14 | 열네 번째 장

Oi leitor(a)!
Passou bem após o capítulo passado?
Não esqueça que a fic é para maiores de 18 anos,
Então esse capítulo terá g4tilh0s e temas sensíveis.
Sem mais delongas, boa leitura!

#azuldameianoite

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- JEON JUNGKOOK -

Meu dia começou bem só de acordar com ele ao meu lado, depois de tudo que rolou na sauna.

Assim que deixei o Jimin na universidade, fiquei no carro por alguns minutos, digitando algumas mensagens.

Nesse momento, recebi uma ligação do Jihoon. Ele sempre foi um ótimo comprador, e eu estava ignorando ele, com raiva da filha. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas eu estava tão obcecado por aquele garoto que não conseguia separar as coisas.

Eu precisava atender.

— Jihoon, bom dia.

— Jeon, quanto tempo. Desde o último jantar, não te vi mais. Fiz algo errado?

— Não, foram só alguns problemas. Desculpa por sair daquele jeito.

— Está tudo certo, rapaz. Tem tempo para um café? Queria te apresentar um grande amigo meu, que tem interesse em ser seu cliente. Te garanto que ele é de extrema confiança.

Conferi as horas no relógio e, como era cedo, eu ainda tinha tempo.

— Ok, pode ser.

— Vou te enviar o endereço de uma padaria tipicamente italiana. Você vai gostar. Até daqui a pouco.

Assim que desligamos, ele me enviou o endereço, e fui até lá.

Acabei chegando primeiro, então pedi um expresso pequeno. Alguns minutos depois, o Jihoon chegou acompanhado de um homem que devia ter no mínimo uns 60 anos. Levantei, cumprimentei os dois e voltamos a nos sentar.

Bastou um olhar sutil para ver o terno de grife e os dois broches de diamante. Os anéis nos dedos também eram joias genuínas, me dando a certeza de que ele era o tipo de cliente que eu gosto.

Eles fizeram seus pedidos e voltaram a falar assim que a atendente se afastou.

— Jeon, meu amigo aqui tem uma proposta muito interessante sobre sua filial na Austrália. — disse Jihoon.

O velho começou a explicar sobre algumas pedras que tinha interesse em comprar, e em quantidades gigantescas.

— Deixa eu ver se eu entendi; você quer diamante rosa e topázio, os dois em um mesmo carregamento? — perguntei, um pouco desacreditado.

— Exatamente.

— Você sabe que isso custaria uma fortuna, certo?

— Se você cumprir com as minhas exigências, pago até o triplo.

— E quais seriam?

Ele deu um gole na xícara e voltou a falar.

— Primeiro: quero exclusividade na venda dos dois, você não poderá vender essas pedras para outros compradores. Segundo: quero que um gemólogo de minha confiança confira as pedras antes do envio. E por último, que você mantenha o preço fixo por um ano, o mesmo que pagarei agora.

Apoiei as costas para trás, olhando para ele e observando cada expressão corporal. Ele parecia tranquilo, e não tinha pinta de ser golpista.

— Uma proposta muito boa, tão boa que parece até estranha. Por que quer exclusividade?

— Como você sabe, só uma empresa fazia a mineração na Austrália, e a Sixx conseguiu a licitação. Aquelas terras estão repletas de pedras preciosas; opala, safira, rubi, crisoprásio... Você ainda vai lucrar muito com as outras, mas preciso especificamente dessas duas, pois o único lugar que elas estão em abundância é lá.

— E você, Jihoon? Qual sua participação?

— Eu só quero comprar outras pedras, sem exclusividade mesmo.

Voltei a olhar para o velho.

— Gostei muito da sua proposta, mas preciso saber o preço de mercado antes de te oferecer. Quero ser justo, e não passar um valor imaginário, já que nem sei quanto custam atualmente.

— Ok, estou completamente de acordo — ele colocou a mão no bolso e tirou um cartão — Aqui, esse é meu contato.

— Ótimo.

Terminamos o café e cada um seguiu seu caminho.

🫐

Eu fui para a Sixx e me reuni com o Hoseok e o Yoongi na minha sala. Contei sobre o comprador, e o sorriso do Yoon se abriu.

— Vamos colocar um valor muito maior. — falou.

— O velho não é burro, vamos lucrar da mesma forma, afinal, ele quer pagar mais que o valor de mercado. Citou até triplicar o valor, e quero isso em contrato.

— Porra, vamos ficar ricos!

— Você já é rico, e ainda é a porra de um herdeiro.

Ele ficou rindo.

Ficamos conversando sobre diversos assuntos, mas, sem dúvidas, o que mais falamos foi sobre a região norte e todos os seus passos para tentarem nos derrubar. Assim como os nossos para assumir o poder da região.

— O que começou como uma ideia de invasão do Hyunjin, acabou virando uma guerra entre nós e o Won — disse Hoseok.

— Sim, e ele está quieto demais com tudo isso, com certeza está esperando um de nós cair para agir — respondi.

— Ou talvez o Chae esteja impedindo ele, ainda mais sabendo que estamos em maior número que o Won. Além do mais, ele não deixaria o filho mexer com o mafioso favorito dele. — disse Yoon.

