073 | SHAWN

— Ela só tem 17 anos! — falei, mas o delegado revirou os olhos como se tivesse escutado essa desculpa muitas vezes.

— Garoto, ela agrediu fisicamente um homem importante da nossa comunidade. Lamento, mas ela tem que ser detida. — deu de ombros e eu bufei. — Você é o namorado dela?

— Não.

— Então por que se importa tanto? — perguntou confuso.

— Não é meio óbvio?

— Sério que ela te deixou na friendzone? — perguntou com um ar de graça, me fazendo revirar os olhos e a expressão dele ficar séria novamente. — Desculpe.

Me sentei no banco derrotado. A mãe de Brooke estava demorando pra chegar e eu estava ficando cansado de ficar ouvindo o quanto Broo tinha sido delinquente.

— Cadê e a minha filha? — a mãe de Brooke chegou.

— Senhora Donovan? Sente-se por favor. — o delegado pediu com educação.

— Tudo bem. — assentiu e logo olhou para mim. — Quem é você?

— Eu sou o Shawn. Prazer. — respondi e ela apertou minha mão desconfiada.

— Você poderá sair? Preciso conversar em particular com a mãe da garota. — pediu e eu afirmei com a cabeça.

Saí dá sala e fiquei esperando em outro banco. Observava policiais caminhando pra lá e pra cá enquanto eu não poderia fazer nada para ajudar Brooklyn.
Hoje era o meu aniversário e eu estava completamente 18 anos e eu pensei que esse dia ia ser um dos melhores dá minha vida.
Brooklyn pode ser presa por dois anos por ter agredido um cara, eu posso perder o concurso de talentos e eu não iria nem conseguir fazer algo certo hoje. E eu estava me culpando tanto por não ter feito nada para impedir a troublemaker.

Já se passaram mais das cinco horas da tarde e nada da mãe de Brooklyn sair daquela sala. Eu estava na delegacia a mais de sete horas e quase caindo do sono e morrendo de fome. Minha mãe havia me ligado mais de 5 vezes querendo saber o meu paradeiro e eu sempre respondia com um "tô com a Brooke". Eu não estava mentindo, estava omitindo.

— Shawn? — escutei a voz dá mãe de Brooklyn me chamar me fazendo abrir os olhos assustado. — Você está até agora aqui? — assenti e ela fez uma cara de repreendimento​. — Você devia ter ido pra cada, querido.

— Eu não vou sair daqui até a Troublemaker sair também. — murmurei me levantando enquanto ela me olhava confuso. — Eu chamo a Broo assim.

— Tudo bem. — deu de ombros.

— O que vai acontecer com ela? Ela vai ficar detida por mais quanto tempo? — perguntei me sentando ao lado dela.

— O que a minha filha fez foi coisa séria. Ela poderia ficar no mínimo três anos no reformatório por ter agredido um homem importante. Sorte que eu tenho uma longa história com o delegado e ele aceitou a proposta de Brooklyn prestar serviço comunitário por três meses na casa de repouso depois da aula. — respondeu e eu suspirei aliviado. — Brooklyn está extremamente encrencada.

— Não faz nada com ela. — pedi e a loira me olhou confusa. — Brooke só queria proteger a Naomi. O Marcos fez muita merda e Brooke não sabe controlar a raiva ainda.

— Você é um bom garoto, Shawn. — ela sorriu colocando o braço em meu ombro. — Minha filha tem muita sorte de ter você para limpar a barra dela.

— Eu amo sua filha, Sra Donovan. — sussurrei e ele abriu um sorriso carinho. — Eu faria qualquer coisa por ela.

— Me chame apenas de Laurel. — falou e eu assenti. — A propósito, feliz aniversário.

— Obrigado.

Logo, ouvimos a voz de Brooklyn. Estavam tirando as suas algemas, enquanto a morena sorria de lado. Brooke estava se divertindo com aquela cena.

— Vamos, Brooklyn. — Laurel pegou o braço de Broo com força. A garota não fez nada, apenas olhou para mim, sorriu e piscou.

Brooklyn Donovan é o maior problema que eu arrumei em toda a minha vida.

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