unico
Faltava muito pouco para que Seungmin fizesse parte da cama como mais um item para dormir. Passava tanto tempo deitado ali que, se levantava para tomar um mínimo banho, era muito para si uma vez que não possuía força alguma em seu corpo.
A casa deveria estar em festa quando seu principal objetivo foi justamente ser alugada para passar as festas de fim de ano, mas então duas notícias pegaram o grupo de amigos de forma inesperada e cruel.
A dor da perda ia muito além de uma cura rápida, do que escondê-la simplesmente em um canto escuro do peito. Seungmin tinha certeza de que todo esse colapso em seus sentimentos não iria passar tão cedo.
Ele não tinha ideia de como descrever o que estava sentindo desde que soube da perda dos pais e muito menos como Han estava lidando com isso. Era complicado demais processar a ideia de repentinamente estar sozinho no mundo e como consequência sua mente queria evitar outro colapso.
Sem muito interesse, Kim observava o teto do seu quarto como se isso pudesse mudar seu passado. No Natal passado, havia sofrido um acidente que o deixou em reabilitação por oito meses, estava recuperado há muito pouco tempo para ser ceifado de forma repentina.
Naquela época seus pais não tiveram nenhum ferimento e com isso Seungmin se sentiu grato pela ideia do universo não os machucar, mas naquele ano fez a pior coisa de todas, os levando para toda e eternidade. Kim certamente estaria com eles se não fosse pela insistência do namorado de viajarem com os amigos.
— Vem, me deixa dar uma olhada nisso. — Felix murmurou se sentando cuidadosamente na beirada da cama. — Se não me deixar cuidar, pode gerar uma infecção e ser pior.
O olhar sem vida que recebeu como resposta foi pior que uma facada certeira em seu peito. Seungmin não deveria ser cruel logo com Felix, mas tinha tantos medos o rondando, que ser ruim soava como a sua única defesa.
Estendeu uma das mãos odiando o choque que o ato causou, não tardando em sentir o líquido que Felix usava para limpar suas feridas. O Lee era cuidadoso para não causar dor ainda mais desnecessária apesar dos tremores que irradiavam do pequeno corpo.
— O Hannie... ele...
Seungmin tentou buscar as palavras certas e falhou terrivelmente ao notar como o nó na sua garganta impedia qualquer ar de se fazer presente. Seu peito ardeu em advertência, mas ele nada pôde fazer para reverter.
— Voltou para casa com Hyunjin para ajeitar as coisas por lá. — O australiano informou acariciando com cuidado a mão ferida.
— Como ele está? Eu deveria estar com ele! — O Kim soou angustiado tentando se livrar dos cobertores e sair da cama.
— Não, Seungmin. Ele precisa de um tempo pra lidar com tudo isso e como consequência ficar afastado pode fazer bem para vocês dois também.
— Ele me culpa...
— Minnie, você melhor do que ninguém sabe que ele nunca faria isso.
Mas era cruel a realidade.
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