— É bom que ele não deixe mesmo. Esses ataques esgotaram minha paciência, e qualquer provocação do Hyunjin será o suficiente para destruir ele.

Hoje à tarde, eu e o Jimin vamos viajar, e mesmo com toda essa confusão, eu me sentia ansioso para ficar vários dias só com ele. Além da ansiedade de ter ele só para mim, vou manter meu garoto longe de toda essa confusão, afinal, minha maior preocupação é a segurança dele.

E sobre a viagem, o Yoongi e o Hoseok, que mais pareciam cupidos para nós dois, aceitaram cuidar de tudo, mesmo em meio a essa guerra acontecendo.

— Durante minha ausência, tudo que precisarem, eu estarei online, a qualquer horário. Não deixem de me avisar nada, ainda mais com relação ao maldito Won.

Estiquei um pouco o braço para pegar a garrafa de uísque na mesa de centro, e o curioso do Yoon, que estava sentado ao meu lado no sofá, chegou mais perto para olhar meu pescoço.

— E esse chupão? Festinha pré-viagem? — brincou.

— Cala a boca... — dei risada.

— Ok, agora seja sincero e responda sem grosseria; qual o melhor? Com homem ou com mulher? — perguntou, nitidamente falando sobre sexo.

— Ele.

— Porra, nem pensou para responder.

— Nem preciso pensar.

— Óbvio que não, tá apaixonado, nem vale... E você, Hoseok, não vai apresentar nenhuma namorada? Ou namorado, te aceitaremos também.

— Quando eu tiver, né?!

— Bonitão assim, duvido que não tenha. — Ele apertou a bochecha do Hoseok, que começou a rir enquanto se afastava.

— E você? — Hoseok devolveu a pergunta.

— Não nasci para namorar.

Nós dois caímos na risada com a expressão que fez quando respondeu, cheia de desdém.

Entre nosso papo descontraído, cigarros e alguns copos de uísque, meu celular começou a tocar. Vi que era um número desconhecido, então apenas ignorei, mesmo com as várias tentativas que vieram após essa.

Continuamos conversando, e cerca de um minuto depois, voltou a tocar. Quando olhei de novo para a tela, pronto para bloquear, notei que era uma chamada do Jimin. Geralmente só nos falamos por mensagem, então isso parecia, no mínimo, estranho.

— Já volto.

Saí da sala e atendi.

— Jimin? Está tudo bem?

Houve uma pausa de alguns segundos até alguém responder.

— Jeon? Sou eu, o Namjoon.

Sua voz não soou em um tom de boa notícia, e me deixou em completo estado de alerta.

— Onde ele está?

— Bem... ele passou mal no intervalo. A ambulância o levou para o hospital no centro de Seoul, e estamos indo de carro para lá, consegue ir também?

Senti meus batimentos aumentarem de uma forma absurdamente intensa, triplicando a cada palavra dele que eu ouvia.

— Estou indo agora.

Desliguei a ligação e entrei depressa na sala.

— O Jimin passou mal, estou indo para o hospital. Tomem conta de tudo.

— Merda... Quer que eu vá junto? — perguntou Yoongi.

— Não precisa.

Saí da sala apressado e avisei minha secretária para cancelar as passagens. Peguei meu carro na garagem e saí o mais rápido que pude.

Eu sabia que devia ter insistido para o médico atender ele, mas cedi às duas vontades, e de novo isso aconteceu. Não podia mais permitir que ele fugisse e precisava forçar ele a fazer vários exames, até descobrir a causa desses desmaios recorrentes.

🫐

Assim que cheguei no hospital, encontrei os dois amigos na sala de espera.

— O que aconteceu com ele?

Perguntei achando ter sido outro desmaio, mas me enganei completamente.

— Foi durante o almoço, ele estava comendo e começou a passar mal. A médica da universidade atendeu ele na hora, e até imaginou que fosse alguma alergia, mas foi tudo muito rápido. Quando vimos, ele já estava vomitando sangue. — O Taehyung respondeu.

Em segundos, minhas mãos já estavam trêmulas, enquanto o suor escorria frio na minha pele. Tava na cara que isso não tinha a ver com os desmaios.

Enquanto conversamos, pensando em todas as possibilidades possíveis, um médico entrou na sala de espera e veio direto até nós.

— Vocês são acompanhantes de Park Jimin?

— Sim! — Nós três respondemos juntos.

— Ele ingeriu etilenoglicol, que é uma substância altamente tóxica. Como vocês relataram sobre o suco e a comida, que foram os gatilhos para ele começar a se sentir mal, eles estão sob posse da polícia, mas tudo indica que pode ter sido uma tentativa de envenenamento.

— Não pode ser... Onde ele está? — eu mal conseguia esconder o desespero que estava.

— A quantidade que ele ingeriu foi pequena, mas foi o suficiente para ferir seu esôfago, então o jovem ficará internado.

Ouvir isso doeu mais do que qualquer outra dor que eu já tenha passado na vida. Eu sabia que isso era culpa minha, e esse sentimento pesou como se toneladas estivessem acima de mim.

Meu coração apertava, enquanto o medo, a incerteza e a tristeza se misturavam.

Sem pensar e nem raciocinar, eu saí do hospital e fui direto até a universidade onde ele estuda.
Liguei para Yoon pelo computador de bordo enquanto dirigia feito louco pelas ruas.

