4

O jornalismo era uma profissão admirável. Ter a responsabilidade de levar a informação ao mundo, mostrar a verdade para as pessoas. Seja sobre a previsão do tempo, a prisão de um assassino, ou o anúncio de um show de uma celebridade influente. Seja o que for, o ato de passar a mensagem ao público não era uma tarefa para todos. E Daeyang amava seu trabalho, desde a primeira aula da faculdade soube que havia escolhido o curso certo. Ela gostava de escrever, e apreciava a sinceridade, aquela era a profissão perfeita.

Contudo, ela odiava o trabalho que fazia na Monstar. Queria poder sair dali, mas o mundo que vivia não facilitava as coisas para ela. Aquela maldita revista foi a única que aceitou contratar uma órfã, e mesmo que o ato de perseguir celebridades fosse ridículo, ela tinha contas para pagar e não podia se dar ao luxo de ser orgulhosa. Daeyang odiava cada segundo que passava naquela empresa, mas nem tanto por escrever matérias sobre famosos, e sim pela obsessão ilógica que Oh Soo, o editor-chefe, tinha com Suga.

Ele fazia questão de publicar máterias sobre o másico todo maldito dia, ficava sedento por uma notícia nova como um predador em busca da presa. Daeyang não entendia o motivo daquilo, haviam tantas pessoas famosas na Coreia, mas Oh Soo se preocupava exagaradamente apenas com o maldito bad boy da nação. A jornalista soltou uma risada amarga ao fitar a matéria escrita por ele há poucos minutos pela tela do seu monitor, fazendo alguns colegas ao seu lago lançarem olhares enviesados na sua direção. O que Oh Soo faria se soubesse que ela havia dado carona para Suga na noite passada? Escreveria uma matéria sobre isso? Listaria o quanto ele é uma pessoa horrível por ignorar fãs?

— Senhorita Park — um chamado soou, trazendo Daeyang de volta à realidade. Ela encarou o menino dono da voz doce e forçou um sorriso amigável, Jeongin era um dos poucos naquele lugar que não a encarava como se ela fosse um ser de outro mundo. — O senhor Oh quer falar com você.

A jornalista suspirou e se levantou a contra gosto.

— Sabe o que ele quer?

O rapaz de fios castanhos negou, afastando-se um passo para trás, fazendo menção de afastar-se, mas não o fez.

— Não, mas tenho um palpite de que seja algo relacionado ao 4U. — ele ajeitou os óculos no rosto e ofereceu um sorriso doce a Daeyang antes de se afastar, dizendo ter muito trabalho a fazer. A jornalista sentiu-se derreter um pouquinho por aquelas covinhas, mas bufou ao começar a caminhar na direção da sala do editor-chefe.

Não tinha a menor intenção de se envolver com alguém pelos próximos cinquenta anos, mesmo que Yang Jeongin fosse extremamente bonito e já soltou uma frase e outra com duplos sentidos. Ela não podia deixar-se abalar por tão pouco, não permitiria-se a tanto.

— Senhorita Park! — Oh Soo exclamou, assim que Daeyang entrou na sala e ela conteve a vontade de atirar algum objeto nele. Ele tinha olhos brilhantes e um sorriso estupidamente largo. A moça de madeixas vermelhas limitou-se a apenas se curvar brevemente em respeito.

— Pediu para falar comigo? — foi direta, pois não tinha a intenção de permanecer por muito tempo naquela sala. Não suportava ficar no mesmo ambiente que Oh Soo por muito tempo, podia acabar jogando-o pela janela em algum momento.

— Sim, tenho uma tarefa para você. — ele revirou alguns papéis, com a expressão serena e estranhamente de bom humor. Parecendo que não encontrou o que procurava, o editor-chefe apenas deu de ombros e cruzou os dedos sobre a mesa, encarando Daeyang com um sorriso estranho demais na visão da jornalista. — A BK me ligou hoje de manhã, eles querem um jornalista da Monstar para escrever sobre o projeto de uma semana de caridade do 4U.

— É o que? — Daeyang não se segurou e soltou um riso descrente. Oh Soo encarou-a com uma expressão que beirava a ofensa. — Uma semana de caridade do 4U? Por que isso me parece uma estratégia de marketing?

