ir embora.
Maddy P.O.V
— Maddy, não acha que Lolla é melhor do que Stella? — perguntou a Cloe com um bloco de papel nas mãos.
Havia levado o Mark para a escola e o Dylan brincava com seus bonecos no tapete enquanto eu, Lydia, Cloe, Mona Clary e a Madelim comíamos doces e discutíamos sobre o nome do bebê.
— Eu nem ao menos sei o sexo do meu filho, mas Lolla é nome de prostituta. — ri.
— Igual a mãe. — falou a Lydia e joguei uma pipoca nela.
— Se é para que eu seja uma vadia, que eu seja uma vadia de um homem só. — olhei para a mesma que me repreendia com apenas seu olhar.
— E se for um menino? — perguntou a Clary jogando uns doces para cima e tentava pegar com apenas a boca.
— Não tinha pensado nisso. — disse a Cloe voltando escrever alguma coisa no bloco de papel.
Olhei para minha mãe e ela estava brincando com o Dylan no tapete. Sorria e o pegava no colo. Eu não tinha a mínima ideia se ela fazia aquele tipo de coisa comigo, ou pelo menos algo parecido. Ela parecia querer se redimir apenas por estar presente na vida dele e da do Mark.
— Mãe? — chamei.
— Sim? — disse ainda olhando para o Dyl.
— O que acha de Stormie? Igual o da vovó. — perguntei.
Ela parou o que fazia e passou a me encarar com uma expressão séria. Naquele momento eu achei que aquilo tinha sido uma péssima ideia. Eu havia discutido com o Shawn sobre o nome do bebê se fosse menina, ele havia concordado super bem e achou até legal da minha parte colocar o nome da minha avó.
— Eu acho... eu acho uma ideia maravilhosa. — suspirei de alívio. Ela de repente sorriu e levantou com o Dyl nos braços e foi pegar mais pipoca.
— E se for menino? — voltou a perguntar a Clary.
— Não faço a mínima ideia. — disse a Lydia e pegou caramelos enfiando tudo logo na boca.
— Talvez, George. — disse e senti alguma coisa mexer na minha barriga e arregalei os olhos. — O BEBÊ MEXEU! — gritei o que acabou assustando as meninas. — CACETE ESSE FOI FORTE! — me contorci.
— Maddy? Tem certeza que está tudo bem aí dentro? — perguntou a minha mãe entrando na sala.
— Sim, está tudo bem. Já aconteceu isso antes. — menti. Aquela era primeira a vez que o bebê mexia depois de quase quatro meses.
Já eram quase 5:00 P.M. quando as meninas resolveram ir embora. A Lydia resolveu ir morar com o Bruno desde de quando eles começaram a namorar. A Cloe e o Aaron ainda moram na casa da frente junto com uma tropa de gente. A minha mãe foi morar com a vovó assim que ela ficou doente. O Felix depois de tanto enrolar, está noivo e ainda continua ser meu assistente, deixando assim, a casa apenas para mim, o Shawn e os garotos. A casa era enorme, maior que de todas as outras que já morei na minha vida. E mesmo assim, o Shawn insistia em se mudar.
Fechei a porta logo depois que a minha mãe saiu. Peguei o celular e resolvi ligar para o Shawn. Caixa postal. Essa hora ele provavelmente estava arrumando os equipamentos para o show. Dei a mamadeira ao Dyl e pedi que o Mark o observasse enquanto tomava um banho.
Logo desci e escutei a campainha ser tocada. Me dirigi até a porta e a abri. Uma caixa. Olhei para os lados e não havia exatamente ninguém, arrastei a caixa para dentro e abri a mesma vendo o que tinha. Um vestido de noiva sujo de terra, um buquê de flores brancas mortas e um salto velho desgastado. Percebi que aquele tinham sido os assesórios e a roupa que eu havia usado no meu casamento com o Henry. Era isso que tinha dentro da caixa, tirei tudo de dentro e havia um bilhete no fundo da mesma. Peguei ele e na mesma hora abri.
Não custa nada agradar a sua amada. Estou de volta, garota esperta.
ass: Henry.
Abri a porta mais uma vez e sai com a caixa nos braços e joguei na lata de lixo, ficando apenas com o bilhete. Olhei mais uma vez para os lados e entrei dentro de casa. Fechei as portas e janelas inclusive as persianas das mesmas.
— O que está fazendo, mãe? — perguntou o Mark deixando o seu vídeo game de lado.
— Se alguém bater na porta não abra, apenas me chame, entendido? — assentiu e voltou a sentar no sofá.
O que eu faço?
A praga voltou e não tenho como me defender. Subi as escadas e fui até meu closet.
— Que esteja aqui, que esteja aqui... — murmurei para mim mesma.
Tateei e achei. Puxei a caixa e carreguei a arma, peguei a mesma e coloquei em baixo do meu travesseiro. Pensei que o Shawn havia retirado ela de lá depois daquela coisa toda com o Henry no Natal.
Peguei meu celular, mas hesitei em ligar para o Shawn, não queria preocupá-lo. Se eu falasse, daqui a duas horas o Shawn estaria batendo na porta. Apenas pedi para que o Mark não fosse para cama tarde e que não apagasse as luzes. Amanhã à noite o Shawn chegaria e, querendo ou não, por mim ou por outra pessoa, ele vai acabar descobrindo que o Henry está de volta.
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