06² - chapter six

Boa leitura💛
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Hope e JJ acabaram acordando um pouco atrasados para a escola, isso deixou Hope levemente desesperada, ela odiava se atrasar para a escola, na Inglaterra os professores e as diretoras das duas escolas em que estudou eram bem rígidos, então ela detestava o atraso quando se tratava da escola.

Os dois se levantaram, Hope apressou JJ e o  garoto ficou pronto em questão de dez minutos, assustado e ainda meio sonolento enquanto Hope falava sem parar sobre não existir a possibilidade de chegarem atrasados no colégio. Hope vestiu uma calça jeans, uma camiseta do Garfield e seu all star preto. Ela escovou o cabelo, escovou os dentes rápido, passou perfume e quando pegou sua mochila ouviu a buzina de Kiara.

— Bom dia. — Hope e JJ disseram.

— Acordaram atrasados? — Kiara perguntou assim os dois se sentaram no banco de trás.

— Um pouquinho. — Hope disse. — Porque? Eu tô desarrumada? Eu sabia que devia ter…

— Não, não tá. — Kiara disse rindo. — O JJ tá com cara de quem acabou de acordar no susto.

— Ah, ainda bem. — Hope disse. — Vai rápido, a gente não pode se atrasar. Cadê o Haz?

— Cheguei. — Harrison disse entrando no carro. — Papai contou que você chegou na delegacia fedendo ontem.

— Culpa deles. Me fizeram entrar em um bueiro. — Hope disse pegando seu gloss. — Eu quase morri, Harrison.

— Eu imagino. — Harrison disse rindo.

— Segura pra mim, JJ. — Hope disse entregando sua mochila para o garoto, passando seu gloss em seguida. — Obrigado, loirinho.

— Não ganho um beijo? — JJ perguntou e Hope riu antes de dar um selinho nele. — Ganhei até um gás pra escola.

Depois de muitas aulas e do intervalo, o grupo todo foi para a aula de história e como nos outros dias, todos se sentaram próximos. O professor estava aplicando um teste surpresa na turma e Hope estava tentando a todo custo se contrário na mesma, mas a todo segundo uma música da Taylor Swift aparecia em sua mente e ela começa a pensar apenas na música, perdendo totalmente seu foco.

Depois de brigar consigo mesma em pensamento, Hope conseguiu silenciar a vozinha e se forçou a se concentrar no teste. JJ estava totalmente agradecido por Hope ter insistido em explicar a matéria para ele ontem depois de chegarem na casa da garota.

— Sr. Sunn, posso falar com o Pope? — um homem de terno pediu ao professor.

— Eles estão fazendo prova. — Sr. Sunn disse se levantando de sua cadeira.

— Sou da Fundação Vanderhorst. — o homem disse e Pope ergueu o rosto da prova.

— Sr. Heyward, é para você. — Sr. Sunn disse chamando a atenção de Pope, que se levantou e foi para fora da sala.

— Obrigado. — o homem disse antes do professor fechar a porta.

— Voltem para suas provas. — Sr. Sunn disse aos outros alunos.

Todos voltaram para suas provas, embora JJ, Kiara e Hope não conseguissem de fato se concentrar no papel em suas mesas. Minutos depois, Pope voltou para a sala e se sentou em sua cadeira olhando para frente, levemente imóvel.

— O que ele queria? — Kiara perguntou baixinho e Pope mostrou o envelope para os amigos.

— É o símbolo do trigo? — Hope e Harrison perguntaram baixinho.

— Sim.

— Mas que p- p- poxa, né? — JJ disse fazendo o professor o olhar de cara feia.

[...]

— Qual a pressa dele? — JJ perguntou enquanto seguiam Pope.

— Sei lá. — Hope, Kiara e Harrison responderam.

— Tô ficando irritado. Vou precisar bater em você com o transferidor, cara? O que tá rolando? — JJ disse parando ao lado da mesa onde Pope havia se sentado na cadeira da mesma.

— Sério, Pope, está me deixando maluca. — Kiara disse se sentando ao lado do garoto.

— Aquele cara era do comitê de bolsas. Mas olhem só isso aqui. — Pope disse mostrando a carta antes de JJ pegar a mesma. — Lê.

— Em voz alta. — Hope disse e todos concordaram olhando para JJ, que olhou as letras escritas no papel antes de baixar a cabeça e coçar a nuca.

