Obra-Prima

📌 Músicas da Playlist:
• Earned It - The Weeknd
• Singularity - BTS
• Love Is a Bitch - Two Feet

— Essa posição está boa para você, senhor Kim? — Questionei-o, duvidosa, enquanto encarava o artista por milésimos de segundos.

O clima estampado entre nós era motivo de especulações peculiares, eu não era uma modelo que guardava receios da própria profissão, contudo, ser a fonte de inspiração dos quadros mais quentes de um pintor torna a história horripilante.

Diria que Kim Taehyung era bem capacitado no quesito criativo, desde ao fato de colorir famosíssimas pinturas até sexualizar a mais casta figura. Não é à toa que somos uma forte dupla, pois, se há algo que o influencia, essa coisa sou eu.

— Não muito, por incrível que pareça... Sou responsável pela minha inatividade, não estou conseguindo me concentrar hoje — negou com a cabeça, deste modo, bagunçando o cabelo ondulado —, talvez seja algum empecilho do dia, apenas um devaneio de minha parte, não sei classificá-lo, compreende?

— Sim, mas se eu ficar... ah...

Testei uma nova posição, numa falha tentativa de incentivá-lo a desenhar: em cima da plataforma branca, estiquei a minha perna esquerda, recuando a restante até o meu abdômen, formando um triângulo entre ambas as coxas e a superfície, pousando a palma delicadamente naquela bancada.

Eu trajava um vestido de origem grega, ele era solto, branco e transparente, com um alto decote ladino do pé a cintura, tinha também escassos detalhes dourados, complementados somente pelas finas mangas. Folhas de oliveira adornavam a curvatura das minhas orelhas, harmonizando o estilo simples e erótico.

— Assim está melhor? — Puxei o ar para os pulmões, afinando a barriga e a postura.

— Talvez essa pose esteja muito franca — negou com a nuca novamente, com os definidos beiços mordendo o pincel fino —, arrisque a sua carreira às nuances suaves, uma pegada sexy numa tendência serena, entende, Nathaly?

— Um pouquinho — confirmei.

Desloquei-me do móvel para beber um pouco d'água, vinda de uma garrafinha pequena, de plástico molengo, logo, fechei-a com a tampa, refletindo em como prosseguir com o ensaio.

— Apenas pretendo saber como irei remeter essa tonalidade, as roupas nas quais uso são enormes.

— Não me julgue, você é minha modelo há 3 anos, estudou por muito tempo para estar aqui, ao meu lado. Idealize uma personalidade inovadora, aprimore a sua essência. Seguindo essa trilha conseguiremos fazer uma obra gratificante. Você sabe disso, não sabe?

— Sei muito bem, senhor Kim — consenti, passiva aos ensinamentos dele.

Subi na belíssima arquitetura, com o longo e simples vestido fino, arrumando-o naquela bancada que continha alguns enfeites.

— Recapitulando: tente agir como uma deusa greco-romana!

— Deusa greco-romana — repeti, em um cochicho, cedendo a maturidade num breve riso, negando com um movimento muscular. — A questão é saber com qual delas você quer trabalhar; como vou conseguir interpretar uma deusa se existem milhares na mitologia?

— Existem milhares, mas apenas uma denomina o caráter lúbrico, caloroso, amoroso, raivoso e ciumento.

— Hera?

— Nathaly, não seja estúpida, me refiro à mulher de Marte, ou Ares, como preferir.

— Por que diabos você não convidou uma modelo mais tentadora para encarnar a Afrodite, senhor Kim?!

— Eu convidei a mulher mais capacitada para trazer as nuances dela — apoiou-se na parede, com as costas contra os tijolos. — Você não costuma mostrar dificuldade na atuação do conceito lascivo.

— É, mais ou menos.

Droga, há muitas pessoas ao redor... será meio estranho, não?

— Está com vergonha, não está? Você não para de observá-los — observou ao nosso redor, soltando uma gargalhada com o entretenimento. — Aqui há muitos staffs — comentou, ampliando sua visão para o horizonte —, mas, às vezes, você é complicada, nunca demonstrou tamanha insegurança.

