Capítulo quatro
Pessoal, os assuntos abordados dessa história começaram a fazer sentindo, em breve vocês entenderam o motivo de tudo isso.
Fiz esse capítulo um pouquinho as pressas, então não consegui corrigi-lo, mas tentei ser o mais breve possível.
Não esqueçam de votar e comentar, isso incentiva muito o escritor a continuar com a obra. Obrigada por tudo e boa leitura!
Ps: Capítulo Narrado pelo Sasuke Uchiha.
Achar uma garota jogada no chão e machucada não estava nos meus planos de tentar ser discreto ao investigar as outras espécies de máquinas. Eu poderia simplesmente deixá-la ali, afinal, não tenho nada haver com a situação que ela se meteu, porém, algo chamou a minha atenção. Ela era uma humana. O que um humano estava fazendo aqui?
Apesar de ser metade robô e humano, é meio difícil de encontrar ciborgues perambulando por aí, na verdade, temos que viver uma vida escondida dos outros androides, eles se acham tão superiores. Acredito que deve ser falta de óleo. Patético. Bem, acho que está me faltando óleo ou neurônios também, já que optei por levar a mulher ao meu esconderijo, até que ela pudesse despertar e me contar mais sobre a sua espécie, ela pode conhecer o meu irmão.
Meu esconderijo fica dentro de uma parede falsa de folhas, ao passar por ela, você acaba dentro de uma caverna, em seguida, no solo, possui uma passagem. Itachi Uchiha, meu irmão mais velho, um verdadeiro gênio, construiu e elaborou esse esconderijo quando tinha aproximadamente seus 20 anos. Quando tentou me ajudar depois daquele acidente…
Enfim, o local, que posso chamar de "abrigo" é bem singelo e modesto, tento não me prender em bens materiais, somente o suficiente para descansar e fazer manutenção nas peças robóticas. Quase nunca estou aqui dentro, tento ao máximo buscar informações sobre o paradeiro do meu irmão.
Deixei a desconhecida na cama e fui até uma caixa que estava em cima da mesa, ali dentro havia alguns panos, usava aquilo para fazer curativo, eu tinha uma pomada também. Não é o suficiente para os seus machucados, mas iria amenizar um pouco a dor, que provavelmente vai sentir quando acordar. Tentei dar foco para sua cabeça que estava sangrando, depois iria cuidar da perna. Os cortes não eram profundos, então não precisam de ponto, como eu tinha um pouco de água, passei no ferimento da parte superior da sua cabeça para tentar limpar, em seguida envolvi a região com os panos que tinha. Amarrei de forma firme. Quando fui para sua perna, fiz o mesmo procedimento que realizei anteriormente, porém, antes dos panos, coloquei a pomada.
Nesse momento, observei a garota, tenho a leve impressão de já ter visto ela, contudo, não me recordo. Tenho certeza que lembraria de ter visto alguém assim.
Como a menina estava desacordada ainda, preferi sair novamente para pegar alguma coisa para comer. Ela não conseguiria se mexer nem se quisesse.
Precisei caminhar um pouco até chegar em um lugar para que eu pudesse selecionar alguns produtos ainda comestíveis. Após ter pegado tudo que eu precisava, voltei para o meu esconderijo.
Passei pela parede de folhas, e nesse exato momento, senti uma dor no braço e na perna, onde as próteses ocupam o lugar, até mesmo no meu olho que já não existe mais.
— Droga! — xingo. — Eu preciso trocar as peças…
Pelo tempo que as próteses estão comigo, preciso troca-las por itens mais atualizados. É meio complicado achar algo que supra as minhas necessidades, sem ser pego.