— E aí, JK, outro desmaio?

— Não, tentaram envenenar ele! Juntem todos os homens agora, vou destruir Seoul inteira até achar o desgraçado que fez isso!

— Filho da puta! Foi o Won, eu tenho certeza!

— Seja ele ou qualquer outra pessoa, o culpado vai morrer hoje. Estou indo para a universidade pegar as imagens, e vou levar de volta para a Sixx, prepare tudo na sala de segurança.

— Ok, já vou deixar todos avisados.

Desliguei a chamada, e continuei o caminho, acelerando e furando todos os sinais fechados, remoendo toda a raiva dentro de mim.

Cheguei na faculdade e notei que poucos alunos ainda saíam, e a porta de entrada estava aberta, era minha chance.

Assim que tentei entrar, um segurança, que estava atrás da porta, me barrou.

— Ow ow, espera aí, onde você pensa que vai? O acesso é só para alunos e colaboradores.

Eu poderia resolver isso de uma forma amigável, ou até oferecer dinheiro, mas com a raiva que eu estava, achei melhor agir da forma mais rápida. Saquei a arma e apontei para a cara dele.

— Eu só quero falar com a diretora, mas se você me impedir, vou matar você aqui mesmo. E de bônus, ainda mando as fotos do seu corpo para todos os seus contatos no celular. Você quer isso?

Com medo e assustado, ele apenas se afastou do caminho.

— Que bom que não quer. Onde fica a diretoria?

— N-no terceiro andar... — respondeu com a voz trêmula, apontando para o elevador.

— Obrigado.

Entrei na universidade e fui pelas escadas, até o andar que ele indicou. Bastou alguns passos no corredor para encontrar a sala, que tinha uma grande placa na entrada. Entrei sem ao menos bater, e a vi fumando tranquilamente enquanto assistia algo no computador.

— Quem é você? — perguntou assustada, arrumando a postura na cadeira e desligando o monitor.

— Não importa. Quero todas as imagens da universidade, agora.

— O quê? Eu não posso fornecer isso para um estranho qualquer!

— Ah, não? O que será que vão achar sobre um aluno da sua faculdade ter sido envenenado aqui dentro, enquanto você está simplesmente fumando a merda de um cigarro vagabundo e vendo dorama no computador? Me dê logo essas imagens antes que eu exploda essa universidade inteira! Com você aqui dentro, e de preferência, com as bombas presas no seu corpo.

Com os olhos arregalados, mas sem desacreditar do que disse, ela ligou novamente o monitor, fechou a janela do que estava assistindo e passou as imagens para um pendrive, que peguei e imediatamente saí da sala dela.

Já no carro, voltei a dirigir rápido, com destino à Sixx.

🫐

Não perdemos tempo, e quando eu pisei dentro da empresa, um dos funcionários já estava na entrada, me esperando para pegar o pendrive.

Na sala de segurança, ele baixou todo o arquivo e começou a seguir cada passo do Jimin, desde o momento em que chegou na universidade.

Eu andava de um lado para o outro na sala de segurança, completamente impaciente.

A porta da sala se abriu, e era o Yoon.

— Descobriram quem foi?

— Ainda não. Fizeram isso com ele para me atingir... Tentei proteger esse garoto de todas as formas e simplesmente falhei. Coloquei seguranças por todos os lados, de olho nele, e fizeram isso dentro da merda da universidade!

— Não tinha como imaginar isso, pare de ser paranóico e se culpar.

Era impossível não meu culpar...

— O pior é que a polícia está envolvida nisso. A comida e a bebida que ele estava consumindo já estão na posse deles, ou seja, eles também estão procurando o culpado. Temos que achar primeiro.

— Senhor, acho que consegui achar, olhe...

Assim que meu segurança falou, paramos ao lado dele. Pelas imagens, na fila do refeitório, deu pra ver alguém esbarrando nele e colocando a caixinha de suco na sua bandeja.

— Desgraçado, olha, ele trocou os sucos... — disse Yoon, apontando para a tela.

Meu segurança voltou a gravação e deu zoom, e realmente deu para ver ele, que já estava com um suco na mão, derrubando os dois e trocando.

— Siga esse desgraçado nas imagens até conseguir pegar o rosto dele, quero nome e endereço.

Essa parte foi fácil, e em menos de cinco minutos, já tínhamos tudo sobre ele, que também era um estudante da universidade. Eu poderia pedir para meus homens levarem ele para o cativeiro, mas com o ódio que eu estava, eu queria destruí-lo esteja onde estiver.

— Vou atrás dele. — falei, saindo da sala.

— Eu vou com você, JK.

— Ok, vamos, o Hoseok está esperando lá fora.

Com os dois e mais cinco homens, saímos em três carros. O vagabundo mora no sul de Seoul, uma região de nosso domínio, e até isso me deixou com mais sede para acabar com ele.

Uma sequência de traições que não existe perdão.

🫐

Fomos até o endereço que as informações dele indicavam ser sua casa. Do lado de fora parecia deteriorada e suja, e pelas pichações e placas, dava para notar que era uma república de universitários.

Nós descemos e eu toquei a campainha da casa. O Hoseok, o Yoongi, e outros homens estavam todos comigo.