— Me questiono como percebeu com tanta velocidade o meu problema — Arqueei uma sobrancelha, aludindo à sua sucinta descoberta.

— Eu ganho meu pão com arte e psicologia, Nath, de mim, nada esconderam — declarou, direto e sisudo. — Por mais que você tente camuflar, a sua postura está torta e encolhida, forçando uma confiança não existente no momento; o seu humor hoje está tão sombrio, seco, Nathaly, você não iniciou o dia com aquelas piadas toscas, na realidade, sequer relatou os seus pensamentos — Taehyung anunciou um diagnóstico, me desposando como se fosse fácil me desvendar. — Algo ocorreu? Alguma grande preocupação? Não censure as suas emoções, não deixe de revelar as suas intrigantes reflexões enquanto posa.

— Perdão?

— Digo, trabalhei tempo suficiente contigo para te conhecer, notar tais características.

— Me conhece com tanta clareza, senhor Kim, que suas frases me geram calafrios quando proferidas; de fato, não te compreendo do mesmo modo, fico triste por isso. Se for de seu gosto, compartilhe comigo as suas informações, gostaria de acessá-las tanto quanto as minhas — sentei-me, optando pelo conforto durante o diálogo, não ligando para a pose enquanto acalmava os nervos. — Os mistérios que te cercam devem ser os melhores, pouco ouvi-te conversar.

— Acredite em mim, não sou o tipo de pessoa que consegue ser compreendida, aliás, prefiro assim, pelo menos adoto um ar... tranquilizador — sua conclusão foi plausível no discorrer das justificativas, porventura, ninguém era mais incógnito e calmo quanto ele. — Oh, me desculpe! Esqueci dos staffs.

— Não foi nada — murmurei, avistando o pedido de retirada do maior direcionado a direção, para que, desse jeito, partíssemos ao esboço do quadro.

— Você prefere que a porta esteja trancada? — Interpelou, amparando-se nela após expulsar toda a equipe técnica.

— De preferência sim, senhor Kim.

— Eu acho tão estranho — opinou, pausadamente, levando a mão na maçaneta da porta e trancando-a com a chave.

— O quê?

— Quando você me chama de senhor Kim — apresentou certa timidez ao se pronunciar tão explicitamente —, já fazem três anos da nossa amizade, não precisamos de cordialidades tão esquisitas. Me chame pelo meu nome, o que preferir: Taehyung ou Tae.

Oh, perdoe-me senhor...

Eu fui a próxima a cessar a fala, notando agora ao que ele tanto se referia. Kim me vislumbrou de soslaio, soltando um riso nos lábios, com olhar convencido e satírico.

— Desculpa, é um mau costume.

— Não se preocupe, relaxe o seu corpo para as modelagens. Feche as pálpebras caso necessário.

— E se a pose estiver ruim? — Sugeri uma teoria qualquer.

— Péssimo não ficará, caso não seja satisfatório, apenas irei arrumá-la, não se incomode, o.k.?

— Entendi, senhor Kim... Kim Taehyung! — Corrigi, exasperada, entonando a voz como um grito, e, ao perceber o erro, balancei a cabeça, constrangida, ajustando-me em cima do móvel.

— Lembre-se, seja natural, fique tranquila, desse jeito, teremos mais criatividade para a obra.

Observei um canto qualquer, um tanto quanto entediada, não sabia exatamente como agir; Afrodite sentiria nojo ao me ver retratando-a. Olhei para as minhas unhas, que compridas e com base estavam, porém, nenhuma ideia inovadora invadiu a minha mente. Encarei uma taça de metal dourada, cujo detalhamento aludia o ouro perfeitamente, numa cópia decente de bom material. Por um momento, queixava-me sobre como idealizar uma pose utilizando aquele objeto pesado. Com delicadeza, peguei o cálice esculpido, em seguida, deixando-o rente a minha face, e, com a mão restante, saquei a garrafa de vinho ao meu lado.

