nunca tive uma grande história de amor, dessas que viram livros e aparecem em capas de jornais.

mas, -pelo o que eu me recorde- amei somente um menino nesses poucos anos que vivi até hoje. vou poupar-lhes de apresentações cansativas e histórias de vida tristes, mas, sobre ele eu só posso dizer uma coisa: imagine alguém clichê, muito clichê: esse era ele.

passamos pouco tempo juntos, mas nesse tempo pouquíssimo tempo, eu me sentia verdadeiramente feliz.

nunca fui uma pessoa romântica; que dá flores todo dia de manhã ou manda mensagens como 'Bom dia!' ou 'Durma com os anjos!', sempre fui mais na minha -na realidade meu ego é muito grande para me deixar demonstrar amor ou qualquer outro sentimento maior-.

mas o grande problema de realmente gostar de alguém é que essa pessoa nos deixa cegos; acreditamos naqueles filmes clichês de romance, aceitamos qualquer coisa quando ele fala 'te amo' e o pior de tudo, ficamos cegas por eles.

o grande dilema que lutava dentro da minha cabeça era o mesmo que milhares de pessoas já tinham me falado: eu amava muito mais ele do que ele me amava.

no início, achei isso baboseira, coisas que as pessoas espalham pelos corredores quando ninguém consegue achar uma fofoca, mas com o passar do tempo, percebi que era extremamente verdade.

eu estava jogando meu amor próprio fora me apaixonando por alguém que só queria ter mais um título em sua 'listinha de rótulos'.

a partir do dia em que abri os meus olhos e percebi isso, comecei a odiar ele, odiar muito ele.

eu o odiava porquê eu o amava de mais, e isso era ruim.

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okay okay, não me matem pela demora!

amo vocês