Oh Soo soltou um risinho, lançando-lhe um olhar orgulhoso.

— Porque é, Park. Estão tentando limpar a imagem do Suga, fazê-lo parecer bonzinho.

Daeyang mediu-o com o olhar, recordando-se da noite anterior e engoliu uma resposta para aquilo. Oh Soo falava como se Yoongi fosse uma pessoa horrível, mas ela não concordava com isso. Ele podia ser um babaca arrogante, irritante e um ser humano problemático demais, que amava farra e bebida. Contudo, ser ruim ia muito além de fazer uma bagunça numa balada, e até o momento, Suga não havia demonstrado algum traço de má índole. Ele parecia apenas um jovem inconsequente, mas, tirando a vez que foi visto saindo de uma delegacia, ele nunca havia feito nada de tão grave que fizesse dele um monstro.

Ninguém nunca conseguiu descobrir o motivo de Yoongi ter ido à polícia, e isso era um fato bastante intrigante para Oh Soo, que passou semanas falando só disso.

— E vamos ajudá-los nisso? — a jornalista questionou, ao notar que estava há tempo demais em silêncio, presa em seus próprios pensamentos.

— Sim e não. — Oh Soo umedeceu os lábios e ostentou um sorriso presunçoso antes de continuar: — Você vai até lá sim, mas não vai pintá-lo como o herói que aquela empresinha quer que ele seja. Descreva o que ver, senhorita Park.

— Isso não me parece muito promissor.

— Tem razão, mas eles vão pagar muito bem. — ele sorriu sugestivo, Daeyang conteve uma careta ao analisar o brilho quase sedento nos olhos dele. — E é a nossa chance de escrever mais sobre o queridíssimo bad boy da nação.

A jornalista suspirou, contendo-se para não revirar os olhos e mandar o homem à sua frente ir para o inferno. Como se ela realmente estivesse tão sedenta para escrever uma matéria sobre Yoongi, e não Oh Soo. Na realidade, tudo que ela menos queria depois da outra noite era reencontrar Min Yoongi. Contudo, mesmo que quisesse dizer um enorme não a Oh Soo, e talvez atirar uma cadeira nele, a moça apenas assentiu, dando-se por vencida. Ela precisava daquele trabalho, e por isso era obrigada a aturar os caprichos do editor-chefe em perseguir um idol específico.

— Certo, farei isso.

[...]

Era uma linda tarde de primavera quando Daeyang estacionou em frente ao Borahae. Ela suspirou ao analisar a fachada do local com certa melancolia. O vento carregava as pétalas rosadas das cerejeiras do jardim, formando um espetáculo primaveril natural. Algumas crianças corriam pelo gramado, enquanto uma equipe posicionava câmeras de vídeos em um local estratégico. O prédio continuava o mesmo, eram as mesmas paredes lilás, as mesmas flores coloridas no canteiro da rua, e a mulher que sempre varria as flores da calçada estava ali fazendo seu trabalho. Daeyang sorriu pequeno ao analisá-la, tinha cabelos grisalhos e as rugas enfeitavam o rosto de alguém experiente.

A jornalista desceu do carro com lentidão, perdendo-se em devaneios ao observar o movimento leve das flores sendo carregadas pelo vento. Nunca pensou que algum dia voltaria a esse lugar, e não imaginaria que ele estaria tão... igual. Ao passar pelo portão, foi recebida por risos infantis e conversas rápidas dos homens que seguravam câmeras. Ela olhou ao redor, soltando outro suspiro involuntário. Era como se o tempo tivesse parado para o Borahae, quanto mais caminhava, e reconhecia cada lugar, cada pessoa e familiarizava-se com vivências das crianças, mais sentia o peito ser preenchido por um sentimento estranho que não sabia nomear.