E, depois de insistir algumas vezes, um drogado qualquer abriu a porta. O Hoseok deu um empurrão nele, que caiu no chão imediatamente, e então, invadimos a casa.

— Revirem essa merda e achem o desgraçado. — falei.

Na casa haviam vários estudantes bêbados e drogados, e alguns completamente apagados no chão. Todos os homens que estavam na casa apanharam, pelo menos, até abrirem a boca e falarem o paradeiro daquele maldito.

E com um único dedo, um deles, com as mãos trêmulas, apontou para uma pequena porta abaixo da escada. Meu olhar mais sedento por vingança olhou na direção dela.

— Te achei!

Com dois chutes fortes, estourei a porta. Ele realmente estava lá dentro, tremendo feito um rato sem saída.

— Seu filho da puta!

Agarrei a gola da sua camisa e o puxei com força para fora. Joguei o desgraçado no chão e fui para cima dele.

— Eu não fiz nada...

Segurei com força no seu rosto, onde até minhas unhas cravavam na sua pele.

— Quem pagou você para envenenar aquele garoto?

Ele ficou quieto, amedrontado e choramingando. Joguei ele no chão novamente e limpei as mãos.

— Não quer falar? Ok.

Andei ao redor dele e olhei para os meus seguranças.

— Quebrem ele até abrir a boca, e não deixem os outros da casa fugirem.

— Opa, minha parte favorita. — O Yoongi puxou uma cadeira e sentou, assistindo enquanto comia uma Pringles que roubou na cozinha da casa.

O Hoseok permaneceu parado ao meu lado, atento à qualquer movimento próximo a mim.

O desgraçado apanhou por mais de três minutos, e continuou com a boca fechada. Abaixei ao lado dele, que estava caído no chão, e apaguei meu cigarro no braço dele, que gritou assim que sentiu.

— Eu posso fumar muitos cigarros, e apagar um por um na sua pele, até te queimar inteiro. Acho melhor você facilitar as coisas e abrir a boca.

Ele respirou fundo e finalmente falou.

— Foi um capanga do Sr. Won... Eu não tinha nada contra o moleque, mas precisava da grana.

Era tudo o que eu precisava ouvir.

— Não tinha nada contra, mas aceitou tentar matar um inocente em troca de dinheiro?

— Eu errei, eu sei, mas realmente precisava...

Ele chorava e olhava para o chão.

— Olha para mim! Você sabe quem eu sou?

Ele me olhou e concordou com a cabeça.

— É claro que sabe, afinal, você mora na região que eu dou às ordens. O Won se deu ao trabalho de ao menos te avisar quem era aquele garoto?

— N-não, só falou sobre a grana...

Dei risada, a mais carregada de ódio que eu poderia ter.

— Ele é meu namorado, e é por isso que o Won quis matar ele

Ele arregalou os olhos e me olhou desesperado quando se deu conta da merda que se meteu. Imediatamente começou a implorar enquanto tentava encostar aquelas mãos imundas em mim.

— Me perdoe, por favor, e-eu não sabia disso... ele não me falou.

— É óbvio que ele não falou, assim, qualquer rato interesseiro aceitaria o serviço, afinal, que louco se arriscaria a matar alguém envolvido comigo?

— Se eu soubesse, eu não aceitaria, por fav...

— Cala a boca!

Levantei e foquei naquele tanto de gente que estava ali. Olhei para os meus homens, que mantiveram as outras pessoas da casa acoados em um canto, assistindo tudo.

— Garantam que os outros da casa calem a boca sobre isso. E, Hoseok, vou deixar esse lixo com você, acabe com ele da forma que quiser.

O sorriso mais maldoso e aberto do Hoseok se abriu no mesmo momento.

— Obrigado pela honra, JK.

Eu e o Yoon saímos da casa enquanto ele ficou dentro da casa com os outros.

— Vamos atrás do Won agora! — o Yoon falou, sedento por guerra.

— Não tenha dúvidas disso. Vamos esperar o Hoseok no carro.

Assim que ele e os homens saíram, nós fomos direto para o esconderijo.

🫐

Em pouco tempo, todos os homens já estavam reunidos lá, e fomos com vários carros blindados até a região do Won. A essa altura, eu já sabia onde ficava o esconderijo dele, e assim que chegamos no lugar, fomos recebidos com tiros e hostilidade.

Era óbvio que isso seria fácil lidar, considerando que estamos em maior quantidade, e em minutos, fomos deixando rastro de sangue pelo caminho.

A regra era clara: sem piedade alguma,

Assim que acabamos com todos do esconderijo dele, reviramos o lugar até achar a sala do desgraçado.

E achamos!

Dentro da grande sala, ele estava sentado calmamente atrás da mesa, com um charuto e um copo de uísque na mão, além de música clássica ligada em som ambiente.

Era ele contra eu e mais de cinquenta homens. Ele sabia que ia morrer.

— Que honra. Parece que o filhotinho do Chae e o herdeiro playboy realmente me cercaram...

— Herdeiro playboy? — o Yoon riu — gostei dessa. Vou ficar mais playboy ainda quando tomarmos conta de tudo isso aqui, e de toda sua grana.

O Yoongi procurou algum lugar para sentar e acendeu outro cigarro, com a arma na mão, deixando o desgraçado para mim.