— Posso abri-la? — Indaguei ao Taehyung.

— Pode até bebê-la, desde que faça alguma ação semelhante à qual descrevi.

— O.k. então... — ratifiquei sua aprovação.

Dotada de prudência, eu abri a garrafa de vinho, despojando o líquido carmim com o devido zelo, visto que o meu vestido era branco, diáfano, e não gostaria de manchá-lo. Guiei a taça até os meus beiços munida de sutileza, saciando goles nos quais secos desciam e fortificaram o teor da bebida. As pupilas inusitadas de Taehyung recaíram sobre mim, e, embora distraída, percebi o quão difícil era adjetivá-lo com aquele olhar. Eu fiz algo de errado, uma severa punição viria.

— Caiu... — ele comentou.

Caiu...

— Caiu o quê?

— No seu vestido — atribuiu a presença dos vestígios alcoólicos nas minhas vestes.

— Sério? Que porcari-...

Kim rapidamente se pronunciou quanto àquilo:

— Fique parada, desse jeito, não mova um músculo sequer!

Kim Taehyung, sem pensar duas vezes, acelerou os passos até mim, irresoluto, revelando-se de trás das telas para corrigir os erros, disposto a proferir severas advertências.

— Me desculpe — me mantive intacta, obedecendo os comandos, sem mover um órgão sequer, apenas observando-o.

— Espere, preciso que você permaneça calada — O maior suplicou, sentando-se na plataforma coríntia, arrumando particularidades do meu vestido.

Suspirei fundo, com os olhos afundados nos de Taehyung, aturando o físico inerte, imóvel, seguindo as instruções do pedido. Eu estava claramente tensa, havia chance daquilo ser uma reprimenda, aliás, a feição séria e profissional dele estava óbvia em seu rosto.

— Posso realizar algumas modificações? — Interrogou-me, cravando a personificação do seu ser nas próprias íris.

— No que exatamente? — Apresentei curiosidade devido a reação não esperada, querendo prever as suas pretensões.

— Roupa, maquiagem, postura e vinho... Enfim, o primordial, eu diria.

E por que seria outra coisa? Fui tola ao perguntar.

— Se for o caso, você tem a permissão.

— Obrigado — agradeceu, sereno, tombando o meu corpo para deitar-se no móvel.

O ego e desejo de Kim seguiam um fluxo transmitido pelo olhar flamejante, cálidos ao expressarem a luxúria do que era proibido, e, quando poucas vezes desviados, ainda me prendiam em um mar de incertezas. A vergonha domava as minhas vontades impuras.

Manchado estava aquele vestido com o vinho, tendo ganho a tonalidade escura na qual tanto seduzia o pintor, sobretudo, a sua mão colorida dizia que aquele não seria o único toque, o tecido claro — estampado pela castidade —, carimbado ficava conforme o nosso contato, as suas palmas davam vivacidade à vestimenta.

— Com licença — num sussurro, fez o pedido, tingindo parte do tecido localizado no meu abdômen, usando o delicioso vinho como tinta e as mãos enquanto pincel. Seja Hades ou o diabo, aquilo era sobrenatural...

— Além de manchá-lo, o que mais você pretende fazer com o vestido? — Queixei-me, ainda estável, tanto no olhar quanto na imobilidade, aludindo à peça.

— Sua boca.

— O que tem ela?

— Está com vinho — riu fraco, balançando a cabeça. — Mas não tire, aliás, preciso borrá-la ainda mais.

Seja caloroso, queime-a.

— Beije-a — sugeri, numa pequena pitada de humor.

— Oi?

— Nada — desviei as pupilas, brincalhona, notando as mãos do maior na parte superior do vestido, entre as redondezas das alças.

— Pois digo que ouvi muito bem — declarou, não alterando o viés entretivo.

— A adaptação da vestimenta ocorrerá? — Mudei de assunto drasticamente.

— Sim, prometo remeter aos conceitos sensuais — sorriu levianamente.

Taehyung, ao apelar para as opções extravagantes, cavou o decote do meu traje, causando uma exposição mais antiquada nos meus seios.

