Capítulo 10 - Sobre lugares altos e ouvir a Deus
Andei apressada atrás de Mattheus, mas quando cheguei no corredor vi que a porta de seu quarto estava fechada. Tudo parecia bem e de um minuto a outro foi como se o mundo desmoronasse para ele. Será que foi impressão minha?
- Amiga, ele entrou transtornado. - Virei-me para Louise que estava rente à porta de nosso quarto.
- Estava tudo tão bem. - Mais ou menos. Percebi que ele não gostou nenhum pouco do que falei sobre Deus, mas como Deus mandou eu fiz.
Tivemos uma manhã complicada porque hoje percebi que Mattheus é mais difícil do que eu tinha imaginado.
Com a mesma rapidez que ele estendia-me sua mão, ele recuava e dava-me uma resposta indelicada. Pode até parecer loucura, contudo a cada grosseria que entra como facada em meu coração, mais vontade de levar a palavra de Deus para a sua vida eu sinto e cada vez mais eu sentia-me tentada a conhecê-lo.
Não é possível uma pessoa ser assim sem algum motivo e eu sinto que Mattheus vivenciou uma vida de muitos problemas. A culpa não é dele por ter criado essa barreira de ignorância contra o mundo, isso só é um meio de impedir que a crueldade machuque-o ainda mais.
Mattheus, precisa conhecer o amor de Jesus, que preenche as lacunas do nosso ser. E é por este motivo que estou aceitando passar vergonha, porque uma tonalidade mais forte no rosto não se compara a ter uma vida rendida aos pés de Jesus.
Mattheus sorriu de forma irônica em vários momentos e apesar de não o conhecer, senti-me desprotegida assim que juntei-me na moto com ele e quando as palavras: Me abraça, sairam de sua boca achei que caíria por tamanha vergonha sentida. Se fosse qualquer outro homem eu pensaria que ele estava agindo com má intenção comigo, mas era nítido como água que Mattheus queria caçoar de mim.
Sentir o vento no rosto e apreciar a leveza e sensação de liberdade que a moto proporciona foi uma das melhores realizações do dia. Senti-me grata a Deus por ter dado inteligência aos homens para que eles criassem máquinas - como aviões e motos - e não só material, mas também espiritual porque a mansidão que recebi através do vento só me mostrou, mais uma vez, como Deus nos abençoou com privilégios sem igual. E o vento foi um deles, porque através de um simples veículo pude presenciar sensações que só são concedidas pela graça de Deus.
O balançar das folhas verdes, o sol batendo no rosto, a roupa flutuando por causa do vento e a completa sensação de liberdade foi sentida através de um objeto e, até nisso, Deus se preocupou para nos agradar porque se não fosse a inteligência e capacidade dada por Ele, para os homens, nada seria possível. Foi tudo tão incrível que eu quase podia voar como um pássaro com as asas abertas planando sobre os lugares altos. Alí nada poderia me incomodar ou deter. Naquele momento entendi o porquê de Mattheus amar aquela moto - a sua bebê - e quase podia sentir a mesma coisa.
Isso só faz o sentimento de gratidão se espalhar por meu interior de forma surpreendente. Não merecemos, mas a abundante graça do Senhor preenche o nosso ser, fazendo assim, todas as nossas necessidades serem supridas no Eterno. O versículo de Salmos 116.12 tem muita relação com nossa vida diária: Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que tem feito?
Às vezes, os problemas estão nos afundando em um mar revolto em meio à tempestade e os nossos braços, apesar de baterem fielmente nas águas buscando fôlego, não conseguem ficar na superfície. Todavia, ainda sim, conseguimos retirar forças de dentro do nosso espírito e isso nos dá o oxigênio necessário para vencer.
Uma vez, uma amiga tinha dito-me: Eu peço forças a Deus, mas Ele continua em silêncio, então eu questionei: "Você levantou da cama hoje?" E ela respondeu-me que sim, aí eu completei: "Então sim, Ele renovou as suas forças." Estamos tão acostumados a ter tudo nas mãos que quando o esforço precisa vir de nós mesmos, não conseguimos reagir e lutar. Recebemos a maior prova de amor em uma cruz no calvário e o que fizemos para recebê-la? Nada! Pois é, isso mesmo, nada fizemos para receber a vida abundante e a infindável graça... Porém estamos aqui! Vivendo uma vida que foi entregue em nossas mãos sem nenhum esforço feito por nós, porque o sacrifício mesmo quem fez foi Jesus, em uma cruz, quando Ele sofreu sendo massacrado, humilhado e até despido; fazendo assim, sua honra e sorte serem retiradas brutalmente de si. Precisamos valorizar a vida que nos foi dada porque Jesus suportou todo o sofrimento por amor a nós.