Comecei a andar na sala, encarando o Won, enquanto meus homens preenchiam a sala dele cada vez mais.

— Eu tive paciência, Won, juro que tive, mas você ter mexido com a pessoa que mais amo foi o limite.

Ele deu um trago no charuto, apagou no cinzeiro, e levantou da cadeira, com a mão no bolso.

— E vai fazer o quê? Me matar por causa de um universitário zero à esquerda? Suas motivações já foram melhores, Jeon. Dinheiro, poder? Ok, mas correr atrás de outro homem? Não esperava isso de você.

Avancei rápido na sua direção e acertei um soco tão forte no seu rosto que ele caiu desorientado para trás, mesmo que sua estrutura física fosse maior que a minha.

— Você ficou louco? — gritou, com as mãos onde meu soco acertou.

— Sempre fui, Won.

Abaixei ao lado dele, que ainda estava no chão, e segurei seu cabelo grisalho com força, puxando para me olhar.

— Por que tentou matar aquele garoto?

Ele começou a rir, zoando com a minha cara.

— Responda, seu desgraçado!

— Para te ver sofrer, e parece que eu consegui, afinal, só vejo tristeza nesse seu olhar... — ele riu ainda mais — Você exala angústia, Jeon, eu gosto disso. Sejamos sinceros, pessoas como nós não nasceram para amar ninguém, nosso fardo é morrermos sozinhos, assim como estou aqui, agora. Eu só te fiz um favor.

— Minha ideia era só tirar você do poder, mas agora quero te ver sofrer até morrer, e vou assistir isso. Hoseok, trouxe o que pedi?

— Sim.

— Ótimo. — soltei seu cabelo e levantei — Agora você vai provar do seu próprio veneno Won, literalmente.

Com um único sinal com as mãos, meus homens foram para cima dele e o seguraram, e mesmo tentando fugir e resistir, viraram em sua boca a garrafa do mesmo veneno.

— Colem uma fita na boca dele, vai ser mais divertido ainda. — O Yoon falou, e assim fizeram.

Eu fiquei sentado na cadeira dele, fumando enquanto assistia ele se contorcendo de dor no chão, até finalmente ir para o inferno depois de longos minutos.

Era o fim.

— Avisem a todos que o norte é finalmente nosso! Não quero nenhum dos homens dele, então todos que sobraram devem ser expulsos. Quem tentar resistir, deverá ser morto. E enterrem esse desgraçado o mais longe que puderem de Seoul.

Eu saí da sala para voltar ao hospital, e o Yoongi veio atrás de mim.

— Quer que eu vá junto? Você não está bem, posso ir dirigindo se quiser.

— Não precisa, prefiro que você e o Hoseok tomem conta das coisas aqui. Vou para o hospital e mando notícias.

— Ok. Sinto muito pelo que aconteceu. Pelo menos, nós vingamos ele.

— Obrigado, Yoon.

Entrei no carro e fui direto para o hospital. Já era noite, e as ruas estavam vazias. Mesmo que a vingança estivesse feita, eu continuava angustiado, e isso só vai melhorar quando eu tiver ele de volta.

🫐

Mesmo que já fosse tarde, quando cheguei, vi que seus amigos ainda estavam lá.

— Alguma notícia? — sentei ao lado deles e perguntei.

— O médico confirmou que ele realmente está fora de perigo, mas vai ficar uns dias aqui. — respondeu Namjoon.

Eu respirei aliviado.

— Você foi atrás de quem fez isso com ele? — Taehyung perguntou.

Ele estava olhando para minha camisa, e quando olhei para baixo, vi respingos de sangue.

— Sim, fui.

— Isso não vai trazer problemas para ele? — perguntou, receoso.

— Garanto que não.

Eles pareciam inseguros, mas não perguntaram mais nada sobre o assunto. Eu fiquei aliviado, pois também não queria falar sobre isso.

Mesmo que eu quisesse ver o Jimin, eu sabia que nesse momento era impossível, e tudo que nos restava era esperar por notícias.

Já passava das 23h e os dois precisaram voltar para casa, já que tinham aula no dia seguinte.

Enquanto remoía minha culpa sentado naquela sala gelada e melancólica, meu celular começou a tocar. Só de olhar para a sequência de números, mesmo que tenha se passado muito tempo, eu sabia que era uma ligação do Chae, o pai do Hyunjin.

— Alô?

— Jungkook, boa noite. Sou eu, Hwang. Você tem tempo para uma conversa agora?

Se fosse um convite do Hyunjin, certamente eu não aceitaria.

— Só você?

— Sim, e um segurança que me ajuda a me locomover, mas ele não ouvirá.

— Onde?

— Me encontre na ponte Suki, daqui vinte minutos.

— Ok. — desliguei.

A essa altura, seria ótimo falar com ele para tentar controlar o Hyunjin e evitar qualquer problema.

Saí do hospital e fui para o carro. Enquanto dirigia até a ponte, liguei para o Yoon.

— O Chae quer conversar comigo, estou indo encontrar com ele na ponte, no centro de Seoul.

— Tem certeza disso? E se o Hyunjin for junto?

— Eu conheço o Chae, ele disse que vai sozinho, e não mentiria sobre isso. Te aviso quando eu sair de lá.