— Os planejamentos incluem seminudez?

— Por quê?

— Não estou com o meu sutiã — expliquei para o artista, levemente impactada. — Você está modificando essa região.

— Isso me dá o direito de fazê-la posar seminua? — Tentou anexar os fatos, sendo conciso que não realizaria aquilo, ao menos, não sem a devida permissão.

— Quem sou eu para tirar essas conclusões? Você nunca tentou experimentar, eis o motivo da minha indagação.

— Contudo, você me daria esse direito como artista? — Perguntou-me, sério e direto, colando as nossas faces enquanto ele permanecia sentado.

Como resposta à sua dúvida, guiei as mãos do artista até o decote do meu vestido, dedilhando-o delicadamente, com a incógnita disseminada pelo ar, vulnerabilizando os meus peitos no profundo corte do tecido. Vislumbrei-o por um momento, soltando um breve sorriso, o qual foi retribuído conforme o tempo.

— Terão mais coisas a serem adaptadas — Taehyung avaliava cada trecho da cena.

Sua mão foi até os meus lábios, silenciando-os por alguns segundos, todavia, aproveitando-se da situação para borrar o batom; oh céus, pouco fazia questão de não recordar, nunca me esqueceria dos seus longos dedos percorrendo os meus beiços, a espalharem o vinho tão gentilmente.

As íris castanhas de Taehyung se direcionaram até a minha boca, fato o qual me assustou, em virtude das intenções. Por mais que eu evitasse qualquer mobilidade, não queria atrapalhá-lo durante a liberdade criativa, porém, seria impossível manter-me feito uma estátua, impedida de retribuir algum desejo. Não era minha culpa, seus olhos tão intensos e devoradores me engoliam, da mesma maneira que eu almejava tê-lo.

— Você consegue fixar-se em um lugar apenas? Está ficando difícil ajustá-la — suplicou, rígido e firme.

— Não estou conseguindo te encarar por algum motivo.

— Já que você se sente intimidada, não olhe para os meus olhos.

Confirmei com um simples gesto, logo, me mantendo ininterrupta segundo os mandos, permitindo somente que meu olhar desviasse para os beiços dele; estremeci quando suas mãos tocaram as minhas pernas, todavia, sem ademais, caí na realidade.

Hey! O que você está fazendo?

— Estou alterando a fantasia — singelo, respondeu.

Seus dedos encontraram-se com a barra do longo vestido, logo, rasgando-a daquele lado, cuja adaptação resultou na visibilidade das minhas coxas.

— Devo expressar essa inspiração enclausurada, entregar autonomia a essa euforia agora! — Taehyung levantou-se do móvel, retornando para trás das telas para desenhar, provavelmente com fôlego para a criação. — Aproveite o momento, mantenha uma postura representativa.

Ao escutar tais palavras ajeitei o meu cabelo, vislumbrando-o veementemente, deixando todos os decotes à mostra, tentando ao menos fazer uma pose na qual lhe trouxesse agrado.

— Tae?

— Oi? — Interpelou, saindo de trás dos painéis.

— Eu tive uma ideia, porém, a questão...

— Pode realizar, fique a vontade.

Virei-me de costas para ele, abaixando as alças do vestido branco, num estilo semelhante ao tomara-que-caia, permanecendo com aquela região totalmente nua. Dei uma breve bagunçada nos meus fios, direcionando a nuca levianamente para ele.

— Assim está bom?

— Não.

Essa crua resposta calou toda magnitude da qual tive.

— Não? — Indaguei.

— Não estou com vontade de desenhar — completou, aproximando-se de mim.

Não ousei vislumbrá-lo, então, me mantive de costas para ele.

Oh, entendo muito bem. Então eu vou embo-...

— Não, eu preciso de você, por um momento.

— Precisa?

— Sim — sussurrou, com os lábios grudados na minha orelha, distribuindo alguns beijos pelo meu pescoço.

— Para o que exatamente? — Perguntei, fechando as pálpebras para aprimorar os sentidos, admirando num curto silêncio os seus beijos molhados.