Acho que nunca paramos para meditar nisso.
Então, a nossa comodidade está sendo desafiada, e nesse desafio estamos perdendo feio. Deus deu-nos capacidade para atuar, forneceu-nos inteligência para criar e forças para vencer, contudo não estamos vivendo, mas sim, sobrevivendo e ao invés de guerrear e aceitar que somos capazes de vencer, deixamos a vida seguir e murmuramos porque queremos tudo, porém sem fazer nada.
Se temos inteligência, força e o principal que é a Fé podemos vencer qualquer temporal. Não terá ventania forte demais contra o nosso corpo, não existirão rajadas de ventos suficientes para nos levar, porque a nossa força que Deus renova a cada amanhecer será o suficiente para conquistarmos à Vitória.
Quando compreendemos a dádiva que nos é fornecida diariamente, só podemos e devemos agradecer ao Senhor por todos os benefícios que tem nos feito. Não importa a luta, o desgaste emocional, o grande temporal ou os raios e trovões, porque quando estamos firmados na Rocha, nada pode nos deter. Pode até ser difícil, cansativo e doloroso, mas o sacrifício que Jesus fez por nós nos deu a certeza da Vitória e da vida abundante... Precisamos sempre nos lembrar que foi tudo por amor, o mais lindo e puro sentimento.
(..)
Depois de tomar um banho relaxante passei o restante da manhã dentro do quarto. Louise disse que iria preparar o almoço e deixou-me descansar. Optei por falar com Deus e agradecê-lo pela porta de emprego que Ele me concedeu.
Apesar da influência de Mattheus, foi Deus que abençoou-me e entregou essa oportunidade em minhas mãos, sem Ele, nada teria acontecido. Meditei na palavra de agradecimento ao Senhor e sentei-me na poltrona em frente à grande janela. A beleza do mar me cativa de forma sobrenatural.
- Vamos almoçar? Fiz macarronada. - Viro-me para minha amiga e assinto sorrindo.
- Fez sua especialidade, né? - Digo risonha.
- Não se brinca com meus dotes culinários. Isso é coisa séria. - Dou risada e levanto as mãos em redenção.
- Desculpa, então, cozinheira chefe. - Passo por ela rindo.
- Se ficar de graça, pego a travessa com a macarronada e saio correndo, e você e sua brincadeira vão ficar sem almoço. - Ameaçou ela.
- Não está mais aqui quem falou. - Chego na cozinha dizendo.
- Assim é bom.
- Sabe me dizer se meu irmão vem para o almoço? Não o vi pela manhã. - Sentei-me à mesa.
- Quando eu acordei, Lucas estava tomando café as pressas e disse que hoje teria uma audiência importante. - Assinto recordando-me que ele havia comentado.
- Ele vai chegar cansado. - Suspirei. - Pensei em sairmos para comemorar o emprego que consegui. Mas não sei se ele estará bem para ir. - Comento colocando a comida no prato.
- Ah, Lucas, não faz muito esforço. - Deu de ombros. - Só fica sentado e dizendo as coisas do caso. - Revirei os olhos.
- O cansaço é mental. Como você acha que fica o psicológico da pessoa que passa horas estudando para defender seu cliente? - Levanto para pegar suco na geladeira dizendo: - Não seja insensível.
- Não está mais aqui quem falou. - Balanço a cabeça em negação. - Mas me conta!
- Contar o quê, Lou?
- Como foi sair na garupa da moto do gostosão? - Dou risada sentindo minhas bochechas coradas.
- Por falar nele... Chamou-o para o almoço? - Indago colocando o suco sobre a mesa.
- Não. Acho melhor você chamar. Estão tão íntimos, sabe? - Balanço a cabeça em negação esfregando o rosto na tentativa de diminuir o tom vermelho.
- Para de palhaçada. - Saí andando em direção ao quarto de Mattheus.