— Se demorar para dar notícias, eu vou atrás de você.

— Relaxa, eu ligo quando sair de lá.

A ponte também era uma via expressa, e de longe vi que ele já estava parado lá, apoiado na grade enquanto fumava. Parei meu carro atrás do seu, às margens da via, e desci.

— Que bom que realmente veio.

Parei ao lado dele e também acendi um cigarro. Seu rosto parecia mais magro e abatido, e com certeza foi um grande esforço para a saúde dele vir até aqui.

— Faz muito tempo que não te vejo. Última vez foi quando? Há quase uns dois anos, eu acho.

— Sim, o tempo passa rápido.

— Ele voa.

Ele parecia pensativo, olhando para a vista.

— Por que me chamou?

— Como já deve imaginar, todos já sabem que você matou o Won.

— É para saberem mesmo.

— O Won também era uma pedra no meu sapato, então, nem me importo com ele. O ponto é que você, o Yoongi e seus homens foram bem cruéis no ataque. Não estou aqui para te repreender, afinal nem tenho moral para isso, mas te conheço bem, afinal, fui eu quem te criou. Você não agiria com tanta raiva apenas por poder.

Dei um trago no cigarro, olhando para o movimento da água conforme algumas poucas embarcações passavam por ali.

— Eu me apaixonei, e o Won tentou matar ele para me atingir. Esse foi o principal motivo.

Ele deu o último trago em seu cigarro e jogou a bituca no rio, seguido de um longo suspiro.

— Pelo barman, certo?

— Sim.

Ele virou e apoiou as costas na grade, enquanto eu continuei com os braços apoiados.

— Para nós, amar alguém é um desafio muito maior que qualquer guerra. Creio que você já percebeu isso com essa atitude do Won.

— Sim. Eu quero ele, mas agora sei mais do que nunca o mal que estou causando.

Eu continuei olhando para a água, enquanto meus pensamentos pareciam mais cheios que o próprio rio. Distraído, derrubei o cigarro quase inteiro no rio, e minha única atitude foi pegar outro.

E com ele, eu mal lembrava de fumar.

— Eu também trouxe muitos riscos para minha esposa, e sei que agora esse tem sido seu maior pensamento. Perdi tanto tempo tentando proteger ela de qualquer maldade, e no fim, a perdi para um infarto. O que quero te falar é: Não perca tempo se culpando, invista essa energia em viver o momento com ele. Fico feliz em saber que você está tendo a chance de experimentar esse sentimento.

Nunca fui de me abrir com outras pessoas que não fossem o Yoon e o Hoseok, mas foi bom ouvir isso dele.

— Obrigado, Chae.

Ele sorriu.

— Não vou te oferecer uma sociedade pois sei que isso envolve muito mais coisas do que imaginamos, mas por mim, continuaremos em paz, assim como sempre foi.

— Por mim também, mas você sabe que o Hyunjin não pensa dessa forma.

— Deixe ele comigo, não se preocupe. Infelizmente meu tempo de vida está curto, mas te garanto que o Hyunjin não fará nada mesmo após minha partida.

Ele começou a tossir, e abaixava um pouco do corpo para fazer isso. Com um sútil gesto com as mãos, seu segurança saiu do carro para ajudar ele.

— Preciso ir, Jungkook, mas não esqueça o que te falei, aproveite.

Ele foi embora e eu fiquei ali, parado. O Yoongi já estava me ligando, preocupado, então atendi.

— Eu já estava quase indo atrás de você.

— Foi mal, ele foi embora agora. Vou para casa tirar essa roupa ensanguentada, e voltar para o hospital.

— Se precisar de algo, me liga, não importa o horário.

— Obrigado, Yoon. Libere o Hoseok para casa.

Nós desligamos a chamada, e assim eu fiz. Dirigi até minha casa, e depois, para o hospital novamente.

Mal sabia eu que esse seria só o início de dias sem ele.

🫐

Uma semana depois.

Ontem o Jimin finalmente saiu da internação e foi liberado para o quarto, mas ainda não tinha liberado as visitas.

Fazia sete dias que eu sequer o via, e isso estava me consumindo lentamente, cada vez mais. Mesmo com nossa conquista no norte, eu mal conseguia comemorar, e fiquei todos os dias revezando entre o hospital e minha casa.

Nem fui para a Sixx, o Yoon e o Hoseok foram essenciais para manter tudo funcionando.

Os amigos do Jimin também vinham todos os dias, e a pedido deles, não contamos para os pais dele.

Eu esperava ansioso, durante todos esses dias, desejando qualquer boa notícia, e de repente, recebi a primeira delas.

O médico se aproximou de mim e avisou que liberaria a visita por cinco minutos. Saltei da cadeira ao ouvir aquilo que desejei por dias.

— Obrigado, doutor.

Enquanto caminhava pelos corredores frios do hospital, acompanhando o médico, sentia minhas pernas tremendo e minhas mãos suadas. O ar estava pesado, e cada passo parecia um esforço gigantesco.

Quando finalmente cheguei ao quarto dele, o médico se afastou e me deixou sozinho. Eu sabia que precisava ser forte, mas me sentia mais fraco do que nunca. Empurrei a porta devagar e, ao ver ele ali, tão vulnerável, as lágrimas que eu estava tentando segurar começaram a cair.