— Quer mesmo saber? — Continuou a insinuar numa sonoridade baixa, virando-me de frente para ele.

O maior logo deitou meu corpo no móvel delicadamente, assim, ganhei a paisagem rente aos seus lábios, confusa devido a transição humorística, todavia, esperando suas seguintes ações. Logo que senti sua mão na minha cintura, engoli em seco, assustada com as atitudes repentinas.

— Por que você está desconfortável? — Questionou-me, dançando a sua palma no decote da minha perna.

— É que eu sou meio... — busquei uma justificativa, continuando a encará-lo — tímida.

— E você quer que eu tire essa sua timidez?

— E-eu vou atrapalhar o senhor, não vou?

Senhor, novamente o chamei de senhor!

— Relaxe, iremos procrastinar o trabalho até amanhã, apenas fique calma — acariciou a minha face, dando alguns beijos pelo local, ameaçando com a boca o toque na divisa entre os meus lábios e as bochechas.

— Você não acha errado nos beijarmos aqui?

— Não tanto, a porta está trancada, nós estamos sozinhos, e, embora não seja adequado, não significa que estamos incorretos.

— Bom argumento.

— Aliás, a deusa do amor se expressa de diversos jeitos e conceitos, então, de uma forma ou outra, estou apenas garantindo minha liberdade criativa com a sua representatividade — sorriu ladino, aproveitando-se da conjuntura da qual nos encontrávamos.

Sinceramente, não esperava tamanha perversão vinda dele, não que seja uma reclamação, mas foi uma descoberta gratificante que tive.

— Você está gozando da minha representatividade? — Interroguei-o, levando alguns de seus fios para trás da sua orelha.

— Bom, isso não é o mais importante, não é? — Aproximou seus beiços dos meus, encostando-os num breve selo.

Assim que nos afastamos, permaneci a fitá-lo, com maquinações ousadas e maquiavélicas, sendo uma delas permanecer a beijá-lo. Cobiçada pelas atitudes dele, levei minha mão até a sua nuca, na invasão impulsiva de juntar ainda mais as nossas bocas, entrando numa provocação na qual ambas as línguas cruzavam-se.

Depois de apertar as minhas pernas com os dedos, o maior guiou-os para debaixo do tecido, alcançando a calcinha vestida. Enquanto isso, eu fazia questão de despir o mais velho, retirando por fim a sua camisa.

Taehyung penetrou seu indicador na minha intimidade, depositando a peça íntima de lado ao me incentivar com movimentos eletrizantes; não fiz diferente, também levei minha palma para a sensibilidade dele, a qual ainda coberta, efetuando rotatórias com uma determinada frequência, com o ensejo de excita-lo na medida em que eu também ficava.

Aprofundei-me em seus doces lábios, conservando a mobilidade ágil e intacta, degustando daquela sensação quente entre as minhas coxas, a mesma que censurava os meus vocábulos e agravava a instabilidade nos meus pulmões. Abri as minhas pernas, cercando-as na sua cintura, enquanto o rapaz ajustava-se entre elas, circulando seus dedos dentro da minha vagina. Admitia, aquilo era o meu ponto fraco, por isso, me causou enlouquecimento imediato.

— Sentada — ordenou, de pé ficando, tirando a mão do local e afastando-se daqueles beijos.

Ah... — sem frases fiquei, utilizando de interjeições para me expressar, apenas obedecendo o maior por uma questão de experiência.

Sentei-me de costas para ele, suspirando fundo após facilitar a posição, um tanto curiosa para o que viria; Kim estava retirando o cinto da sua calça. Assim que realizado, ele puxou todos os seus pertencentes para baixo, desprendendo-os do seu corpo, não obstante, jogando-os para um lugar qualquer, pouco se importando para onde eles iriam parar, concentrando-se somente numa única tarefa: oras, ele ficou inteiramente nu em minha frente, era esperada tamanha êxtase.