Olhei a porta preta em minha frente e suspirei criando coragem. Eu não sei o que aconteceu para que ele saísse daquela maneira do elevador, mas sinto uma agonia estranha no peito só em pensar nisso. Bati algumas vezes na madeira, chamei-o pelo nome e até coloquei o ouvido na porta na falha tentativa de ouvir algum barulho, mas nada foi audível para mim.
- Será que ele saiu? - Viro-me para Louise e maneio a cabeça em dúvida.
Eu sinto que ele está dentro deste quarto, porém não existe possiblidades de tira-lo de lá.
Voltamos para a mesa e começamos a almoçar entre um conversa leve e descontraída, bom até Louise querer falar de Mattheus.
- Mas ruiva, me conta as partes do MattGostosão! - Implorou piscando olhos. Bufo e esfrego as bochechas que estão vermelhas feito tomates.
- Para de falar assim! - Repreendi.
- Ah, para você de graça! Por que eu não posso saber? Eu vi quando vocês chegaram e seus braços estavam agarradinhos naquela barriga linda e sarada.
- Meu Pai! - Coloco as mãos no rosto e empurro o prato vazio.
- Letícia! Letícia! - Fez um som de repreensão nos lábios e sorriu sedutoramente. - Por que está tão vermelha?
- Será por que, hein? Você fica fazendo pergunta difícil. - Bufo.
- Querida, não é nenhum pouco difícil falar da beleza e gostosura do sr. Bipolar. - Piscou risonha. - Pelo contrário, é maravilhoso lembrar daquela barriga que só pude contemplar a beleza uma única vez. - Viro o rosto na direção contrária não gostando nenhum pouco do jeito em que minha amiga está falando.
Que ousadia!
- Cadê o respeito? - Indago.
- Faltei com respeito somente por elogiar um homem? Não seja hipócrita! - Arregalo os olhos descrente.
- Acho melhor pararmos por aqui. - Demando seriamente, sentindo a tonalidade forte voltar em meu rosto, mas não por estar com vergonha. Levanto e coloco o prato e o copo dentro da lava louças e ajeito o pano que cobria a travessa com macarronada.
- Letícia... Desculpa. - Minuto um okay e sigo para o quarto. Escovo os dentes e oro em pensamento.
A agonia em meu peito não sumiu com os pedidos feitos ao Senhor. Já passa das cinco da tarde e eu falei com meu pai e Sara, combinamos de jantar em um restaurante á beira mar para comemorar a bênção que Deus me concedeu.
Louise e eu conversamos e não ficaram mágoas, mas se eu falar que gostei do modo em que ela se pronunciou estaria mentindo. Em nenhum momento do dia consegui me comunicar com meu irmão. Gostaria tanto que ele estivesse ao meu lado no jantar, mas acho que será impossível.
São exatamente 19:00 horas da noite e meu pai combinou de passar aqui para buscarmos ás 20:00; sem atrasos, então depois de Louise sair do banheiro de peças íntimas segui para dentro do cômodo que estava quente por causa do calor intenso que havia feito durante todo o dia.
A sensação agoniante ainda se passa em meu coração de forma insistente.
- Pai! - Exclamo sentindo a água fria do banho escorrer por meu corpo. - Me ajuda, Senhor! O que está acontecendo, Jesus? Por que este sentimento de impotência sobreveio ao meu interior? O que queres de mim, Pai? Abra os meus olhos espirituais para contemplar o que preciso fazer. Em nome de Jesus, Pai! - Sinto o choro subir pela garganta e o nariz arder, denunciando as lágrimas que estavam próximas. - Por que essa sensação? Deus, eu não estou compreendendo! Me ajuda a entender o que está acontecendo, em nome de Jesus! Se for a Sofia, Pai, entra com providência em qualquer dor que aquele coração possa está sentindo. Visite a minha irmã e transforme o que precisa ser mudado, em nome de Jesus! - Imagens de Mattheus vieram aos meus pensamento e uma tristeza e angústia se alojaram em meu interior.
Meus olhos espirituais abriram-se e visualizei o jovem agachado ao chão enquanto suas mãos puxavam seus pequenos cabelos de forma raivosa.
As lágrimas inundaram o globo ocular impedindo-me de visualizar outra coisa que não fosse a água que vinha de dentro para fora. Coloquei as mãos na boca impedindo que o choro aumentasse e fosse ouvido.
Que tristeza era essa?
- Pai! - Sussurrei sôfrega. - O que está acontecendo? - Fungo escorregando pela parede gélida.