Sempre me senti um monstro por não saber chorar, e muito menos ter empatia suficiente para isso, e ele me mudou até isso.

Eu nunca quis tanto chorar quanto agora.

Minha mão passava cuidadosamente pelo seu rosto, e junto disso, o sentimento de culpa estava me matando lentamente por dentro. Se não fosse minha existência na vida dele, nada teria acontecido.

— Me perdoe por te causar isso...

Desde o começo eu soube que eu era um risco para ele, mesmo assim insisti... insisti porque sou a porra de um egoísta.

Não fazia sentido eu amar, muito menos ser amado. Nunca fui merecedor de amor, considerando tudo que já fiz, e o que sinto por ele realmente me fez acreditar que eu seria capaz.

No fim, eu era como uma mancha escura e ruim em meio à luz brilhante dele. As consequências de meus atos estavam ali, na sua forma mais cruel, diante de mim, e prometi a mim mesmo que, apesar de todo o sofrimento, faria o que fosse necessário para garantir que ele ficasse bem. Mesmo que isso significasse abrir mão da única pessoa que amei.

Os cinco minutos pareciam ter durado menos de um minuto. Infelizmente, ele não acordou em nenhum momento. Tudo que eu queria era ouvir ele reclamando e questionando tudo, como sempre fazia.

Após os cinco minutos, alguém bateu na porta e entrou; era a enfermeira, avisando que a visita tinha acabado.

Eu peguei sua mão e a beijei por cima da aliança.

— Eu te amo.

Assim que saí, encontrei Namjoon e Taehyung na sala de espera. Eles também puderam entrar para visita, ficando os mesmos cinco minutos.

— Nós ficaremos aqui. Vá para casa e descanse um pouco, você não dorme há dias.

O médico não ia liberar mais as visitas, e mesmo que eu quisesse ficar, eu realmente precisava dormir um pouco. Olhei para o relógio e vi que dava tempo de ir, descansar um pouco e voltar para passar a noite aqui.

— Eu vou, volto antes das 18h. Obrigado.

Peguei meu carro e fui para casa.

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Assim que passei pela porta de casa, Lee perguntou sobre ele, como todas as vezes em que eu voltava das visitas. Ela ficou feliz em saber de sua melhora, e era nítido o quanto ela adorava ele.

Nem parecia a mesma Lee que repudiou quando me viu com uma mulher.

Fui para o meu quarto e tomei um banho.

Mesmo que eu não quisesse comer, estava com fome, então decidi ir para a cozinha preparar algum lámen. No corredor, parei em frente ao quarto dele e fiquei olhando, imaginando ele ali. Desde o dia em que se mudou para cá, seu quarto vivia trancado, mas, depois que começamos a namorar, ele não se importava em deixar aberto.

Até o quarto tinha seu perfume de baunilha, mesmo que ele não tenha voltado aqui há mais de uma semana.

Sentei na sua cama, onde seu perfume era mais intenso, e fiquei ali, pensativo, observando cada detalhe ao redor. Cada coisa tinha seu jeito, desde algumas coisas de dança e atuação espalhadas, suas roupas de adolescente, ou até a própria bagunça em si.

— Porra, que saudade de você, garoto...

Com a cabeça baixa, apoiando os braços nos joelhos, vi algo prateado embaixo da cama. Quando peguei, vi que era uma cartela de remédios vazia. Pela tarjeta na cartela, não pareciam remédios comuns para dores.

Meu primeiro instinto foi tentar abrir as gavetas ao lado da cama, mas estavam trancadas. Forcei e consegui abrir, foi aí que vi mais remédios, muitos de vários tipos.

Continuei procurando mais, lendo nome por nome de todos os medicamentos, e então, abaixo deles, achei uma pasta. Bastou abrir e folhear para notar que eram exames, e em um deles, vi o diagnóstico positivo de uma doença autoimune.

Meu corpo todo congelou.

Coloquei todos os papéis na cama e pesquisei o nome na internet, e ali, todos os seus desmaios, sono em excesso e fraqueza fizeram sentido.

— Você estava escondendo isso de mim, Jimin. Eu não acredito nisso...

Eu não conseguia entender por que ele agiu assim e afundei minhas mãos nos olhos, como se isso pudesse fazer tudo ser apenas uma mentira, uma brincadeira de mau gosto desse moleque.

A ideia de comer e descansar foi por água abaixo, pois a única coisa que fiz foi pegar os exames, correr para o carro e voltar para o hospital.

Lá, Taehyung estava com o notebook no colo, enquanto Namjoon cochilava em uma das cadeiras.

— Vocês sabiam disso?

Entreguei o exame na mão do Taehyung, que até arrumou a postura quando começou a ler.

— Isso é do Jimin?

— Sim.

— Que merda, ele nunca falou nada... Nam, acorda! — ele chacoalhou o irmão, que acordou e também leu o exame, ficando visivelmente assustado.

As expressões deles eram genuínas, eu sabia que não estavam mentindo.

— Ele estava escondendo essa doença de todo mundo. — falei.

— É por isso que teve todos aqueles desmaios.

— Sim...