Escutei alguns dos seus passos diante de mim, e, dessa maneira, voltei a encará-lo, repleta de júbilo. Eu havia compreendido o seu recado. Larguei a minha antiga posição e me abaixei ao chão para poder satisfazê-lo, acariciei a sua genitália, — com cuidado, devido ao volume —, engolindo em seco após ver o seu membro endurecido.

Me aproximei de tal ponto, explorando com a minha palma, vislumbrando-o por um tempo e soltando um breve riso. Levei a minha boca até a genital, chupando-o delicadamente, como uma tortura crua e singela, sem avançar muito pela extensão.

Taehyung, pouco contente e indignado, depositou sua mão em meu cabelo, fazendo um rabo de cavalo desajeitado, sem prendê-los com um elástico, depositando força e pressão nos meus movimentos tardios e lentos, com o objetivo de torná-los ágeis e sedentos. Sorri levianamente, não aceitando aquela ação vinda dele. Porventura, ao invés de agilizar o processo de masturbação, fiz questão de torná-lo devagar e torturante.

Kim, ainda mais irritado com aquelas ações proferidas de mim, se transformou num sádico garoto, deixando de forçar a minha cabeça contra o membro para rasgar mais uma parte do meu vestido. As alças caíram sobre os meus ombros após o ato, como consequência, fazendo o material deslizar-se no meu corpo sem atrito algum.

Ao passar dos segundos, notei a exposição dos meus seios, pois da forma como avisei, eu estava sem sutiã para a sessão de fotos.

Mesmo ciente das suas perversidades, não deixei-me levar pelo único repúdio no qual sustentava a minha castidade. O contato da sua boca com aquela região anestesiou qualquer medo referente à condição, suas palmas passeando pela minha cintura abandonaram qualquer vingança que ele poderia ter, e a tentação tida por ambos ganhava concretização e espaço para a falta de ar.

Minhas costas estavam no móvel em que pousei, minhas coxas tocavam aquele local no qual tanto lhe provoquei, seu olhar fulminante durante este período dominava cada área do meu corpo.

Droga...

Kim deslizava a sua língua no meu pescoço, com mordidas inocentes e brincadeiras eróticas, apertando os meus seios com velocidade à medida que ele percebia minha excitação. Não aguentando aquela tortura e as sensações que aquilo me transmitia, decidi me forçar contra aquela tentação, deslocando as minhas pernas da sua cintura e deitando-o naquela plataforma.

Suas mãos foram de encontro ao que pouco restava daquele traje, justamente na parte da qual cobria as minhas pernas; ele estava preparado para retirar aquilo ferozmente, assim como eu, que estava desesperada tanto quanto. Apenas confirmei com a cabeça, enquanto ele enroscava e enrolava seus dedos no tecido do vestido, retirando-o com serenidade.

— E-e-eu... — digo um pouco baixo, travando ao prosseguir com as orações, retribuindo o olhar do maior sob mim.

— Você?

— Ta-Tae... Va-vai logo — aludi a enrolação dele.

— Terei a mesma compreensão que você teve agora pouco comigo, serve? — Queixou-se, um tanto sarcástico.

— Seja bastante compreensível então, hm? — Sorri, devolvendo seu bom humor na mesma moeda, logo, notando a sua reação.

O mesmo puxou a minha calcinha utilizando técnicas de baixa velocidade, alisando a perna a frente com sutileza, demonstrando como a arte da sedução é realmente torturante.

Kim abriu levemente as minhas pernas, decidido do que faria dali em diante, jogando a peça íntima para longe, e, desse modo, rebaixando-se para fazer seu serviço. O mesmo começou a distribuir beijos pela região, dando mordidas nas redondezas da minha genital, enquanto eu forçava sua nuca para obter a intensidade necessária, repetindo os erros que o fiz cometer.

Taehyung, convicto e direto, encaixou seus lábios perfeitamente na minha vagina, certeiramente em meu ponto sensível, descoberto há certo tempo; aquilo fez o meu corpo ficar trêmulo, estremecido, sem estribeiras para o que viria após. Ao perceber o impacto, Kim distribuiu breves selinhos, recuando por um determinado tempo daquele lugar para concluir o ultimato vingativo.