- Filha... - Levanto o olhar para o teto do banheiro e dou um sorriso em meio as lágrimas. - Por muitas vezes pediu-me para lhe mostrar o que quero de você, mas mantive-me em silêncio porque ainda não havia chegado a Minha hora, mas hoje, você está contemplando e sofrendo o que a alma do meu filho passa constantemente. Eu não suporto mais vê-lo sofrendo assim, então entrego em suas mãos as ferramentas necessárias para esta peleja! Eu serei contigo! Não te abandonarei e nem deixarei. Continue buscando-me incansavelmente porque Eu contemplarei suas lágrimas e suas orações. Quero Eu dar um basta na vida de mesmice que Meu filho amado está vivenciando e serás boca minha nesta terra! Transformarás vidas e as abençoarás através de mim! Hoje, dei-te rasamente o que o meu filho passa, para que compreendas que chegou o momento da batalha! Mas permaneça em Mim porque eu permanecerei com vós e lhe honrarei pela tua fidelidade... Amo você, filha amada.
Os soluços saem sem permissão e de meus lábios sussurros inexpremíveis pronuncio. A agonia e tristeza da mesma maneira que sobreveio foi embora, mas eu ainda choro compadecida da dor que uma alma sente.
- Obrigada, Pai! Eu não mereço, mas estás usando-me como intrumento para abençoar... Obrigada, obrigada, obrigada, Paizinho. - Circulo meus braços ao redor de meu corpo e em meu espírito sinto o abraço e acalento de Deus.
(..)
Estávamos adentrando no estabelecimento rústico e simples na beira da praia. Sara, meu pai, Louise e eu, sentamo-nos na grande varanda que nos abençoa com a visão e frescor do mar.
É um local aberto com varandas laterais e frontal que nos permite acesso para poder apreciar a bela vista. Acho que para uma segunda-feira à noite o comércio está bem cheio: Crianças, casais, famílias e grupos de amigos estavam espalhados por todo o local e eu sinto-me grata por poder desfrutar deste momento.
- Pai, é um lugar lindo. - Digo fascinada com a beleza e simplicidade do local.
- Sara, sempre gostou de vir aqui. Além de ter uma excelente vista a comida é maravilhosa. - Assinto sorrindo.
- Preciso tirar uma foto! - Exclama Lou, parecendo uma criança no parque.
- Você ama o que faz, não é? - Indaga Sara à Lou.
- Sim. Posar e sorrir para as câmeras é um prazer para mim. - Sorriu abertamente.
- E você tem talento. - Acrescentou.
- Não elogia muito, não, porque se não ela fica insuportável! - Acuso rindo. - Vai ficar se sentindo o resto da semana. - Dou risada.
- Amiga, aceita que sou a morena mais linda que você poderia ter na sua vida. - Aponto para a Sra. Modesta e levanto as sobrancelhas para Sara, como se dissesse: "Tá vendo? Eu avisei!".
Ouvi gargalhadas e olhei para Sara e meu Pai que riam de minha careta para Louise.
- O que vão escolher? - Indagou meu pai.
- As comidas são tão diferentes de Nova Iorque. - Comenta Lou.
- Mas os dotes cariocas são dignos de honra. - Defende Sara.
- Vocês vão amar um arroz branco com feijão. - Diz meu pai risonho.
- Amor, e quando elas comerem com um ovo frito! - Diz empolgada.
- Elas vão se apaixonar. - Dou risada. - E uma feijoada? Hum! Deu até vontade de comer. - Meu pai acrescenta passando as mãos na barriga.
- Sinto que vou sofrer na academia para eliminar todas as gorduras que essas comidas me trarão. - Sara deu risada da forma em que Lou dramatiza.
- Vai valer a pena. - Digo ansiando para experimentar.
- Por que vocês acham que estou com essa barriguinha aqui? - Questiona meu pai.
- Porque sua esposa cozinha muito bem. - Responde Sara orgulhosa.
- Quero ver qual almoço vai fazer quando eu for visitar vocês. - Digo olhando o cardápio.
- Vou lhe surpreender. - Piscou Sara.
O jantar se estendeu entre uma conversa leve e descontraída. Oramos antes de degustar a comida e agradecemos ao Senhor pela porta de emprego que Ele me concedeu. E agora, enquanto estamos dentro do carro voltando para o apartamento eu só consigo louvar a Deus em pensamento enquanto admiro a beleza das praias do Rio de Janeiro.