Os Andróides exterminaram os humanos a dez anos atrás, pelo menos foi o que eu pensei. Tenho certeza que eles possuem alguns como prisioneiros, e estou surpreso por ter me deparado com uma no meio do nada. As máquinas sempre foram subestimadas, e muitas das vezes foram programadas a fazerem coisas básicas ou extremamente difíceis para a humanidade. O dever deles eram servir os seres humanos. Mas acho que nem mesmo a inteligência artificial foi o suficiente para aquela espécie, já que sempre desejavam por mais.
Algo mais recente, são os ciborgues, são pessoas que foram submetidas a experimentos para ver se poderiam evoluir. Infelizmente tive o desprazer de ser um cobaia para isso. Penso que preferia ter morrido naquele acidente de carro, antes de ser submetido a isso. Sei que o meu irmão tentou me ajudar, porém, foi bem inútil.
Os androides viram isso como ameaça e iniciaram a exterminação da minha espécie. Felizmente eu tenho um pouco mais de cérebro do que eles.
Apesar de estar com dor, entrei pela passagem do solo. A comida que eu trouxe, deixei em um cantinho do quarto, fui até a mesa, e peguei a outra caixa que estava com peças para manutenção. Talvez eu tenha que roubar algumas ferramentas novas.
Um gemido de dor atraiu a minha atenção, olhei para o lado e percebi que a garota havia acordado.
— Kakashi? — chamou.
— Quem? — questiono, levanto e vou até ela.
— Puta que pariu! — percebo que ela começou a se movimentar, provavelmente está tentando buscar alguma coisa para se defender de um possível ataque.
— Não se mexa, vai piorar os machucados! — segurei ela pelos ombros. — Se eu quisesse te matar, já teria feito isso, garota.
— Quem é você? O que quer comigo? — arqueei a sobrancelha.
— Acho que a malcriada poderia começar agradecendo por ter te salvado.
— Não preciso da sua ajuda!
Eu teria feito a mesma coisa se estivesse nessa mesma situação, talvez até pior. Não tenho um gênio tão gentil e paciente.
— Que seja! — larguei os seus ombros e voltei para a mesa, retornei o que estava fazendo anteriormente.
Não estou preocupado com ela, sei que não vai conseguir fazer nada contra mim. Na verdade, vou ficar surpreso se a própria conseguir ficar de pé. Seus ferimentos parecem bem recentes, o que mostra que se isso foi resultado de uma batalha, seu corpo deve estar cansado e exausto. Eu ganharia sem mexer um músculo sequer.
— Onde eu estou? — perguntou depois de um tempo que ficou em silêncio.
— A irritante resolveu conversar como alguém civilizado? — indaguei.
— Só responde, por favor.
— Pelo menos tem boas maneiras… — ri.
— Vai à merda, viu?
— Uau, ir à merda, né? — estou totalmente desinteressado nesse assunto. — Você está em um esconderijo, irritante, te achei jogada no chão e tentei ser gentil, deveria ter te deixado lá largada.
— Hum — resmungou levemente impaciente.
Levantei de onde estava e fui até aos alimentos que tinha trazido, mas eles não pareciam muito apetitosos, estavam vencidos, obviamente. Eu até iria caçar alguma coisa, mas já escureceu. Levei as coisas para ela.
— Deve estar com fome, então coma.
Fiquei de pé, ao lado da cama, cruzei os braços enquanto assistia ela comer.
— Qual é o seu nome, irritante?
— Não é da sua conta.
— Bem, agora é da minha conta, você está no meu esconderijo, deitada na minha cama e comendo a minha comida. Não pretendo ficar muito tempo com você aqui, apenas responda as minhas perguntas e pode ir embora. — ela pareceu pensar sobre isso. — Vamos começar de novo. Qual é o seu nome?
— Sakura.
— Muito bem, Sakura, eu sou o Sasuke. — respondi de forma tranquila — O que aconteceu com você?
— A mesma coisa que vai acontecer com você! — sinto algo gravando no meu abdômen, o que me causou uma dor terrível, olho para baixo e vejo sua mão me perfurando com um objeto cortante.
— Maldita!
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