Capítulo 12

Fazendo de conta

Eu não deveria esconder isso

Não está certo

Ser uma mentirosa

Estou cruzando uma linha

Dançando com fogo

Quando eu não estou bem

Devo negar isso?

Jessie J - You Don't Really Know Me

Vivian Castwell

A viagem foi tranquila, nada de pessoas incomodando com seus monólogos, nada intessante ou pequenos incidentes, apenas eu e meus incesantes pensamentos sobre o que fazer daqui pra frente. A incerteza do futuro acabava comigo aos poucos. Odeio não ter as coisas por cento resolvidas.

Odeio não saber o que fazer.

É como estar e um beco sem saída, não há opções, você tem que encarrar o problemas, mesmo sem saber se vai supera-lo.

O trem finalmente fez sua ultima parada, exatamente três horas depois na pequena cidade de Kingston. Respirei fundo aquele ar de familiaridade, desci na estação e fui direto recolher minha bagagem.

Não foi preciso procurar por muito tempo, de longe avistei uma silhueta que tanto conhecia,  meu pai com os seus cabelos grisalhos, olhando de um lado para o outro para me encontrar. Com passos apressados me aproximei dele.

- Pai- digo nun sussuro embargado.

Ele me recebe carinhorasamente em seus braços, e por breves segundos eu me sinto protegida do mundo.

Respiro alíviada.

- Sejo bem vinda de volta querida- suas palavras aquecidas foram o gatilho que faltava para que um enchorrada de lágrimas banhasse minhas bochechas.

Sim, aqui era minha casa.

 O lugar familiar onde eu pertencia, sem a correria de Nova Iorque, sem a frieza das pessoas que caminhavam apressadamente nas calçadas.

- Não chora minha menininha- ele pediu, quando sentiu minhas lagrimas molharem sua camisa e meu corpo estremecer.

- Estou com saudades- respondi.

- Nós também estamos- disse ainda sem me soltar- Mas, precisamos ir logo, prometi pra sua mãe que ia ser rápido. Ela está ancisa pra te ver.

Nos separamos e meu pai fez questão de carregar minhas malas, eu não o fiz insistir muito, concordei logo de primeira. Afinal estou grávida, não faz bem ficar carregando peso.

Minhas malas estavam pesadas demais para quem pretendia ficar po apenas um fim de semana, mas a verdade é que eu não sabia exatamente quantos dias duraria minha estadia na casa do meus pais.

Durantes os intermináveis segundos, minutos e horas de viagem pude pensar com mais clareza sobre as questões que rodeavam minha vida. O melhor era passar minha gestação em um lugar calmo, que me oferecia segurança e estabilidade.

Irei mandar um e-mail, ainda hoje , para Adam para ver como as coisas relacionadas ao meu trabalho ficariam, eu sabia que ele não abriria a mão de mim como funcionária,  já deixou bem claro que não era uma opção, por isso decidi fazer uma proposta a ele.

Outro tópicio que martelou a minha mente foi sobre contar a verdade para Laura, sei que ela ficaria chatiada por miha ter mentido por tanto tempo, mas compreenderia (eu esperava que sim) meus motivos, mesmo eles sendo errado no ponto de vista da maioria.

O que estava em  jogo aqui, era a minha vida e do meu filho, o que a maioria pensava não me importava nenhum pouco.

Ficar em Nova Iorque também era um risco, mesmo a cidade sendo imensa, encontrar com Logan era uma possibilidade. Ele parecia cada dia mais deconfiado de que algo estava errado, eu não queria confirmar as suas dúvidas.

- Você está tão séria, tão calada...- observou meu pai.


É aceitável que meu corportamento cause estranhesa, logo eu a garota  agitada que não conseguia ficar em silêncio nem por um mísero instante.

- Você sabe que pode contar conosco pra tudo. Não sabe?- me perguntou.

Mal ele sabia que no momento essas palavras eram tudo qeue eu estava necessitando ouvir, me agarrar nelas e acreditar que tudo daria certo no final, independente do desfecho do meu interminável drama.