Enquanto conversávamos, tentando entender os motivos dele para ter escondido isso, notamos a movimentação de alguns policiais entrando no hospital. Foi então que avistei aquele que, naquele momento, era meu pior pesadelo.

O Seokjin entrou e parou na recepção para falar com a recepcionista.

— O que esse cara está fazendo aqui?

— Você conhece o Jin? — Namjoon falou.

Olhei na sua direção, surpreso.

— Espera aí, vocês conhecem ele?

— Sim, nós somos da mesma cidade, crescemos juntos. Que merda, não tô entendendo mais nada.

Foi então que eu percebi que não era apenas uma coincidência eles serem da mesma cidade, como eu pensei inicialmente.

— Não é possível...

Foi nesse momento que todas as peças se encaixaram. Até a conversa que ele teve com a mãe enquanto estávamos na fazenda fez sentido, sobre o filho de um vereador com o sobrenome Kim. Kim Seokjin, era sobre ele.

— Ele está me investigando há meses.

Namjoon me olhou assustado, e mal conseguindo falar.

— Merda — disse Taehyung. — Então era por isso que ele falou da última vez que estava investigando alguém... era você.

Antes que eu pudesse responder, ele nos viu e veio até nós.

— E aí, rapazes, tudo bem? — cumprimentou os dois, que responderam sem jeito.

Depois das respostas, ele olhou para mim.

— Podemos conversar lá fora, Jeon?

Minha cabeça estava prestes a explodir com tudo acontecendo ao mesmo tempo.

Levantei sem dizer nada, encarei ele e saí. Ele veio atrás e parou ao meu lado na calçada, em frente ao hospital.

— Não é de hoje que sei do seu envolvimento com o Jimin, e permiti para ver até onde isso chegaria, e olha onde chegou... Você achou que daria certo envolver alguém como ele na sua vidinha suja?

Cheguei perto dele, o enfrentando.

— Quem você acha que é para opinar em algo?

— Eu? Eu sou alguém que viu esse menino crescer. Você não é burro, e sabe muito bem que o que aconteceu com ele foi culpa sua. Vamos resolver isso numa boa? Quero que você se afaste dele, caso contrário, até nesse envenenamento eu vou colocar sua culpa nos autos do processo.

— Só pode ser brincadeira. Ele não é nenhuma criança para você se meter no que devemos ou não fazer.

— E vai fazer o quê? Continuar visitando ele? Convenhamos, Jungkook, todos sabem que você é da máfia.

— Que se foda! Isso vai ser resolvido entre eu e ele, e se você se meter, eu acabo com você.

Ele começou a rir, cheio de ironia e cinismo.

— Você está ameaçando um policial?

— Se você acha que tenho medo de você, vai morrer com esse achismo. Eu não vou abrir mão dele baseado no que você acha que dois adultos devem ou não fazer, nunca. Agora, com licença, preciso entrar.

Dei as costas e voltei para o hospital. Ele também voltou e, assim que entrou, o vi conversando com o médico por um bom tempo.

Na sala de espera, coloquei a mão na cabeça, sentindo como se ela fosse explodir.

— Nós nunca desconfiamos que ele estava te investigando, muito menos o Jimin imagina... desculpe por isso — falou Namjoon.

— Eu sei que não, está tudo bem.

Após dez minutos, vimos ele e os outros policiais saírem do hospital.

Peguei meu celular e comecei a enviar algumas mensagens para o Yoon, contando sobre a pior coincidência que poderia acontecer nesse momento.

Eu já poderia dizer com convicção que os últimos sete dias foram os piores da minha vida, e essa coincidência com o Seokjin veio pra foder com o que já estava fodido.

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Depois de algumas horas ali, os garotos precisaram ir embora.

Eu já estava pronto para ficar na sala de espera, até que escutei o médico me chamando.

— Sr. Jeon, me acompanhe, por favor.

Achei que teria algo a ver com a conversa que ele teve com o Seokjin, mas, para minha surpresa, ele me levou até o quarto do Jimin.

— Vou te deixar dormir aqui com ele, mas não o acorde. Ele precisa acordar sozinho.

— Obrigado, doutor.

Entrei e parei ao lado da cama, onde ele continuava dormia. Mesmo que aqui, nesse hospital, ele parecia completamente angelical, e isso me deixava doido de amor.

Do lado de fora, o brilho da lua estava forte, iluminando a silhueta de uma grande árvore próxima à janela. Uma brisa leve entrava pela janela aberta, balançando devagar as cortinas.

Eu realmente destruiria o mundo inteiro se tivesse perdido ele.

Peguei a poltrona e me aproximei um pouco da cama, onde sentei, posicionado na direção dele.

Ali, olhando para seu rosto, com a única trilha sonora entre nós sendo o som dos aparelhos médicos, acabei pegando no sono.

Foram sete dias sem dormir, sete dias fumando feito um louco, pra passar uma única noite assim com ele e dormir com toda facilidade.

Tudo o que eu queria meu moleque teimoso de volta para mim.
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Façam o que for, mas não mexam com o amor dele!
Espero que tenham gostado do capítulo, com bastante ação, junto da representação do que um é capaz de fazer pelo outro.
Obrigada por acompanhar até aqui, e te vejo no próximo capítulo.

Até lá! 💙

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