— Não sei ler letra cursiva. — JJ disse bem baixinho, para que apenas Hope ouvisse. Ela o olhou dando um pequeno sorriso e então pegou a carta.

— "Caro Sr. Heyward. Entro em contato porque tenho provas que podem exonerar o John B Routledge." — Hope parou de ler e olhou os amigos antes de continuar. — "Solicito que venha me encontrar pessoalmente. Rua King 27, 3M Charleston. Hoje à noite, às 20h em ponto. Por favor, venha sozinho.
Atenciosamente, C. Limbrey."

— Mas…o quê?

— Charleston? — JJ perguntou.

— Hoje à noite? É impossível chegar lá até às 20h. — Harrison disse e todos assentiram. — Tem a balsa e mais oito horas de estrada.

— O jatinho ainda tá na revisão? — Hope perguntou ao irmão.

— Sim.

— E se a gente sair agora? — JJ perguntou e todos se entreolharam.

— Todo mundo tem a última aula vaga? — Pope perguntou.

— Sim. — todos disseram.

— Como assim exonerar? Que provas? — JJ perguntou.

— Provas que podem limpar o nome do John B. — Hope disse olhando para o loiro.

— Puta merda, então vamos logo. — JJ disse, como se fosse simples.

— Preciso avisar meu pai e minha mãe. — Harrison, Hope, Kiara e Pope disseram.

— E se a gente conseguir alguma coisa, não vamos entregar pra polícia. — Hope disse, fazendo JJ a olhar impressionado. — Que foi?

— Você não quer entregar as provas pra polícia? Justo você? — JJ perguntou e Hope deu de ombros.

— E daí?

— Seu pai é a polícia. — JJ disse e Hope deu de ombros.

— A gente precisa juntar evidências, assim fica melhor de acreditarem na gente, não acha? — Hope disse colocando a alça de sua mochila no ombro. — O que você tá vendo? — ela perguntou ao ver Pope pesquisando algo.

— Seja quem for esse Limbrey…ele deve ser parente do capitão do Royal Merchant. — Pope disse e todos se entreolharam antes de saírem da escola.

Harrison deixou Pope em sua casa, deixou Kiara e depois dirigiu para sua própria casa com Hope e JJ. Hope e JJ estavam insistindo que Harrison fosse junto deles mas o garoto estava se negando, dizendo que embora ele gostasse e sentisse muito falta de John B e Sarah e os quisesse de volta em casa o mais rápido possível, aquilo era algo particular dos quatro amigos e disse que caso houvesse alguma outra maluquice ele participaria.

Depois de estacionar o carro, Harrison e Hope foram até os fundos da casa enquanto JJ comia um pedaço de pizza na cozinha.

— Oi, mãe. Oi, pai. — Harrison e Hope disseram sorrindo.

— Oi, crianças. — Jacob disse sorrindo.

— Como foi a aula? — Blair perguntou.

— Produtiva. — Harrison disse.

— Tivemos um teste surpresa de história. — Hope contou entregando o mesmo para os pais, assim como Harrison.

— A gente gabaritou. — Harrison disse fazendo um hi-five com a irmã.

— Muito bem! Parabéns aos dois! — Blair disse sorrindo.

— É tão comum falar isso para eles, sempre chegam com notas excelentes em casa. — Jacob disse e os filhos sorriram orgulhosos. — Meus orgulhos.

— Nossos, querido. Nossos. — Blair disse rindo de leve.

— Falando nisso. — Hope começou. — Eu queria fazer um pedido maluco…

— Lá vem. — Jacob disse olhando Blair. — Prossiga, filhote.

— Antes quero que saibam que é por uma boa e justa causa. — Hope alertou antes de respirar fundo. — Posso ir para Charleston hoje com o Pope, a Kie e o JJ? Eu tentei convencer o Haz a ir também mas ele não quis.

— Certo tá ele. Ficou doida? Você tem aula. — Jacob disse exasperado enquanto se levanta para entrar na casa.

— Mas, papai, é importante. — Hope insistiu.

— Importante porque? — Blair perguntou indo atrás do marido e da enteada junto de Harrison.

— Porque o Pope recebeu uma proposta importante de um dos coordenadores da bolsa de estudos que ele está tentando pegar. — Hope mentiu. — Ele não quer ir sozinho.

