O proibido é sempre mais gostoso

Desviei o olhar dos papéis que Peter me mostrara, sem paciência para analisar as informações numéricas contidas ali. Não tinha como eu me concentrar, já que Peter me distraía com sua inquietação.

— Não, Deb, está ainda pior! — Peter declarou sem ao menos olhar para mim, que agora me divertia em vê-lo andar de um lado para outro da sua sala, com as mangas da camisa branca erguidas deixando à mostra o seu relógio caro. Sua bunda deliciosamente saliente sob a calça azul marinho era dona de um rebolado ímpar. Ele estava realmente irritado. O que o deixava ainda mais bonito. — Não há nada de errado com nenhum dos balanços que fiz. Não sou nenhum estagiário, Deb, sei o que estou fazendo! Sou gerente financeiro há nove anos, embora há menos de dois aqui na empresa. Angelo não tem o direito de desdenhar do meu trabalho como está fazendo! — concluiu irritado.

— Acho que está exagerando, Peter — comentei revirando os olhos, ao que ele me olhou suspirando, enquanto alisava o próprio rosto, onde a barba loura por fazer conferia ainda mais charme ao seu visual. Ignorei-o. Levei minhas mãos aos meus cabelos castanhos, num gesto involuntário simulei prendê-los em um rabo de cavalo, soltando-os em seguida, fazendo minhas longas madeixas caírem por meus ombros e minhas costas. Peter continuava me olhando. — É melhor esquecer o Angelo e voltar ao trabalho — falei sorrindo.

— Voltar ao trabalho!? — Ele resmungou me encarando, agora com aquele olhar penetrante que tanto me fascina, seus lindos olhos verdes também transmitiam sua irritação. Acho que Angelo exagerou dessa vez!

— Deb!

Que droga! Peter me viu sorrir. Não é que eu não tenha empatia pelo que ele esteja sentindo, é só que acho divertido.

— Não é engraçado! Já te falei antes, é pessoal...

— Paranoia sua, Peter!

— Não, não é. Não vejo outra razão para ele agir como tem agido nas últimas semanas. Não aguento mais, Deb, de verdade, estou no meu limite! É o Angelo aqui na empresa, e a Victoria em casa, parece que os dois se juntaram para me infernizar! Querem me enfartar, só pode!

— Hum, isso explica toda essa histeria — falei gesticulando com as mãos, cruzei as pernas segurando a saia do meu vestido preto, que com o gesto, subiu alguns centímetros. — O que está havendo? — perguntei interessada.

— Basicamente o de sempre: Victoria está em guerra com meus pais, quer me obrigar a aceitar o aproveitador do irmão dela em casa, está insistindo para fazer uma maldita viagem e tudo que temos feito é brigar! Basta eu colocar meus pés em casa que...

— Compre um presente para ela! — sugeri.

— Deb, um presente não irá resolver! — Suspirou. — Estou realmente no meu limite, cansado e estressado demais — concluiu em pé, recostado à parede.

— Acho que posso te ajudar — falei me levantando, ao que ele me olhou dos pés à cabeça. Sua expressão irritada mudou para uma mais animada. Bem mais animada. — Não posso? — perguntei convidativa enquanto me apoiei com as mãos sobre sua mesa, ficando de costas para ele e empinando minha bunda levemente.

— Você pode, não é? — Ouvi Peter dizer entusiasmado, ao mesmo tempo em que senti suas mãos firmes sobre a minha cintura.

— Sim, Peter, eu posso! — falei com o rosto virado para ele, olhando fixamente para os seus olhos verdes, que agora brilhavam de desejo.

— Oh, Deb! — disse enquanto seu nariz parecia aspirar todo o perfume do meu cabelo, descendo com as mãos por minha bunda coberta pelo vestido colado em meu corpo, contornando cada uma das minhas curvas que eu sabia serem capazes de enlouquecê-lo. — Vai me ajudar a relaxar? — sussurrou no meu ouvido me fazendo arrepiar, enquanto apertava as minhas nádegas com força, fazendo minha calcinha molhar.

— Aqui, Peter! — disse a ele dando um tapa na minha bunda. — Quero você relaxando aqui!

— Obrigado, Deb! — sussurrou, sua voz embargada de tesão. Suas mãos foram rápidas para baixo da saia, levantando-a, me deixando com a calcinha fio dental preta à mostra. — Hum, que delícia! — Senti seu dedo na minha buceta encharcada ao mesmo tempo que com a outra mão ele afastava as minhas pernas para facilitar a sua entrada, sem nem precisar baixar minha calcinha. Não demorou para me acariciar entre minhas nádegas, introduzindo um dedo devagar no que fazia-o explodir sempre de desejo.

— Você tem vinte minutos, querido! Em quarenta, eu tenho uma reunião — avisei arfando, ao que ele se inclinou sobre o meu corpo, para em seguida abrir uma das gavetas da sua mesa, de onde retirou um preservativo.

— Vou te foder, Deb! Vou descontar nesse rabo gostoso todo meu estresse... — Virei para ele a tempo de vê-lo segurar seu membro rígido para fora da calça, que agora só lhe cobria até os joelhos. Peter me encarou faminto, rapidamente vestiu no seu pau o preservativo. — Vem, Deb! — disse ao levar uma das mãos ao meu cabelo, prendendo-os entre os dedos e puxando-os para trás, exatamente como gosto.

— Oh, Peter! Me fode gostoso! — pedi baixinho, ao que senti a rigidez do seu membro na minha pele.

— Vou foder, Deb — disse entredentes enquanto forçava sua glande no meio da minha bunda, me fazendo gemer pela dor familiar. — Oh, Deb, que delícia! — Gemeu ao se sentir inteiro dentro de mim, ao mesmo tempo em que eu também gemia pelo prazer que começava a acometer todo meu corpo, enquanto Peter começava a se mover devagar. — Que delícia... tão apertadinho! — continuou dizendo entre gemidos, me estocando sem pressa.