- Obrigada- eu estava mais do que agradecida, ter pessoas com quem posso contar, me faz um pouco mais confiante.

 Continuei quieta, fitando a paisagem através da janela durante todo o caminho, repasando todas as palavras que eu ensaiei para dizer ao senhor e senhora Castwell.

- Bom, chegamos - não tinha percebido que o carro tinha parado de se movimentar, hoje eu estava áerea demais para me apegar aos detalhes.

- Ahh... Tudo bem - meu nervosismo só não era percebido por um tolo, que não era o caso do meu pai.

Antes mesmo de entrarmos em casa, minha mãe já nos esperava na porta, andei em direção a ela e a abracei fortemente.

- Estou tão animada com a sua visita filha- disse me apertando ainda mais.

- Eu também, e olha que nem faz tanto tempo que a gente se viu - comentei.

- O casamento de Laura não conta, mal tivemos tempo para conversar.

- É  mesmo, você tem razão.

Entramos em casa, meu pai carregou minha malas para o andar de cima, avisando-me que eu ficaria no meu antigo quarto.

- Vou preparar nosso almoço- avisa minha mãe.

Outra coisa que eu sentia muita falta era de sua comida, eu seguia todos os passos de  suas orientações para obter uma refeição caseira e maravilhosa, mas no fim era um decepção completa, nada se comparava ao sabor indescritível de uma refeição feita pela minha mãe.

Enquanto minha mãe preparava o almoço e meu pai assistia um jogo de baseball em um canal exclusivo de esportes que ele tanto adorava, eu fui me instalar no meu antigo quarto.

Abri a porta e me eparei com tudo exatamente do mesmo jeito de quando eu sai rumo a faculdade. A mesma colcha, cor de parede e diposição dos móveis. A única coisa que havia mudado ali era sua "dona".

Peguei minha bolsa, procurei meu notebook na minha bagunça organizada, precisava e comunicar com meu chefe. A ideia era morar em Kingston, realizar todo o trabalho burocrático em casa, nossa cominicação diária poderir acontecer por e-mails ou por vídeos conferências.

Eventualmente, quado fosse de extrema necessidade, eu me deslocaria para o escritório em Nova Iorque, resolveria o problema e eu voltaria para casa.

Expliquei todos os pontos para Adam em meu e-mail e sinceramente espero que ele concorde com todos, caso contrário eu posso me considerar mais uma nas estatísticas de desemprego no país.

Eu precisava também procurar uma casa para morar e comprar um carro, coisas que ao meu ver seriam mais faceis de serem providênciadas. Minha prioridade era acabar com toda essa confusão logo.

- Vivian a comida está pronta - gritou minha mãe.

De repente fui teletransportada para alguns anos atrás, tudo era igual, as mesma atitudes da minha famila, o mundo tinha voltado a ser como antes. Mas não havia volta para mim.

Desci as escadas devagar, meus pais me esperavam sentados à mesa, ocupei meu lugar de custume, me servi e continuei calada. Meus pais me faziam perguntas ocasionais e ey dava respostas curtas, sem extender o assunto.

-Você está tão estranah querida - minha mãe finalmente disse o que a estava encomodando- Você está anormalmente quieta.

- O que eu tenho pra fazer é realmente muito importante, só estou um pouco mais pensativa - me apressei para responder, preparando o terrendo para a notícia que vinha a seguir.

Minha mãe sorriu amigavelmente para mim.

- Outra coisa não típica de você: pensar muito sobre as coisas, sendo elas sérias ou não - o que ela disse não me ofendeu, talvez um pouco, mas eu sbia que tudo era verdade- O que está feito, está feito, estar grávida não é um problema- disse sem alterar seu estado de espírito, como se estivesse contando ao mundo a sua cor favorita.

- O QUE? CO-M-O? - minha capacidade de formar frases com nexo foram abduzidas  de mim de repente.

- Posso reconhecer uma mulher grávida à distância - explicou-se- E os sinais estava todos lá, nítidos para qualquer pessoa que saíba observar. Você, mesmo sem perceber,  esfrega sua barriga e  está radiante com um ar mais responsável... essas pequenas coisas me fizeram perceber.