Muitos anos haviam passado desde que ela deixou esse lugar com apenas uma mochila e uma nota de cem wons. Muita coisa havia mudado, tanto em si, como no mundo ao redor de si. Contudo, mesmo com sua vida perfeita, com a tecnologia do país, uma coisa nunca mudaria: sempre haveria órfãos. Pais continuavam abandonando seus filhos em caixas, seja por um motivo nobre ou horrendo. Ela observou meia dúzia de meninos correrem até um grupo de pessoas à sua frente e sorriu sem qualquer humor. O senhor Kim ainda distribuía doces para eles? Ainda contava histórias uma vez por semana? Aquele homem era admirável, Daeyang se arrependia de não ter voltado ao menos uma vez ali para agradecê-lo por tudo.

Colocava a culpa na faculdade, no trabalho, na correria do dia a dia, mas a verdade é que ela sempre teve medo de encarar os fantasmas do passado. Voltar ao Borahae era relembrar não somente os momentos doces com Kim Taejin, mas também a origem da sua dor, seu buraco infinito do peito. Um dia que um homem desprezível abandonou-a naquele portão, os olhares maldosos das outras crianças, o bullying constante. Eram memórias que gostaria de apagar da sua mente, mas que agora, era obrigada a enfrentar.

Daeyang chegou à sala, dando de cara com outros repórteres e o 4U reunido no centro. Ela soltou um suspiro cansado ao retirar a câmera da bolsa. Estavam os quatro sendo paparicados por staffs, maquiadoras, cabeleireiras, como se estivessem prestes a apresentar um show. Aquilo era ridículo. Contudo, seu olhar se demorou no rapaz em um canto conversando com um homem de sobretudo caramelo. Yoongi fazia uma careta sempre que algum staff se aproximava na intenção de tocar seu cabelo, e afastava a mão de qualquer um que ameaçasse passar algum produto em seu rosto. Sem nem perceber, Daeyang acabou soltando um risinho nasal. Aquilo era interessante.

Contudo, seu sorriso morreu assim que o olhar intenso de Min encontrou com o seu. Ele arregalou os olhos, parecendo surpreso e Daeyang não sabia para onde olhar ou ir. Seu desejo era esconder-se atrás das cortinas ou embaixo da mesa. Yoongi continuou lhe encarando de uma maneira intensa, e ela buscou não reparar tanto na sua aparência. Como os fios negros caindo na testa, a pele extremamente pálida, os olhos que mais pareciam abismos, e em como esse conjunto era atraente. Ela tentou não encarar suas roupas, para evitar pensar no quanto preto ficava bem nele, e desviou o olhar para o teto. Ele ainda tinha as mesmas rachaduras, isso era mais interessante do que olhar para Yoongi.

Suga parecia ser revolto por uma camada extensa de magnetismo, pois os olhos traidores de Daeyang voltaram a fita-lo, mesmo que a sala estivesse cheia de pessoas, ela ainda encarou a única pessoa que não deveria. E o maldito sorriu para ela, como um maniaco irritante. Daeyang sentiu vontade de atirar a câmera que segurava na cara dele, apenas para que aquele sorriso cínico sumisse do seu rosto. Pois ele sorria com convicção, como se soubesse de seu poder magnético sob as pessoas ao seu redor. Era um sorriso malandro, quase sedutor. A jornalista bufou uma risada e revirou os olhos, afastando-se da mira daquele imbecil.

Não seria tola ao cair nos encantos do bad boy da nação. Mesmo que ele fosse extremamente atraente, magnético e... Oras, o que estava pensando? Yoongi, atraente? Não podia nem mesmo pensar naquilo, não podia sequer cogitar a ideia de desejá-lo como metade da população feminina da Coreia. Suga era problema, Daeyang apreciava a paz.

— Senhor Kim! — a mulher, que antes varria a calçada, entrou gritando. Daeyang varreu os olhos pelas pessoas e percebeu que o chamado era para o homem que conversava com Yoongi. Pois ele encarou a mulher em alerta. Franziu o cenho, analisando-o. Kim? Como Kim Taejin? — Aigoo, senhor Kim! O que vamos fazer? Haerin subiu na árvore de novo!

— De novo? — ele exclamou cansado, já caminhando na direção da mulher. — Me desculpem, irei resolver isso. — Daeyang observou o homem se curvar educadamente e voltar a caminhar, contudo, ele interrompeu seus passos assim que viu a moça ali.