A exaustão logo compadeceu meu corpo e as brincadeiras antes turbulentas já me estressaram periodicamente, acabei não resistindo e caindo na provocação do mais velho, sobretudo, antes disso, tentei trazer o verdadeiro recado para ele.

— Eu quero te sentir exatamente agora ou serei obrigada a usar um vibrador na sua frente.

— Engraçadinha você, não acha? — Comentou, agarrando a minha cintura num simples ato, trazendo-a para cima do seu corpo. Aquilo fora tão ágil e impactante que escutei os nossos ossos se chocarem.

O mesmo sorriu, o que me arrepiou de instante, pois, assim que senti seus dedos adentrando em mim, surpreendentemente, gemi de maneira manhosa e tensa, despertando em Kim uma admiração ao mais novo entretenimento.

Seus dedos aceleravam em períodos variáveis, conforme mais eu gemia, mais lentos e profundos os movimentos se converteram, ele realizava rotatórias e outros inúmeros trajetos, me torturando e me largando num beco sem saída. Queria sentir a sua língua, como também o membro dele sendo responsável por todas as estocadas.

— Por favor, ma-mais rápido...

— Será que devo para você?

— Por favor.

— Mostre-me com as suas súplicas que almeja ações mais rápidas — exigiu, permanecendo a encarar-me fixamente, desde as minhas expressões corporais até as frases.

Daddy-ah — contorci-me ao sentir mais um de seus dedos. — Foda-me de vez, po-por favor.

— Me peça com mais jeito.

— Por favor — peço, sussurrando próximo a sua orelha. — Foda-me como você nunca fodeu — passei minha mão pelo seu abdômen, incentivando ainda mais o seu membro.

Taehyung mordeu os próprios beiços, atendendo o meu pedido tão implorado há um longo tempo. O mesmo retirou os seus dedos delicadamente da minha vagina, vendo o líquido surgido da estimulação escorrer fluidamente, abrindo um sorriso ladino com a concretização da consequência.

Oh não, minha baby gozou antes — negou com a cabeça, entrelaçando as minhas pernas nas suas, para assim adentrar de uma forma inusitada, numa posição nunca testada.

Logo que senti seu membro me invadindo lentamente, pude ter o gosto de seus lábios nos meus em breves beijos, contudo, entre longos gemidos vindos de ambas as partes. A voz do artista aparentava engrossar de uma maneira agradavelmente deliciosa, em conjunto das estocadas devagares e imersivas que representavam uma utopia.

Quando ele começou a notar as minhas reações recheadas de prazer, não pensou duas vezes, iniciando um ritual do qual visava o meu ponto mais fraco com diversificadas investidas: umas mais lentas, outras mais rápidas, outras direcionadas em divergentes pontos e algumas miradas no mesmo local. Aquilo, além de ocasionar deleite, rendia muitos gemidos.

Quando senti o seu orgasmo garantindo espaço, suspirei fundo, em seguida esforçando-me para alcançá-lo, acelerando cada vez mais aquela magnífica união para obter o resultado. Não foi diferente do que eu esperava, então, sem muita demora, também cheguei ao orgasmo, ficando com a respiração desarmonizada devido ao esforço, sem qualquer regulação naquela hora.

Kim soltou um riso quando percebeu minha integridade sexual, retirando-se de mim após o alcance prolongado, ainda a me observar embora toda aquela situação.

— Vou continuar a ser apenas o seu chefe depois disso tudo?

Como sempre, calando qualquer resposta minha.

Ah, senhor Kim — brinquei com o maior, utilizando o pronome proibido ao chamá-lo.

Notas do Autor:

Oieee gente, beleza? Revisei agora o hot do nosso querido Teteco, sendo acrescentado à história uma versão mais artística com pitadas picantes de sensualidade. Aaaah! Um grande fetiche, e creio não ser só meu!

Então, para não interromper a sua leitura, irei me despedir. Bye bye, até o próximo cap.

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