Resspiro fundo buscando recuperar minha calma.

- De quantos meses?- começou seu interrogatório.

Arg!

- quatro

- Você pelo menos quem é o pai dessa criança?

- É claro que eu sei!- meu tom era indignado.

Será que minha mãe pensava tão pouco assim de mim?

-Desculpe, mas algumasperguntas precisam serem feitas.

- Decidi deixar Nova Iorque e me mudar para cá, não é nada definitivo ainda, mas vou procurar uma casa e me estabelecer.

- Acho isso ótimo - meu pai finalmente se pronunciou- Gosto da ideia de ter meu neto por perto e poder participar da vida dele, ter uma figura masculina presente é muito importante, já que não vai contar com o pai. Isso vai deixar as coisas menos confusas.

Era muita informação para assimilar em tão pouco tempo.

- Agora coma- ordenou minha dona Veronica- A alimentação é essencial para o desenvolvimento do bebe.

 Como se eu já não soubesse disso

O alivio foi completo quando a resposta do e-mail chegou, Adam concordou com a minha proposta, fazendo apenas uma resalva. Eu precisava estar no escrtório pelo menos uma vez por semana e em todas as reuniões. 

Minha vida estava voltando aos trilhos e aos poucos essa confusão ia passando.

Ufa!

Logan Campbell

Participei forçado de incontáveis jantares na casa dos meus pais, minha mãe e a megera da minha esposa tagarelavam sem parar, o único que pareceu notar meu desconforto e descontentamento com o rumo que minha vida havia tomado, era meu pai e mesmo assim ele não se pronunciou.

No começo da gravidez, pelo menos nas primeiras semanas após a descoberta, Melissa era insuportávelmente grudenta, chegava a quase exigir que eu cumprisse com meu papel de marido.

Então, nossas brigas começaram, ela estava sempre muito irritada, jogando na minha cara que ia tudo bem entre nós até "aquela maltida mulherzinha entrar e estregar nosso relacionamento", o fato era que nossa vida conjugal estava fadada ao fracasso antes mesmo do meu reencontro com Vivian.

O que estava me intrigando também, e havia dias, era a maneira que Melissa falava sobre ela, como se ela soubesse de toda a história, como se ela estivesse sabendo de algo secreto, que eu não poderia nem sonhar em saber.

Ultimamente falava disso com uma certa frequência, era sempre  a primeira a tocar no assunto e ficava tensa e nervosa quando eu fazia perguntas.

Esse comportamento me causou certa estraneza, claro que não foi nada bonito e aceitável minhas atitudes, eu não honrei tudo aquilo que o meu pai me ensinou sobre um homem de  verdade, nem com a minha esposa e muito menos com a mulher que amo.

E a amo

É tão bom finalmente admitir meus reais sentimentos em relação a Vivian, agora só preciso dizer isso a ela e mostrar que eu realmente valho a pena.

Era sábado e mesmo assim resolvi trabalhar, fui para o escritório pela manhã, bem cedo, Mel não havia acordado ainda. Ela andava muito explosiva, brigava por coisas fúteis, e parecia não se importar, mesmo sabendo que seu estado emocional poderia afetar diretamente ela e o bebe.

Eu  não me parecia preocupada.

Cheguei em casa lá pelas seis da tarde e me deparei com a casa vazia, não dei muita atenção para isso naquele momento, pensei que ela poderia ter ido para um mercado ou em qualquer coisa do tipo.

E agora eu estou aqui morrendo de precupação, já se passaram das onze horas da noite e  Melissa ainda não voltou de onde quer que ela tenha ido.

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OI meus amores!

Está aí mais um capítulo pra vocês, estamos mais ou menos no meio da hitória e eu estou ficando batante empolgada, espero que o mesmo esteja acontecendo com vocês.

Bejos e aah antes que eu me esqueça, quero muitos
votos e comentários hein.

Até o próximo gente.




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Tags: #romance