Tinha algo de familiar em seus olhos, ou até mesmo no cabelo castanho escorrido na testa. Daeyang teve a sensação de já ter visto aquele homem antes, e ele parecia compartilhar do mesmo sentimento. Pois diferente das outras pessoas ao redor, aquele rapaz não parecia ter certa repulsa ao encará-la nos olhos, ou uma fascinação bizarra como se observasse um espécime raro em uma cúpula. Era mais uma curiosidade, seu cenho estava franzido e seus lábios se entreabiram para dizer algo, mas nada saiu dentre eles. Sem saber o que fazer diante daquele momento desconfortável, Daeyang apenas se curvou minimante, comprimentando-o silenciosamente. Ele pareceu despertar do seu transe, devolveu o comprimento e seguiu a mulher pelo corredor.

Daeyang franziu o cenho ao observar os ombros largos sumirem de sua visão, se perguntando repetidamente onde havia visto aquele homem antes, mas não conseguia se lembrar. Yoongi passou por si apressado, e isso atraiu a atenção dos demais repórteres, que seguiram-no aos cochichos. Ela suspirou, deveria segui-lo também? Era isso que Oh Soo queria, não? Falar de Suga, então iria atrás de uma materia para inflar o ego maldito do editor-chefe. Na verdade, ela queria muito imprimir uma matéria sobre Yoongi e enfiar em um lugar nada agradável de Oh Soo.

Contudo, ela apenas suspirou novamente antes de acompanhar os demais jornalistas, que assim como o homem sentado num escritório da Monstar, estavam sedentos por uma nova notícia do bad boy da nação. Os cochichos não pararam mesmo quando saíram do prédio, Daeyang bufou ao afastar-se de todos e procurar pelo garoto-problema e o motivo que o fez sair correndo atrás do tal Kim. A jornalista franziu o cenho ao finalmente vê-lo no jardim, aos pés daquela árvore juntamente com o homem de sobretudo caramelo. Ambos olhavam para um galho acima com expressões preocupadas.

Aquela árvore. Não havia nada de especial nela, não era uma cerejeira, não dava frutos, nem mesmo fazia ideia de que espécie era aquela. Só tinha a certeza que era grande, com galhos fortes e era um bom abrigo para crianças perdidas. Daeyang já havia se escondido ali uma vez, quando as provocações das outras crianças foram difíceis demais para aguentar, quando seu desejo de simplesmente desaparecer do mundo foi tão grande quanto a árvore.

— Hae, querida — a voz grave do Kim lhe tirou brevemente dos seus devaneios e ela encarou-o desconcertada. Sentiu um dejá vu. — Desça daí, por favor. Você pode cair, meu bem...

A jornalista caminhou entre os demais jornalistas com a boca seca, coração disparado e olhos brilhantes arregalados. Fitou a árvore quando se aproximou o suficiente deles e pode ver uma garotinha sobre um galho, com a expressão irredutível enquanto se negava fortemente descer dali. Já havia vivido um momento semelhante, já esteve agarrada naquele mesmo galho, com aquela mesma expressão indecifrável. Seus passos se tornaram tropeços e ela os interrompeu ao perceber que estava muito perto de um terreno perigoso, mais três passos e Daeyang se chocaria com as costas de Yoongi.

Ela encarou o casaco preto, os dragões orientais bordados nele e sentiu seu mundo dar um pequeno giro. Como se ainda fosse uma garotinha com medo das reações das pessoas, agarrada num tronco como se ele fosse seu único amigo. Quase podia escutar a voz suave do senhor Kim pedindo para ela descer, o olhar malicioso de um garoto que sempre a humilhava. Era como se tivesse voltado ao passado, para um dia de primavera como aquele, onde as flores enfeitavam a cidade, enquanto Daeyang sentia-se um incômodo no mundo. Olhando para as pessoas pedindo para que descesse, ela desejou apenas pular, que batesse a cabeça numa pedra e nunca mais sofresse tanto. Fechou os olhos, rogou para que reencarnasse numa boa família, que não fosse diferente, que fosse amada. No entanto, quando voltou a abrir os olhos, ela não teve coragem de pular. Não quando seu olhar encontrou com os olhos castanhos recheados de bondade de Kim Taejin e ela apenas assentiu, aceitando descer.