— Fala a verdade.— Jacob disse e Hope piscou algumas vezes.

— Eu falei. — Hope disse e Jacob a olhou sério. — A gente vai atrás de provas para provar a inocência do John B.

— Filha…

— Pai, por favor. — Hope disse seguindo o mais velho até a cozinha.

— Boa tarde, Jacob. — JJ disse com a boca cheia.

— Boa tarde, JJ. — Jacob disse pegando uma xícara de café. — Não adianta insistir, a resposta é não.

— Mãe! — Hope disse olhando Blair.

— Vai mesmo junto, JJ? — Blair perguntou olhando para o garoto.

— Sim. — JJ disse engolindo um pedaço de pizza sem nem mastigar.

— Leva dois daqueles carregadores portáteis e seu cartão de débito. — Blair disse depois de ficar em silêncio durante alguns segundos. — Se vocês precisam fazer isso para superar, então é melhor que façam. Não é, Jake?

— Tudo bem, mas quando voltar vai pegar todos conteúdos com seu irmão e não quero saber de nota baixa e mais faltas. — Jacob disse e Hope assentiu.

— Eu amo vocês! — Hope disse abraçando os dois. — Prometo mandar mensagem.

— Cuida dela, JJ. — Jacob e Harrison disseram juntos e o loiro assentiu.

— Pode deixar. — JJ disse.

Hope pegou uma bolsa para guardar sua carteira, os remédios que precisava tomar todos os dias, seus dois carregadores e seu gloss. Jacob fez mil recomendações, assim como Blair, e quando Pope buzinou na frente da casa, JJ e Hope se despediram e foram até o carro.

Pope dirigiu até a casa de Kiara e os três ficaram em silêncio, escutando a música que tocava no rádio. Pouco depois, Kiara apareceu saindo de casa com seus pais atrás dela.

— Parece que estão levando numa boa. — JJ disse e todos permaneceram em silêncio observando a cena. — Como conseguiu a caminhonete? Seu pai nunca ia deixar.

— Eu abri as válvulas do carburador e ele começou a pingar. — Pope respondeu olhando para JJ em seguida.

— Então vai levar ela pro seu primo Jeff e ele vai consertar. — JJ concluiu sorrindo.

— E vamos passar a noite lá. — JJ e Pope disseram juntos.

— Acho que sou uma má influência. Você tá mentindo pro seu pai, roubando a caminhonete. Me soa familiar. — JJ disse e Pope o olhou. — Assunto delicado, né? Foi mal.

— Eu diria que temos umas dezoito horas até ele ficar bravo. Se voltarmos antes disso, vai dar tudo certo. — Pope disse.

— Vocês chegaram a pensar em como nós quatro vamos aqui? — Hope perguntou olhando os dois garotos. — Carro para três.

— Não tinha pensado nisso. — Pope disse e JJ olhou o banco antes de abrir a porta para descer do carro.

— Acho que dá. — JJ disse. — Não é como se você e a Kie ocupassem tanto espaço.

— …sair daqui e expandir seus horizontes. — Anna disse para Kiara.

— Não vou para um internato. — Kiara disse irritada.

— Vai te ajudar. — Mike disse para Kiara.

— Não são o meu tipo de gente. — Kiara disse dando de ombros enquanto andava até a caminhonete.

— Olha como sua vida está agora! — Anna disse irritada.

— Prometemos trazê-la de volta cedo e em segurança! — Pope disse enquanto JJ e Hope acenavam para os pais de Kiara.

— Bom ver vocês, Sr. e Sra. Carrera! — JJ disse.

— Kiara, presta atenção. Pode ir se quiser, mas se não voltar cedo é melhor nem voltar. — Anna disse e Hope olhou para a mesma de olhos arregalados.

— Ela tá blefando. — JJ falou entrando no carro depois de Hope.  — Tenham um bom dia.

— Isso seria muito mais fácil sem pais. — Kiara disse e Hope pegou a mão da amiga. — Tem sorte dos pais que tem.

A viagem até a balsa foi tranquila e quando chegaram na mesma, os quatro se sentaram juntos na traseira da caminhonete e ficaram conversando.

— O que você disse pra convencer seu pai? — Kiara perguntou e Hope deu de ombros.