- Filha, parabéns mais uma vez. - Olhei-o pelo retrovisor e sorri assentindo.
- Você lutou muito para chegar aonde está, Let. - Comenta Sara, virando o corpo para me olhar.
- Verdade. Perdemos muitas festas, evitamos comprar muitas coisas para podermos está aqui. - Acrescenta Lou.
- Você também, Louise. - Meu pai atrai a nossa atenção. - Logo Deus abrirá uma porta de emprego para você também.
- Eu recebi alguns emails com convites para entrevistas, mas como não é nada confirmado, não quero sair comentando e criando esperanças. - Desabafa Lou.
- Tenha Fé, porque você vai conseguir. Deus é Fiel e tudo acontece no momento dEle e sabemos que Ele não se atrasa e nem tarda a nossa bênção. Basta confiar. - Sara concluiu e Lou murmurou um amém.
(..)
- Gostou da nossa noite? - Pergunto dentro do elevador para minha amiga.
- Até que foi agradável. O ambiente nos passava uma sensação de lar, não é? - Meneio a cabeça em concordância.
- Pode até parecer estranho, mas sim. Concordo com você. - Digo saindo da caixa metálica.
Seguimos pelo corredor enquanto eu torço internamente para meu irmão estar em casa.
Passei uma noite agradável ao lado de pessoas que amo, mas em momento nenhum Mattheus e Lucas, saíram de minha mente.
- Será que ele chegou? - Pergunta Lou enquanto abro a porta.
- Olha ali a pasta dele. - Aponto para o sofá adentrando no apartamento.
Procurei-o por seu quarto, escritório, banheiro, cozinha, lavanderia e até na varanda, mas Lucas não se encontrava.
- Fica calma, sabemos que ele está bem porque sua pasta está aqui e não estava quando saímos. - Comenta Lou, percebendo meu desespero enquanto olho para o nada pela janela de nosso quarto.
- Mas o que será que pode ter acontecido? Lucas é tão presente em minha vida. - Digo pensando em como ele mostrou-se um legítimo irmão desde nosso primeiro encontro.
- Deve ter acontecido algum imprevisto. Não que eu seja insensível, mas infelizmente, notícias ruins chegam rapidamente. - Assinto em concordância com pesar.
(..)
Meu corpo lutava fielmente para manter as pálpebras abertas. Já passava da meia-noite e nada do meu irmão aparecer. Depois de muita insistência de Lou, aceitei tomar um banho e deitar na cama, porém, ainda, permaneço lutando.
Entre um abrir e fechar de olhos senti mãos macias passando pelos fios de meus cabelos.
- Lucas? - Murmuro sonolenta. Será que estou sonhando?
- Descansa minha água de salsicha linda. - Recebo um beijo sobre a testa e ouço-o sussurrar: - Perdão, precisei salvar meu amigo... outra vez.
Minha vontade era perguntar o que tinha acontecido e qual era o amigo que ele necessitou ajudar, mas o cansaço e sono venceu guiando-me pela lenta e prazerosa sensação do descanso. Fechei os olhos e abracei o travesseiro indagado-me se era sobre Mattheus que Lucas se referia.
(...)
"Mergulhar fundo confiando no futuro incerto pode trazer temor ao coração, contudo quando entregamos nossas vidas e nosso caminho nas mãos de Deus precisamos permanecer firmes e intactos sobre as promessas do Pai para nós. O Senhor nunca permitirá uma onda grande demais que você não possa suportar. Se preciso for, Ele seca o mar e permite que você ande de pés enxutos. Tudo para lhe provar que continua no controle de sua vida e de seu futuro. Seus dias podem até ser incertos, mas se confiares no Senhor Ele lhe mostrará que seus dias sempre estiveram escritos desde o início dos tempos, então não tenha medo e desfrute do mar calmo que Ele está lhe proporcionando".
Thayla Fernanda
E aí, gente. Tudo bem?
O que acharam do capítulo de hoje? Palpites sobre o que aconteceu com nosso advogado lindo? E será que Matt estava em seu quarto ou saiu para "curtir"?
Deixem seus comentários e presenteiem-me. com um votinho do amor.
Tenham um excelente final de semana. Beijos e fiquem com Deus!
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