— Vinte minutos, querido! — O lembrei extasiada, recebendo uma estocada com força em resposta. — Isso, Peter, isso! Oh... com força! — Enquanto uma de suas mãos se mantinha firme na minha cintura, a outra, ainda sobre o tecido do vestido, apalpava os meus seios. — Oh, meu Deus! Que pau gostoso!

— Oh, Deb, que rabo gostoso!

— Peter... — Não consegui terminar a frase, meu corpo totalmente em combustão.

— Goza, Deb! Goza pra mim! — Estou quase... — Goza comigo! — Senti meu corpo acatar a sua "ordem", enquanto seu pau pulsava se esvaindo em prazer.

Me esquivei do seu corpo logo em seguida, ajeitei a calcinha fio dental que nem precisou ser removida e desci a saia do vestido até pouco abaixo da metade das minhas coxas.

Peter arfava segurando a camisinha ainda no seu pênis.

— Mais relaxado? — perguntei passando as mãos na cabeça ajeitando meu cabelo, que percebi logo estar um caos. Peter riu, já não parecia mais o reclamão de minutos atrás. Não esperei sua resposta, entrei no banheiro privado da sua sala para terminar de me ajeitar.

Saí alguns minutos depois, encontrando Peter totalmente vestido e com um sorriso estonteante nos lábios.

— Totalmente relaxado! — respondeu me encarando. Aquele olhar de quem estava pronto para me comer de novo se eu quisesse.

— Foi um prazer ajudar! — falei debochada, embora fosse realmente verdade. Eu realmente adorava satisfazê-lo, e obviamente, sair satisfeita também.

Peter riu.

— Agora preciso ir, tenho uma reunião daqui a pouco — falei séria, lembrando que não podia me atrasar. Angelo estaria presente e não iria gostar.

Vi Peter sorrir enquanto me dirigia à porta, mas antes que eu girasse a maçaneta, ouvi-o me chamar. Virei para ele, que perguntou com um sorriso esnobe no rosto:

— Te fodo melhor que ele, não é? — Eu apenas sorri em resposta. — Você pode dizer que é paranoia, mas seu marido está desconfiado, Deb! O Angelo desconfia de nós! — Não respondi, apenas girei a maçaneta e saí.

E não, absolutamente não, querido! Você não me fode melhor que meu marido! — respondi mentalmente o que eu jamais diria para Peter. — E não, meu querido, Angelo não desconfia de nós, ele tem certeza, porque eu mesma contei! Isso, meu querido, porque temos um relacionamento aberto, mas você... você não precisa saber!

É fato que Angelo não está nada contente com minha relação com Peter, porque mesmo em um relacionamento aberto, há normas de conduta a se seguir: como não se envolver com pessoas que possuam qualquer proximidade do casal, com um funcionário então... Mas o que posso fazer se isso tudo me excita?

Sabe quando dizem que o proibido é mais gostoso? Pois é, Peter é nosso gerente financeiro há quase dois anos, embora só nos últimos meses eu me permiti se aproximar. Ser fodida sempre às pressas por Peter em sua sala — porque não aceitei nenhum de seus convites para nos vermos fora da empresa —, tem sido delicioso. E encontrar um Angelo puto de raiva pra me foder depois, mais delicioso ainda!

Sim, eu amo o meu marido. O amo mais que tudo na vida. Angelo é a minha vida!

Começamos a namorar quando éramos ainda dois adolescentes, visto que nossos pais eram amigos mesmo antes de nós nascermos, o que nos garantiu certa proximidade desde sempre. Além disso, nossos pais também eram sócios. Angelo e eu casamos há pouco mais de oito anos, onde dois anos depois, justamente quando o pai dele se aposentou, deixando para Angelo o cargo de presidente na empresa da nossa família, nós nos deparamos com a "rotina" de casados, época em que quase nos separamos. Meus pais, que ignoravam nossos problemas conjugais, também abdicaram do trabalho na empresa, me incitando a assumir a vice-presidência, para trabalhar assim, lado a lado do meu marido. De certa forma, em nossa vida toda, fomos preparados para isso!

Além do convívio obrigatório no trabalho, nós sabíamos que ainda nos amávamos, mesmo nossa relação não parecendo ter mais graça. Angelo continuava o mesmo homem lindo, gentil, divertido e gostoso pelo qual me apaixonei, e eu mesma sei que também era a mesma por quem ele se apaixonou. Mas o sexo esfriou... e foi assim que, ao buscarmos meios para resgatarmos aquela paixão devastadora de anos antes para apimentarmos a nossa vida de casados e mantermos intacto o império construído por nossos pais, decidimos ter um relacionamento aberto.

A princípio, ambos estranhamos. Os primeiros sexos casuais que tivemos, sentíamos como se estivéssemos traindo um ao outro, mas era inegável o quanto isso apimentava nossa relação. O sexo NUNCA esteve melhor!

Então há seis anos adotamos essa modalidade de relacionamento como estilo de vida. O único estilo de vida que nos faz realmente felizes!

Mas, Peter... Hum, ele tem sido um pequeno extravio de percurso. Não que Peter signifique algo para mim. Não significa! Ele é só mais um de meus fetiches, que em muito apimenta a minha relação com meu marido, e mesmo Angelo não aprovando, é ele mesmo quem desfruta do meu amor e do meu corpo em sua totalidade.

Enquanto que com Peter são rapidinhas casuais — e deliciosas —, com Angelo são horas de pura devassidão, porque ele, e só ele, é o HOMEM da minha vida.


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