— Foi a Blair que convenceu ele, na verdade. — Hope disse. — Ela disse que assim eu superaria a morte do John B e da Sarah e tudo mais.

— Eu achei que ele fosse me bater com a caixa da pizza. — JJ disse e os outros riram. — Que papo é esse de internato, Kie?

— Meus pais acham que eu ser uma Pogue é a pior coisa do mundo, sendo que não é. — Kiara disse irritada.

— Acho que tem maconha no internato. — JJ disse olhando para Kiara.

— Não vou pra internato nenhum. — Kiara disse com firmeza. — Vão ter que me sequestrar, amarrar e me jogar numa van.

— Acho que é uma boa a gente fumar agora. — JJ disse descendo do teto do carro e entregando o baseado para Hope.

— Kie, já tentou ligar pro número do John B? — Pope perguntou enquanto JJ e Hope se sentavam no chão da caminhonete.

— Sim, umas trezentas vezes. — Kiara disse.

— Tentou mesmo, hein. — JJ brincou ajeitando seu boné.

— Das duas vezes que eu tentei, uma mulher que trabalha no hotel que eu sempre fico em Nassau que atendeu. — Hope disse passando o baseado para Kiara.

— Vamos tentar limpar o nome dele enquanto isso. No momento, essa carta é nossa melhor aposta. — Pope disse mostrando a carta.

— Isso, foco. — JJ disse.

— Qual Pope você vai ser hoje? — Kiara perguntou para o garoto enquanto estendia o baseado para o mesmo.

— Estou tranquilo. Quero manter o foco. — Pope respondeu.

— O certinho. — Kiara disse com ironia. — O Pope chato.

— Passa pra cá. — Hope disse pegando o baseado. — Você quer?

— Eu aceito. — JJ disse sorrindo. — Fico igual a um cachorro.

— Sentado! — Hope disse rindo.

— Bom garoto. — Kiara disse também rindo.

[...]

— Gente, já li isso aqui umas mil vezes. Não faz sentido. — Kiara disse e Hope assentiu enquanto olhava o celular.

— A família Limbrey é dona de metade de Charleston. O que eles podem ter sobre o homicídio da tia Susan? — Hope perguntou confusa.

— E porque chamaram especificamente o Pope? Isso também é estranho. — JJ disse olhando para o amigo.

— Pra mim o mais estranho é terem pedido que ele vá sozinho. — Hope disse pegando a carta. — Pelo modo como a carta foi escrita, C. Limbrey é uma mulher, provavelmente, e escreveu usando caneta de tinteiro. Parecem ser muito tradicionais e antigos. Pope, eu não gosto da ideia de você ir até lá sozinho. — ela disse sem tirar os olhos da carta.

— Eu pensei a mesma coisa. Acho que é porque… — Pope começou a dizer, mas se calou quando começou a sair fumaça pelo capô da caminhonete. — Não acredito!

— Encosta  Pope. — JJ disse.

— Tem muita fumaça. Até mesmo pra essa caminhonete velha. — Kiara disse.

— Meus pulmões são sensíveis, cara! — JJ falou abanando a fumaça com as mãos.

— Todo mundo fora do carro. — Kiara disse assim que Pope parou o veículo no acostamento. — Caramba, isso vai explodir.

— Não vai explodir. Deve ter desconectado o radiador. — JJ falou olhando o carro. — Nunca vi isso antes. Você arrancou a calota! Talvez seja melhor adiar sua reunião, cara.

— Plano B? — Hope perguntou.

— A gente pode pegar um ônibus, pedir carona, alugar bicicletas. — Kiara diz contando no dedo as opções.

— Sim, é o radiador. — JJ diz olhando o motor do carro.

— Meu pai vai me matar. — Pope murmurou.

— Bem provável.

Oi Pogues, como vcs estão???

Demorei, mas cheguei com dois capítulos!!!

Acho q vou fazer assim agr, fica melhor dois capítulos por atualização, oq acham? Assim eu consigo concluir mais rápido pra vcs.

Bom, como sempre digo, comentem e favoritem, é importante!! O último capítulo postado teve 211 visualizações, 16 favoritados e 6 comentários...percebem q a conta não bate? isso é muito chato e desgastante pq eu me desdobro pra deixar tudo bonitinho e não tenho retorno...

Espero que tenham gostado, vejo vcs no capítulo 07².

Bjs, Ana!!

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