Um passo em falso, um galho quebrando-se, Daeyang caiu. Ela se lembrou do medo que sentiu quando escorregou, do seu desejo se realizar e acabar deixando o senhor Kim triste. Era como se estivesse lá novamente, caída no chão, rodeada de pessoas que encaravam-na como se fosse um animal no zoológico. Sua visão embaçou, ela quis sair correndo, mas não teve forças para mover um músculo.

— Tem alguém te incomodando, certo? — a voz rouca soou com suavidade pela sua mente e ela tentou respirar ou ao menos visualizar alguma coisa à sua frente, mas não conseguiu. Estava ouvindo coisas? Alucinando? O que era aquilo? Um anjo? — Está tudo bem, querida. Se descer daí e me contar quem te deixou triste, eu prometo proteger você dessa pessoa.

Daeyang piscou os olhos repetidas vezes, tentando limpar sua visão e esforçou-se ao máximo para voltar a realidade e enterrar seu passado naquele jardim. Sempre soube que não seria uma boa ideia voltar ao Borahae, sempre soube que não era forte o bastante para lidar com todas as cicatrizes dos cortes que fizeram em si. No entanto, lá estava ela, em frente aquela árvore novamente, atrás de um homem que todos julgavam ser mau, mas que estendia a mão para uma garotinha numa árvore com um sorriso doce. O que era aquilo? Aquela sensação de ouvir sua voz, como se fosse um cobertor num dia de inverno, um abraço aconchegante de alguém amado.

— Você promete? — a garotinha na árvore perguntou, receosa. Contudo, Daeyang não conseguia desviar os olhos da figura a sua frente. No cabelo negro que era agitado pela brisa fresca, nos olhos intensos, no sorriso açucarado, na pele palida contrastada pelas roupas escuras. E principalmente, em como seu interior fervia ao analisá-lo daquela forma.

O que isso significava? Que estava ficando doida?

— Eu prometo.

A moça observou o músico ajudar a menina descer da árvore e sentiu o peito pesar uma tonelada. Naquela época, ninguém nunca a viu daquela forma como Yoongi viu Haerin. Ninguém notou sua dor, ninguém prometeu protegê-la, nunca perceberam como ela sofria e por isso tentava chamar a atenção. Subindo em árvores, quebrando coisas, gritando, recusando-se a obedecer. Ela queria ser vista, queria que alguém segurasse sua mão como Suga fazia com aquela menina, queria não ter passado por tudo sozinha.

Daeyang apenas desejava que existissem mais pessoas no mundo como Min Yoongi.

Ya, eu perguntei se você está bem. — novamente aquela voz, dessa vez muito próxima de si. Daeyang arregalou os olhos e deu um passo para trás, derrubando a câmera no processo. Yoongi estava ali, a um passo de distância, encarando-a com tanta intensidade que a jornalista sentiu seu mundo ruir.

— Eu... — ela se abaixou para pegar a câmera, mas seus dedos esbarraram com o do rapaz, que também teve a iniciativa de pegar o objeto e Daeyang sentiu todo seu sangue ferver. Segurou a câmera com rapidez, afastando-se mais um passo de Yoongi. Não deveria ficar tão perto dele, não com aquele perfume tão forte, não com aqueles olhos tão intensos. Se curvou, evitando encará-lo. — Eu estou bem, senhor. Desculpe, eu... eu...

E ela apenas não disse nada coerente, saiu correndo como uma garotinha assustada e escondeu-se no banheiro. Como nos velhos tempos.

curiosidade: na Coreia, algumas empresas pedem o histórico familiar na hora de contratar, e a grande maioria se recusa a empregar pessoas com algum problema nesse meio. orfãos, então? são a escória da sociedade. então, dá para entender um pouquinho do sufoco que a Dae passou, né? tadinha da minha bixinha, só sofre.

enfim, não esqueçam de deixar a estrelinha no capitulo para eu saber se estão gostando, viu? e quem puder comentar também sobre o que está achando até aqui, ficarei grata.

o proximo capitulo é um bonus curtinho, que pode vir amanhã se eu tiver um tempinho pela manhã, mas não prometo nada. é isso, nos vemos em breve.

vick.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top